Caderno de Educação Financeira - 1 PDF

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Centro de Estudos de Fátima

2015

Maria da Conceição Vicente

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finance education children's finance budgeting for kids personal finance

Summary

The book "Caderno de Educação Financeira 1" is a children's guide to financial literacy and introduces young readers to basic financial concepts. It uses a narrative approach to explain financial topics.

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Caderno de Educação Financeira Sabias que na escola, ao estudares Matemática, Português, Estudo do Meio… podes também conhecer e aprender outras matérias? Convidamos-te a aprender a fazer contas ao dinheiro de uma forma divertida através deste Caderno de Educação Financeira! A...

Caderno de Educação Financeira Sabias que na escola, ao estudares Matemática, Português, Estudo do Meio… podes também conhecer e aprender outras matérias? Convidamos-te a aprender a fazer contas ao dinheiro de uma forma divertida através deste Caderno de Educação Financeira! A família Moedas Somos a família Moedas. Texto de Maria da Conceição Vicente Temos tudo bem contado: um bonito pé-de-meia e orçamento equilibrado. Eu sou o Tomás Moedas. Sei de cor a tabuada, tenho de fazer as contas Eu sou a Clara Moedas, para gerir a semanada. já aprendi a contá-las; com a ajuda dos mais velhos, estou a aprender a usá-las. Pai Rui, com Moedas no nome; ganhá-las é a minha vida. Gasto e ensino a gastá-las Eu sou a mãe Catarina, com conta, peso e medida. contas sempre equilibradas, seja em maré de abundância ou tempo de vacas magras. Eu sou Mário, o avô Moedas, tenho experiência acrescida. Digo-vos que só é feliz Eu sou a Alice Moedas, quem deita contas à vida. uma avó bem dedicada. Faz parte do meu papel dar exemplo à pequenada. Cuidado com o Patacas! Se apanha uma moeda, esconde-a tão bem escondida, nunca mais ninguém lhe pega! 1 Necessidades e Desejos 6 Necessidades e Desejos Um casaco para o cão Texto de Maria da Conceição Vicente O Sol já se tinha escondido quando o Tomás entrou esbaforido pela porta da cozinha, seguido pelo Patacas, aos saltos, e pela Clara, muito séria. Tão séria que levou a mãe a perguntar: – Aconteceu alguma coisa, Clarinha? Demoraram tanto a passear o Pata- cas!... – Ai, mãe, havias de ver! Havias de ver, mãe, um cão vestido! – gritava o To- más, agarrado ao pescoço da mãe com toda a força, coisa que só fazia quando queria alguma coisa em troca. – Parvoíces do meu irmão, mãe – esclareceu a Clara. – Este miúdo inven- ta maneiras de gastar dinheiro! O Tomás estava cada vez mais excitado, contagiando o Patacas que, de tanto saltar e dar ao rabo, derrubou a cesta da fruta. – Mas o que vem a ser isto? – perguntou o pai, atraído pelo barulho na cozinha. Necessidades e Desejos 7 – Ó pai, eu quero comprar um casaco para o Patacas como o do cão da D. Aninhas, o Preguiças, sabes, pai? – TU QUERES O QUÊ?! – perguntaram pai e mãe, incrédulos e em coro. – Sabiam que há fatos para cães... e bonés?... –... e ração, e coleiras contra os para- sitas... É disso que eles precisam! O Tomás insistia, completamente alheio ao que se dizia à sua volta, obce- cado pela ideia de vestir o Patacas: – A D. Aninhas disse que até há roupas e bonés iguais para os donos e para os cães. Já imaginaram eu e o Patacas de bonés iguais? Que fixe! – Era o que faltava! Um rafeirote de casaca e cartola! Olha, compras no pronto a vestir ou leva-lo ao alfaiate? – perguntou a mãe, gracejando. – Tu devias era pedir ao pai um caderno de exercícios para ver se melho- ras a Matemática e uns ténis novos que esses já estão a rir-se de tanto jogares à bola – sugeriu a Clara. – Pronto! Falou a menina bonita... a fingir que é responsável! – Tu estás a pedir uma coisa completamente supérflua... para ti e para o coitado do Patacas, que havia de dar pinotes para se desfazer do embrulho! – continuou, calma e ponderada, a Clara. – Que é isso, pai? Que é isso, mãe?... Esta miúda fala caro para fingir que é crescida! – Supérfluo quer dizer desnecessário – explicou o pai. – Há coisas de que precisamos, mesmo, e que geram despesas indispensáveis: a alimentação, o vestuário, o material escolar... –... outras são meros desejos, e às vezes fruto de um impulso de momen- to e das quais nos cansamos rapidamente – continuou a mãe. – Era o que te aconteceria se comprasses o casaco para o cão: no princípio achavas graça, depois... – Mas tu tens um anel de brilhantes! Não é supérfluo, mãe? – É e não é... É o meu anel de noivado. É claro que não é absolutamente necessário, mas marca uma data importante. Além do valor, que nunca perde, tem um significado muito especial. E para comprá-lo o pai fez muitas contas e muitos sacrifícios. Mas isso é outra conversa! Por agora, o Patacas veste o pelo que tem e ponto final! 8 Necessidades e Desejos Também a brincar se aprende a pensar! 1. Para mostrares ao Tomás que também sabes “falar caro”, como a Clara, procura na sopa de letras os sinónimos que te apresentamos para as palavras necessário e supérfluo. A L X E G J U P B O V C N Sinónimos de L A Q I N U T I L D Z A U necessário: D M E H I O C Z I V U T M essencial, I importante, I N D S P E N S A V E L indispensável. S U N M S A I D L N E F R P N E P C I B T H O Z S E E R A O N V L M E A X C R N L J R E S S E N C I A L S I Z T D A Z I O R U S M Sinónimos de A D O A F R R U O V N D E supérfluo: V T B N D L E J P I G H A dispensável, E A L T X E S C U S A D O inútil, L V G E U F J A C N D E L escusado. 2. Os dois irmãos têm uma relação muito diferente com o dinheiro. Tendo em conta o comportamento de um e de outro, assinala as afirmações que correspondem a atitudes do Tomás T ou da Clara C. Quer comprar por impulso. Antes de fazer compras, identifica as suas necessidades. Procura satisfazer os seus desejos sem, antes, refletir. T Não avalia devidamente as suas necessidades. Dá prioridade às despesas necessárias. Reconhece a diferença entre desejos e necessidades. Necessidades e Desejos 9 2.1. Considerando o comportamento dos irmãos Moedas, completa as afirmações seguintes com os nomes Tomás e Clara. já consegue fazer uma gestão adequada dos seus gastos, enquanto ainda não distingue desejos de necessidades. 3. A Clara já percebeu que os nossos desejos são ilimitados, mas os nossos recursos financeiros têm limites. Seguindo o seu exemplo, escreve numa página do bloco de notas as tuas necessidades e na outra os teus desejos. Necessidades DESEJOS Dicionário Ir ao cinema 3.1. Observa as listas que acabaste de escrever e, seguidamente, coloca-as na balança, escrevendo as palavras necessidades e desejos nos pratos A e B , de acordo com o seu “peso”. 3.2. Se tiveres de fazer escolhas, a qual das duas listas darás prioridade? Justifica a tua resposta. A B 10 Necessidades e Desejos 4. Risca o que não interessa, para mostrares que sabes como devem ser planeadas as despesas. Comprar uns ténis para o Tomás é uma necessidade de curto / longo prazo, uma vez que, de tanto jogar à bola, já se romperam. Mas substituir a mobília do seu quarto, como não é urgente, é uma necessidade de curto / longo prazo. 