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Bioquímica Aula 14 - 22.23 PDF

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Summary

This document provides lecture notes on bioenergetics. It discusses the different ways the body obtains energy for cellular processes from macronutrients and other essential substances. The material covers topics like autotrophic and heterotrophic processes, sources of energy, and the functions of nutrients, including how energy is converted and stored within the body.

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CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTO Bioquímica Aula 14 Professor Doutor Armando Costa [email protected] Ano letivo 2022/2023 Bioenergética Autotrófitos Heterotrófitos Formas químicas diferenciadas de obtenção de carbono do meio. Bioenergética “É um área da Fisiologia e Bioquímica que v...

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTO Bioquímica Aula 14 Professor Doutor Armando Costa [email protected] Ano letivo 2022/2023 Bioenergética Autotrófitos Heterotrófitos Formas químicas diferenciadas de obtenção de carbono do meio. Bioenergética “É um área da Fisiologia e Bioquímica que visa explicar as reações químicas que ocorrem na célula no que concerne à produção de energia” (Costa & Pinheiro, 2011) Fluxo de energia dentro de um sistema vivo. Está relacionada com a capacidade de extrair energia dos nutrientes e transformá-los em energia conversíveis. Bioenergética Bioenergética O nosso organismo converte energia química (alimentos) em energia mecânica (acções musculares) Bioenergética Nutrientes Ingestão de HC, Proteínas, Lipídos (macronutrientes) Digestão Absorção Assimilação Corrente sanguínea – meio intracelular Degradação Meio intracelular Degradação de nutrientes (Acd Gordos, Glicose, etc.) no meio intracelular originando quebras de ligações químicas obtendo-se energia química (ATP) ENERGIA QUÍMICA ENERGIA MECÂNICA Bioenergética Bioenergética Bioenergética Bioenergética Existem dois períodos funcionais durante em que o corpo fornece energia para a realização de atividades celulares. Estado Absortivo – período durante o qual os nutrientes ingeridos no trato gastrintestinal entram na corrente sanguínea. Estado Pós-absortivo – período durante o qual o trato gastrintestinal não dispõe de nutrientes, devendo a energia ser suprida pelas reservas corpóreas. ◊ NUTRIENTES Compostos químicos que, após entrarem no organismo, são utilizados para produzir energia, fornecer elementos essenciais para a formação de novas moléculas e participam noutras reações químicas. Podem ser divididos em 6 classes principais: glúcidos, lípidos, proteínas (MACRONUTRIENTES), vitaminas, minerais (MICRONUTRIENTES) e água. Bioenergética Hidratos de Carbono ➢ Facilmente disponíveis quando incluídos na dieta e facilmente metabolizáveis pelo tecido muscular esquelético; ➢Decorrente da sua suplementação oral, são armazenados nos músculos e fígado sob a forma de glicogénio; ➢O glicogénio armazenado no fígado e nos músculos, como resposta a uma baixa da glicémia, é reconvertido em glicose (glicogenólise) que por sua vez é transportada aos músculos, via corrente sanguínea, criando condições para a continuação da ressíntese de ATP pela via glicolítica Glicogénese, glicogenólise e gliconeogénese Glicogénese Gliconeogénese Piruvato Glicose 6-P Glicogénio Oxaloacetato Glicogenólise Glicerol Quando existe excesso de disponível um glicose para o Quando há menor disponibilidade fígado ou músculo, as de glicose, dá-se enzimas a da via de combinação síntese de glicogénio inversa são estimulação ativadas, enquanto que a enzima degrada o enzimática, ocorrendo Assim degradação o armazenamento de e inibição glicogénio é inibida. dá-se de glicogénio a de em glicose em glicogénio glicose 6-fosfato (glicogénese). (glicogenólise). Lípidos ➢ Constituem o substrato energético preferencial em esforços de baixa intensidade; ➢ As reservas energéticas são mais abundantes do que as de hidratos de carbono ➢ Menos acessíveis para o metabolismo porque devem ser convertidas em glicerol e AGL ➢ Só os AGL são utilizados para a ressíntese de ATP Proteínas ➢ Podem ser utilizadas como fonte energética se convertidas em glucose - via glucogenése; ➢Podem gerar AGL – lipogénese, (ocorre em situações de jejum prolongado); ➢Só os aminoácidos podem ser utilizados como substrato energético. Bioenergética Funções dos nutrientes Bioenergética ◊ FONTES DE ENERGIA A obtenção de energia para a atividade física provém da degradação dos vários nutrientes ingeridos. Obtém-se assim energia química, que possibilita todas as actividades celulares. Bioenergética ◊ FONTES DE ENERGIA COMO? A quebra das ligações existentes nos macronutrientes serve para produzir ATP, que é o substrato energético de todas as reações celulares. O ATP é a fonte imediata de energia para a contração muscular. Como o músculo tem muito pouco ATP armazenado, este tem que ser continuamente sintetizado para permitir as contrações musculares O ATP ARMAZENA E TRANSFERE A ENERGIA DOS ALIMENTOS Reservas de Energia ➢ Em repouso, o organismo humano utiliza hidratos de carbono e gorduras para a produção energética. ➢As proteínas fornecem muito pouca energia para a actividade celular, têm no entanto uma importante função anabolizante tissular. ➢Na actividade física aeróbia intensa, o organismo humano utiliza, predominantemente, hidratos de carbono. Esta utilização é tanto mais significativa quanto mais intenso for o esforço. A inversa também é verdadeira, uma menor intensidade implica uma maior participação percentual de lípidos.  Libertação de Energia: Exergónico – processo químico ou físico que liberta energia. Endergónico - processo químico ou físico que armazena ou absorve energia.  Metabolismo é o conjunto de todas as reacções bioquímicas podendo dividir-se em:  Anabolismo: conjunto de reações que sintetizam substâncias mais complexas a partir de compostos mais simples. As reações anabólicas são endergónicas.  Catabolismo: conjunto de reações que degradam susbstâncias mais complexas originando outras mais simples. As reações catabólicas são exergónicas ATP (Adenosina Trifosfato)  Composto químico que está presente em todas as células (Adenosina ligada a 3 grupos de ácido fosfórico);  Moeda de energia celular - O ATP é o elemento de ligação na transferência de energia dos alimentos para os sistemas funcionais da célula;  O ATP tem de ir sendo formado em cada instante à medida que a actividade muscular se mantém, já que, nas células não existem reservas de ATP em quantidades significativas. Bioenergética – Prod. Energia O ATP substrato energético que está presente toda a act. celular. O ATP é armazenado na fibra muscular e posteriormente transformado em energia mecânica. Hidrolizar ATP pela acção da miosina ATPase ENERGIA QUÍMICA ENERGIA MECÂNICA Contracção Muscular ATP 3 segundos (Adenosina Trifosfato) A concentração de ATP a nível muscular é muito baixa, suportando apenas dois a três segundos de esforço. Ressíntese de ATP Via Aeróbia Via Anaeróbia Dispêndio energético Duração Intensidade Tipologia de actividade Condições de prática (altitude, temperatura e humidade) Atividades Resistência Potência Velocidade Reservas de Energia ➢ Existem 3 vias para obtenção de ATP: (1) via anaeróbia alática a partir da creatinafosfato (ou fosfocreatina); (2) via anaeróbia lática a partir dos glúcidos; (3) vias aeróbias a partir de todos os macronutrientes. Reservas de Energia ➢As duas primeiras vias não têm necessidade de oxigénio e por isso denominam-se anaeróbias. ➢O primeiro mecanismo não produz ácido lático, pelo que se denomina de via anaeróbia alática. ➢O segundo mecanismo origina ácido lático, pelo que se chama via anaeróbia lática. ➢O terceiro grupo de mecanismos apenas consegue funcionar consumindo oxigénio, e por isso designa-se de aeróbio. Revisão