Aparelho Digestivo PDF
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UNIFAGOC
Mariana Miranda
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Este documento descreve a estrutura e função geral do sistema digestivo, incluindo o trato gastrointestinal e as glândulas associadas. Também discute as funções do revestimento epitelial, lâmina própria e submucosa, e a estrutura dos dentes, faringe e esôfago. Por fim, aborda as varizes esofágicas.
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Mariana Miranda – P2 Aparelho digestório ESTRUTURA E FUNÇÃO GERAL Sistema digestório: TRATO GASTROINTESTINAL (Cavidade oral, esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso) + GLÂNDULAS ASSOCIADAS (Glândulas salivares, fígado e pâncreas) Obs: Elementos importantes para secreção de enzimas disgetsivas...
Mariana Miranda – P2 Aparelho digestório ESTRUTURA E FUNÇÃO GERAL Sistema digestório: TRATO GASTROINTESTINAL (Cavidade oral, esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso) + GLÂNDULAS ASSOCIADAS (Glândulas salivares, fígado e pâncreas) Obs: Elementos importantes para secreção de enzimas disgetsivas que vao contribuir para a função geral desse sistema Função geral: o Obter as moléculas necessárias para a manutenção, crescimento e demais necessidades energéticas do organismos a partir dos alimentos § Digestão química e mecânica Estrutura geral tubo oco, com lúmen ou luz e diâmetro variável Mucosa - Epitélio de revestimento – vai variar ao longo do trato gastrointestinal ( estratificado pavimentoso / colunar simples ) - Lâmina própria (conjuntivo frouxo – vascularizado- , rico em vasos sanguíneos e linfático; pode apresentar células musculares lisas, glândulas e tecido linfóide = GALT) - Muscular da mucosa (duas camadas delgadas de células musculares lisas, uma circular e uma longitudinal externa) Obs: longitudinal e circular : disposição das fgibras Submucosa 2 Mariana Miranda- P2 - Conjuntivo – frouxo a denso não modelado- com muitos vasos sanguíneos e linfáticos e um plexo nervoso submucoso (plexo de Meissner) - Pode conter glândulas e tecido linfóide ( MALT) Muscular - Células musculares lisas em espiral, em duas subcamadas o Interna (próxima ao lúmen): geralmente circular ( ao redor do trato) o Externa: geralmente longitudinal o Entre as subcamadas: plexo mioentérico (plexo de Auebarch) e conjuntivo contendo vasos sanguíneos e linfáticos § Plexo gera e impulsiona as contrações da camada muscular (impulsionam e misturam o alimento) § Plexos compostos de pequenos gânglios parassimpáticos ( autônomo – involuntário) de neurônios viscerais multipolares, com fibras pré e pós ganglionares do sistema nervoso autônomo e algumas fibras sensoriais viscerais , ou seja, vao detectar todas as condições do trato gastro intestinal e levar ao SNC Serosa - Tecido conjuntivo frouxo revestido por epitélio pavimentoso simples, o mesotélio ( pq reveste órgãos) - Na cavidade abdominal: a serosa que reveste os órgãos é o peritônio visceral o Contínuo com o mesentério (uma membrana delgada revestida por substituída por uma adventícia espessa o Contínuo com o peritônio parietal (membrana serosa que reveste a parede da cavidade abdominal) - Onde o órgão digestivo está unido a outros órgãos/estruturas, a serosa é substituída por uma adventícia espessa o Conjuntivo e adiposo contendo vasos e nervos, sem o mesotélio Obs: diferença da serosa para a adventícia : a serosa tem cobertura de mesotélio sobre o TC e adventícia não Adventícia é TC e fica disposta entre essas estruturas adjacentes preenchendo espaço 2 3 Mariana Miranda- P2 Funções do revestimento epitelial (mucosa): - Atuar como barreira seletivamente permeável entre lúmen e tecidos - Facilitar transporte e Digestão do alimento - Absorção dos produtos