Apostila de Teclado 2022 - Módulos 4, 5 e 6 (PDF)

Summary

Este documento é uma apostila de teclado com módulos 4, 5 e 6, do curso Som Brasil de 2022. A apostila descreve a metodologia, a importância da música e o papel do curso.

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O Curso Som Brasil foi inaugurado em junho de 2006 e valoriza a música brasileira até no nome, porém procuramos ensinar música sem rotular estilos e gêneros, somos uma Escola de música e não nos prendemos a um estilo musical, porém valorizamos o que temos de mais valioso que é a nossa música admira...

O Curso Som Brasil foi inaugurado em junho de 2006 e valoriza a música brasileira até no nome, porém procuramos ensinar música sem rotular estilos e gêneros, somos uma Escola de música e não nos prendemos a um estilo musical, porém valorizamos o que temos de mais valioso que é a nossa música admirada em todo mundo. O Curso Som Brasil que tem se tornado referência e modelo no Ensino de Música na Baixada Fluminense e RJ e já é conhecido em diversas regiões do Brasil e do mundo, conhecido por formar muitos profissionais para o mercado de trabalho.O diferencial do Curso é a metodologia onde a aula é focada na “Prática aliada a Teoria” onde o aluno já tem acesso direto ao instrumento e ao mesmo tempo aprende na teoria o que está praticando no Instrumento. O alto nível dos professores que são músicos atuantes no mercado musical é também nosso diferencial. Procuramos no Curso Som Brasil ter ao mesmo tempo como modelo as grandes escolas de música americanas na forma de ensinar e formar grandes músicos, porém com custos acessíveis aos alunos dentro da realidade brasileira, procuramos fazer com que o aluno esteja envolvido com a música no seu dia a dia, para isso além das aulas temos as práticas de conjunto com saraus trimestrais, recitais semestrais, entre outros eventos onde alunos de vários instrumentos se reúnem para tirar e tocar músicas de repertórios variados. Estudos comprovam que a música em todas as idades ajuda em todos os sentidos como: concentração, memorização, coordenação motora, socialização, melhora na comunicação e dicção. Principalmente crianças em contato com a música aprende a conviver melhor com outras crianças e estabelecer uma comunicação mais harmoniosa e participativa com sua família e com a sociedade em que vive. Nesses anos de trabalho já trouxemos cerca de 80 artistas e músicos de renome nacional e internacional para workshows, oficinas e master class trazendo muita informação e dicas, não sendo algo só demonstrativo de técnica etc... mas sim algo educativo e de incentivo para o público estudante continuar tendo contato direto com o músico que admira, podendo tirar dúvidas, conhecer mais sobre sua carreira etc... A entrada da maioria dos eventos do Curso é 1kg de alimento que é doado para instituições como: abrigos, orfanatos e obra social de igrejas. O objetivo é a cada dia para trazer cultura para baixada fluminense com muita música de qualidade com estilos, gêneros diferentes e mostrar que existem outras possibilidades, outras opções de escolhas, mostrar que na Baixada tem música de qualidade. O Curso Som Brasil também atua no social abrindo suas portas para eventos da APAE, bolsas de estudo e vai em escolas realizar workshops e oficinas para incentivar o ensino de música. Como citado, a música tem um poder incrível de interação entre as pessoas é uma linguagem universal, está presente em todo lugar do mundo em todas as culturas e épocas. Não temos preconceito a nenhum gênero musical, porque há música de qualidade em qualquer gênero musical. Na baixada principalmente não é oferecido uma música de qualidade, a mídia só oferece o que pode gerar lucros financeiros e políticos, temos visto nos eventos que promovemos pessoas se emocionando conhecendo outros gêneros musicais, ritmos de diversos lugares do Brasil e do mundo, conhecendo a história de grandes músicos compositores do Brasil e do mundo e se tornando uma pessoa com mais opção de escolha. Será que as pessoas não gostam de música de qualidade? Ou não é interessante para o poder público oferecer? Estamos felizes pelo papel que o Curso de Música Som Brasil vem desempenhando ao longo desse tempo, vendo pessoas que começaram a estudar conosco e hoje são músicos profissionais atuando nas diversas áreas da música como aulas, shows, gravações, workshops etc... outros que começaram por hobby e hoje estão felizes tocando bem seus instrumentos, enfim temos um longo caminho pela frente mais com muita garra, dedicação, honestidade e um trabalho sério vamos em frente. Régis Gonçalves e Renata Miranda– Direção do Curso Som Brasil Esse método tem a finalidade de envolver o aluno iniciante ou intermediário ao estudo dos instrumentos, Piano e Teclado; mostrando ao aluno as devidas similaridades e diferenças entre os dois, buscando assim um caminho simplificado, porém objetivo. Com apoio do método também será trabalhado um repertório eclético com intuito de tornar o aprendizado de todo o conteúdo mais eficaz. Sumário Modulo 4...................................................................................................................... 