Anatomia e Fisiologia do Aparelho Circulatório PDF

Document Details

ChampionTensor

Uploaded by ChampionTensor

Universidade Católica Portuguesa

Tags

anatomia humana fisiologia humana aparelho circulatório anatomia

Summary

Este documento apresenta uma visão geral da anatomia e fisiologia do aparelho circulatório, incluindo vasos sanguíneos, artérias, veias e capilares. O conteúdo detalha os diferentes tipos de vasos sanguíneos, suas características e funções, fornecendo informações importantes para o entendimento das estruturas e mecanismos envolvidos na circulação do sangue.

Full Transcript

ANATOMIA E FISIOLOGIA II Aparelho circulatório- circulação e regulação periférica VASOS SANGUÍNEOS Grande quantidade Menor quantidade de tecido de tecido elástico e...

ANATOMIA E FISIOLOGIA II Aparelho circulatório- circulação e regulação periférica VASOS SANGUÍNEOS Grande quantidade Menor quantidade de tecido de tecido elástico e elástico e músculo liso em músculo liso comparação com artérias Capilares Artérias Artérias Pequenas Grandes Arteríolas (arteriais e Vénulas elásticas musculares veias veias venosos) São os vasos com paredes mais finas e são os mais numerosos VASOS SANGUÍNEOS CAPILARES Diâmetro estável de 7 a 9 micrómetros e 1 mm de comprimento Os eritrócitos circulam em fila pelos capilares 3 tipos em função do seu diâmetro e permeabilidade: Contínuo – menor permeabilidade a grandes moléculas: músculos, tecido nervoso, etc descontinuidade Fenestrado – grande permeabilidade: fenestras intercelular vilosidades intestinais, cílios, glomérolos renais, plexos coroideus do SNC Sinusoidal – mais permeáveis de todos, maior diâmetro: glândulas endócrinas ARTÉRIAS E VEIAS 3 camadas ou túnicas: Íntima Média (contém tecido muscular que é responsável pela vasoconstrição ou vasodilatação) Adventícia ARTÉRIAS Grandes artérias elásticas: Artérias musculares Maior diâmetro Médio calibre Artérias condutoras Paredes espessas Grande pressão (entre TAS e TAD) Túnica média contem 25 a 40 Grande quantidade de tecido camadas de músculo liso elástico e pouco músculo liso Chamadas artérias distributivas As fibras elásticas conferem devido a quantidade de músculo elasticidade que lhes permitem vasodilatação O tecido conjuntivo colagénio ou vasoconstrição e conferem distensibilidade consequentemente trocas sanguíneas A íntima é espessa Diâmetro que ronda os 3cm (Aorta) A adventícia é fina ARTÉRIAS Arteríolas Fazem a comunicação entre as de pequeno calibre e os capilares A túnica íntima não tem camada muscular A túnica medica contem apenas 1 a 2 camadas de músculo liso Capazes de realizar vasoconstrição e vasodilatação (pela ação das fibras nervosas do SNS) VEIAS Veias de médio e grande calibre Vénulas e pequenas veias As de médio calibre recolhem o São estruturalmente iguais, sendo sangue das pequenas veias e que as pequenas veias possuem distribuem para as grandes veias maior camada de tecido muscular As grandes veias levam o sangue na túnica média. para o coração As vénulas passam a pequenas As 3 camadas são relativamente veias quando o seu diâmetro finas, contendo pouco tecido aumenta muscular As vénulas recolhem sangue dos Diâmetro entre 1 e 10mm capilares para as pequenas veias e realizam as trocas de nutrientes Diametro com menos de 1mm (0,3 a 0,2mm) VEIAS Válvulas Apenas estão presentes nas veias de calibre igual ou superior a 2mm Permitem que o sangue circule até ao coração e não retorne Veia de Veia de médio Vénula grande calibre calibre Consistem em pregas da túnica intima Formam duas abas semelhantes, com forma e função igual às válvulas semi-lunares VASA VASORUM Nas artérias e veias com diâmetros superiores a 1mm os nutrientes não conseguem difundir desde o lúmen para as camadas da parede Os Vasa Vasorum são pequenos vasos semelhantes a capilares que penetram desde o exterior do vaso para formar uma micro rede capilar na túnica medica e adventícia ANASTOMOSE AV Zona de comunicação entre uma veia e uma artérias sem passar pelos capilares Existem fisiologicamente na planta dos pés, nas palma das mãos e nas falanges terminais e leito das unhas RELAÇÃO ENTRE VASOS Veias – as artérias são habitualmente acompanhadas por pelo menos uma veia, sendo chamadas veias satélites. As artérias de grande calibre são acompanhadas por uma veia e as artérias de médio e pequeno calibre são acompanhadas por duas veias. Músculos - certos músculos servem como ponto de As artérias relacionam-se com: apoio às artérias