dessa digestão - Produzir hormônios que regulem a atividade do sistema digestivo - Produção de muco (algumas células) para lubrificação e proteção Lâmina própria rica em macrófagos e células linfóides o Células produzem principalmente IgA, que é secretada para o lúmen ligada a uma proteína produzida pelas células epiteliais (formam um complexo sIgA) § Resistente à digestão por enzimas proteolíticas LABIO Transição do epitélio oral não-queratinizado para o epitélio queratinizado da pele - Estratificado pavimentoso não-queratinizado ( endoderma) (“vermelho do lábio”) - Estratificado pavimentoso queratinizado ( derivado do ectoderma) , com folículos pilosos (estrutura que produz pelo) no conjuntivo (ponta de seta) Ambos são epitélios estratificados 3 4 Mariana Miranda- P2 Não-queratinizado Queratinizado Queratina :camada que protege e impermeabiliza a superfície epitelial Epitélio espesso , apoiado em um TC denso não modelado PONTA DE SETA: indicando alguns feixes de tecido muscular esquelético que são responsáveis pela movimentação do lábio Detalhes desse epitélio : parte não queratinizado Camada superficial com celulas achatadas Presença de lâmina própria com tecido conjuntivo frouxo ; apoiado em submucosa com TC denso não modelado 4 5 Mariana Miranda- P2 Setas: folículos pilosos Pontas de seta: glândulas sebáceas Parte que contem queratina CAVIDADE ORAL Epitélio pavimentoso estratificado - Queratinizado : gengiva e palato duro o Lâmina própria com papilas (conjuntivo frouxo) e repousado diretamente sobre o periósteo o dos ossos associados a esses regiões o Papilas são dobras que vao aumentar a região de contato entre o epitélio e TC frouxo da lâmina própria - Não-queratinizado: palato mole, lábio, bochechas, assoalho da boca o Lâmina própria com papilas semelhantes às da derme e contínua com a submucosa o Submucosa com glândulas salivares menores difusas o Palato mole: músculo esquelético central, glândulas mucosas e nódulos linfáticos na submucosa LINGUA Mucosa variável de acordo com a região ( dorsal para a ventral) Fibras musculares esqueléticas entrecruzadas em 3 planos, agrupadas em feixes revestidos por conjuntivo Mucosa fortemente aderida à musculatura o Lâmina própria penetra nos espaços entre os feixes musculares Superfície ventral (inferior) lisa ; sem papilas e sem queratinização Superfície dorsal (superior) recoberta por papilas gustativas de tipos diferentes o Elevações do epitélio oral e lâmina própria, com diferentes formas e funções Terço posterior dorsal separados 2/3 anteriores por “V” o Região posterior ao “V”: superfície lingual rica em saliências compostas por pequenos grupos de nódulos e tonsilas ao redor das criptas presentes na mucosa o Figura: região próxima ao “V” 5 Mariana Miranda- P2 6 No epitélio das papilas existem celulas sensoriais Face ventral (sem papilas): o Epitélio estratificado pavimentoso, com lâmina própria ( TC Frouxo) o Presença de glândulas mucosas abundantes e poucas serosas o Músculo esquelético em feixes organizados em direções variadas Papilas : aumentar a área de contato ; reentrâncias entre o epitélio e o conjuntivo 6 Mariana Miranda- P2 7 Face dorsal (Papilas filiformes): o Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, com lâmina própria (forma também um eixo central na papila) o No corte: músculo esquelético em feixes organizados em direções variadas o Presentes em toda a superfície da língua, com função mecânica, somente Papilas filiformes : servem para aumentar o atrito da língua com o alimento ( mecânicas ); não botões gustativos ( cel. sensoriais no epitélio dela) Face dorsal (Papilas Fungiformes): o Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, com lâmina própria (forma também um eixo central na papila) o Presença de