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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

2024

Sara Santos

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motor learning learning curves performance skill acquisition

Summary

This document discusses motor learning, focusing on learning curves. It explains how performance evolves over time, highlighting the variety of learning curves, and their relation to factors like task complexity. The document analyses plateaus and how to overcome them, presenting different strategies for skill acquisition. It also examines the role of verbal instructions, visual demonstrations and video in the learning process.

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO 2024/2025 Aprendizagem Motora Curvas de aprendizagem Sara Santos APRENDIZAGEM MOTORA Curvas de Aprendizagem Desempenho e Aprendizagem 2 CURVAS DE APRENDIZAGEM O...

UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO 2024/2025 Aprendizagem Motora Curvas de aprendizagem Sara Santos APRENDIZAGEM MOTORA Curvas de Aprendizagem Desempenho e Aprendizagem 2 CURVAS DE APRENDIZAGEM O treinador e o atleta podem efetuar registos de performance para caraterizar a progressão a partir de indicadores do nível de desempenho e obter aquilo que se designa por curva de aprendizagem. Contudo, uma tal curva apenas indica os efeitos mediatos de aprendizagem. Representação gráfica da evolução da performance ao longo de uma prática 3 3 CURVAS DE APRENDIZAGEM O registo do desempenho permite caraterizar a progressão a partir de obter a curva de aprendizagem. indicia os efeitos imediatos da aprendizagem 4 4 CURVAS DE APRENDIZAGEM Processo de aprendizagem é altamente individualizado A forma das curvas de aprendizagem é muito variada A progressão na aprendizagem de um movimento ou de uma habilidade cognitiva inicial seja mais rápida no início do que em fases mais adiantadas da aprendizagem Progressos iniciais são rápidos sendo difícil manter mais tarde A estabilização progressiva do rendimento conduz muito frequentemente à desistência e abandono. 5 5 CURVAS DE APRENDIZAGEM Dependendo da complexidade da ação, a sua aprendizagem numa fase inicial pode ser extremamente rápida. com o treino tende a atingir uma fase de estabilização (i.e., plateau) 6 6 CURVAS DE APRENDIZAGEM Em tarefas mais complexas, a aprendizagem numa fase inicial é mais lenta e a melhoria verifica-se apenas a partir de determinada fase. Características (i.e., passado e experiência) afectam evolução na aprendizagem 7 7 CURVAS DE APRENDIZAGEM - Altamente individualizadas - Refetem as caraterísticas de cada aprendiz, bem como a sua interação com as tarefas a aprender. - Não devem ser utilizadas como elementos de comparação entre indivíduos. - São elementos essenciais quando se colocam condições de aprendizagem inicial de uma tarefa ou quando é necessário proceder a reestruturações profundas do movimento. 8 8 TIPOS DE CURVAS DE APRENDIZAGEM 9 9 TIPOS DE CURVAS DE APRENDIZAGEM 10 10 TIPOS DE CURVAS DE APRENDIZAGEM 11 11 TIPOS DE CURVAS DE APRENDIZAGEM 12 12 TIPOS DE CURVAS DE APRENDIZAGEM Evolução Rápida Skills Novos⎜Difíceis 13 13 TIPOS DE CURVAS DE APRENDIZAGEM Curvas que manifestam redução do desempenho 14 14 CURVAS DE APRENDIZAGEM Todas as curvas tendem para a curva negativamente acelerada com o treino tende a atingir uma fase de estabilização (i.e., plateau) Lei da Prática 15 CURVAS DE APRENDIZAGEM Limite do desempenho com o avançar da prática. 16 16 CURVAS DE APRENDIZAGEM Plateau (i.e. efeito de teto) Estabilização da Aprendizagem Mudança objetivo (manter motivação) Plataforma de Desempenho Pode refletir a presença de fatores de limitação da performance ou reorganizações profundas e latentes da aprendizagem. Identificar fatores (podem ser removidos) Efeito de Solo Performance é sempre baixa, sem que se consiga detetar uma margem de progressão. Simplificar tarefa (ganhar confiança) 17 17 CURVAS DE APRENDIZAGEM Progressão é limitada por um teto de desempenho que se manifesta sistematicamente Plataforma de estabilização durante a curva que podem refletir a presença de fatores de limitação da performance ou reorganização Performance é sempre baixa sem que se consiga detetar margem de progressão (Godinho, Mendes & Barreiros, 2005) 18 18 CURVAS DE APRENDIZAGEM Alteração de objetivos para evitar a desmotivação Fatores temporários de limitação Simplificação da tarefa para permitir a progressão e aumentar a confiança (Godinho, Mendes & Barreiros, 2005) 19 19 CURVAS DE APRENDIZAGEM Porque ocorre o Plateau? 