5 Intervalos...................................................................................................................... 5 Modulo 5.................................................................................................................... 15 Campo harmônico maior (tríades)............................................................................... 15 Campo harmônico menor natural (tríades).................................................................. 17 Campo harmônico Maior em Tétrades........................................................................ 17 Campo harmônico menor natural em Tétrades........................................................... 17 Função harmônica modo maior.................................................................................. 18 Função harmônica modo menor................................................................................. 19 Escala menor Harmônica............................................................................................ 19 Escala menor melódica............................................................................................... 20 Campo harmônico menor melódico............................................................................ 21 Acordes de empréstimo – A.E.M................................................................................ 22 Função dominante...................................................................................................... 24 Dominantes secundários............................................................................................ 26 Módulo 6.................................................................................................................... 28 Modos de escala......................................................................................................... 28 Pentatônica................................................................................................................. 32 Pentatônica menor...................................................................................................... 32 Penta blues................................................................................................................. 33 Alguns tipos de sonoridade com Pentatônicas............................................................ 34 Suas Aplicações......................................................................................................... 36 Modos da escala menor Harmônica............................................................................ 37 Modos da escala menor melódica............................................................................... 40 Escala Diminuta.......................................................................................................... 42 Escala de Tons Inteiros.............................................................................................. 45 Escala alterada........................................................................................................... 48 Escala Alterada e Mixo #11........................................................................................ 50 Relação melodia harmonia......................................................................................... 51 Complemento didático................................................................................................ 53 Sinais de Roteiro........................................................................................................ 53 Quiálteras................................................................................................................... 57 Desenho para acordes................................................................................................ 59 Modulo 4 Intervalos Intervalo é a distância percorrida entre uma nota e outra dentro do parâmetro de uma determinada escala. O estudo dos intervalos é de suma importância principalmente para compreensão de toda harmonia aplicada na música juntamente com todos os estudos voltados para improvisação, composição e arranjo. E um assunto que deve ser dominado com uma certa precisão para a evolução do estudo musical como um todo. Intervalos simples: São todos os que estão dentro de uma 8ª 1º,2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º,8º graus Todos os intervalos abaixo estão partindo da tônica Dó Intervalos compostos: são todos os que estão acima da 8ª Ex: 9ª, 10ª, 11ª, 12ª, 13ª, e etc. As formas de utilizar os intervalos na pratica variam de instrumento para instrumento, tipo de composição ou arranjo. 5 Intervalo Melódico. São intervalos tocados de forma sucessiva, ou seja, um após o outro. Intervalo harmônico. São intervalos tocados de forma simultânea. No caráter de intervalo harmônico temos duas categorias: os consonantes e os dissonantes. Os consonantes são os intervalos que mais agradam aos nossos ouvidos e nos dão uma sensação de repouso, tranquilidade, paz... Ex: 3ª,6ª, maiores e menores,4ª,5ª e 8ª justas. Os intervalos consonantes ainda podem ser: Os intervalos de 3ª e 6ª são classificados como intervalos consonantes variáveis ou imperfeitos, pois, quando invertidos mudam a sua classificação, no entanto, continuam consonantes. De 3ª maior passou para 6ªm. Os intervalos de 4ª, 5ª e 8ª justas são classificados como intervalos consonantes invariáveis ou perfeitos, pois, quando invertidos não mudam sua classificação e continuam consonantes. De 5ª passou para 4ª mas permaneceu justo. Os intervalos de 2ª, 7ª maiores e menores e todos os intervalos aumentados e diminutos são considerados intervalos dissonantes, pois pedem resolução sobre um intervalo consonante. 