Bacteriologia - Documentos Google PDF
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Summary
This document contains information about bacteria, including Staphylococcus, its characteristics, and related pathologies. It also describes various factors of bacterial virulence and the diagnostics associated with them. The document provides insight into the role of bacteria in various human diseases and conditions.
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33 Staphylococcus - cocos gram + Cocos gram + arranjos em cachos Família Micrococcaceae São imóveis; aeróbios ou anaeróbios facultativos; altas concentrações de NaCl; em temperaturas de 18/40 graus (resistente ao congelam...
33 Staphylococcus - cocos gram + Cocos gram + arranjos em cachos Família Micrococcaceae São imóveis; aeróbios ou anaeróbios facultativos; altas concentrações de NaCl; em temperaturas de 18/40 graus (resistente ao congelamento/descongelamento e sobrevive em alimentos a -20 graus) SalmanitoléummeioseletivoparaStaphylococcus(seforaureus,crescecomumacor diferente por conta do manitol) Patologia das infecções: - habilidade em evadir da fagocitose - expressar proteínas de superfície que levam a adesão nos tecidos - produz toxinas e enzimas que levam ao dano do tecido - S. aureus produz a maior variedade de fatores de virulência Fatores de virulência: - cápsula - camada mucoide-biofilmes - S.epidermidis é fonte comum de infecções de dispositivos médicos - proteína de superfície relacionadas à adesão que reconhecem moléculas adesivas da matriz (proteina A, ligadoras de fibronectina, colágeno, fator de aglutinação - coagulase ligada) 34 - toxinas secretadas: citolíticas (alfa, beta, delta, gama e leucocidina de panton valentine - destroi leucocitos); superantígenos (toxinas esfoliativas, enterotoxinas, toxina 1 da síndrome de choque tóxico) - enzimas: → coagulase: coagulam o fibrinogênio do sangue, transformando-o em fibrina (isolam a infecção); difere aureus (produz) dos demais que são negativos; - coagulase livre: reage com fator plasmático/coagulante onde se mistura o plasma com a bactéria emumtuboeseobservaaformaçãodecoágulocom primeiro conversão de fibrinogênio em fibrina; identificada pelo teste detubo; formaumacápsuladefibrinaemvoltadacolôniabacteriana,protegendo-adas células do sistema imune; alguns podem ter a livre, mas não a ligada e vice-versa, por isso fazer esses testes para confirmar se é coagulase + - coagulase ligada:fatordeaglutinaçãodabactérianasuperfíciedabactériase liga diretamente ao fibrinogênio; identificada pelo teste de lâmina; coagulase ligada contribui para a formação de biofilmes → fibrinolisina ou estafiloquinase: dissolve os coágulos de fibrina → hialuronidase: hidrolisa ácidos hialurônicos → lipases: hidrolisam lipideos e garantem sobrevivência em areas sebaceas do corpo → nuclease: hidrolisar DNA 35 Todos os indivíduos possuem SCoN (coagulase negativo) na pele S. aureus: - causam doença por produção de toxinas: → síndrome da pele escaldada: produção deenzimaesfoliativacomformaçãode bolhasnapelecomlíquidosemmicrorganismo;principalmenteneonatosecrianças ou adultos imunocomprometidos →impetigobolhoso:formalocalizadadasíndromedapeleescaldada;formaçãode bolhas na pele onde se encontra toxina no local → intoxicação alimentar: o aquecimento do alimento vai matar as bactérias mas nãoatoxinaqueétermoestável;carnesprocessadas,boloscomcremes,saladade batata, sorvetes; início rápido dos sintomas; sintomas de enterocolite; as cepas produzem tanto enterotoxina A quanto toxina citolítica →síndromedochoquetérmico:bactériaprodutoradeTSST-1 navaginaouferida, liberando a toxina no sangue; descamação da pele - causam doenças por invasão direta e destruição tecidual: → infecção cutânea: foliculite (terçol - inflamação com aureus no folículo piloso), furúnculos (extensão da foliculite, nódulos grandes e doloridos), carbúnculo (furúnculos se expandem para tecido subcutâneo), infecções de feridas (após trauma ou cirurgias) → bacteremia (bacteria crescendo no sangue): mais de 50% dos casos é após cirurgia