botões (ou corpúsculos) gustativos (detalhe da foto) o Distribuição irregular ponta de seta : botões gustativos – perceber os sabores de alimentos BOTÕES GUSTATIVOS 7 BOTÕES GUSTATIVOS Mariana Miranda- P2 8 Estruturas em forma de cebola, com 50 a 100 células (maioria delas têm função gustativa) contendo microvilosidades que se projetam pelo poro gustativo oBotão Estruturas emsobre forma de cebola, repousa lâmina basal com 50 a 100 células (maioria delas têm função gustativa) microvilosidades que sedas projetam poro gustativo Células basaiscontendo indiferenciadas fazem reposição célulaspelo gustativas o Botão repousa sobre lâmina basal o Células basais indiferenciadas fazem reposição das células gustativas Célula gustativa : célula epitelial modificada ( sensoriais ) Célula basal : diferenciar e formar os dois tipos de celulas Célula suporte / sustentação Microvilosidades : aumentar superfície de contato ; tem contato direto com o alimento atraves do poro gustativo Obs : Neuroepitélio : área olfatória também tem essa organização de celulas Face dorsal (Papilas circunvaladas): - 7 a 12 estruturas localizadas no “V” - Presença de glândulas serosas (glândulas de von Ebner) que secretam seu conteúdo na depressão que circunda cada papila o Fluxo contínuo de líquido sobre os gustativos o Presença de lipase que evita acúmulo de camada hidrofóbica sobre os botões (essa enzima é ativada no estômago) No epitélio da papila : botões gustativos 8 9 Mariana Miranda- P2 Glândulas serosas que Ajuda a limpar a valeta ( setas) p/ não acumular material C – papilas folhadas não é comum nos humanos ; encontradas mais na borda língua 9 Mariana Miranda- P2 10 sistema Digestório DENTES 32 dentes permanentes dispostos em 2 arcos bilateralmente simétricos no osso maxilar e no mandibular, com 8 dentes por quadrante: o 2 incisivos* o 1 canino* o 2 pré-molares(não têm precursores decíduos) o 3 molares permanentes* (2 deles,somente,têm precursores) *Esses 20 dentes (5 x 4 quadrantes) têm percursores decíduos (Componente mais duro do corpo humano) (Conjuntivo frouxo vascularizado e inervado) (Conjuntivo denso modelado rico em feixes grossos de fibras colágenas inseridos no cemento e no osso alveolar) (Faz função semelhante a do esmalta que recobre a coroa) 2 tecidos mineralizados : dentina ; esmalte FARINGE Região contínua com ao esôfago o Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado Região contínua à cavidade nasal ( nasofaringe) o Epitélio pseudo estratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes Contém tonsilas Mucosa com muitas glândulas salivares menores de secreção mucosa na lâmina própria Músculos constritores e longitudinais ( externos a mucosa) da faringe em localização mais externa à mucosa ESOFAGO ( trato = tubo) 10 11 Mariana Miranda- P2 Mucosa: - Epitélio estratificado pavimentoso não-queratinizado - Lâmina própria na região próximo ao estômago: presença de glândulas esofágicas do cárdia (mucosas) – protegem o esôfago da acidez estomacal com um muco viscoso e neutro o Predomínio de tecido conjuntivo denso não modelado - Presença de uma muscular da mucosa (músculo liso) longitudinal que se inicia na altura da cartilagem cricoide (mais espessa no terço superior → deglutição) Submucosa: - Tecido conjuntivo denso não modelado - Presença de glândulas esofágicas (mucosas) no terço superior: secreção facilita transporte do alimento e protege a mucosa - Presença de vasos sanguíneos e linfáticos , fibras nervosas e células ganglionares - As células ganglionares e as fibras nervosas constituem o plexo submucoso (de Meissner) Muscular: - Camada circular interna e uma longitudinal externa, com plexo miontérico (de Auerbach) entre elas (atividade peristáltica) - Proximal (superior): fibras estriadas