6 Os dissonantes são os intervalos que não tem repouso e exigem resolução sobre os intervalos consonantes, mais tensos aos nossos ouvidos, que já não agradam muito, causam sensação de movimento. Intervalos invertidos: A inversão dos intervalos tende a passar a nota mais grave para uma oitava acima ou a mais aguda uma oitava abaixo. O intervalo descendente vira ascendente e o ascendente vira descendente. Toda soma resultará em Nove. Nas tabelas abaixo, podemos ver em que o intervalo se transforma quando é invertido: Um Transforma-se Um Transforma-se Intervalo de em intervalo em 2ª 7ª Maior Menor 3ª 6ª menor Maior 4ª 5ª aumentado Diminuto 5ª 4ª diminuto Aumentado 6ª 3ª justo justo 7ª 2ª 7 Quadro de intervalos mais abrangente utilizado nos acordes, tomando como base a nota fundamental Dó. 8 Classifique os intervalos 9 Escreva os intervalos pedidos abaixo: 10 Complete como o exemplo iniciado em cada sistema pede: 11 Classifique: 12 Escreva exemplos dos intervalos pedidos, utilizando sempre os intervalos ascendentes. Em outro exercício utilize os intervalos descendentes. 13 Classifique, inverta e reclassifique: Ex: 14 Modulo 5 Campo harmônico maior (tríades) Superpondo terças a partir de cada nota de uma determinada escala, obteremos uma sequência de acordes com fundamentais e formações diferentes, com raciocínio voltado para a tonalidade de uma escala temos o que chamamos de campo harmônico. EX: Tendo como base a escala de Dó maior A partir do primeiro grau da escala de Dó maior. C E G Originando o acorde C 2º grau D F A Originando Dm 3° grau E G B Originando Em 15 4º grau F A C Originando F 5º grau G B D Originando G 6º grau A C E Originando Am 7° grau B D F Originando Bm(b5), B(dim) ou Bº Podemos observar que, no campo harmônico maior possuímos três acordes maiores e quatro menores, lembrando que o que define na prática se um acorde é maior ou menor e a terça. Campo harmônico maior em tríades no tom de Dó maior fica assim: C Dm Em F G Am Bº 16 Campo harmônico menor natural (tríades) Seguindo o mesmo raciocínio que utilizamos no campo harmônico maior, através da superposição de terças, com uma escala menor natural obteremos a seguinte progressão harmônica. Ex: Lá menor Campo harmônico Maior em Tétrades Agora andando mais um intervalo de terça partindo da quinta de cada acorde, obteremos os respectivos campos harmônicos, agora com as 7ª inclusa neles. Ex: Dó maior Campo harmônico menor natural em Tétrades Ex: Lá menor 17 Função harmônica modo maior Os graus da escala são designados também de acordo com suas funções dentro da harmonia, sendo classificados da seguinte maneira: Grau I - Tónica (estável) Grau II - Supertônica ou Sobretônica Grau III - Mediante Grau IV - Subdominante (menos instável) Grau V - Dominante (instável) Grau VI - Superdominante ou Sobredominante Grau VII - Subtônica (no modo menor natural) ou Sensível (no modo maior natural. Grau VIII - Tónica (= I novamente) Segundo a teoria da harmonia funcional, de Riemann, os graus I, IV e V têm importante função dentro da harmonia, na preparação e resolução dos acordes de uma frase harmônica, da seguinte maneira: Tônica Os acordes formados sobre o grau I de uma escala têm sentido conclusivo (estável) e, geralmente, aparecem na finalização de uma música. Supertônica: o termo “super” vem do latim e significa “acima de” ou “sobre”. Na prática, significa que “vem depois da tônica”. Mediante: é o grau que está no meio do caminho entre a tônica e a dominante, por isso o nome “mediante” (médio, meio). Subdominante: o termo “sub” significa “embaixo” ou “aquilo que vem antes”. Na prática, é aquilo que vem antes da dominante. Dominante Tem sentido suspensivo (instável) e pede resolução na tônica ou nos graus substitutos da mesma. Superdominante: da mesma forma que a supertônica, significa aquilo que vem depois da dominante. Esse grau também pode ser chamado de submediante, sobredominante ou relativo. Sensível: É o grau que traz a sensibilidade para resolver na tônica. 18 Função harmônica modo menor Para entendermos a função harmônica dos graus em modo menor devemos antes entender que, a escala utilizada como base para definir uma tonalidade menor na verdade se trata da escala menor harmônica. Escala menor Harmônica A escala menor harmônica por sua vez é a escala utilizada para definir a tonalidade menor por possuir a sensível da dominante. Com a evolução da harmonia em fins do século XVI e início do século XVII passou a ter uma grande importância no encadeamento dos acordes. Com a adição da sensível do modo maior a escala menor passou a servir a harmonia com propriedade também de tonalidade. Essa nota característica 7M, inserida no contexto da escala menor nos possibilita o seguinte campo harmônico: Campo Harmônico menor harmônico Ex: La menor harmônica. 