Bioenergética Exercícios de intensidade baixa e moderada em que a absorção de oxigénio é suficiente para as necessidades. Exemplos: Tarefas diárias, estar sentado, corrida lenta/moderada. (noção de intensidade individual) Limitação: Reservas de nutrientes Exercícios de intensidade alta em que a absorção de oxigénio não é suficiente para as necessidades do esforço. Exemplos: Esforços máximos até 2/3’. Limitação: Produção de lactato Exercícios de intensidade alta em que o organismo recorre a reservas de ATP e PC. A absorção de oxigénio não é suficiente para as necessidades do esforço. Exemplos: Esforços máximos até cerca de 15/20s. Limitação: Reservas de ATP e PC Aeróbio Mais de 2/3’; pode prolongar-se por várias horas Correr mais de 2/3 Km Anaeróbio lático Até cerca de 2/3’ Correr 400/800/1000 m Anaeróbio alático Até cerca de 15/20’’ 100m, saltos, mudanças de direção, remates, lançamentos Sistema ATP-PC ou dos Fosfatos de Alta Energia A fosfocreatina (PCr) é uma substância altamente energética presente nas fibras musculares (4/5 vezes superior ao ATP). Em repouso, é produzida nas fibras musculares por desfosforilação (= remoção de um grupo fosfato, P) de ATP. Como se trata de uma reação reversível, a PCr acumula-se nas células musculares e é altamente energética, podendo ser utilizada na síntese de ATP. Quando os níveis de ATP começam a baixar, em períodos de atividade muscular, dáse a reação inversa: o ADP reage com a PCr para produzir ATP e creatina. Sistema ATP-PC ou dos Fosfatos de Alta Energia  Quando o ATP começa a ser gasto na contração muscular a energia da PCr é transferida rapidamente de volta ao ATP (ressíntese do ATP) e deste para os sistemas funcionais da célula. Creatinaquinase ATP+C CP PCr+ADP CK C + Pi + energia ADP + Pi + energia ATP ATPsynt Sistema ATP-PC ou dos Fosfatos de Alta Energia  Nos primeiros segundos de actividades musculares intensas a concentração de ATP mantêm-se constante. Ao invés as concentrações de PCr diminuem à medida que se vai degradando para permitir a ressíntese do ATP gasto;  Quando ocorre a exaustão, os níveis destes substratos são baixos sendo incapazes de produzir energia. Balanço energético = 1 mol de ATP Resumindo… Via anaeróbia alática: ✓Permite manter os níveis de ATP desde que haja PCr disponível na célula; ✓É a que permite esforços de maior intensidade, pois a produção de ATP é muito rápida, estando apenas dependente de uma única reacção enzimática; ✓Durante contrações musculares intensas, os níveis de PCr esgotam rapidamente, porque esta existe em escassas quantidades no músculo – a PCr e o ‘pool’ de ATP pré-formado presentes nas células dão energia suficiente para manter contrações máximas por 7 a 10 segundos; ✓Produz 1 mole de ATP através de 1 mole de PCr. Sistema Glicolítico (Via anaeróbia lática) Características gerais • Sistema predominante em esforços de intensidade elevada com uma duração entre 30s e 1 m; •Sistema caracterizado por uma grande produção e acumulação de ácido láctico; • Processo Anaeróbio que ocorre no Citoplasma (Citosol) Sistema Glicolítico (Via anaeróbia lática) • Produção de 2 mole de ATP através da degradação de uma mole de glicose. Sistema Glicolítico (Via anaeróbia lática)  Este sistema permite obter energia (ATP), através da decomposição de uma molécula de glicose;  É um sistema eficaz porque o músculo consegue degradar glicose rapidamente e de produzir grandes quantidades de ATP durante curtos períodos de tempo.  