1.Falta de preparação física ou fadiga; 2.Falta de habilidade para desenvolver os skills; 3.Aprendizagem inicial incorreta; 4.Fadiga; 5.Aborrecimento; 6.Falta de motivação; 7.Objetivos demasiado altos; 8.Maturação / idade; 20 20 CURVAS DE APRENDIZAGEM Como ultrapassar o Plateau? 1.Boa preparação física; 2.Progressão tarefas; 3.Objetivos atingíveis; 4.Criar motivação; 5.Feedback constante; 6.Prática agradável. 21 21 CURVAS DE APRENDIZAGEM Desempenho Desempenho Desempenho Desempenho Repetições Repetições Repetições Repetições Aprender coreografía Aprender a caminhar depois Jogo de estratégia no nível avançada por um dançarino Aprender a lançar setas pela de cirurgia ao joelho difícil expert primeira vez 22 22 APRENDIZAGEM MOTORA Fatores da Aprendizagem (prévios, concomitantes e posteriores) 23 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS Instruções Verbais ▪ Informação geral e específica sobre a ação (desempenho) a ser realizado. Específica aos alunos e à tarefa. 24 24 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS Instruções Verbais ▪ Aspectos a serem considerados: 1) Quantidade de informação; 2) Precisão da informação; 3) Critérios de êxito; 4) Pistas-chave. 25 25 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS Instruções Verbais: Quantidade de Informação ▪ Capacidade atencional limitada: com o avançar do tempo o foco atencional é reduzido. Instrução O que? Como? Porquê? Quando? 26 26 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS Instruções Verbais: Precisão da Informação ▪ Precisão da informação: os aprendizes podem ficar confusos com informações que sejam confusas e inapropriadas. 27 Descrições que possam ser claras para os instrutores, podem não o ser para os alunos “Jogo está muito centrado no meio. Vamos procurar abrir jogo” “Que espaço existe livre” “Asas do avião abertas” 27 27 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS Instruções Verbais: Palavras-Chave ▪ Na definição de pistas verbais, é importante considerar cinco dimensões: 28 1) Aspetos críticos do desempenho; 2) Ser sucinto; 3) Máximo 2 a 3 critérios-chave; 4) Repetir as pistas verbais. 28 28 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS Demonstração Visual ▪ Imagem tão representativa quanto possível da ação a ser executada. Explicar a apertar cordões 29 29 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS Demostração Visual ▪ Dar instrução de exercício. 30 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS Utilização de vídeo ✓ É um dos processos utilizados em processo de ensino-aprendizagem que se tem demonstrado tão eficaz como a apresentação de um modelo ao vivo, principalmente se se tratar do próprio executante ✓ A apresentação de camara lenta não demonstra vantagens evidentes senão em tarefas de alta complexidade, em que o ritmo não seja uma das componentes criticas fundamentais Informação cinemática e cinética ✓ Demonstra-se ser um fator positivo, possivelmente por contribuir para o esclarecimento das componentes essenciais da tarefa 31 31 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS Os benefícios da demonstração são superiores aos da instrução. O nosso cérebro é muito estruturado com base na informação visual e pode captar uma imensa quantidade de informação em instantes. 32 32 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS 33 33 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS Aquecimento ▪ Prepara o sujeito(s) para a prática. 34 34 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS Características da Tarefa ▪ As tarefas devem ser apropriadas aos aprendizes! 35 35 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS Motivação ▪ Sem motivação não é possível aprender. 36 36 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS MOTIVAÇÃO Positiva Negativa Aprender baseado na ideia da utilidade Aprender baseado no medo das da informação ou habilidade a aprender consequências se não se aprende 37 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS Motivação por parte do aprendiz: o Um dos fatores mais importantes no processo de aprendizagem. o É um determinante primário para o início da prática. o Se o aluno perceber a tarefa como sem sentido ou indesejável – a aprendizagem da tarefa será mínima. 