19 Escala menor melódica Possuímos dois tipos de escala melódica: A melódica clássica e a melódica Real. Na melódica clássica, a origem de seu nome “clássica” vem de seu fundador (Sebastian Bach), grande compositor barroco. Muitos preferem chamar a escala clássica de “Escala Bachiana”. E é executada de forma ascendente e descendente mantendo os mesmos intervalos. Em relação a menor natural, as alterações ficam por conta dos graus 6º e 7º que passam a ser 6M e 7M. Lá menor melódico clássico A escala real é uma escala que sobe como a escala menor melódica e desce como a escala menor natural. Ou seja, ela tem um formato na subida que é diferente do formato na descida. Lá menor melódico real 20 Campo harmônico menor melódico O campo menor melódico por sua vez é constituído pelas variações que ocorrem na estrutura da escala menor melódica. Sua estrutura: Ex: Dó menor melódico Cm7M Dm7 Eb7M(#5) F7 G7 Am7(b5) Bm7(b5) Exercícios Vamos escrever na pauta as seguintes escalas pedidas abaixo. Ré menor Harmônico Sol menor Melódico Sí menor harmônico Dó menor Melódico Mí bemol menor harmônico 21 Acordes de empréstimo – A.E.M São acordes procedentes de seus tons homônimos (que possuem a mesma tônica) e que por sua vez são inclusos dentro de outra tonalidade. EX: Dó Maior [ A.E.M ] ↓ 4/4| C7M | F7M | Ab7M | G7 || [ A.E.M ] ↓ 4/4 C7M | Am7 | Eb7M(#5) | Dm7 G7 || [ A.E.M ] [ A.E.M ] ↓ ↓ 4/4 C7M | F7 | C7M | Fm7 Gm7 || E.M.N Escala menor natural E.M.H Escala menor harmônica E.M.M Escala menor melódica Ab7M → bVII = E.M.H, E.M.H Eb7M(#5) → bIII = E.M.H, E.M.M F7 → IV7 = E.M.M Fm7 → IVm7 = E.M.N, E.M.H Gm7 → Vm7 = E.M.N 22 Exercício 1) Diga a quais escalas é pertencente os acordes abaixo: IVm7 – Gm7 bIII7M(#5) - Eb7M(#5) IV7 – E7 V7 – C7 VIIm7(b5) – Bbm7(b5) IIm7(b5) – G#m7(b5) VIm7(b5) – Am7(b5) 23 Função dominante Se trata na verdade da função que transmite uma sensação de instabilidade e tensão. Promove a ideia de preparação para a tônica. Na pratica vamos experimentar tocar repetidamente os seguintes acordes: | C7M | F7M | G7 | Ao tocar lentamente essa sequência, note como o acorde G7 transmite uma sensação de “preparação” para retornar ao C7M. Esse som de instabilidade é característico da função dominante. Quando voltamos para o acorde C7M, há uma sensação de “alívio”, “resolução” e repouso. Isso é característico da função tônica. Já o acorde F7M nesse contexto representou um meio termo (sem aquela intenção de suspensão do G7, mas também sem a estabilidade do C7M). Isso é característica da função subdominante. O contexto que utilizamos nesse exemplo foi o campo harmônico de dó maior, onde C7M é o 1º grau, F7M é o 4º grau e G7 é o 5º grau. Seguindo esse exemplo podemos entender que cada acorde representa uma função na harmonia dentro da música, a função de cada grau do campo harmônico maior, pode ser resumida de acordo com o quadro abaixo: Funções Harmônicas Graus Tônica I, III, VI Dominante V, VII Subdominante IV, II 24 1) Exercício Diga as funções tônicas, subdominante e dominante das tonalidades pedidas abaixo: Ex: Dó Maior Tônica C – Em - Am Subdominante F - Dm Dominante G – Bº Ré maior – Sí bemol maior – Fá sustenido Maior- Lá bemol maior- Sí maior- Mi maior- Fá maior- 25 Dominantes secundários (Comparação funcional dos acordes com os graus da escala) Cada um dos acordes diatônicos pode ser preparado por acordes maiores com sétima de forma individual, dando origem aos acordes conhecidos como Dominantes Secundários, já que o acorde V7 do I é considerado Dominante Primário. Veja uma comparação dos graus de uma escala diatônica com as funções de um campo harmônico tonal. Ex: no campo harmônico de DÓ maior. Grau = I II III IV V VI 4/4 || C7M | Dm7 | Em7 | F7M | G7 | Am7 || A7 ╝ B7 ╝ C7 ╝ D7 ╝ E7╝ OBS: O Dominante secundário pode ser usado tanto em tríade como em tétrade. Nota-se que o VII grau nunca daria o sentido de resolução, nem de passagem porque a sua base é formada na tríade diminuta. É de vital importância reparar que a resolução está em tempo forte e a preparação em tempo fraco. O que acontece normalmente em qualquer progressão. Agora Com a Nona no acorde (9ª) A nona será maior na preparação de acordes maiores e menor na preparação de acordes menores. 4/4 C7M | Dm7 | Em7 | F7M | G7 | Am7 || A7(b9) B7(b9) C7(9) D7(9) E7(b9) Observe que os dominantes secundários em conjunto com os acordes diatônicos formam a essência da harmonia popular tradicional, bem mais de 50% do material harmônico empregado. 26 Exercício Faça os dominantes secundários de todos os tons naturais e com acidentes seguindo o exemplo acima. 