1 mole de glicose vai originar 2 moles de ATP; Sistema Glicolítico (Via anaeróbia lática)  O produto final deste sistema são 2 moléculas de ácido pirúvico que sem presença de O2 vão dar origem a 2 moléculas de ácido láctico através da enzima lactato desidrogenáse (LDH);  As quantidades de ácido láctico que se vão acumulando no músculo originam diferentes consequências para o organismo; GLICÓLISE ANAERÓBIA Glicogénio Glicose 2 ATP Piruvato O2 Insuficiente Acd Láctico Aumento de intensidade de exercício necessidade de produção de energia ultrapassa velocidade a que O2 entra nas mitocôndrias. Piruvato sem O2 não consegue passar a acetil- co A e passa a lactato. Acidose Sistémica Sistema Glicolítico (Via anaeróbia lática) CONCLUSÃO O metabolismo anaérobio não é possível a partir de gorduras, mas apenas a partir dos glúcidos ou através da neoglucogénese (transformação proteica em glucose) Piruvato altamente instável transforma-se sempre em acetil Co-A (presença de O2) ou em lactato (ausência de O2). Balanço energético = 2 mole de ATP Sistema Oxidativo Características gerais  Utiliza o oxigénio e produz ATP na mitocôndria;  Fornece muito mais energia (ATP) do que o sistema anaeróbio;  É o processo energético predominante em esforços prolongados e/ou de baixa intensidade. Sistema Aeróbio (Glúcidos) Balanço energético = 39 mol de ATP Sistema Aeróbio (Glúcidos) • Ácido pirúvico da glicólise é convertido em Acetil CoA; • Acetil CoA entra no ciclo de Krebs e forma 2 ATP, CO2 e hidrogénio; • Hidrogénio é transportado por coenzimas para a cadeia de transporte de electrões; • Oxidação de Glúcidos; • Cadeia de transporte de electrões produz 34 ATP e H2O; • Uma mole de glicogénio pode produzir até 39 moléculas de ATP. GLICÓLISE AERÓBIA Glicogénio Produção AEROBIA de energia a partir dos Glúcidos Glucose Piruvato produzido no Citosol originário da Glucose e AA. H2O Calor 34 ATP Piruvato O2 Suficiente Acetil CoA O2 Insuficiente Acd Láctico H+ CO2 Cadeia Transp. Electrões Sistema Aeróbio (Lípidos) • Os triglicéridos são degradados através da lipólise convertendo-se em glicerol e ácidos gordos livres (AGLs); • Os AGLs transformam-se em acetil-CoA através da Beta-Oxidação ocorrendo este processo na mitocôndria; • O passo crítico da oxidação dos AGLs ocorre na sua passagem do citoplasma para dentro da mitocôndria que é um processo bastante moroso; • A travessia dos AGLs para a membrana mitocondrial está dependente da enzima carnitina-transferase; • Só se pode obter energia das gorduras de forma aeróbia; Sistema Aeróbio (Lípidos) • Acetil CoA entra no ciclo de Krebs e forma 2 ATP, CO2 e hidrogénio; • Hidrogénio é transportado por coenzimas para a cadeia de transporte de electrões; • Cadeia de transporte de electrões produz 34 ATP e H2O; • Uma mole de glicogénio pode produzir até 39 moléculas de ATP. Trigliceridos Acd. Gordos ADP+Pi ATP H2O Calor ATP Beta Oxidação Acetil CoA H+ CO2 Cadeia T. Electões Sistema Aeróbio (Lípidos) Ingestão Lípidos Triglicéridos Lipolise Glicerol Atravessam membrana celulares “citoplasma” inicia processo da fragmentação (Beta Oxidação) Clivagem do Acd gordo” resulta da ligação Acetil-CoA A. Gordos Vai degradar CoA em dióxido carbono e hidrogénio Lipogénese Triglicéridos * Glicerol Atmos de Hidrogenio são oxidados C.T.Electrões A. Gordos Actuam, quando as reservas de Glicogénio hepático apresenta deficit para o metabolismo energetico. Neoglucogénese TT Bioenergética Funcionamento das 3 vias energéticas  A acção dos sistemas ocorrem simultaneamente, embora exista preponderância em determinado Sistema.  Os vários sistemas apresentam potencias energéticas distintas: Fosfagénios Glicólise Oxidação Potencia (Kcal/min) 36 16 10 Factor Limitativo rápido esgotamento de reservas Acidose induzida pela Acido Láctico Capacidade de transporte e utilização O2 Adaptado de Santos, P. (2008), Fisiologia do Exercício Vol I; colecção Fitness é Manz Vias energéticas Vias energéticas Santos, P. (2008), Fisiologia do Exercício Vol I, pg17; colecção Fitness é Manz Capacidade Oxidativa Quais os factores determinantes ? Actividade das enzimática (oxidativa) na fibra muscular; Características histoquímicas das fibras musculares e densidade mitocondrial ; Treino aeróbio; Disponibilidade em oxigénio e actividade álveolo-capilar . Obrigado pela atenção dispensada Armando Costa (Phd) [email protected]

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