5. Para satisfazermos as nossas necessidades, compramos: Bens duradouros – que vamos utilizando ao longo do tempo, uma vez que têm um período de duração relativamente longo (automóvel, mobiliário, televisão...); Bens não duradouros – que só podem ser utilizados uma vez ou durante um período de tempo muito limitado (alimentos, bebidas, eletricidade...). 5.1. Observa as imagens e, seguidamente, pinta a verde os bens duradouros e a vermelho os bens não duradouros. Necessidades e Desejos 11 A palavra certa põe-nos alerta! 1. O avô Mário e a avó Alice gostam de brincar com as palavras, mesmo quando falam de assuntos sérios. Descobre o que eles querem dizer aos netos, decifrando os enigmas seguintes e escrevendo, como legenda, as expressões encontradas. Pista: cada traço da legenda corresponde a uma palavra. A N 100-C tu -DA o que é -T. Legenda:. B -RA que. Legenda:. 1.1. O que pretenderiam os avós do Tomás e da Clara dizer com estas expres- sões? Explica por palavras tuas. A B 12 Necessidades e Desejos O saber não ocupa lugar. Pai, sabes aquele provérbio Querer...? Querer é poder. E não pode ser Querer é ter ? Que pergunta! Achas que havia dinheiro que chegasse para comprarmos tudo o que nos apetece? Pois!...Mas não podemos ter desejos? 1. Já sabes que, para gerirmos corretamente o nosso dinheiro, que é limitado, devemos satisfazer, em primeiro lugar, as nossas necessidades – querer é diferente de ter. Há, no entanto, certos desejos que consideramos importantes e que podemos satisfazer. Para isso, temos de fazer escolhas – então, querer é poder, isto é, ter força de vontade para conseguirmos o que desejamos, graças às poupanças feitas com esforço e, até, sacrifício. 1.1. Para comprar o anel de noivado da mãe Catarina, o pai Rui teve de fazer economias durante um certo período de tempo, abdicando de coisas que lhe davam grande satisfação. Assinala com uma cruz as opções que, em tua opinião, correspondem a despesas que teve de cortar. Ir ao futebol. Consulta no dentista. Tomar o pequeno- Renda da casa. Ténis de marca. -almoço no café. Frequentar o ginásio. Telemóvel. Jantar mensal com os amigos. 2. Com a Família Moedas, compreendeste a diferença entre... a. necessitar e querer. b. e supérfluo. c. despesas necessárias e. d. necessidades de e necessidades de longo prazo. e. comprar por impulso ou comprar depois de prós e contras. É IMPORTANTE VIVER DE ACORDO COM OS MEIOS QUE TEMOS… 2 despesas e rendimentos 14 DESPESAS E RENDIMENTOS De mãos a abanar Texto de Maria da Conceição Vicente O Tomás e a Clara regressaram da escola muito calados. O Patacas, ao vê-los tão sérios, seguiu-os de orelha caída, como quem diz “aqui há coisa!”. Entraram os três no escritório, onde a mãe se encontrava a trabalhar: – Mãe, tens de me dar dinheiro que a minha semanada acabou. Hoje já não lanchei... Ah! E também não tenho saldo no telemóvel. Entretanto, a Clara foi dizendo, enquanto dava um beijo à mãe: – E eu preciso de um vestido novo para a festa de aniversário da Marta. Recebi agora o convite. – Mas isto é um assalto ou é a chegada dos filhos a casa depois de um dia de escola?! – Eu tenho dinheiro no mealheiro, mãe, mas é pouco! – acrescentou a Clara. – A menina começa por ir ao armário ver os vestidos que tem... e são muitos! Depois conversa comigo para escolhermos um que esteja em condições! Quanto ao menino, a conversa é mais séria. Falamos quando o pai chegar. Entretanto, o bater da porta e passos no corredor anunciaram a presença do pai e... – Onde estão os netos mais lindos do planeta? – era também o avô Mário, que chegara. – Aqui, avô – gritaram os netos, já no corredor. – Este seu “lindo” neto precisa dos seus conselhos, pai – disse a mãe Catari- na, ainda no escritório. – É quarta-feira e já gastou a semanada! – Era bonito se eu entrasse em casa a dizer que o dinheiro do mês tinha acabado: governem-se com o que resta no frigorífico; tomem banho em água fria e façam os deveres às escuras... No próximo mês há mais – disse o pai, falando, a brincar, de coisas sérias. – Então o que é que tu compraste para fazeres sumir a semanada? – per- guntou o avô Mário, com paciência de avô. – Coisas... – respondeu o Tomás. – Chegaram umas canetas novas à pape- laria, muito fixes... Depois comprámos uns sumos e bolos para comemorar- mos a vitória da equipa no corta-mato... – Estou a ver – respondeu o avô, enquanto pegava num caderninho e DESPESAS E RENDIMENTOS 15 numa esferográfica. – Vou ensinar-te a fazer um orçamento para te ajudar a gerir a semanada. – Boa, avô! Assim até pareço o dono de uma empresa! – Um orçamento é feito de receitas e despesas... – explicou o avô. – Receitas?! De culinária?... Receitas médicas?... – Disparate! Receita ou rendimento é o dinheiro que recebemos, na maioria dos casos, periodicamente. Tu recebes à semana, os teus pais recebem ao mês. As despesas são o dinheiro que gastamos. Repara (e escreveu no caderno): ORÇAMENTO Receitas: Despesas: Total: Total: Agora completa com o valor da semanada e com o preço das coisas que consomes – continuou o avô. – O importante é que nunca podes gastar mais do que aquilo que recebes. – Mas pode gastar menos... – observou a Clara, atenta à conversa. – Pode e deve, Clarinha. É assim que se consegue poupar e é assim que eu e os teus pais fazemos: primeiro, não gastamos mais do que os nossos rendimentos; segundo, depois de pagarmos as despesas necessárias, que não podemos dispensar, pomos sempre de parte uma quantia destinada a despesas inesperadas, motivadas por qualquer situação imprevista – obras de emergência na casa, uma doença... –, ou para irmos fazendo as nossas economias. Além disso, não nos podemos esque- cer de que os nossos rendimentos podem sofrer quebras. Resumindo: pre- cisamos de ter dinheiro ao canto da gaveta. Mas essa con- versa é demorada e a avó Alice está à minha espera para jantar. O avô Mário despediu-se, prome- tendo voltar ao assunto, para fazer dos netos “gente de boas contas”. 16 DESPESAS E RENDIMENTOS Também a brincar se aprende a pensar! 1. Relê o diálogo que o avô Mário travou com os netos e, seguidamente, preenche o crucigrama, de acordo com as pistas indicadas. 1. A uma despesa com a qual não se conta chamamos despesa. 2. A uma despesa que não podemos dispensar chamamos despesa. 3. Dinheiro recebido semana a semana. 4. O dinheiro que gastamos. 5. O dinheiro que recebemos. 6. Dinheiro poupado que se vai acumulando para ficar de reserva. 7. Fazer contas para que o dinheiro seja usado de maneira equilibrada. 8. Palavra com o mesmo significado de gasto ou despesa. (Se precisares, consulta o dicionário.) 9. Registo de receitas e despesas previstas para um determinado período de tempo. 10. Não gastar todo o rendimento que temos. 1 R 2 E 3 N 4 D 5 I 6 M 7 E 8 N 9 T 10 O 2. Ajuda o Tomás e a Clara a desfazerem as suas dúvidas, assinalando a res- posta correta junto de cada imagem. O pai comprou Se eu pagar todos uma máquina os dias o almoço na fotográfica... cantina da escola, Será uma despesa isso é uma despesa necessária? inesperada? A resposta correta é : Sim. A resposta correta é : Sim. Não. Não. DESPESAS E RENDIMENTOS 17 Era bonito se eu entrasse em casa a dizer que o dinheiro do mês tinha acabado: governem-se com o que resta no frigorífico; tomem banho em água fria e façam os deveres às escuras... 