27 Módulo 6 Modos de escala Eles são os fundamentos da música modal e da compreensão das escalas de acordes. Na escala musical temos funções que classificamos como graus para cada uma das notas, de acordo com sua posição acerca da primeira. Portanto, (nota por nota) sendo os graus: tônica, supertônica, mediante subdominante, dominante, superdominante e sensível o que mudamos no sistema modal é esta função de cada uma, criando uma nova relação entre os graus e notas. Tudo isso deve-se unicamente por estabelecermos uma nova tônica mantendo os intervalos. Da escala diatônica: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, extraímos a relação intervalar de tons (T) e semitons (st) seguinte: T - T - st - T - T - T - st. Sempre que existir esta relação intervalar, teremos o modo Jônico ou escala maior (no caso, de dó). Se firmarmos como tónica o ré, usando a mesma escala diatónica, teremos: ré, mi, fá, sol, lá, si, dó: T - st - T - T - T - st - T. Sempre que esta relação existir, teremos o modo dórico, e assim por diante: EX: em Dó T = Nota de tensão ( nota boa da escala) ( o ) = Nota evitada Modo Jônico No modo jônico, a 4J é evitada por formar um intervalo de 9m com a terça maior do acorde. Portanto, se substituímos a 4J pela 4# , eliminamos o problema. A escala resultante será um modo lídio. Estrutura da escala - T - T - st - T - T - T - st Acordes originados: C7M(9), C , C7M, C6, C6/9 Obs: o modo Jônico na prática possui a mesma digitação da escala maior. 28 Modo Dórico O modo dórico, como podemos observar uma nota evitada, a 6M, que é condicional, ou seja, depende da situação onde o modo dórico está sendo utilizado. Se estamos numa cadência II – V – I direcionada para um acorde de resolução maior, a 6M no primeiro acorde (II) é evitada por adiantar a sensível da cadência, e portanto deve ser omitida, já que deveria aparecer apenas no acorde dominante (V), para pedir a resolução na fundamental da tônica (I). Como esta escala tem apenas essa evitada condicional, fica explicado porque é uma das escalas mais usadas. Estrutura da escala - T - st - T - T - T - st – T Acordes originados: Cm, Cm7, Cm7/9, Cm7/9(11) Modo Frígio O Frígio tem duas notas evitadas. A 2m é evitada por gerar um choque com a fundamental deste modo. Como citei anteriormente, a 9m deverá ser usada apenas em situações dominantes, o que não é o caso do acorde gerado pelo frígio. Em outros casos, dentro de situações tonais, é normalmente dispensável. A 6m desta escala também é considerada evitada por chocar-se com a 5J do acorde. Estrutura da escala - st - T - T - T - st - T –T Acordes originados: Cm, Cm7, Cm7(11) 29 Modo Lídio O lídio não possui notas evitadas, podendo ser citado assim como o modo dórico, como uma das escalas mais usadas. Estrutura da escala - T - T - T - st - T - T – st Acordes originados: C, C6, C7M(#11), C6/9 Modo Mixolídio O mixolídio possui a 4J como nota evitada, por formar um intervalo de 9m com a 3M do acorde. Se a 4J for substituída pela 4#, para eliminar o problema, teremos o Mixo 11+, que é um dos modos da menor melódica. Estrutura da escala - T - T - st - T - T - st – T Acordes originados: C, C7/9, C4/7, C7/9(11) 30 Modo Eólio O eólio possui a 6m como nota evitada. Se a mesma for substituída pela 6M, teremos novamente o modo dórico Estrutura da escala - T - st - T - T - st - T - T Acordes originados: Cm7, Cm7(11), Cm7/9(11) Modo Lócrio Estrutura da escala - st - T - T - st - T - T - T No modo lócrio, a 2m é evitada, devendo ser substituída pela 2M. Assim, teremos o modo lócrio 9, que é o modo do sexto grau da menor melódica. Acordes originados: Cm7(b5), Cm7(b5)11, Cm7/9(11) 31 Pentatônica Pentatônica maior São assim chamadas por possuírem cinco notas ou cinco intervalos em sua formação. em comparação com a escala maior nós retiramos dois intervalos, são eles: 4J e 7M. Sua estrutura: Ex: em Dó Pentatônica menor Já aqui em comparação com a escala menor nos retiramos o 2º e o 6º grau da escala menor natural. Sua estrutura: Ex: Dó menor 32 Penta blues Tão usada como as pentatônicas maior e menor a penta blues se diferencia pela adição de mais uma nota em sua estrutura, acrescentando uma 2ª Aumentada na penta maior ficando assim com uma sonoridade cromática de 3ªm e 3ª maior. Veja como fica: EX: em Dó Penta blues maior E na penta menor acrescenta uma 4ª aumentada fazendo também uma aproximação cromática, só agora do intervalo de 4ª até a 5ª. Penta blues menor 33 Alguns tipos de sonoridade com Pentatônicas Pentas Menores: 34 Pentas Maiores 35 Suas Aplicações As escalas pentatônicas maiores e menores são as escalas mais estáveis pois não possuem intervalos de semitom e por isso são facilmente reproduzidas vocalmente, podendo ser cantadas. ▪ As escalas pentatônicas são mais ambíguas do que as escalas diatônicas de 7 notas e por isso são boas opções para o improviso, assim para um mesmo acorde podemos escolher várias pentas que soarão bem com ele… ▪ Invertendo as notas desta mesma escala pentatônica maior temos outras quatro escalas pentatônicas. Assim a escala penta maior de C começada na nota A formará a escala penta menor de A. ▪ No blues é comum usarmos a pentatônica menor para improvisar sobre um acorde dominante maior. Por exemplo, podemos improvisar com a penta de Lá menor no acorde A7 (lá maior dominante). 