esqueléticas (esfíncter superior, importante para deglutição) - Média: mistura de musculara esquelética e lisa 11 12 Mariana Miranda- P2 - Distal (inferior): musculatura lisa, sem definição de um esfíncter anatômico (somente funcional) Serosa / Adventícia - Porção do esôfago na cavidade abdominal revestida por membrana serosa - Restante: recoberto por adventícia, membrana de conjuntivo - Adventícia : so conjuntivo Submucosa :olhar onde começa na imagem pq está errada Tr = corte transversal da muscular Obl = corte oblíquo da muscular → = muscular da mucosa No terço superior do esôfago há glândulas esofágicas (mucosas) na camada submucosa (no tubo digestivo, só esôfago e duodeno têm glândulas na submucosa) 12 13 Mariana Miranda- P2 13 14 Mariana Miranda- P2 Varizes esofágicas - Veias anormalmente dilatadas presentes na submucosa do esôfago – ocorrem no terço inferior do esôfago - Quando o sangue na veia porta do fígado é obstruído, essas veias servem como vasos colaterais entre as circulações porta e sistêmica - Ocorrem frequentemente em pacientes com cirrose e hipertensão portal. A doença hepática alcoólica e a hepatite viral são causas determinantes. - Estão propensas a se romper e causar hemorragias que podem ser fatais (taxa de mortalidade: 40%-70%) - A endotelina-1 (um vasoconstritor) aumentada e o óxido nítrico (um vasodilatador) diminuído têm sido implicados na patogênese da hipertensão portal e de varizes esofágicas - A endoscopia é usada para o diagnóstico e tratamento F1: Varizes pequenas e retas F2: Varizes tortuosas aumentadas que ocupam menos de um terço do lúmen F3: Varizes grandes em forma de espiral que ocupam mais de um terço do lúmen 14 15 Mariana Miranda- P2 Esôfago de Barret - Metaplasia do epitélio esofágico – um epitélio simples cilíndrico, semelhante ao do estômago, substitui o epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado usual - Resposta a uma esofagite ou a uma injúria, esta alteração pode ocorrer em qualquer local acima da junção gastroesofágica. - Diagnóstico: endoscopia, com biópsia para confirmação - Sintomas: dor em queimação (“azia), é um sintoma importante - Raramente, pode levar a uma complicação mais séria, como um adenocarcinoma. - Pacientes com doença do refluxo gastroesofágico persistente, na qual o refluxo do suco gástrico ácido rompe a barreira da mucosa do esôfago, estão predispostos a alterações metaplásicas no epitélio esofágico troesofágica normal A: Junção gastroesofágica normal e Barrett. Note as has de mucosa idual pálida, dentro Barrett B: Esôfago de Barrett. Note as pequenas ilhas de mucosa escamosa residual pálida, dentro da mucosa de Barrett a histológica da stroesofágica no Barrett. Note a ntre a mucosa ofágica (à esquerda) ia de Barrett, com ormes metaplásicas à direita). C: Aparência histológica da junção gastroesofágica no esôfago de Barrett. Note a transição entre a mucosa escamosa esofágica (à esquerda) e a metaplasia de Barrett, com células caliciformes metaplásicas abundantes (à direita). Disfagia § § § Sensação subjetiva de dificuldade ou anormalidade para engolir Disfagia orofaríngea (de transferência): caracterizada pela dificuldade em iniciar a deglutição, que pode ser acompanhada por regurgitação nasofaríngea, aspiração e sensação de alimento residual remanescente na faringe Disfagia esofágica: caracterizada por dificuldade em engolir vários segundos após o início da deglutição e sensação de alimento preso Obs: A disfagia é a dificuldade de deglutição, ou seja, dificuldade para engolir. Existem dois tipos básicos de disfagia que se diferem quanto à localização e quanto aos mecanismos fisiopatológicos. São elas: disfagia orofaríngea, também chamada de disfagia de transferência ou disfagia alta, e a disfagia esofagiana, também intitulada disfagia de transporte. Além de o assunto ter sido discutido em aula, pela descrição histológica do material da biópsia, o estudante já deveria identificar que se trata do esôfago. Das características listadas, a única compatível com o esôfago é o epitélio indicado na alternativa correta. 