3. Assinala, na lista seguinte, as despesas necessárias da família Moedas (e da tua também): Vestido novo da Clara para a Sistema de alta voz para o carro. festa de aniversário da Marta. Seguro de saúde. Água da companhia, Bilhetes para um concerto. eletricidade e gás. Passe de autocarro para a escola. X Reparação do frigorífico. Prestação do empréstimo para Pneus para o carro da família. pagamento do carro. Alimentação/supermercado. Viagem à serra da Estrela. 3.1. Das despesas que assinalaste, sublinha aquelas que são fixas, isto é, aquelas cuja quantia a pagar não podemos alterar. 3.2. Completa a frase seguinte e risca o que não interessa: As despesas com alimentação e com água, eletricidade e gás são exemplos de despesas fixas / variáveis, porque a quantia a pagar depende do nosso consumo: quanto mais consumimos, pagamos. 4. Pensando nos rendimentos dos elementos da família Moedas, risca a ex- pressão que deve ser excluída em cada um dos grupos seguintes: A B Pensão de reforma da avó Alice; Venda das árvores de uma Ordenado da mãe Catarina; propriedade dos avós; Renda de casa; Prestação do empréstimo para o pagamento do carro; Semanada do Tomás e da Clara. Pagamento de horas extraordinárias à mãe; Salário do pai Rui. 18 DESPESAS E RENDIMENTOS A palavra certa põe-nos alerta! Ficar de mãos Quer dizer a abanar?... gastar até ficar Sabes o que sem dinheiro, quer dizer? maninho. 1. Tal como a Clara, vais mostrar que conheces a nossa língua, legendando as imagens com os provérbios que selecionámos para dizer que gastar mais do que aquilo que temos ou necessitamos pode comprometer o futuro. Provérbios: Quem compra sem poder vende sem querer. É tarde para economia quando a bolsa está vazia. Não metas o dinheiro em saco sem ver se tem buraco. 2. Com os ensinamentos que já recebeste da família Moedas, saberás decerto adivinhar qual a fonte de rendimento que se esconde nesta adivinha: Qualquer que o número seja por sete irás dividir; se bem souberes calcular, em vez de zero, no resto, uma moeda há de ficar. Maria da Conceição Vicente R: DESPESAS E RENDIMENTOS 19 O saber não ocupa lugar. 1. Lê o seguinte diálogo entre o pai Rui e os manos Moedas. Conclui o diálogo, imaginando o que terá dito o pai Rui. Tomás, por que razão queres comprar outra capa para o telemóvel? Ainda por cima não tens um tostão no mealheiro! Porque sim, pai... Vi umas muito fixes numa montra. E tu, Clara, porquê mais uma t-shirt, se já tens tantas?!... E a semanada já lá vai... Porque ainda não tenho nenhuma desta marca, pai... E a Xana já tem uma. 20 DESPESAS E RENDIMENTOS 2. O poema seguinte fala-nos, de maneira divertida, de uma característica do nosso século: estamos rodeados de coisas que nos seduzem e nos levam a querer ter e a comprar por comprar. Lê-o com atenção. Na loja de Mestre Grilo, há de tudo a vender. Não sei para que me serve, mas eu gostava de ter... Dez moedas me custou um relógio sem ponteiros. Para que me serve? É bonito de verdade! Não sei! Mas se nunca o consertei... Para que me serve? Na loja de Mestre Grilo Não sei! tanta coisa já comprei! Três armários já enchi, Três canudos, um pingente, em três gavetas guardei sete molas, um botão, Para que me serve? dois parafusos, um prego... Não sei! Bom dinheirinho gastei! Maria da Conceição Vicente Tudo isto p’ra que serve? Não sei! 2.1. Tenta seguir o modelo do poema, completando a quarta estrofe com uma pequena lista de compras que tu ou os teus amigos tenham feito por impulso e que, passado o entusiasmo, tenhas(am) posto de lado. 3. Considerando o que já sabes sobre o uso correto que devemos fazer do dinheiro, escreve um pequeno texto sobre o tema Antes de comprar é preciso pensar. 3 POUPANÇA 22 poupança Boas contas faz quem poupa Texto de Maria da Conceição Vicente A Clara e o Tomás chegaram atrasados ao almoço: ele vinha do trei- no de atletismo; ela, da aula de natação. – Então os meninos querem passar por baixo da mesa? – grace- jou o pai. – Perderam o relógio ou não sabem ver as horas? – Eu até precisava de um cronómetro... – apressou-se o Tomás, pe- gando na palavra do pai –, para cronometrar os meus treinos. – Então, eu também quero um vestido novo... Já pedi à mãe..., mas ela disse que não – desta vez foi a Clara, na tentativa de retomar uma conver- sa anterior. – A história do vestido está encerrada. Não precisas dele – ripostou a mãe. – Quanto a um relógio com cronómetro, se bem que não seja absolutamente necessário..., sempre é uma coisa útil. Pelo menos, não é de usar e deitar fora. – E se eu também quiser uma coisa que não seja de usar e deitar fora, mãe?... Um leitor de MP3, por exemplo. Mas daqueles bons... Até pode servir para mim, para o Tomás e para os pais! Vá lá, mãe... – A Clara juntava à mei- guice da voz a insistência suave de quem quer levar a água ao seu moinho. – Desde que usem o dinheiro da semanada. Até são compras razoá- veis... – disse o pai, em tom firme. – Da semanada, pai?!... – pergunta a duas vozes, espontâ- neas e incrédulas. – O avô não esteve a ajudar-vos a fazer orçamentos? – lembrou a mãe. – Aproveitem hoje, que é sábado e vamos lá lanchar, para lhe pedirem ajuda. Quando, nessa mesma tarde, chegaram a casa dos avós, encontraram o avô Mário a colher moran- gos e a avó Alice a fazer o pão para o lanche. – Ó avó, agora também fazes pão? – perguntou a Clara, que foi a primeira a entrar na cozinha, logo seguida do resto da família. – Claro, meus amores! Se o fizer, escuso de o comprar e são mais umas moeditas poupadas para os meus alfinetes – respondeu, solícita, a avó poupança 23 Alice, ao mesmo tempo que acrescentava: – E na casa dos meus avós fazia-se o queijo, a manteiga e até o sabão... Agora até tenho máquina para fazer o pão! O Tomás ficou a pensar no que seria aquela coisa dos “alfinetes”, mas cor- reu à procura do avô para falarem de orçamentos; Catarina concordou que seria uma maneira fácil de poupar uns trocos. Avô e netos sentaram-se, então, à mesa para analisarem o “orçamento semanal”, que já vinha começado, considerando as compras que agora que- riam fazer. O pai Rui ficou no sofá, com os olhos no jornal e os ouvidos na conversa, para poder meter a sua colherada. – Muito bem! – disse o avô. – Coluna da receita, coluna das despesas... – Eu já consigo que as minhas despesas sejam me- nores do que a minha receita, que é só a sema- nada que os pais dão: 10€. A Clarinha tem 15€, porque é mais velha. – Ó avô, agora que queremos fazer estas compras, será que não podes aju- dar? – propôs a Clara, baixinho. – Quando já tiverem guardado uma quantia razoável, pensaremos nisso. O importante agora é que vos sobre dinheiro da semanada, isto é, que haja sempre saldo positivo. – Então o saldo é o que se poupa... – concluiu o Tomás. – Neste caso, é. Mas o saldo do orçamento é sempre a diferença entre o rendimento e a despesa: se sobrar dinheiro, o saldo é positivo; se ultra- passarmos o rendimento, o saldo é negativo. – Mas o meu saldo vai ser muito poucochinho! – exclamou o Tomás. – Quando é que eu vou poder comprar o cronómetro? – Temos de tentar diminuir as despesas – sugeriu a Clara. – É evidente! – disse o pai. – Mas além das receitas fixas, vocês também têm receitas extraordinárias, que podem engordar o orçamento. – Ah! Dinheiro que recebemos pelo Natal, pela Páscoa... –... pelo aniversário... – Vá, toca a preencher as folhas e a mostrá-las aos pais para aprovação – propôs o avô. – E vejam lá se não fazem um ursamento1, que é um orçamento feito por ursos. A conversa acabou em gargalhada geral. 