36 Modos da escala menor Harmônica Assim como na escala maior possuímos modos de escalas que são gerados partindo da escala menor harmônica, pulando assim a escala menor natural que na sua construção possui notas equivalentes mudando apenas onde se inicia cada tônica das escalas. I Grau – Modo Eólio com Sétima Maior O primeiro modo gerado pela escala menor harmônica é a própria escala menor harmônica. Trata-se, dessa forma, de uma escala com terça menor e sexta menor. A distância entre a nota do VI e do VII grau é de segunda aumentada. Todos os exemplos em Lá. II Grau – Modo Lócrio com Sexta Maior Se pensarmos na escala menor harmônica a partir do II grau encontraremos uma escala com segunda menor, terça menor, quinta diminuta e sétima menor. Uma escala muito parecida com o modo lócrio, porém com sexta maior. bIII Grau – Modo Jônio com Quinta Aumentada O terceiro modo da escala menor harmônica é semelhante à escala maior natural, com a diferença de ser uma escala com quinta aumentada. 37 IV Grau – Modo Dórico com Quarta Aumentada Tocando a escala menor harmônica a partir do quarto grau, obteremos um modo parecido com o dórico, ou seja, uma escala com terça menor e sétima menor como notas características. No entanto acrescenta-se outra nota característica que é a quarta aumentada. V Grau – Modo Mixolídio (b9) (b13) ou Frígio Maior Embora a nomenclatura de frígio maior seja bastante contestável devido à natureza maior dessa escala, o mixolídio b9, b13 é o um dos modos mais usados nos arranjos musicais. Trata-se da execução da menor harmônica a partir do quinto grau. bVI Grau – Modo Lídio com Nona Aumentada No sexto grau da escala menor harmônica, encontramos o modo lídio com nona aumentada. Trata-se de uma escala maior com nona e quarta aumentada. 38 VII Grau – Modo Superlócrio com Sétima Diminuta A partir do sétimo grau da escala menor harmônica, encontramos o modo superlócrio com sétima diminuta. É, portanto, uma escala menor com segunda menor, quarta diminuta, quinta diminuta, sexta menor e sétima diminuta. 39 Modos da escala menor melódica Da mesma forma que podemos tirar modos da escala menor harmônica, é possível fazer uso de sonoridades bem características a partir dos modos da escala menor melódica. I Grau – Dórico com Sétima Maior O primeiro modo da escala menor melódica é a própria, dessa forma, as notas da escala menor melódica tocada a partir do primeiro grau formam o modo dórico com nona menor. Ou seja, uma escala que, como o modo dórico possui terça menor, porém com sétima maior em relação à tônica. II Grau – Frígio com Sexta Tocando a escala menor melódica a partir do segundo grau, encontraremos o modo frígio com sexta maior. Ou seja, uma escala que possui segunda menor, terça menor, sexta maior e sétima menor em relação à tônica. bIII Grau – Lídio com Quinta Aumentada No grau bIII da escala menor melódica, podemos encontrar o modo Lídio com Quinta aumentada. Esse modo caracteriza-se por possuir quarta e quinta aumentada em sua formação. 40 IV Grau – Mixolídio com Quarta Aumentada ou Lídio b7 Um dos modos mais importantes na construção de solos e arranjos de gêneros musicais como o Jazz. O mixolídio (#4) ou lídio b7 é um modo que se caracteriza pela quarta aumentada e sétima menor, possuindo, dessa forma, uma sonoridade ambígua. V Grau – Mixolídio b13 Mixolídio b13 é um modo que possui sexta e sétima menores em relação à tônica. Esse modo é encontrado no quinto grau de qualquer escala menor melódica. VI Grau – Lócrio com Nona O sexto grau de uma escala menor melódica é preenchido pelo modo lócrio com nona, isso porque, apesar de ser bem parecido com o modo lócrio, essa escala possui nona maior em relação à tônica. VII Grau – Modo Superlócrio ou Escala Alterada Por fim, no sétimo grau temos uma das mais sofisticadas escalas usadas no jazz, a escala alterada. Por possuir uma sonoridade tensa, essa escala pode funcionar muito bem em acordes dominantes. 41 Escala Diminuta É conhecida também como Escala Octatônica por possuir 8 notas. Assim como acontece no Acorde Diminuto, a simetria da Escala Diminuta faz com que seja possivél montar a mesma estrututura de escala partindo de tom ½ a tom ½. Isso ocorre porque se tocarmos a Escala Diminuta de Mi bemol (ou Ré sustenido), teremos as mesmas notas da escala de Dó Diminuto, porém começando de outro ponto de partida. Podemos formar a Escala Diminuta de qualquer tonalidade utilizando esse padrão. Veja o exemplo da Escala Diminuta de Dó: Tensões da Escala Diminuta: 1 – T9, b3 – T11 – b5 – Tb13 – bb7 – T7M. Acordes Possíveis: B°(b13) – B°(11 – B°7M, 9, 11, b13) 42 Sua Aplicação: A primeira, e mais óbvia, situação de uso da Escala Diminuta é sobre os próprios acordes diminutos. Por exemplo: Em caso de C° podemos utilizar tanto a Escala Diminuta de Dó como também a de cada acorde que possui a suas notas equivalentes. Por exemplo: C° = Eb° = Gb° = Bbb° (A°) Portanto, a Escala Diminuta de Dó pode ser utilizada sobre qualquer um desses 4 acordes, pois eles possuem notas equivalentes. Da mesma forma a Escala de Eb°, Gb° ou A° pode ser utilizada sobre qualquer um desses acordes. Você só estará mudando o ponto de partida. 