ou uso continuado de cateter → endocardite: infecção no endocardio pela disseminação da bacteremia → pneumonia: disseminação pelo sangue e chega nos pulmões (bacteremia ou endocardite) ou após aspiração de secreções orais → osteomielite: infecção nosossos;disseminaçãohematoouinfecçãosecundária (decorrente de trauma) → artrite séptica: pessoasquerecebeminjeçõesintraarticularesouquepossuem articulações com anormalidades mecânicas (joelho, ombro) SCoN: endocardite - causa de endocardite de válvulas artificiais - introduzido no momento da substituição SCoN: infecções de cateter: - S.epidermidis: com glicocálice → biofilmes → adesão, proteção contra sistema imune e antibacterianos SCoN: infecções do trato urinário: - S. saprophyticus: principalmente em mulheres jovens sexualmente ativas 36 Diagnóstico: - morfologia: cocos - coloração de gram: + - arranjo: estafilococos - cultura com ágar sangue → colônias branco cremoso → aureus pigmentados amarelos - prova da catalase: converte H2O2 em H2O e O2; coloca na lâmina a bactéria e pinga H2O2, se produzir a catalase, se vê bolhas - provadacoagulase:positiva→aureus;negativa→SCoN(seforurina,podefazer ensaio com novobiocina (antibacteriano) em disco, se for resistente é saprophyticus, se não for continua sendo SCoN) - detecção de toxinas com ensaios imunológicos (ELISA ou PCR) Staphylococcus são catalase positivos e aureus é coagulase positivo e os outros staphylococcus são negativos Streptococcus e Enterococcus são catalase negativos Paradiferenciarstreptococcus,fazotestedehemólise;noágarsangue,teráhemólise alfa hemolítico com zona de hemólise verde (pneumoniae), beta hemolíticocomzona de hemólise clara (pyogenes e agalactiae) e gama hemolítico (enterococcus) Dá para diferenciar pelo teste de sorologia de Lancefield: pneumoniae é negativo, pyogenes é A e agalactiae é B 37 Streptococcus - cocos gram + Ausência de endósporos (estruturas de resistência em resposta a condições ambientais, como desidratação) Organizados em cadeias ou pares Gram + Enzima catalase: são catalases negativos Anaeróbios facultativos e alguns são microaerófilos (precisam de um quantidade de CO2) São fastidiosos: precisam de requisitos nutricionaiseambientaisexigentesparaoseu crescimento S. agalactiae, pneumoniae e pyogenes Classificação e forma de diferenciação de Streptococcus: - padrões hemolíticos: → hemolisinas: toxina que perfura células (hemácias) liberando hemoglobina no meio → hemolisinas alfa (pneumoniae): causam hemóliseparcialaoredordascolônias de bactérias, resultando em uma área verde → hemolisinas beta (pyogenes e agalactiae): causam hemólise completa noágar sangue, resultando em uma área clara e transparente ao redor da colônia, por conta da destruição completa das hemácias e da liberação de hemoglobina → hemolisinas gama (enterococcus): não causam hemólise - padrões sorológicos: → carboidratos de Lancefield: antígenos (polissacarídeos) na parede de algumas bactérias streptococcus → grupo A (pyogenes) → grupo B (agalactiae) → … → pneumoniae não é descrito dessa forma S. pyogenes: - principal local de colonização: trato respiratório superior e pele - beta hemólise e grupo A - comproteínaMnaparede:antígenoqueativaosistemaimunológicoproduzindoAc antiproteínaM;elapodevariar(váriasvariantesdaproteína)ecriaresistência,isso acontece um acúmulo de anticorpos - AcantiproteínaMpodemseligaraomiocárdio,masissoacontecepqaproteínaM tem sequências de aminoácidossemelhantesaproteínadohospedeiro,eissofaz 38 queoAcseligueaessasproteínas,gerandoumarespostainflamatóriaautoimune, que leva a febre reumática - produz estreptolisinas S (é uma hemolisina; não imunogênica, não estimula produção de Ac; estável em O2; causa lise de hemácias, leucócitos e plaquetas; responsávelpelabetahemólise)eO(éumahemolisina;imunogênica;instávelem O2,seligaaocolesterol,formandoporosquelevamàlise;hemáciassãoprincipal alvo; teste anti-estreptolisina O para detectar Ac no soro do paciente) - produz estreptoquinases: dissolvem coágulos (convertem plasminogênio em plasmina que degrada a fibrina) permitindo que