1 urso – (coloquial, pejorativo) pessoa pouco inteligente 24 poupança Também a brincar se aprende a pensar! 1. Ajuda o Tomás a completar o seu orçamento semanal. ORÇAMENTO do tomás Receita: Despesas: Semanada: 10,00 € Lanches da manhã: Lanches da tarde: : : : Total: Saldo: 2,50 € 2. Completa o orçamento e calcula o saldo semanal da Clara. ORÇAMENTO da clara Receita: Despesas: Semanada: 15,00 € Lanches da manhã: Lanches da tarde: : : : Total: 10,00 € Saldo: 3. Assinala com uma cruz as duas sugestões que permitem aumentar o saldo semanal dos manos Moedas: Levar de casa o lanche para comer na escola. Comer um gelado todos os dias. Evitar as chicletes. Comprar lápis novos quando os que têm chegam a meio. poupança 25 4. Acrescenta três sugestões à lista de pequenas tarefas que o Tomás e a Clara podem fazer para conseguirem receitas extraordinárias: Levar a passear o cão da D. Aninhas. Regar os vasos da varanda dos vizinhos quando eles vão de férias. Tomar conta do canário dos tios, quando eles se ausentam. 5. Une com setas as expressões das duas colunas, de maneira a obteres afirmações corretas. A Clara sempre pôs dinheiro no mealheiro, teve de diminuir as despesas. O orçamento do Tomás tinha muitas vezes saldo negativo põem dinheiro no mealheiro todas as semanas. Para ter saldo positivo, o Tomás começaram a fazer um orçamento semanal. Para aprenderem a poupar, o Tomás e a Clara porque, durante a semana, não gastava tudo o que recebia. Como já sabem gerir o seu dinheiro, os dois irmãos porque planeava gastar mais do que aquilo que recebia. 6. Ajuda o Tomás e a Clara a fazerem o seu plano de poupança, calculando a quantia que devem colocar semanalmente no mealheiro para conseguirem comprar o cronómetro e o leitor de MP3 em dez semanas. Cronómetro: 30,00 € Mealheiro Mealheiro Leitor de MP3: do Tomás da Clara 45,00 € 26 poupança A palavra certa põe-nos alerta! Ó avó, o que Quer dizer quer dizer juntar dinheiro poupar para para algumas alfinetes? compras menos necessárias. 1. Tal como o Tomás e a Clara aprenderam com a avó Alice, também tu podes ficar a saber como a nossa língua é rica em expressões e provérbios relaciona- dos com gastos e poupança. 1.1. Escreve junto de cada expressão o número adequado, de acordo com o seu significado. 1 Ter dinheiro de 2 Não ter dinheiro 3 Gastar/esbanjar reserva (poupar) dinheiro Não ter dez-réis furados. Chapa ganha, chapa gasta. Abrir os cordões à bolsa. Ter dinheiro ao canto da gaveta. 1 Ter dinheiro para os seus alfinetes. Ter um pé-de-meia. Estar teso como um carapau. Atirar dinheiro pela janela. 2. Identifica o significado de cada um dos provérbios, fazendo a correspon- dência entre as duas colunas. 1 Guarda o teu dinheiro O dinheiro gasta-se muito facilmente. para o mau tempo. 2 Poupa tostões, Se não controlarmos os nossos gastos, terás milhões. desperdiçaremos dinheiro. 3 Dinheiro assim 4 Saber poupar é saber ganhar para poder como veio, assim vai. fazer face a necessidades no futuro. 4 No poupar é que É necessário poupar para fazer face está o ganho. a qualquer situação inesperada. 5 Bolsa rota, Fazendo economias a pouco e pouco, dinheiro à solta. seremos capazes de juntar muito dinheiro. poupança 27 O saber não ocupa lugar. 1. Para mostrares o que já aprendeste com a família Moedas, realiza as tarefas seguintes: 1.1. Lê o diálogo entre os manos Moedas e os amigos André e Joana. Eu, mal recebo a semanada, ponho logo 2,00€ no mealheiro, para juntar para o meu cronómetro. Mas ainda consigo poupar mais! A mim nunca me chega! É o telemóvel... e então os chocolates!... E como é que resolves o problema? Peço aos pais para me darem mais dinheiro, ou para me adiantarem a semanada seguinte! Eu gasto tudo o que recebo. Assim não poupas nada! Vocês precisam de umas lições do avô Mário. Mas a D. Rita já me disse que, enquanto estiver doente, me vai pagar se eu lhe fizer os recados. Pois eu faço por gastar o menos possível. Ponho sempre uma nota no mealheiro, porque já aprendi como é bom termos dinheiro guardado para comprarmos algumas coisas menos necessárias. Não é justo estarmos sempre a pedir dinheiro aos pais!... Pois... o ordenado deles não chega para tudo. 28 poupança 1.2. Escreve os nomes das personagens do diálogo nos retângulos do esquema, de acordo com a gestão que fazem da sua semanada. 1. saldo positivo 2. rendimentos = despesas 3. saldo negativo 4. 1.3. Completa o resumo seguinte: Gerir bem o nosso dinheiro significa não fazermos que ultrapassem o nosso. Mas, se soubermos gerir muito bem, então, depois de feitas as , ainda nos deve sobrar dinheiro. É assim que conseguimos ter saldo e guardar no mealheiro as nossas. 4 RISCO E INCERTEZA 30 RISCO e incerteza Mais vale prevenir... Texto de Maria da Conceição Vicente O pai Rui aproveitou o almoço de domingo em casa dos avós para pôr a família ao corrente dos seus projetos financeiros: – Estamos a precisar de trocar de carro – quebrou o silêncio imposto pelo delicioso arroz de pato da avó Alice. – O quê? O latinhas está fora da validade?... – perguntou o Tomás. – Começa a ter umas mazelas graves e o mecânico já avisou que é urgente pensar em trocá-lo – explicou o pai. – E já fizeste contas? – perguntou a mãe Catarina, ao que a Clara respondeu de imediato: – Ó mãe, já viste o pai comprar alguma coisa sem pedir licença à máquina de calcular? Terminadas as risadas e os comentários brinca- lhões, o pai Rui repôs o rumo da conversa: – Não estava à espera de fazer a troca tão cedo, mas os carros são má- quinas e as máquinas não duram sempre. E desde que tive a conversa com o mecânico há uma ideia que me persegue. – Diz lá, pai! Estou a ficar nervosa! – exclamou a Clara. – Gostava de comprar um carro limpinho. – Limpinho, pai? Então agora os carros têm repelente do pó e da lama?! Eu pensava que o repelente era só para as melgas! – Ó Tomás, vê se te habituas a pensar antes de falar – disse o pai Rui, enquanto as suas gargalhadas se confundiam com as do resto da família. – O que eu quero é um carro que não suje o ambiente... que não polua a atmosfera, percebes? – Estás a falar de um carro elétrico não é, pai? – perguntou a Clara. – Ainda esta semana falámos desses veículos na escola, no Clube do Ambiente. – É isso mesmo, Clara – concluiu o pai Rui. – São carros que usam, essen- cialmente, energia limpa e não libertam gases tóxicos. “Boa, pai!”... “Que cena, meu!”... “Vamos ser a família mais moderna do bairro...”