43 A escala Dom-Dim A escala que é conhecida como Dom-Dim (Dominante Diminuta) é usada sobre acordes Dominantes. Isso quer dizer que nós pegamos a Escala Diminuta e aplicamos sobre um acorde dominante. Por isso esse nome: Dom-Dim, e se trata de mais uma aplicação para a escala diminuta, só que agora em cima de um acorde dominante. Se temos um acorde de G7, além das diversas Escalas Mixolídio, podemos também usar sobre ele a Dom-Dim (desde que a melodia permita). Funciona da seguinte forma: Simples, basta pegarmos a Escala Diminuta um semitom acima do acorde em questão (G7) e teremos sua Dom-Dim. Portanto, se montarmos a Escala Diminuta de G# teremos a Escala Dom-Dim de G. Vejamos, a Escala de G# Diminuta é igual a Escala de G Dom-Dim. Tensões da Escala Dom-Dim: 1 – Tb9 – T#9 – 3 – T#11 – 5 – T13 – b7 Acordes Possíveis: G7(b9,13) – G7(#9, 13) – G7(b9, #11) – G7(#9, #11) – G7(b9, #11, 13) Em resumo, por isso que dizemos que a Escala Dominante Diminuta é exatamente a Escala Diminuta, porém, utilizada sobre um acorde Dominante. 44 Escala de Tons Inteiros A escala de tons inteiros ou escala Hexafônica (por possui 6 notas ou 6 sons), também faz parte da categoria de Escalas simétricas. Vamos entender essa simetria. Formação da Escala de Tons Inteiros Tensões da Escala de Tons Inteiros: 1 – 9 – 3 – b5 – #5 – b7 Acordes Possíveis: G7(b5) – G7(#5) – G7 (9, #5) – G7 (9, b5). O seu nome se dá por possui apenas Intervalos de 1T entre as notas. Ela não possui notas de passagem e recebe as tensões 9, b5 e #5. Resumindo: nona maior e quintas alteradas, além das notas de acorde (1, 3 e b7). É mais uma opção interessante para ser usada em Acordes Dominantes, desde que as tensões e a melodia permitam. De modo geral ela é mais utilizada para preparar acordes Maiores. Contudo, existe uma escala boa para preparar acordes menores que nós já vimos em outro post que pode ser substituída pela de tons inteiros. A Escala Mixo 9 e b13, pode ser “melhorada” pela escala de tons inteiros. A b13 dessa escala é Enarmônica da #5, e a 9 é nota de tensão presente nas duas. A diferença é que a Mixo 9 e b13 possui a 4J como nota de passagem, porém a de Tons Inteiros não possui, se tornando uma opção mais interessante. Atenção! Caso a nota melódica passe pela 4J ou pela 5J, a escala de Tons inteiros não é uma boa opção, pois a sua 3M e suas quintas alteradas irão “chocar” com as 4J e 5J, respectivamente. 45 Só existem duas Escalas de Tons Inteiros. Vamos montar a Escala de Tons Inteiros de G: Logo em seguida vamos montar a Escala de Tons Inteiros de A: Viu como elas possuem as mesmas notas, apenas começando em Tônicas diferentes? Isso quer dizer que se você montar a Escala de Tons Inteiros de cada um dos graus da Escala de G, elas resultarão na mesma Escala, apenas começando de outro ponto. 46 Se você salta em intervalos de 1T, estará sempre na mesma Escala. “Mas se eu montar a Escala 1ST acima da escala de G, ou seja, G#?” Aí você terá a segunda Escala de Tons Inteiros. E se você montar a Escala de Tons inteiros de cada uma das 6 notas desta escala irá gerar a mesma escala, porém começando de uma tônica diferente. Outra forma de pensar é: Cada nota da Escala de Tons Inteiros pode ser a tônica de uma nova Escala de Tons Inteiros com as mesmas notas. Por isso que temos apenas 2 escalas: Ao montarmos a Escala de Tons Inteiros de G, temos ao mesmo tempo, as 6 Escalas (cada uma gerada a partir de um dos graus da escala de G). Quando fazemos a mesma coisa com a Escala de G#, teremos mais 6 Escalas. Se pararmos para pensar 6 + 6 = 12. Temos aí as 12 tonalidades, que na verdade são montadas a partir de apenas 2 escalas. Essa é a razão da Simetria da Escala de Tons Inteiros. Sonoridade da Tons Inteiros A Escala de Tons Inteiros, possui uma sonoridade bem “complexa” e profunda, assim como a Escala Alterada. Ela é muito comum no universo do Jazz e da Bossa, o que não impede de ser aplicada em outros contextos, vale o teste. Por fim, você já deve ter ouvido essa escala em diversas trilhas sonoras no cinema. Ela possui uma característica que cai muito bem em algumas cenas com mais “tensão”. 47 Escala alterada Quando falamos em acordes Dominantes uma das escalas mais comentadas é a Escala Alterada. Essa escala ganhou muita popularidade e recorrência no ambiente do jazz e da bossa nova, devido a sua sonoridade complexa e diferenciada. Formação da Escala Alterada. As Notas de Acorde e tensões da Escala Alterada são: Tensões da Escala Alterada: 1 – Tb9 – T#9 – 3 – Tb5 – T#5 – b7 Acordes Possíveis: V7(#5 #9) – V7(b5 b9) – V7(#5 b9) – V7(b5,#9) – V(Alt) (Alt) - Neste símbolo utilizado na cifragem fica claro o desejo do compositor de utilizar a Escala Alterada. Ela pode ser utilizada em qualquer situação de preparação, seja para acordes maiores, seja para acordes menores. Além disso, existem contextos em que sua utilização se torna mais especial, onde suas tensões são mais diatônicas: V7 > IIIm (no tom maior) V7 > Vm (no tom menor) Contudo, lembre-se, ela pode ser utilizada em qualquer contexto de preparação. 48 Você pode gerar uma surpresa agradável, se aplicá-la da maneira correta, como também pode gerar uma sonoridade desagradável, especialmente se utilizar essa escala em acordes que não são alterados. Vimos que a Escala Alterada possui tensões b9 , #9, b5 e #5. Logo, ela não é uma boa escolha caso tenhamos um dominante com 9 ou 13, por exemplo, pois as tensões da escala irão chocar com o acorde, ou com a melodia (caso a 9 e/ou a 13 estejam na melodia). Podemos montar a Escala Alterada utilizando a Escala Menor Melódica 1 semitom acima do Acorde Dominante em questão. Por exemplo, se você quer montar a Escala Alterada de C7, basta montar a Escala Menor Melódica de C#. Veja como Funciona: Apenas tome cuidado, pois, se você quer a Escala Alterada você tem que pensar nas tensões do acorde Dominante em questão, e não da Menor Melódica que você tocou 1 Semitom acima. Por exemplo, ao tocar a Menor Melódica de C# sobre um C7, tenha em mente que a nota C# não é sua tônica, ela é a b9 porque, no fundo, você está tocando a Escala Alterada de C7. Isso vale para todas as outras notas. Esse recurso é uma boa forma de você ganhar tempo na montagem da Escala Alterada. 