15 16 Mariana Miranda- P2 ESTÔMAGO Segmento dilatado do trato digestório, situado sob o diafragma, que transforma bolo alimentar em quimo, e tem função exócrina e endócrina Meio muito acido Parte mais importante que contem as glândulas são as que estão presentes no fundo e no corpo, as quais fazem a digestão Anatomia macroscópica divide o estômago em quatro regiões distintas: Estômago não distendido apresenta dobras longitudinais (mucosa e submucosa) A estrutura geral é mesma nas três regiões histológicas 16 17 Mariana Miranda- P2 Mucosa: - Epitélio glandular com unidade secretora tubular ramificada, desembocando na superfície, em uma fosseta gástrica – ducto da glândula , vai levar a secreção na superfície – celulas que secretam muco e são mais superficiais o A porção secretora fica na mucosa - O epitélio que recobre as fossetas gástricas e a superfície é colunar simples e todas essas células secretam muco alcalino, rico em bicarbonato o Parte desse muco adere ao glicocálix e basifica o pH na superfície dessas células, protegendo-as - Presença de junções de oclusão entre as células superficiais e das fossetas - Lâmina própria escassa e restrita = conjuntivo frouxo com células musculares lisas, fibras reticulares, tecido linfoide, além da rede vascular - Muscular da mucosa: até 3 camadas de células musculares (1 circular interna e 1 longitudinal externa; 3ª camada pode ser externa e circular) Submucosa - Tecido conjuntivo denso, vasos sanguíneos e linfáticos, infiltrado por células linfóides e macrófagos; - Pode apresentar tecido adiposo associado - Fibras nervosas de células ganglionares (plexo submucoso = de Meissner) – inervam muscular da mucosa e os vasos da submucosa Muscular - Até 3 camadas: longitudinal externa, média circular e interna oblíqua - Presença do plexo mioentérico (de Auerbach) – inerva as camadas musculares Serosa - Delgada e contínua com o peritônio (parietal, através do omento maior; visceral do fígado, no omento menor) Mucosa do corpo e do fundo Ponta de seta = fossetas gástricas Setas = glândulas 17 18 Mariana Miranda- P2 Região do estômago Cárdia: - Banda circular estreita na transição entre esôfago e estômago - Glândulas cárdicas (tubulares simples ou ramificadas, com a porção final normalmente enovelada com lúmen amplo) - Maioria das células: produção de muco e lisozima (digere parede de bactérias) - Poucas células parietais: produção de H+ e Cl- (no lúmen formam HCl) Fundo / Corpo - Presença de glândulas gástricas ou fúndicas: tubulares simples ramificadas, sendo que 3 a 7 se abrem em uma mesma fosseta, e têm 3 regiões distintas: o Istmo: células mucosas em diferenciação (substituem as células da fosseta e as superficiais), célula-tronco e células parietais (oxinticas) o Colo: células mucosas do colo (diferentes das anteriores), células –tronco, células parietais (oxínticas) e células enteroendócrinas o Base: principalmente células parietais, células zimogênicas e células enteroendócrinas 18 19 Mariana Miranda- P2 Tipos Celulares das Glândulas Gástricas Células-tronco Localizadas no colo / região de inicio da glândula 19 20 Mariana Miranda- P2 o Células colunares baixas com núcleos ovais e basais, que migram superficialmente para repor as células superficiais (mucosas), ou migram profundamente para repor os outros tipos celulares Células mucosas do colo - Aparecem agrupadas ou isoladamente - Formato irregular, com núcleo arredondado basal e grânulos apicais, e menores que