a bactéria escape de áreas com coágulos - produzDNAsesAeB: degradamDNAliberadopelascélulasdohospedeiro,como leucócitos mortos, durante resposta imune - produz exotoxinas pirogênicas estreptocócicas:levamaumarespostainflamatória grave, relacionada a doenças como febre escarlatina, síndrome do choquetóxico estreptocócico e fascite necrosante - manifestação clínica: → supurativas: fascite necrosante, faringotonsilite bacteriana, faringite → nãosupurativas(consequênciastardias):febrereumática(sequeladefaringite), glomerulonefrite aguda (sequela faringite) S. agalactiae: - beta hemólise e grupo B - coloniza trato gastrointestinal e genito-urinário - 10-30% das mulheres são portadoras transitórias: passa para o bebe no parto normal S. pneumoniae/pneumococo: - diplococos - alfa hemólise e sem classificação de Lancefield - colônias sofrem autólise com o tempo: porção central côncavo - com cápsula de polissacarídeos que inibem ação de fagócitos - controle: TSA (teste de suscetibilidade antimicrobiana para avaliarasensibilidade da pneumoniae aos antibióticos), vacinação PLU10/PUC 23 39 Enterococcus - cocos gram + Gram + Sem endósporos Aos pares ou cadeias curtas Catalase negativo: teste da catalase pode ser feito, se liberar bolha (O2) será staphylococcus Grupo D de Lancefield Cocos entéricos: no intestino e trato gastrourinário E. faecalis e faecium E. gallinarum e casseliflavus: raramente causam doenças, são resistentes a antibióticos Para diferenciar enterococcus de streptococcus pneumoniae se faz meio enriquecido com sangue, NaCl e sais biliares Crescem bem em microaerofilia A maioria é não hemolítico Forma biofilmes com produção de matriz extracelular E. faecium: resistente a vários antimicrobianos, aquisição de genes de resistência mediada por plasmídeos Fatorderiscoparainfecção:pacienteshospitalizados,usodeantibactericidadeamplo espectro (com microbiotanaturalsendodestruída,osenterococcusseproliferam),uso prolongado de cateter urinário ou intravascular Doenças: peritonite, endocardite e bacteremia hospitalar Diagnóstico: - microscopia - cultura - provas bioquímicas: catalase (-); crescimentoemcaldocomNaCl6,5%(turvação, mudançadoindicadordepúrpuraparaamarelo);crescimentoemaltaconcentração de sais biliares (meio é bile esculina, onde hidrolisam a esculina, ficando preto); para diferenciar o enterococcus, fazer prova de arabinose (faecium) e prova de piruvato (faecalis) Tratamento: - aminoglicosídeo + ampicilina, penicilina - resistência à vancomicina; pode passar plasmídeo para staphylococcus 40 Bacilos gram positivos Podem ser encontrados em alvéolos Divididos em: - bacilos gram positivos esporulados - bacilos gram positivos não esporulados Bacillus spp: - maioria são saprófitas: se alimentam de matéria orgânica morta ou em decomposição - alguns são oportunistas, exceto: Bacillus anthracis (patógeno obrigatório) - aeróbios ou facultativos - produzem esporos (contém o material genético) e podem ser dispersos Bacillus anthracis: - causa antrax (carbúnculo): infecção humana por contato com animaisgeralmente herbívoros (cutânea, inalatória, gastrointestinal) - produção de toxina: bacteremia, hemorragia, necrose - com cápsula - linfonodos: local de infecção ativa Bacillus cereus: - causa gastroenterites e infecções oculares - doença hemética: cereulide (toxina termoestável mesmo após ação de calor), provoca vômitos e dor - diarreia: ação de 4 toxinas entéricas termolábeis (sensíveis ao calor) Listeria spp: - isolados - não esporulados 41 - produtores de CATALASE (+) - com flagelos peritríquios em temperatura ambiente Listeria monocytogenes: - carnes, parte da flora fecal, vegetais em decomposição - alimentos deixados na geladeira: listeria monocytogenes cresce a 4 graus - perigoso em grávidas podendo levar a infecção na placenta ou líquido amniótico - pode causar meningite e encefalite, bacteremia (bactérias na corrente sanguínea) - com listeriolisina O Corinebactérias: - não esporulados - com tendência a formarem agrupamentos de bacilosdescritoscomopaliçadasou forma de letras chinesas - diphtheriae: causador da difteria (infecção respiratória que afeta a garganta e as vias aéreas superiores) mediada por toxina diftérica; vacinação (difteria, tétano e coqueluche) 42 Enterobactérias (coliformes) São bactérias que pertencem à família enterobacteriaceae - patógenos primários (causam doenças em hospedeiros saudáveis, sem necessidadedeumfatorparaacontecerainfecção):Shigella,Salmonella,Yersinia, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae - patógenos oportunistas: Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus, Citrobacter, Enterobacter, Providencia, Morganella e Serratia São bacilos gram negativas, em formato de bastonete, que se encontra no trato gastrointestinal Crescem em colônias como MacConkey e EMB Testes bioquímicos: - são catalase positivas - são oxidase-negativas (as gram negativas não fermentadoras são oxidase positivas) - fermentam glicose - reduzem nitrato a nitrito Algumas são patogênicas e outras são comensais Exemplos:Escherichia coli,Klebsiella spp.,Enterobacterspp.eCitrobacter spp.. Reação de oxidase: - para ver se tem presença de enzima citocromo C oxidase (faz transporte de elétrons na cadeia respiratória) - reagente indicador (comotetrametil-p-fenilenodiamina)éaplicadonacolônia→se abactériatemcitocromocoxidase,oreagenteseráoxidado,mudandodecor(roxo ou azul) → se não tem enzima, não tem cor Escherichia coli: - são lactose positivas no meio MAC (MacConkey) - algumas cepas fazem beta hemólise - normalmente móveis - indol positivo (capaz de metabolizar triptofano para indol) - citrato negativo (não usa citrato como única fonte de carbono) - urease negativa (não degrada ureia para produzir amônia) - grupos patogênicos em infecções intestinais (sorotipos = variantes): → EPEC (enteropatogênica): comum em diarreia infantil; adesão ao intestino delgado sem produção de toxinas → ETEC (enterotoxigênica): produz enterotoxinas (termolábeis e termoestáveis), causando diarreia aquosa 43 → EIEC (enteroinvasora): invade células epiteliais do intestino no cólon, provocandodiarreiainflamatória(sangue,mucoeleucócitosnasfezes);fazissode maneira indistinguível a shigella; são imóveis e lisina negativo → EHEC (enterohemorrágica): produz toxinas Shiga, associada a síndrome hemolítico-urêmica; a toxina tem subunidade A (N-glicosidase que inibe síntese proteica) e B (se liga a glicolipídeos na superfície celular, no glicolipídeo Gb3); o gene da toxina é transportado por bacteriofagos (introduzem genenogenomade EHEC) → EAEC (enteroagregativa): adere em "empilhamento de tijolos", causando diarreias persistentes aquosas, mucoide; produz biofilme e toxinas - infecções do trato urinário: →comcapacidadedeadesãonascélulasepiteliaisporfímbriasepiliepodelevar a septicemia - septicemia (resposta inflamatória grande, quando entram na corrente sanguínea liberando toxinas) e meningite neonatal (40% dos casos): associada ao antígeno K1, que confere resistência à fagocitose e está relacionado a invasão do SNC Salmonella - Salmonella enterica - Salmonella bongori - lactose negativa - redução de nitrato positiva - indol negativa - citrato positiva - urease negativa/positiva dependendo da cepa - lisina positiva - mobilidade positiva - classificada em sorotipos: antígenos O, H e Vi (cápsula) → salmonella sorotipo Typhi: só em humanos e causa febre tifoide → salmonella sorotipo enteritidis: ovos e aves → salmonella sorotipos paratyphi A, B e C → salmonella sorotipo Choleraesuis (suínos) e Dublin (gado) Shigella: - lactose negativa - redução de nitrato positiva - indol positiva - citrato negativa - urease negativa - lisina negativa 44 - mobilidade negativa - subgrupo A: Shigella dysenteriae - subgrupo B: Shigella flexneri - subgrupo C: Shigella boydii - subgrupo D: Shigella sonnei Como isolar? - citratopassadeverdeparaazul:verseabactériausaocitratocomoúnicafontede carbono; vai produzir alcalinidade, mudando pH e cor - fenilalanina desamina passa de amarela para esverdeado no bisel 45 - ureia (urease) passadeamarelaparatotalmenterosa(Proteusspp),rosanobisel (Klebsiellasp):versebactériaproduzureasequequebraaureiaemamônia(meio