...”E vais levar-nos à escola no carro novo...” – todos falavam e ninguém se ouvia, até que o pai Rui retomou o assunto: – Além de inesperada, esta vai ser uma despesa grande... – Mas nós sempre fizemos planos, temos as nossas economias, Rui. – É claro, Catarina! – concordou o pai Rui. – Mas tratando-se de uma despesa considerável, o nosso pé-de-meia vai sofrer um rombo... risco e incerteza 31 –... e temos de repô-lo, não é isso? – disse a mãe Catarina, completando o raciocínio do marido. – É isso mesmo! Como devemos ter sempre dinheiro guardado para fazer face a qualquer imprevisto, quando temos necessidade de recorrer às reservas, há que começar a refazê-las logo de seguida. Ainda há pouco tivemos de subs- tituir a máquina de lavar a roupa e se não fôssemos uma família prevenida... –... lá ia a roupa para casa da avó Alice para ela lavar! – exclamou a avó, entre risos e gargalhadas. – Além disso, pode falhar-nos o rendimento... – alertou a mãe Catarina. – Ninguém está livre de um acidente que nos impeça temporariamente de trabalhar. Ou até da perda de emprego! – Mas com tanta gente a poupar, num instante o mealheiro volta a encher – disse o avô Mário, em tom de brincadeira. – O que é preciso é que todos remem para o mesmo lado. – Até o Patacas pode contribuir – sugeriu o Tomás –, se comer ração mais barata! – Vamos ter de fazer algumas poupanças extraor- dinárias e alterar alguns hábitos – disse o pai Rui. – Mas não é coisa que nos meta medo, já estamos habituados... – Podemos reduzir as férias de um mês para quinze dias..., ir menos vezes ao cinema..., só almoçar fora em dias muito especiais... – Catarina foi enume- rando poupanças, como se estivesse a pensar alto. – Até agora só falaram de poupanças – interrompeu o avô Mário –, mas não se esqueçam de que os seguros também nos ajudam a viver mais tranquilos. Eu atualizei agora o seguro da casa. – O quê?!... A tua casa não está segura?... as paredes vão cair?... os enge- nheiros não fizeram bem os cálculos?... – O Tomás parou as perguntas, nada contente com a cara de troça da irmã. – Sossega, rapaz! – exclamou o avô. – Esta casa tem paredes de pedra. Esta- mos a falar de seguros: uma maneira eficaz de lidar com situações inespe- radas. – E continuou: – Quando alguém faz um seguro, paga uma quantia a uma companhia de seguros, que depois irá assumir os prejuízos que possam resultar de um imprevisto: um incêndio..., estragos no telhado devido a tempestades… – Se comprar o carro, também tenho de fazer o seguro e pensar muito bem nos riscos que quero segurar – disse o pai Rui. – Quem anda na estrada está sempre sujeito a ter um acidente. Por isso é que o seguro é obrigatório para todos… – explicou o avô Mário. – Já percebi – concluiu o Tomás. – É como costuma dizer a avó Alice: mais vale prevenir do que remediar… 32 RISCO e incerteza Também a brincar se aprende a pensar! 1. Na vida dos Moedas, tal como acontece em todas as famílias, há situações que se conhecem antecipadamente (previsíveis/esperadas) e outras que po- dem acontecer de surpresa (imprevisíveis/inesperadas). Mostra que sabes distingui-las, assinalando-as no quadro. Situações Exemplos Previsíveis Imprevisíveis Renovação do passe de autocarro. O ano letivo começa dentro de duas semanas. O Patacas fez um golpe profundo numa orelha. X Aniversário de casamento dos avós. O Tomás e a Clara vão matricular-se numa escola de línguas. Uma árvore caiu e amolgou o carro do pai Rui. Uma semana de férias na praia. A Clara perdeu o manual de Português. Compra de uma bicicleta. Rutura na canalização da casa de banho. 2. Sublinha, no texto da história inicial, as frases que referem situações que os Moedas não tinham previsto e que implicaram despesas inesperadas. 3. Risca o que não interessa, de maneira a obteres afirmações corretas. A avaria da máquina de lavar roupa foi uma situação previsível / imprevisí- vel com efeito nos rendimentos / nas despesas familiares. Para ultrapassa- rem a situação, os pais do Tomás recorreram às suas poupanças / aos avós. Entretanto, a mãe Catarina deixou de receber o pagamento de horas extraor- dinárias, o que se refletiu nas despesas / nos rendimentos da família. Assim, tiveram também de rever o seu orçamento / ordenado, de maneira a aumen- tarem / reduzirem despesas. 4. Risca as duas afirmações que não se incluem no plano que o pai Rui traçou para repor as economias da família, após a compra do carro. Desistir do almoço de domingo em casa dos avós Moedas. Fazer algumas poupanças extraordinárias. Adiar a substituição da máquina de lavar roupa. Alterar alguns hábitos, a fim de diminuir as despesas. Pedir a colaboração da família, tendo em vista uma poupança coletiva. risco e incerteza 33 5. Como explicou o avô Mário, um seguro é uma maneira eficaz de nos prote- germos dos riscos. Escreve cada uma das palavras destacadas junto da defi- nição correta: A : incerteza associada a um acontecimento que possa ocorrer no futuro, provocando prejuízos que será necessário reparar. B : contrato pelo qual alguém (a seguradora) se com- promete a pagar a outro os prejuízos causados por uma situação inesperada, mediante o pagamento de uma certa quantia. 6. Os Moedas são uma família prudente e fizeram seguros de acordo com as situações inesperadas que ocorrem com mais frequência na vida das famí- lias. Relaciona os tipos de seguro com as situações que podem resolver, escre- vendo nos quadrados os números adequados. 1 Seguro automóvel 2 Seguro de saúde 3 Seguro de responsabilidade civil (O seguro de responsabilidade civil cobre o risco de virmos a ter de pagar os prejuízos causados a outras pessoas.) 4 Seguro escolar 5 Seguro da casa A Clara torceu um pé na aula de Educação Física. A casa dos Moedas foi assaltada. A mãe Catarina foi ao dentista tratar uma cárie. 4 O Tomás caiu na escadaria da escola e foi levado ao hospital. Um curto-circuito provocou um pequeno incêndio na garagem. O pai Rui teve um pequeno acidente de viação. O Patacas rasgou os cortinados da casa dos vizinhos do Tomás. 34 RISCO e incerteza A palavra certa põe-nos alerta! Avô, toda a gente corre Muitas situações riscos? envolvem riscos, mas o importante é saber preveni-los. Arriscar também faz parte da vida – Quem não arrisca não petisca! –, mas devemos sempre avaliar as consequências... 1. Descobre os provérbios que o Tomás e a Clara aprenderam com os avós – to- dos eles relacionados com a necessidade de prevenir o risco –, colocando na ordem certa as palavras de cada uma das séries e escrevendo-os, seguidamen- te, de acordo com as regras da ortografia. (Se precisares, recorre a um dicionário de provérbios ou à internet.) A seguro velho morreu o de O seguro B prevenido dois homem por vale C que remediar vale mais do prevenir D trancas roubada à casa porta 1.1. Um dos provérbios que reconstruiste alerta-nos para o facto de, por vezes, ser necessário passarmos por situações complicadas para percebermos que é necessário prevenir os riscos. Indica a respetiva letra. R: risco e incerteza 35 O saber não ocupa lugar. 1. Para mostrares o que já aprendeste com a família Moedas, observa a banda desenhada e, seguidamente, completa o diálogo entre as personagens. Já viram os ossos que o Patacas escondeu atrás do vaso das sardinheiras?! Tem medo que a comida lhe falte! Cá em casa até o cão sabe que deve prevenir os de uma situação ! Joga pelo seguro! Vai fazendo as suas para prevenir a fome. Instinto de cão inteligente e bem educado! Já nós, além do nosso pé-de-meia, podemos fazer que nos ajudem a resolver prejuízos inesperados. Às vezes até é obrigatório: quem tem carro tem de fazer um seguro. E quem anda na escola está obrigatoriamente protegido pelo seguro. 