as células mucosas superficiais - Mucina secretada difere daquela das glândulas mucosas superficiais e tem propriedades antibióticas - Muco solúvel (diferente do muco “insolúvel” das células superficiais) Células parietais (oxínticas) - Istmo e colo das glândulas gástricas - Células piramidais, com núcleo esférico central e citoplasma eosinofílico (abundância de mitocôndrias à ATP para bombeamento de H+ e Cl-) 20 21 Mariana Miranda- P2 - Presença de invaginação profunda da membrana, formando canalículo intracelular, e muitos microvilos - Quando estimuladas a produzir H+ e Cl-, as estruturas tubulovesiculares se fundem, formando o canalículo e os microvilos (aumento de superfície) - Estímulo: parassimpático (terminações nervosas colinérgicas), histamina e gastrina (hormônio peptídico gastrointestinal) → dois últimos produzidos pela própria mucosa gástrica Estruturas tubulovesiculares: reservatórios da membrana plasmática e bombas de prótons Células zimogênicas (principais) – são elas que secretam proteinas - Predominam na região basal da glândula gástrica - Citoplasma basófilo pela abundância de R.E.G. (características típicas de células secretoras de proteínas) - Grânulos citoplasmáticos contendo pepsinogênio (proenzima) - Em contato com o suco gástrico, o pepsinogênio é ativado (pepsina, enzima proteolítica) - Também produzem lipase, em humanos Pepsinogênio : molécula inativada 21 22 - Mariana Miranda- P2 Células enteroendócrinas Mais abundantes na base das glândulas gástricas No corpo do estômago, secretam 5-hidroxitriptamina (serotonina) e grelina No piloro (antro), secretam gastrina (são as células G) São de difícil identificação na microscopia de luz, exceto quando seu citoplasma pouco corado contrasta com as células principais e parietais adjacentes Piloro - Presença de glândulas pilóricas (tubulosas simples ou ramificadas) desembocando em fossetas profundas - Fossetas mais longas e glândulas curtas em comparação à cárdia - Secreção de muco e lisozima - Presença de muitas células G (enteroendócrinas, secretoras de gastrina), entre as células mucosas - Estimulação parassimpática, presença de aminoácidos e aminas, e distensão estomacal estimulam as células G, e a gastrina estimula a secreção pelas células parietais 22 23 Mariana Miranda- P2 ~ CORRELAÇÕES CLÍNICAS Gastropatia e gastrite - Gastrite: processo inflamatório da mucosa; quando há a presença de neutrófilos ( Chegam primeiro quando há uma infecção) , a lesão é conhecida como gastrite aguda. - Quando células inflamatórias são raras ou estão ausentes, o termo gastropatia é aplicado (conjunto diverso de distúrbios, marcado por lesão ou disfunção gástrica) - Agentes que causam a gastropatia incluem AINEs, álcool, bile e lesões por estresse 23 24 INTESTINO DELGADO Mariana Miranda- P2 - Ambas podem ser assintomáticas ou causar graus variáveis de dor epigástrica, náusea e vômito. Em muitos casos graves pode haver erosão da mucosa, ulceração, hemorragia, Sítio terminal de digestão, absorção hematêmese, melena ou, raramente, perda sanguínea maciçade nutrientes e secreção endócrina, no trato GI INTESTINO DELGADO Longo (5 comabsorção três segmentos: Sítio terminal de m) digestão, de nutrientes e secreção endócrina, no tratamento GI (A)segmentos: Longo (5 Duodeno m) com três ¯ Duodeno (A) Jejuno (B) ¯ Jejuno (B) Íleo (C) ¯ Íleo (C) Camada mucosa - Estruturas que ampliam a superfície de absorção - A olho nu, pregas da mucosa e submucosa são visíveis (plicae circularis) o Mais desenvolvidas no jejuno Pregas tem vilosidades na superfície / a vilosidade é a estrutura da mucosa do intestino 24 Mariana Miranda- P2 25 Prega : mucosa + submucosa Vilosidades intestinais (vilos) presentes o Projeções alongadas formadas por epitélio e lâmina própria o No