49 Escala Alterada e Mixo #11. A Escala Alterada e Mixo #11 possuem uma forte relação. Se você pegar as notas da Escala Alterada a partir da b5, ou seja, um trítono de distância acima, você terá a Escala Mixo #11 dá tonalidade da b5. Por exemplo: Essa é mais uma forma de enxergar a relação entre a Escala Alterada e a Menor Melódica, pois a Mixo #11 também é gerada a partir da Menor Melódica. 50 Relação melodia harmonia Uma Melodia corretamente harmonizada ou corretamente construída sobre uma harmonia dada traz um relacionamento definível entre os seus dois elementos (melodia e harmonia) em outras palavras há um estudo que examina a relação entre a nota melódica e o acorde que acompanha. Cada acorde possui uma “escala de acorde” que é o conjunto de notas que soam bem com o mesmo. Qualquer acorde pode ser expandido em terças ascendentes, usando as notas do tom. Dm7 Tensões I b3 5J b7 T9 T11 S6 I As notas do acorde, as notas de tensão e as notas de passagem (S), também chamadas de notas de transição (switch-over) podem ser encontradas numa escala. I T9 b3 T11 5 (S6) b7 I A exemplo do IIm7, podemos desenvolver as escalas de todos os acordes diatônicos, no tom de Dó maior, e notaremos que as notas de passagem (S) serão diferentes, e as tensões (T), também apresentarão variações. V7/II = A7 I T9 3 (S4) 5 Tb13 b7 I 51 V7/III = B7 I Tb9 3 (S4) 5 Tb13 b7 I V7/IV = C7 - Mixolídio I T9 3 (S4) 5 T13 b7 I V7/V = D7 – Mixolídio I T9 3 (S4) 5 T13 b7 I V7/VI = E7 I Tb9 3 (S4) 5 Tb13 b7 I OBS: A escala V7/II usa frequentemente tensão Tb9 em vez de T9. A escala do acorde dominante estendido geralmente é a mesma do V7/V (Mixolídio) a escala de Im7 cadencial secundário e estendido, é a mesma do IIm7 cadêncial diatônico (Dórica). 52 Complemento didático Sinais de Roteiro Ritornelo: Os pontinhos colocados ao lado de uma barra dupla indicam que devemos repetir um determinado trecho da música. Aqui vemos o ritornelo indicando que se deve voltar ao início do trecho. Retornando a outro ponto que não ao início da música. D.C Da Capo O termo D.C ou Da Capo significa ( da cabeça ) em italiano, e indica que se deve voltar ao início da música. No caso de vir D.C ao Fine (fim) indica que voltamos ao início, até atingirmos o ponto determinado para termino da música. 53 Ao  Dal     ou D                             Do italiano (Dal Segno) que significa “do sinal”. No Brasil este sinal é popularmente conhecido como “esse” por se parecer com a letra esse. É um termo que indica a volta de um determinado ponto marcado com o sinal . 54 Sinal de 1ª Vez e 2ª Vez È o sinal usado para se estender e modificar a finalização de um determinado trecho. 55 Nossos principais sinais para determinar repetição de um trecho de música são: o “Da capo”, o “ritornelo”, e as expressões “1ª e 2ª Vez”. Da capo é uma expressão italiana que significa do princípio, indica que se deve voltar ao início do trecho ou onde se inicia a música, D.C ou D.C ao Fine. Lembrado do sinal “Ritornello” barra dupla com dois pontos ao lado da 3ª liha do pentagrama sinal que faz voltarmos a outro sinal do mesmo repetindo o trecho entre eles. Temos também o sinal “Coda” chamado “sinal de salto” salto para outro sinal coda em outro trecho da música, quase sempre usado em combinações com o “Da Capo” e o “S”. Exemplos: 56 Quiálteras Definição: Como o próprio nome sugere, QUIÁLTERA pode ser traduzido como QUE ALTERA, ou seja, São pequenos grupos de notas que possuem a quantidade de figuras alteradas, ou em outras palavras, são grupos de figuras musicais que desobedecem a métrica regular dos compassos, sendo constituídos por mais ou menos figuras que o permitido matematicamente. Quando houver uma quiáltera dentro de um compasso, haverá sobre o grupo de notas que formam essa quiáltera, um número indicando quantas notas compõem o grupo das quiálteras., ou seja, que altera a quantidade normal de figuras de som dentro de um compasso. Como podemos identifica-la Quando houver uma quiáltera dentro de um compasso, haverá sobre o grupo de notas que formam essa quiáltera, um número indicando quantas notas compõem o grupo das quiálteras, ou seja, que altera a quantidade normal de figuras de som dentro de um compasso. As quiálteras podem ser: Aumentativas quando: Quando se toca mais notas no mesmo espaço de tempo. Diminutivas quando: Quando se toca menos notas no mesmo espaço de tempo. 57 Podem ainda possuir características de: Quiáltera regular Formada por valores iguais Quiáltera irregular Formada por valores desiguais Exercício Escreva três exemplos de quiálteras regular e irregular 58 Desenho para acordes 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84

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