36 RISCO e incerteza Mesmo não sendo obrigatórios, há seguros que são muito úteis: eu, como tenho medo das doenças, fiz um seguro de. E também há seguros para cães? Claro! Só que são feitos pelos donos!... Geralmente, cobrem cuidados veterinários e alguns até podem cobrir traquinices. Partir as floreiras dos vizinhos... estragar-lhes a horta... e outras habilidades raras! Ó pai, lembras-te de quando o Tomás partiu a montra do café com uma bolada? Se não tivesses um seguro de... 2. Conversa com os teus pais acerca da importância da prevenção do risco e regista, com a sua ajuda, pelo menos duas situações inesperadas às quais a tua família teve de fazer face. 3. Informa-te, junto dos teus pais, acerca dos seguros que existem para prote- ção da tua família e regista-os. 5 MEIOS DE PAGAMENTO 38 meios de pagamento Pagar na mesma moeda Texto de Maria da Conceição Vicente –A lguém viu o meu mealheiro? – a Clara procurava pela casa, irritada. – Foi o patife do Patacas que é pior do que um corvo: tudo o que acha esconde! – Se o mealheiro não andasse a passear por cima das mesas e das cadei- ras... – protestou a mãe. – É que eu gosto de olhar as minhas economias... Por isso é que tenho um mealheiro transparente – desculpou-se a Clara. – Mas hoje queria comprar uns ganchos novos para prender o cabelo! Até são baratinhos, mãe!... – Não te preocupes, Clarinha. Vais à varanda, enches um saquinho com alfazema que, por acaso, já está em flor e amanhã vais à loja e trocas pelos ganchinhos – gracejou o pai. – Compras por troca direta, como se fazia há milhares de anos, até ser inventada a moeda: trocava-se um bem por outro de valor equivalente. – Ó pai, foi por isso que o Joãozinho trocou uma vaca por três feijões, como conta a história que a avó Alice me lia para adormecer – lembrou o Tomás. – Mas esses eram feijões mágicos. Se calhar, semeavam-se e em vez de fo- lhas nasciam notas e as vagens enchiam-se de moedas – gracejou a mãe. – E havia feijões desses, mãe?! – Havia e ainda há: daqueles que se comem na sopa e nos dão força para trabalhar, ganhar dinheiro e comprar outros feijões... para fazer outra sopa... e por aí fora! – a mãe gracejou, mas logo mudou de tom: – Agora há maneiras mais modernas para fazer crescer o dinheiro, por exemplo, depositan- do no banco: além de estar protegido, podemos ganhar juros e aumentar as nossas poupanças. – Achei! – gritou a Clara. – Estava debaixo da cama, como no tempo dos bisavós. Que nervos! Nunca mais tenho uma conta e um cartão como os crescidos! Meios de pagamento 39 – Lá virá o tempo e também há contas para as pequenas poupanças dos jovens. Mas por agora podes trocar as moedas por notas, que são mais cómodas e menos pesadas. Foi por isso que elas foram inventadas. – Ó pai, se tu comprares o carro novo vais pagá-lo com notas? – perguntou o Tomás com vontade de engo- lir a pergunta logo que a irmã lhe chamou “miúdo totó”. – Achas, Tomás? As quantias muito grandes pagam-se de outras maneiras, que conhecerás mais tarde – explicou o pai. – As compras habituais podem pagar-se com dinheiro ou com um cartão de débito. – E as pequenas? Eu posso comprar uma chiclete com cartão? – Não fazia sentido, Tomás! – esclareceu a mãe. – Para as quantias muito pequenas é melhor usar moedas. E as compras do dia a dia pagam-se, geral- mente, com notas e moedas. O cartão serve, entre outras coisas, para fazer pagamentos de forma cómoda e segura, dispensando-nos de trazer demasia- do dinheiro connosco. – Mas, de qualquer maneira, para usar o cartão, temos de ter dinheiro na nossa conta bancária – acrescentou o pai. – Além disso, com o cartão podemos ainda consultar o nosso saldo bancário; saber se o ordenado já foi depositado; pagar serviços, como água, eletricidade, internet... – E se formos para o estrangeiro, temos de levar euros para fazer com- pras? – desta vez foi a Clara quem perguntou. – No estrangeiro também se pode usar o cartão. Mas, atenção! A nossa moeda oficial, o euro , é a moeda comum apenas aos países da União Europeia que deci- diram adotá-la1 – explicou o pai. – Os outros países têm outras moedas, mesmo pertencendo à União Europeia. É o caso do Reino Uni- do, da Suécia, da Dinamarca, por exemplo. – Então, querida mana?... alfazema, moedas, notas ou cartão?... Como é que vais pagar os ganchos? – Olha, Tomás, nem te respondo! Mas ainda bem que não tenho cartão, porque o Patacas, em vez de o esconder, ia de certeza roê-lo. Por agora, vou educá-lo, pagan- do-lhe na mesma moeda: sempre que esconder as mi- nhas coisas, escondo-lhe a ração. 1 O conjunto destes países designa-se por Zona Euro. 40 meios de pagamento Também a brincar se aprende a pensar! = ? = + ? 1. Se a Clara tivesse de trocar alfazema por ganchos, não saberia de quantos saquinhos precisaria para fazer a compra. Teria de conversar e entrar num acordo com o dono da loja. Mas era assim que os primeiros homens faziam as compras: trocavam um produto por outro produto (troca direta), não havendo um valor previamente combinado e válido para todos os elementos de uma comunidade. A invenção do dinheiro permitiu ao homem estabelecer um valor para cada produto, isto é, estabelecer um preço. 1.1. Imagina que o preço dos ganchos que a Clara comprou era de 2,75€. Se ela pagasse com duas moedas de 2,00€, quanto deveria receber de troco? R: 1.2. A Clara tinha 15,00€ no mealheiro. Depois de ter comprado os ganchos, quanto lhe sobrou? R: 2. Desde muito cedo que os homens perceberam que, dado o seu peso, era muito incómodo e difícil transportar muitas moedas sempre que se deslocavam para fazer os seus negócios. Surgiu, então, o dinheiro em papel, as notas. 2.1. A mãe Catarina também não gosta de trazer a carteira pesada, por isso, evita as moedas. Diz qual é a moeda que lhe falta para poder trocar cada um dos conjuntos pela nota de igual valor. + + + + = + + + + + = Meios de pagamento 41 2.2. Escreve, em cada uma das imagens e por ordem crescente, o valor das moedas que circulam no nosso país e em toda a Zona Euro. (Se precisares, pede ajuda a um adulto.) 3. Quando se deslocavam com as suas mercadorias, os comerciantes recea- vam o perigo que representava transportar grandes quantias em dinheiro. Começaram, então, a deixá-lo guardado junto de pessoas de confiança que, como garantia, lhes passavam um recibo. Foi assim que surgiram os primei- ros bancos e as primeiras notas, uma vez que os pagamentos passaram a ser feitos, não com as moedas guardadas, mas com os “recibos” que comprova- vam a sua existência no banco. 3.1. Completa o quadro com o valor de cada uma das notas a circular no nosso país e em toda a Zona Euro. (Se precisares, pede ajuda a um adulto.) 500,00 € 5,00 € 4. Como verificaste pelas explicações dadas pelo pai Rui ao Tomás, as formas de pagamento devem ajustar-se ao tipo de compra que fazemos. 