fica alcalino) e CO2 - fermentaçãodelactose(TSI-lactose,glicoseesacarose):versebactériaécapaz defazeressafermentação;sefermentarvaiproduzirácidoquealteraopHdomeio e causa mudança de cor (vermelho para amarelo) - teste de H2S (sulfeto dehidrogenio-TSI):verseabactériaproduzH2S→forma precipitado preto por formação de sulfeto de ferro - indol: ver se a bactéria metaboliza o triptofano (fica vermelho) - SIM: ver a bactéria é móvel → fica turvo se for móvel → também dá para verindolemobilidadecomadiçãodoreagenteKovac;oindol fica com anel vermelho e H2S fica preto 46 - MIO: motilidade, indol e ornitina com adição de reativo Kovac - LIA (lisina): ver se a bactéria consegue descarboxilar lisina se transformando em cadaverina → amarelo para roxo anaeróbico aeróbico 47 Bacilos gram negativos não fermentadores Aeróbios Não esporulados Não usam ou degradam carboidratos pela fermentação Pseudomonas, Oligella, flavobacterium Teste de oxidase: positiva, tem a enzima citocromo c oxidase, parte da cadeia de transporte de elétrons em bactérias que fazem respiração aeróbica Pseudomonas: - móveis - estritamente aeróbios - oxidase positiva - aeruginosa: → flora normal do trato intestinal → baixa patogenicidade para pacientes com defesasnormais;foliculites,infecção noouvido,infecçãodacórnea(porlesãocomusodelentesecirurgia),osteomielite, infecção em queimados, pneumonia em pacientesemUTI,infecçãoempacientes com fibrose cística, meningites, endocardites → no exame direto: são mais finos que enterobactérias → isolamento: crescem bem em ASC e MacConkey, e pode ser mucoide →identificação:oxidasepositiva,cheirotípico,colôniasgrandes,pigmentadas,com beta-hemólise e lactose negativa → piocianina: pigmento azul-esverdeado; gera espécies reativas de oxigênio, causando dano oxidativo nas células → mecanismos de resistência: resistência intrínseca → produz beta lactamases AmpC; bombas de efluxo que expulsam antibióticos para fora da célula bacteriana → resistência adquirida: beta lactamases, carbapenemases (são betalactamases que degradam carbapenêmicos; metaloenzimas), enzimas modificadoras de aminoglicosídeos (resistência à gentamicina e amicacina) Acinetobacter: - forma de cocobacilos ou diplococos semelhantes as neisserias - patógeno oportunistas: ameaça para pacientes em situação crítica→pneumonia, infecções sanguíneas, urinárias, feridas na pele e tecidos moles - crescem em MacConkey e ASC - são oxidase negativos - resistência com carbapenemases - sensível somente a polimixina 48 - teste de MBL (E-test): positivo; detecta a produção de metalo-beta-lactamases (MBL) → confirma resistência a carbapenêmicos Burkholderia cepacia: - interesseembiotecnologia:antifúngico,antinematódeos,aceleradordocrescimento de plantas, biorremediação - patógeno oportunista em pacientes críticos: trato respiratório de paciente com fibrose cística - alta resistência intrínseca - sensível a: sulfa+trimetoprim*, ceftazidima*, cloranfenicol, minociclina*, imipenem, meropenem* e algumas fluoroquinolonas *por disco-difusão Stenotrophomonas maltophilia: - não patogênica para pessoas saudáveis - infecção pós trauma com máquinas agrícolas (pq ela tá presente no ambiente rural) - pacientes críticos: bacteremias, ITU, pneumonia, peritonite,infecçõeshospitalares associadas ao uso de ventilação mecânica - resistênciaintrínsecacomproduçãodebeta-lactamases,alteraçãodeproteínasde membrana - sensível a: sulfa+trimetoprim (+Ticarcilina/Clavulanato), minociclina; piperacilina+tazobactam, doxacilina ativa em pacientes com FC Chryseobacterium: indologenes; não cresce em MacConkey Elizabethkingia meningoseptica: oxidase positiva, indol positiva, pigmento amarelo-laranja (flexirrubina) 49 Cocos gram negativos Neisseria e Moraxella São diplococos gram negativos Neisseria spp: - comexceçãodaN.gonorrhoeae,sãopartedaflorahumananormal:demembranas mucosas (cavidade oral, trato genital) - e a maioria são não patogênicas, tirando a gonorrhoeae e meningitidis - neisseria meningitidis: infecção inicia no TRS → oxidase e catalase positiva e