duodeno: formato de folhas o Em direção ao íleo,vão gradualmente adquirindo forma de dedo o Epitélio colunar (cilíndrico) simples com microvilosidades, formado por enterocitos (células absortivas) e células caliciformes à epitélio continuo com o das criptas o Epitélio das criptas possuem enterócitos, células caliciformes, células enteroendócrinas, células de Paneth e células-tronco Cripta Vilosidade Enterócitos (células absortivas) o Células colunares altas, com núcleo oval basal o Presença de microvilosidades (borda em escova) o Internalizam moléculas nutrientes resultantes da digestão o Produzem dissacaridases e dipeptidases o Maior parte da secreção e absorção no duodeno Células caliciformes o Menos abundantes no duodeno, e seu número aumenta em direção ao íleo o Produzem mucinas (glicoproteínas ácidas) que são hidratadas e formam ligações cruzadas entre si o O muco produzido protege e lubrifica o revestimento do intestino o No intestino grosso tem muita quantidade , para ajudar no trajeto das fezes 25 26 Mariana Miranda- P2 Ponta de seta: Borda em escova Epitélio colunar (cilíndrico) simples, formado por enterócitos (células absortivas) e células caliciformes MICROVILOSIDADE Função dos filamentos de actina é meramente estrutural, e não de produzir movimento Células de Paneth o Porção basal das criptas intestinais o Células exócrinas produtoras de lisozima e defensina, que ficam contidas em grânulos citoplasmáticos (atuam na parede de bactérias) o Exercem controle sobre a microbiota intestinal 26 Células de Paneth Porção basal das criptas intestinais Células exócrinas produtoras de lisozima e defensina, que ficam Mariana Miranda- P2 27 contidas em grânulos citoplasmáticos (atuam na parede de bactérias) Exercem controle sobre a microbiota intestinal Epitélio das criptas possuem enterócitos, células caliciformes, células enteroendócrinas, células de Paneth e células-tronco Células M (microfold) o Células epiteliais especializadas, que recobrem os nódulos linfáticos das placas de Peyer do íleo o Captam antígenos por endocitose e os transportam para macrófagos e células linfoides subjacentes o Lâmina basal sob essas células é descontínua (facilita o transporte dos antígenos) Pontas de seta: Células M Setas: Células caliciformes 27 28 Mariana Miranda- P2 DIFERENTES CONDIÇÕES IMUNOLÓGICAS DO TRATO GI Na região mais proximal (A), há abundantes plasmócitos secretores de IgA, poucos linfócitos e alguns macrófagos Na região mais distal (B), como o íleo, agregados de linfócitos estão presentes sob as células M Células enteroendócrinas o Células do sistema neuroendócrino difuso o Quando estimuladas, exocitam seus grânulos de secreção § Hormônios parácrinos (locais) ou endócrinos (via corrente sanguínea) o Do tipo aberto: § Ápice com microvilosidades e em contato com o lúmen do órgão o Do tipo fechado: § Ápice recoberto por outras células epiteliais (não alcançam o lúmen) o No intestino delgado, as do tipo aberto são mais alongadas que os enterócitos (células absortivas), com microvilosidades irregulares e pequenos grânulos de secreção citoplasmáticos Obs: celulas caliciformes , no intestino grosso e delgado/ ap. respiratório 28 Mariana Miranda- P2 29 Lâmina Própria até a serosa - Lâmina própria o Tecido conjuntivo frouxo com vasos sanguíneos e linfáticos, fibras nervosas e fibras musculares lisas (auxiliam a movimentação rítmica) o Preenche o centro das vilosidades intestinais - Muscular da mucosa o Sem peculiaridades - Submucosa o No duodeno, apresenta grupos de glândulas tubulares enoveladas ramificadas que se abrem nas glândulas intestinais, denominadas glândulas duodenais (muco alcalino, que protege o epitélio da acidez estomacal e neutraliza o pH do quimo para a ação das enzimas pancreáticas) o Lâmina