que os acompanham, sendo chamados de músculos satélites, como por exemplo o esternocleidomastóideo que acompanha a artéria carótida comum. Articulações - as artérias passam sempre pela superfície flexora da articulação (caso contrário seriam constantemente esticadas) CIRCULAÇÃO PULMONAR Ventrículo direito Tronco pulmonar (5cm) Artéria pulmonar E e D Veias pulmonares CIRCULAÇÃO SISTÉMICA - ARTÉRIAS Aurícula Ventrículo Cabeça e Aorta Coronárias esquerda esquerdo pescoço Membros Aorta Aorta Membros Bacia inferiores abdominal torácica superiores AORTA Aorta Aorta ascendente Aorta (2,8cm diâmetro, Crossa da aorta descendente 5cm comprimento) Coronária Tronco arterial Carótida Subclávia Aorta Coronário direita Aorta torácica esquerda braquiocefálico comum esquerda abdominal CROSSA DA AORTA Tronco arterial Carótida Subclávia braquicefálico comum esquerda Carótida primitiva Também direita (sangue para denominada Leva o sangue para o lado direito da carótida primitiva o membro superior cabeça e pescoço) esquerda esquerdo Subclávia direita Leva sangue para o (MSD) lado esquerdo da cabeça e pescoço CROSSA DA AORTA Tronco arterial Carótida Subclávia braquicefálico esquerda esquerda Carótida Subclávia direita direita Artérias vertebrais Artérias faciais Carótida Carótida e outras interna externa Artéria Tronco basilar cerebral posterior Artéria Artéria cerebral cerebral Polígono de média anterior Willis CABEÇA E PESCOÇO As carótidas comuns só se ramificam no ângulo inferior da mandíbula No ponto de bifurcação forma-se o seio carotídeo POLÍGONO DE WILLIS MEMBRO SUPERIOR Subclávia (por baixo da clavícula) Axilar (por baixo da axila) Umeral (dentro do braço) Cubital e radial AORTA TORÁCICA Aorta torácica Ramo visceral Ramo parietal Pulmão Esófago Parede (Artérias (artérias Pericárdio torácica brônquicas) esofágicas) Artérias Artéria frénica intercostais Intercostais Intercostais anteriores posteriores AORTA ABDOMINAL Ramo visceral Ímpar Pares Ramo parietal Frénica inferior Lombar Sagrada média Ilíacas AORTA ABDOMINAL VISCERAL Ímpares Pares Nome Área irrigada Tronco celíaco Gástrica Estômago e esquerda esófago Nome Área irrigada Hepática Estômago, Suprarrenal Glândula suprarrenal duodeno e fígado Renal Rim Esplénica Baço, pâncreas e Genital Espermática Testículo e estômago ureter Mesentérica sup Pâncreas, intestino delgado Ovárica Ovário, ureter e e cólon trompa de (ascendente e Falópio transverso) Mesentérica inf Colón descendente e reto AORTA ABDOMINAL PARIETAL Nome Área irrigada Frénica inferior Glândula suprarrenal e face inferior do diafragma Lombar Vertebras lombares e músculos dorsais Sagrada média Vértebras sagradas Ilíaca primitiva Ilíaca externa Membros inferiores Artérias da Ilíaca interna Parte interior do dorso, bacia anca, bacia. Bexiga, vagina, útero, reto, genitais externos MEMBRO INFERIOR CIRCULAÇÃO SISTÉMICA - VEIAS 3 grandes veias são responsáveis 3 grandes tipos de veias pelo retorno venoso: Veias superficiais (nos membros são Seio coronário maiores que as profundas mas na cabeça e tronco ocorre o inverso) Veia cava superior (cabeça, pescoço, tórax e MS) Veias profundas Veia cava inferior (abdómen, Seios (calote craniana e coração) região pélvica e membros inferiores) CABEÇA E PESCOÇO Veia jugular interna (maior calibre e mais profundas) Calote, face, pescoço e parte anterior da cabeça Juntam-se as subclávias e formam o tronco venoso braquicefálico Veia jugular externa (menor calibre e mais superficial) Parte posterior da cabeça e pescoço Drenam para as veias subclávias MEMBRO SUPERIOR Principais veias Cefálica (entra na axilar) Basílica (torna-se axilar e depois subclávia) Umeral ou braquial (junção da cubital e radial) Cubital superficial ou mediana (une a basílica e cefálica ao nível do cotovelo – punção venosa) TORÁX 3 veias principais Tronco venoso braquicefálico esquerdo e direito (drena parede torácica anterior) Veias torácicas internas que recebem das intercostais anteriores Veia ázigos (drena a parede posterior) Veias intercostais posteriores drenam diretamente para a ázigos do lado direito Do aldo esquerdo drena para a hemiázigos que drena para a ázigos ABDÓMEN E BACIA 2 grupos venosos Veias lombares ascendentes (drenam a parte posterior abdominal) Do lado direito drenam para a ázigos Do lado esquerdo para a hemiázigos Veia cava inferior (recebe sangue da parte anterior abdominal, região pélvica e MI) SISTEMA PORTA O sangue proveniente do estomago, intestino e baço