encapsulada; metaboliza glicose e maltose (a gonorrhoeae não) → microaerofilia → se encontra no trato nasofaringe, permanecendo inofensiva; se torna ofensiva com imunidade comprometida, danos a barreira mucosa, entrar na corrente sanguínea(bacteremia),invadiroSNC,mutaçãocomgenesvirulentostornaacepa mais agressiva → com sorogrupos (parte da cápsula): A, B, C, W-135, Y →avacinaçãocomavacinameningocócicaACWY(conjugada)levaaproduçãode anticorpos bactericidas contraospolissacarídeoscapsularesdossorogruposA,C, Y e W-135 → septicemiameningocócica:respostainflamatóriasistêmicadocorpoàpresença de toxinas na corrente sanguínea → meningite: inflamação das meninges (membrana que envolve o cérebro e medula) → isolamento em ágar chocolate → identificação: catalase e oxidase, metabolização de glicose e maltose Haemophilus influenzae: - cocobacilo gram negativo - anaeróbio facultativo - oxidase e catalase positiva - associado a várias infecções humanas - tipos a, b, c, d, e, f, sendo que a b causa meningites - precisa de fatores de crescimento como fator X (hemina) e V (NAD) no ágar chocolate (não cresce em ASC) - causa pneumonia, bronquite e sinusite em crianças e pessoas imunocomprometidas; causa meningite principalmente em crianças, otite média (tipo b) 50 Streptococcus pneumoniae/pneumococo: - primeira causa da pneumonia comunitária - causa bacteremia - causa mais comum de meningite em adultos - % dos casos de otite média aguda - vacinas anti-pneumococo polissacarídicas e conjugadas - identificação:cocosgrampositivosaospares,cápsulapodeservisívelemformade halo ao redor da bactéria; testes (aglutinação de látex) 51 - cultura: meio com sangue (ASC), colônias alfa hemolíticas e mucoides;ágarcom bile, sendo capaz de solubilizar a bile - teste da optoquina, sendo sensível a ela 52 Cocos gram negativos e infecções sexualmente transmissíveis ISTs: Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Treponema pallidum (sífilis), Haemophilus ducreyi (cancroide) Doenças não transmitidas sexualmente: vaginose bacteriana, síndrome uretral aguda; Candida spp, Mycoplasma spp, Ureaplasma spp, Streptococcus grupo B Gênero: Neisseria - diplococos gram negativos - aspecto reniforme (forma de rim) - neisseria gonorrhoeae: → transmissão através de relação sexual não protegida: vários parceiros, assintomáticos → isolamento em ágar chocolate e thayer-martin → catalase e oxidase positiva e uso de açúcares para identificação → infecção em homens: - período de incubação: 2 a 7 dias (surgimento dos primeiros sintomas) - maioria dos casos com secreção purulenta (uretrite) - 2,5-5% são assintomáticos - se não tratada. a maioria dos casos se resolve de forma espontânea - complicações: epididimite (inflamação do epidídimo que pode levar a infertilidade), prostatite (inflamação da próstata) → infecção em mulheres: - infecção do endocérvix e uretra em 70-90% dos casos - período de incubação de 8-10 dias - complicações neonatais: aborto espontaneo, ruptura prematura de membrana amniotica aumentando risco de parto prematuro e infecções, oftalmianeonatorum(infecçãonosolhosdobebecausadapelatransmissão da bacteria durante o parto vaginal) - complicações reprodutivas: doença inflamatória pélvica (DIP que pode ascender para útero, trompas e ovários), salpingite (inflamação das trompas), endometrite (inflamação do endométrio), abscessos ovarianos (acúmulo de pus nos ovários ou trompas) - outrascomplicações:infecçãodisseminadapelacorrentesanguínealevando a febre baixa, calafrios e lesõescutâneashemorrágicas;artritegonocócica destrutiva(invadearticulaçõeslevandoainflamaçãopurulenta);endocardite gonocócica (infecção do endocárdio, envolvendo a válvula aórtica); 53 meningite gonocócica (infecções membranas que revestem o cérebro e medula) Chlamydia trachomatis: - gram negativa - não sintetiza ATP, por isso depende da célula hospedeira para ter energia - intracelular obrigatória - infecta só humanos causando infecções oculares (tracoma - principal causa de cegueira) e genitais - transmissãoporcontatosexualepodesertransmitidademãeparafilhoduranteo