própria e submucosa contêm GALT (no íleo, formam-se as placas de Peyer) Camada muscular - Camada Muscular internae túnica e túnica longitudinal externa o Túnica Túnica circular circular interna longitudinal externa Lâmina Própria até a Serosa GÂNGLIO Este corte é longitudinal, por isso a camada circular aparece assim Túnica longitunal externa Serosa e seu mesotélio - Vasos e Nervos - Grande plexo sanguíneo na submucosa, que se ramifica e forma rede capilar logo abaixo do epitélio - Presença de vasos linfáticos (lacteais) de fundo cego (maiores que os capilares, mas de difícil visualização pois suas paredes podem parecer colabadas) o É importante para a absorção de gorduras o Os quilomicrons as absorvidos pela circulação linfática 29 30 Mariana Miranda- P2 Inervação - Componente intrínseco: plexo submucoso (de Meissner) e plexo mioentérico (de Auerbach) – alguns quimiorreceptores e mecanorreceptores (composição do conteúdo intestinal e grau de distensão, respectivamente) - Componente extrínseco :sistema nervoso autônomo o Fibras parassimpáticas colinérgicas (estimulam a atividade da musculatura lisa intestinal) o Fibras simpáticas adrenérgicas (inibem a atividade da musculatura lisa intestinal) Intestino Grosso Ceco (com o apêndice vermiforme), cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmoide, reto e ânus Na estrutura de intestino grosso não tem vilosidades Tem muita células caliciformes e epitélio colunar simples Funções: o Absorção de água o Fermentação o Formação da massa fecal o Produção de muco As 4 camadas características do trato GI estão presentes, com algumas peculiaridades 30 31 Mariana Miranda- P2 Mucosa o Epitélio colunar simples o Glândulas intestinais tubulares, com criptas profundas (criptas de Lieberkühn), células caliciformes abundantes, e pequeno número de células enteroendócrinas o Células absortivas (enterócitos) colunares com microvilosidades curtas e irregulares/ Células de Paneth normalmente ausentes em humanos o Ausência de pregas (exceto no reto, onde há colunas retais) e vilosidades o Lâmina própria rica em células linfoides e nódulos linfáticos (GALT), que podem estar presentes até a submucosa § Em geral, sem vasos linfáticos entre as glândulas intestinais e nem em direção ao lúmen intestinal, apenas pequenos vasos linfáticos na base das glândulas, que drenam para a rede linfática dentro da muscular da mucosa o Na saída do canal anal, o epitélio é estratificado pavimentoso 31 32 Mariana Miranda- P2 CRZ = zona colorretal (epitélio colunar simples) ATZ = zona de transição anal (epitélio estratificado cúbido a colunar) SQZ = zona escamosa (epitélio estratificado pavimentoso) Submucosa e serosa o Mesma estrutura geral já descrita o Nos locais onde o intestino grosso está diretamente em contato com outras estruturas (principalmente na superfície posterior), o revestimento externo é uma adventícia o Apêndices epiplóicos Muscular o Camada externa parcialmente condensada em três faixas longitudinais proeminentes, as tênias do cólon (visíveis macroscopicamente) – faixas de tecido muscular § Exceto no reto, canal anal e no apêndice vermiforme o Entre as faixas, a camada longitudinal forma um folheto fino 32 33 Mariana Miranda- P2 o Feixes de músculo das tênias penetram na camada interna circular em intervalos irregulares, formando os haustros ou sáculos TC = tênia do cólon HC = haustro ou sáculo OA = apêndices omentais (pequenas projeções do revestimento externo preenchidos por tecido adiposo) ou epiploicos Setas = dobras decorrentes de contração muscular Apêndice Divertículo do ceco Lúmen irregular, pequeno e estreito pela abundância de nódulos linfáticos Estrutura histológica similar à do intestino grosso, com glândulas intestinais menores, e sem tênias do cólon 33