drena para o fígado para que possam ser metabolizados os produtos de excreção e possam ser aproveitados nutrientes O sistema porta começa e termina com capilares venosos O fígado recebe sangue arterial (artéria hepática) como qualquer outro órgão para garantir o seu funcionamento O sistema porta inicia e terminia com vasos venosos, drenado para VCI MEMBROS INFERIORES DINÂMICA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO Pressão Mecanismos de controlo Fatores Fluxo do fluxo que influenciam a circulação Mecanismos de controlo Resistência da PA FLUXOS Laminar Nos vasos o sangue circula de forma linear como se fossem várias camadas concêntricas As camadas mais próximas da parede têm mais resistência As camadas internas fluem com menos resistência Turbulento Quando a velocidade crítica é excedida ou quando existe algum estrangulamento (medição da PA), curva (ramificações) ou superfície rugosa (oclusão por ateroma ou coágulo) O fluxo turbulento indica sempre um vaso anormalmente contraído – não é um fluxo normal LEI DE POISEUILLE O sangue circula de zonas de maior pressão para zonas de menor pressão 𝑃1−𝑃2 𝑟4 Fluxo = 8 𝑣𝑐 Se P1 for igual a P2 não há movimento do sangue Se P1 for maior que P2 o sangue circula de P1 para P2 e quanto maior a P – pressão diferença maior o fluxo (velocidade de deslocação do sangue) r – raio do vaso V – viscosidade do sangue Quando a resistência no vaso diminui, o C – comprimento do vaso fluxo aumenta 𝑃1−𝑃2 Fluxo = 𝑅 LEI DE POISEUILLE O fluxo diminui quando: A resistência aumenta. Uma diminuição do raio (provoca uma diminuição drástica) Aumento do comprimento do vaso Aumento da viscosidade do sangue A resistência diminui quando: O diâmetro do vaso aumenta (o fluxo é proporcional ao raio do vaso elevado à quarta potencia). PRESSÃO CRÍTICA DE ENCERRAMENTO Cada vaso tem uma pressão mínima abaixo da qual o vaso colapsa e a circulação é interrompida - pressão crítica de encerramento Devido a viscosidade do sangue é necessário uma pressão mínima para que este se possa deslocar A força que distende o vaso sanguíneo é proporcional ao diâmetro do vaso vezes a PA Quando a pressão de um vaso diminui, a força que o distende também diminui. Se esse valor for inferior À força mínima necessária para manter o vaso aberto, este colapsa. LEI DE LAPLACE F = D x P (Força/Diâmetro do vaso / Pressão ) Quando o diâmetro do vaso aumenta, a força aplicada a parede do mesmo também aumenta, mesmo que a pressão se mantenha igual Aneurismas DISTENSIBILIDADE VASCULAR Distensibilidade = complience Capacidade que os vasos têm para se distender em função do volume de sangue que transportam em função do aumento da pressão arterial Vasos com grande distensibilidade As veias aumentam muito o possuem maior volume com distensibilidade pequenas alterações que as artérias na pressão FISIOLOGIA DA CIRCULAÇÃO Anatomia do Sistema circulatório Mecanismos Física da de controlo circulação TROCAS SANGUÍNEAS CAPILARES Difusão – principal processo pelo qual os nutrientes e os produtos de degradação são trocados Osmose – mecanismo através do qual a água se desloca de zonas de mior concentração para as de menor Nutrientes vão do espaço intracapilar arterial para o espaço intersticial Os produtos de degradação vão do espaço intersticial para o espaço capilar venoso TROCAS SANGUÍNEAS CAPILARES Capilares arteriais Pressão sanguínea elevada Pressão negativa intersticial Capilares venosos Pressão osmótica coloidal do Pressão sanguínea menor (logo a sangue elevada (proteínas de força que impulsiona os líquidos grandes dimensões contidas no para fora vai diminuir) plasma – promovem a diferença de pressões) A concentração de proteínas aumenta devido a saída de liquido na parte arteriolar Maior pressão osmótica coloidal do sangue que faz com que 9/10 do liquido que saiu na extremidade arteriolar, volte a entrar para equilibrar concentrações CONTROLO DO FLUXO SANGUÍNEO Controlo local O fluxo sanguíneo é proporcional às suas necessidades metabólicas (músculo esquelético, cérebro) Substâncias vasodilatadoras ou carências metabólicas Se a atividade metabólica aumentar, aumenta também o diâmetro dos capilares Controlo nervoso SNS (centro vasomotor) controla o diâmetro dos vasos Várias substâncias podem estimular o centro vasomotor O tónus vasomotor é um estado de constante contração parcial dos vasos sanguíneos O SN é responsável pela orientação do fluxo sanguíneo e manutenção da PA

Use Quizgecko on...
Browser
Browser