parto - assintomática em 50% dos homens e 50-80% das mulheres - causa DIP nas mulheres - alterna o ciclo de vida em: corpúsculo elementar (forma que entra na célula hospedeira e que sobrevive fora) e corpúsculo reticulado(formametabolicamente ativaejádentrodacélula);em48-72hoscorpúsculosreticuladosseconvertemde volta em elementares para serem liberados da célula hospedeira por lise ou exocitose e infecta outras células - detecção indireta (Ac IgM e IgG) e direta (molecular, fluorescência, cultura) - em infecção cervical/uretral: testes de antígenos da bactéria positivos, testes de detecção de Ac negativos (em infecções recentes ou ativas eles não são detectáveis) - em mulheres inférteis com anormalidades tubárias porcontadainfecção:73-79% positivo para Ac (infecção passada ou crônica); infecção por muitos anos (Ag negativo) Treponema pallidum (sífilis): 54 - espiralado; não cultiváveis in vitro - cultura in vivo, dentro de um organismo vivo → inoculação intratesticular em coelhos - infecção primária: → lesão (cancro duro) no local onde a bactéria entrou (sítio de inoculação) → diagnóstico com microscopia de campo escuro com amostra da secreção da lesão - infecção secundária: → fase de disseminação pela corrente sanguínea → pode durar de semanas a meses → característica clínica: rash disseminado (surgimento de exantema - erupção cutânea- que afeta todo o corpo → complicações: meningite asséptica (inflamação das meninges por outros microrganismos sendo resultado da disseminação da infecção e pela resposta imunológica); ceratite (inflamação córnea), hepatite, osteíte (inflamação dos ossos) → diagnóstico: sorológico para detectar Ac - testesnãotreponêmicos(VDRLouRPR):usadosparadetectarapresença deanticorposgeraiscontraainfecção,enãocontraabactériadiretamente, e são úteis para diagnosticar a forma ativa - testes treponêmicos (FTA-ABS ou TPHA): detectam anticorpos específicos contra a bactéria, usados principalmente para confirmar o diagnóstico de sífilis - sífilis latente: → pessoa infectada mas não apresenta sintomas →precoce:duraaté1anodepoisdainfecçãoinicial,nãotemsintomasmasainda pode transmitir 55 →tardia:persistepormaisde1ano,nãoécontagiosamaspodedesenvolversífilis terciária → diagnóstico sorológico - infecção terciária: → formação de granuloma destrutivo (gomas) - lesões inflamatórias → SNC: entre 12 a 18 meses depois da infecção inicial → cardiovascular: 10 a 30 anos após a infecção inicial; 10% dos infectados → congênita: passagem via transplacentária; maioria dos fetos morrem e os que sobrevivem têm lesões sifilíticas secundárias 56 Outros agentes de infecções respiratórias Diplococos gram negativos: - Moraxella catarrhalis - principal espécie envolvida - Neisseria meningitidis - causa rara de pneumonia Bacilos gram negativos: - Bordetella pertussis - agente da coqueluche (cocobacilo) - Legionella spp - associado a aerossois Agente sem forma específica: - Mycoplasmas e Ureaplasmas - sem parede celular Moraxella catarrhalis: - diferente das neisserias patogênicas, Moraxella cresce em ASC (ágar sangue) - predomínio de leucócitos polimorfonucleares (PMN) e diplococos gram negativo - pode causar sinusite e otite média - faz parte da microbiota normal do TRS, orofaringe - isolamentos das amígdalas representa colonização e não a infecção, como amigdalites (diferente do pyogenes que causa amigdalite) - apesar de ser parte da microbiota normal, Moraxella catarrhalis pode causar infecções,especialmenteempacientescomsistemaimunológicocomprometidoou com doenças respiratórias subjacentes, como bronquite crônica ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) 57 Bordetella: - pertussis é só em humanos, causando coqueluche - cocobacilos gram negativos - aeróbios obrigatórios - pertussisénutricionalmenteexigenteeprecisademeiosespeciaisparaisolamento (as outras espécies crescem em sangue, chocolate e algumas em MacConkey) - Bordetella pertussis: → coqueluche é transmissível por perdigotos (gotículas de saliva) → mais suscetíveis são recém-nascidos não vacinados ou com vacinação incompleta