4.1. Escreve junto de cada produto a letra correspondente à forma de paga- mento que escolherias para o adquirir. A Moedas B Notas C Cartão de débito Uma garrafa de água Dois livros Um sofá Os pneus do carro Uma camisola Uma esferográfica C Um frigorífico Um guarda-chuva 42 meios de pagamento 4.2. Relê a penúltima fala do pai Rui e, seguidamente, acrescenta a lista das operações mais comuns que se podem fazer com o cartão de débito, transcrevendo-as do texto. Levantar dinheiro; fazer compras; transferir dinheiro de uma conta para outra; verificar o dinheiro que entrou e saiu da conta; 5. As notas e as moedas do euro circulam apenas em 19 dos 28 países que integram a União Europeia. Assinala os três países da lista que não pertencem à Zona Euro. (Recolhe informação na internet ou pede ajuda a um adulto.) Alemanha Eslovénia Irlanda Países Baixos Áustria Estónia Itália Portugal Bélgica Espanha Letónia Reino Unido Chipre Finlândia Lituânia Suécia Dinamarca França Luxemburgo Eslováquia Grécia Malta 6. Como já sabes, há países da União Europeia (UE) que não aderiram ao euro. Para ficares a conhecer o nome das respetivas moedas, transcreve-os da lista para junto das setas indicativas de cada um desses países. 3. Coroa sueca 2. Moedas Lev da Bulgária SUÉCIA 1. FINLÂNDIA Kuna croata IRLANDA ESTÓNIA Coroa dinamarquesa DO NORTE IRLANDA DINAMARCA LETÓNIA 4. Forint húngaro REINO UNIDO PAÍSES BAIXOS LITUÂNIA 5. Zloti polaco BÉLGICA ALEMANHA POLÓNIA Libra esterlina LUXEMBURGO REP. CHECA ESLOVÁQUIA 6. Coroa checa FRANÇA ÁUSTRIA HUNGRIA ESLOVÉNIA ROMÉNIA Novo leu da Roménia PORTUGAL CROÁCIA 7. Coroa sueca ESPANHA ITÁLIA BULGÁRIA GRÉCIA 9. 8. MALTA CHIPRE Meios de pagamento 43 A palavra certa põe-nos alerta! Quanto pagas se eu te ajudar a cortar a relva, avô? Um pacote de sal. Estás... a gozar! Não. Estou a regressar à Antiguidade. Então não havia dinheiro? Havia. Mas as primeiras formas de dinheiro foram conchas, pedras... e certas mercadorias que, por serem valiosas, serviam de moeda. Moedas de metal, só mais tarde... E que mercadorias? Sal e cabeças de gado, por exemplo. E o que faziam as pessoas com o sal? O que se faz com qualquer moeda: trocavam pelos bens de que precisavam. Era fixe! Mas eu prefiro que me dês uma moeda! 1. Na nossa língua encontramos vestígios do tempo da moeda mercadoria. 1.1. Procura no dicionário o significado das seguintes palavras e regista-o. Salário (vindo do latim sale = sal) Pecúlio (vindo do latim pecus = gado) 2. Quando a avó Alice vai às compras, usa expressões curiosas para comentar os preços. Distingue aquelas que referem preços baixos A daquelas que se aplicam a preços altos B. Custar os olhos da cara Ser ao preço da chuva Ser caro como fogo Custar uma nota preta A Ser uma pechincha Custar couro e cabelo 44 meios de pagamento O saber não ocupa lugar. A história do dinheiro?... Claro que sei! 1. Escreve a legenda adequada junto de cada imagem, de acordo com a evolu- ção da história do dinheiro ao longo do tempo. Moeda Troca Cartão Moeda Papel- metálica direta de débito mercadoria -moeda (notas) 1 2 3 4 5 2. Para conheceres as moedas de alguns países que não pertencem à UE, se- gue as linhas do labirinto e escreve os seus nomes junto dos países respetivos. Rand Índia Real Rússia Yuan renmimbi Cabo Verde Dólar Macau Rupia Moçambique Iene Brasil Rublo China Escudo África do Sul Rand Kwanza S. Tomé e Príncipe Pataca Japão Metical Estados Unidos da América Dobra Angola SOLUÇÕES Necessidades e desejos DESPESAS E RENDIMENTOS Também a brincar se aprende a pensar! [Pág. 8] Também a brincar se aprende a pensar! [Pág. 16] 1. A L X E G J U P B O V C N 1. 1 I N E S P E R A D A L A Q I N U T I L D Z A U 2 N E C E S S Á R I A D M E H I O C Z I V U T M 3 S E M A N A D A I N D I S P E N S A V E L 4 D E S P E S A S S U N M S A I D L N E F R 5 R E C E I T A S P N E P C I B T H O Z S E 6 E C O N O M I A S E R A O N V L M E A X C R 7 G E R I R N L J R E S S E N C I A L 8 C O N S U M O S I Z T D A Z I O R U S M 9 O R Ç A M E N T O A D O A F R R U O V N D E 10 P O U P A R V T B N D L E J P I G H A E A L T X E S C U S A D O L V G E U F J A C N D E L 2. Resposta correta a ambas as perguntas: não. 3. Água da companhia, eletricidade e gás.; Reparação do frigorífi- co.; Pneus para o carro da família.; Alimentação/supermercado.; 2. T Quer comprar por impulso.; Procura satisfazer os seus Passe de autocarro para a escola.; Prestação do empréstimo para desejos sem, antes, refletir.; Não avalia devidamente as suas pagamento do carro. necessidades. C Antes de fazer compras, identifica as suas ne- 3.1. Passe de autocarro para a escola.; Prestação do empréstimo cessidades.; Dá prioridade às despesas necessárias.; Reconhece a para pagamento do carro. diferença entre desejos e necessidades. 3.2. As despesas com alimentação e com água, eletricidade e gás 2.1. Clara já consegue fazer uma gestão adequada dos seus gastos, são exemplos de despesas fixas / variáveis, porque a quantia enquanto Tomás ainda não distingue desejos de necessidades. a pagar depende do nosso consumo: quanto mais consumimos, 3. Resposta livre. mais pagamos. 3.1. Resposta livre. 4. A Renda de casa.; B Prestação do empréstimo para o paga- 3.2. Independentemente do prato que pesar mais, a prioridade mento do carro. deve ser sempre dada às necessidades. 4. Comprar uns ténis para o Tomás é uma necessidade de curto / A palavra certa põe-nos alerta! [Pág. 18] longo prazo, uma vez que, de tanto jogar à bola, já se romperam. Mas substituir a mobília do seu quarto, como não é urgente, é 1. Por ordem: uma necessidade de curto / longo prazo. É tarde para economia quando a bolsa está vazia. 5. Não metas o dinheiro em saco sem ver se tem buraco. 5.1. Quem compra sem poder vende sem querer. 2. Semanada. O saber não ocupa lugar. [Pág. 19] 1. Resposta livre, procurando reforçar a ideia de que, antes de fazermos uma compra devemos sempre pensar se corresponde a uma necessidade ou apenas a um desejo. 2. 2.1. Resposta livre. 3. Resposta livre. A palavra certa põe-nos alerta! [Pág. 11] POUPANÇA 1. A Nem tudo o que luz é ouro.; B Ter mais olhos que barriga. Também a brincar se aprende a pensar! [Pág. 24] 1.1. A – As coisas nem sempre são aquilo que parecem, por isso não nos devemos deixar iludir pelas aparências (ou equivalen- 1. Resposta livre, devendo a soma das parcelas das despesas per- te).; B – Se pensarmos em comida, ter mais olhos que barriga fazer o total de 7,50€. significa pensar que vamos comer mais do que aquilo que, na 2. Resposta livre, devendo a soma das parcelas das despesas per- realidade, conseguimos comer; neste caso, considerando as fazer o total de 10,00€. O saldo será de 5,00€. compras que devemos, ou não, fazer, esta expressão significa 3. Levar de casa o lanche para comer na escola.; Evitar as chi- que não devemos desejar mais do que aquilo que podemos ter cletes. (ou equivalente). 4. Resposta livre. 5. A Clara sempre pôs dinheiro no mealheiro, porque, durante a O saber não ocupa lugar. [Pág. 12] semana, não gastava tudo o que recebia.; O orçamento do Tomás 1. tinha muitas vezes saldo negativo, porque planeava gastar mais 1.1. Ir ao futebol.; Frequentar o ginásio.; Tomar o pequeno-almoço do que aquilo que recebia.; Para ter saldo positivo, o Tomás teve no café.; Ténis de marca.; Jantar mensal com os amigos. de diminuir as despesas.; Para aprenderem a poupar, o Tomás 2. a. necessitar e querer ; b. necessário e supérfluo; c. despesas e a Clara começaram a fazer um orçamento semanal.; Como já necessárias e supérfluas (ou escusadas/inúteis); d. necessida- sabem gerir o seu dinheiro, os dois irmãos põem dinheiro no des de curto prazo e necessidades de longo prazo; e. comprar mealheiro todas as semanas. por impulso ou comprar depois de pesar (ou ponderar/avaliar) 6. Mealheiro do Tomás: 3,00€; mealheiro da Clara: 4,50€. prós e contras. A palavra certa põe-nos alerta! [Pág. 26] O saber não ocupa lugar. [Pág. 35] 1. 1. 1.1. 1 Ter dinheiro para os seus alfinetes.; Ter dinheiro ao canto Clara – riscos, inesperada/imprevisível; da gaveta.; Ter um pé-de-meia. 2 Não ter dez-réis furados.; Es- Avô – poupanças; tar teso como um carapau. 3 Abrir os cordões à bolsa.; Chapa Pai – seguros; ganha, chapa gasta.; Atirar dinheiro pela janela. Tomás – automóvel; 2. 3 O dinheiro gasta-se muito facilmente. 5 Se não contro- Clara – escolar; larmos os nossos gastos, desperdiçaremos dinheiro. 4 Saber Mãe – saúde; poupar é saber ganhar para poder fazer face a necessidades no Clara – responsabilidade civil. futuro. 1 É necessário poupar para fazer face a qualquer situa- 2. Resposta livre. ção inesperada. 2 Fazendo economias a pouco e pouco, seremos 3. Resposta livre. capazes de juntar muito dinheiro. O saber não ocupa lugar. [Pág. 27] MEIOS DE PAGAMENTO 1. 1.1. (Atividade de leitura.) Também a brincar se aprende a pensar! [Pág. 40] 1.2. 1. Clara; 2. Tomás; 3. André; 4. Joana. 1.3. Gerir bem o nosso dinheiro significa não fazermos despesas 1. que ultrapassem o nosso rendimento. Mas, se soubermos gerir 1.1. 1,25€. muito bem, então, depois de feitas as despesas, ainda nos deve 1.2. 12,25€. sobrar dinheiro. É assim que conseguimos ter saldo positivo e 2. guardar no mealheiro as nossas poupanças/economias. 2.1. 0,50€; 2,00€. 2.2. 0,01€/1 cêntimo; 0,02€/2 cêntimos; 0,05€/5 cêntimos; 0,10€/10 cêntimos; 0,20€/20 cêntimos; 0,50€/50 cêntimos; 1€/1 euro; 2€/2 RISCO E INCERTEZA euros. 3. 3.1. 500€/500 euros; 200€/200 euros; 100€/100 euros; 50€/50 euros; Também a brincar se aprende a pensar! [Pág. 32] 20€/20 euros; 10€/10 euros; 5€/5 euros; 4. 1. Situações previsíveis: Renovação do passe de autocarro.; O 4. 1. A uma garrafa de água, uma esferográfica; B ou C uma ano letivo começa dentro de duas semanas.; Aniversário de ca- camisola; dois livros; um guarda-chuva; C um sofá, um frigo- samento dos avós.; O Tomás e a Clara vão matricular-se numa rífico, os pneus do carro. (Resposta esperada, de acordo com o escola de línguas.; Uma semana de férias na praia.; Compra de comportamento mais usual: pagar com moedas ou notas os bens uma bicicleta. de menor valor. No entanto, outras escolhas serão possíveis.) Situações imprevisíveis: O Patacas fez um golpe profundo 4.2. “... consultar o nosso saldo bancário; saber se o ordenado já foi numa orelha.; Uma árvore caiu e amolgou o carro do pai Rui.; depositado; pagar serviços, como água, eletricidade, internet...” A Clara perdeu o manual de Português.; Rutura na canalização 5. Dinamarca, Reino Unido, Suécia. (Pede ajuda a um adulto para da casa de banho. consultares a internet.) 2. “Estamos a precisar de trocar de carro [...]” ( “Começa a ter 6. 1. libra esterlina i Reino Unido; 2. coroa dinamarquesa i Di- umas mazelas graves e o mecânico já avisou que é urgente pen- namarca; 3. coroa sueca i Suécia; 4. zloti polaco i Polónia; 5. sar em trocá-lo [...]”; “Não estava à espera de fazer a troca tão cedo coroa checa i República Checa; 6. forint húngaro i Hungria; 7. [...]”); “Ainda há pouco tivemos de substituir a máquina de lavar novo leu da Roménia i Roménia; 8. lev da Bulgária i Bulgária; a roupa [...]”. 9. kuna croata i Croácia. 3. A avaria da máquina de lavar roupa foi uma situação previsí- vel / imprevisível com efeito nos rendimentos / nas despesas familiares. Para ultrapassarem a situação, os pais do Tomás A palavra certa põe-nos alerta! [Pág. 43] recorreram às suas poupanças / aos avós. Entretanto, a mãe Catarina deixou de receber o pagamento de horas extraordiná- 1. rias, o que se refletiu nas despesas / nos rendimentos da família. 1.1. salário i pagamento do trabalho de um empregado, ordena- Assim, tiveram também de rever o seu orçamento / ordenado, do; pecúlio i dinheiro adquirido pelo trabalho e posto de reser- de maneira a aumentarem / reduzirem despesas. va; bens. 4. Desistir do almoço de domingo em casa dos avós Moedas.; 2. A ser uma pechincha, ser ao preço da chuva; B custar os Adiar a substituição da máquina de lavar roupa. olhos da cara, ser caro como fogo, custar uma nota preta, custar 5. A riscos; B seguro. couro e cabelo. 6. 1 O pai Rui teve um pequeno acidente de viação.; 2 A mãe Catarina foi ao dentista tratar uma cárie.; 3 O Patacas rasgou O saber não ocupa lugar. [Pág. 44] os cortinados da casa dos vizinhos do Tomás.; 4 A Clara torceu um pé na aula de Educação Física., O Tomás caiu na escadaria 1. 1 troca direta; 2 moeda mercadoria; 3 moeda metálica; da escola e foi levado ao hospital.; 5 A casa dos Moedas foi 4 papel-moeda (notas); 5 cartão de débito. assaltada., Um curto-circuito provocou um pequeno incêndio na 2. rand i África do Sul; real i Brasil; yuan renmimbi i China; garagem. dólar i Estados Unidos da América; rupia i Índia; iene i Japão; rublo i Rússia; escudo i Cabo Verde; kwanza i Angola; pataca i Macau; metical i Moçambique; dobra i S. Tomé e Príncipe. A palavra certa põe-nos alerta! [Pág. 34] 1. A O seguro morreu de velho.; B Homem prevenido vale por dois.; C Mais vale prevenir do que remediar. / Vale mais preve- nir do que remediar.; D Casa roubada, trancas à porta. 1. 1. D. FICHA TÉCNICA Título Caderno de Educação Financeira ‒ 1 Autores Maria da Conceição Vicente (Textos Literários) João Manuel Ribeiro (Atividades) Fedra Santos (Ilustração e Design Gráfico) Carlos Pinheiro (Revisão de Texto) Edição Direção-Geral da Educação ‒ Ministério da Educação e Ciência Comissão de Coordenação do Plano Nacional de Formação Financeira Associação Portuguesa de Bancos Associação Portuguesa de Seguradores Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios Associação de Instituições de Crédito Especializado Conceção Editorial Editora Trinta Por Uma Linha Data 2015 ISBN 978-972-742-394-1 ISBN (versão eletrónica) 978-972-742-395-8 Impressão e Acabamento Gráfica Vilar do Pinheiro Tiragem 5.000 Exemplares Depósito Legal 399692/15 O Caderno de Educação Financeira para o 1.º ciclo do ensino básico destina-se a apoiar alunos e professores na abordagem a temas do Referencial de Educação Financeira e pode ser utilizado nos diversos contextos curriculares de aprendizagem, no âmbito das discipli- nas, das ofertas complementares ou dos projetos. Os temas do Referencial de Educação Financeira são trabalhados de forma lúdico-didática, através de cinco histórias protagoni- zadas pela família Moedas, exploradas por atividades que procuram explicitar e completar os saberes, as atitudes e os comportamentos inerentes à narrativa. A publicação deste Caderno de Educação Financeira resulta de um protocolo celebrado no âmbito do Plano Nacional de Formação Financeira entre o Ministério da Educação e Ciência, os supervisores financeiros (Banco de Portugal, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões) e quatro asso- ciações do setor financeiro (Associação Portuguesa de Bancos, Associação Portuguesa de Seguradores, Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios e Associação de Instituições de Crédito Especializado). Com esta publicação pretende-se apoiar a educação financeira dos mais novos, convictos de que esta lhes permitirá, no futuro, exercer uma cidadania financeira responsável.

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