38 38 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS - Criar objetivos 39 39 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS 40 40 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS Quando os objetivos são estabelecidos pelo próprio verifica-se normalmente um melhor resultado do que quando estes são definidos externamente Os indivíduos devem ser estimulados a definir metas realistas, pois a grande dificuldade em atingi- las pode provocar perda de motivação A definição de objetivos demasiado fáceis pode também originar uma redução na motivação, pela convicção de que não é necessário grande esforço para os concretizar 41 41 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS Emoção e Ansiedade ▪ Podem afectar a aprendizagem. 42 42 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS Antecipação ▪ O conhecimento da ação e das suas próprias características possibilita antecipar a ação. 43 43 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS Factores Sociais e Culturais ▪ O seu humano e o seu comportamento é afectado pela cultura. 44 44 FATORES DE APRENDIZAGEM: PRÉVIOS Fadiga ▪ A aprendizagem é baseada na prática, repetição e o que inevitavelmente resulta em fadiga. Requer um planeamento adequado 45 45 FATORES DE APRENDIZAGEM: Não basta praticar. É necessário que a PRÁTICA seja apropriada, adequada ao nível do praticante e realizada nas melhores condições. 46 46 FATORES DE APRENDIZAGEM: Manipulando as diversas variáveis da prática que influenciam o processo de aprendizagem observam-se diferentes resultados 47 FATORES DE APRENDIZAGEM: Como ensinar uma Habilidade Motora? Como organizar a prática? 48 48 FATORES DE APRENDIZAGEM: ORGANIZAÇÃO DA PRÁTICA - CONCOMITANTES Existem diferentes formas de organizar a prática: ▪Massiva versus distribuída ▪Constante versus variada ▪Global versus analítica ( Godinho,, 2007) 49 FATORES DE APRENDIZAGEM: ORGANIZAÇÃO DA PRÁTICA – MASSIVA VS DISTRIBUÍDA O tempo entre repetições é o critério mais usado para distinguir entre prática massiva e prática distribuída. Prática na qual o intervalo de descanso entre cada tentativa ou Prática sessão é muito curto, de forma a que a prática seja relativamente massiva continua. (ex. 5 seg de recuperação para uma tentativa com 60 seg de duração). Prática na qual o intervalo de descanso entre cada tentativa ou sessão é Prática relativamente alargado. distribuída (a duração do intervalo pode ser tão longo como a tentativa). 50 50 FATORES DE APRENDIZAGEM: ORGANIZAÇÃO DA PRÁTICA – MASSIVA VS DISTRIBUÍDA Reduzir o tempo de recuperação entre tentativas irá também reduzir o tempo que o corpo e o SNC tem disponível para recuperar a fadiga física e mental Não existe um rácio prática-interválo ótimo, semelhante para todas as tarefas de aprendizagem DISTRIBUÍDA é preferível: Fraco nível de aptidão física Tarefas muito complexas Elevados níveis de esforço Indivíduos principiantes Indivíduos pouco motivados 51 51 FATORES DE APRENDIZAGEM: ORGANIZAÇÃO DA PRÁTICA Prática Constante Blocos Tipo de Prática Prática Variada Séries Aleatória Godinho, (2007) 52 52 FATORES DE APRENDIZAGEM: ORGANIZAÇÃO DA PRÁTICA Prática Constante Prática da mesma tarefa mantendo fixas as condições de realização, ou seja, experimentando apenas uma única variação da HM (AAA...AAA...AAA...) (Godinho et al., 2002) Prática Variada Variedade do movimento e das características do contexto que um indivíduo experimenta quando pratica uma HM. (Magill, 2001) 53 53 FATORES DE APRENDIZAGEM: ORGANIZAÇÃO DA PRÁTICA O aumento da variabilidade das experiências motoras durante a prática contribui para a construção e consolidação de esquemas de resposta mais genéricos. Godinho, (2007) 54 54 FATORES DE APRENDIZAGEM: ORGANIZAÇÃO DA PRÁTICA Tanto a quantidade como a variabilidade da prática favorecem a generalização dos esquemas aplicáveis a situações futuras… …maior transferência de aprendizagem para situações mais complexas. Godinho, (2007) 55 55 FATORES DE APRENDIZAGEM: ORGANIZAÇÃO DA PRÁTICA Variação das condições de exercitação Variação da posição inicial e final Exercitação sob condições que não as habituais Variação da direção e intensidade do movimento Exercitação sobre carga condicional Variação na mobilização da forma Exercitação com um control ótico limitado Combinação de exercícios Tarefas motoras adicionais durante a exercitação Exercitação com a acentuação rítmica Utilização de objetos Exercitação de acordo com um determinado ritmo Exercitação com oposição de um companheiro Modificação do volume do movimento Exercitação com limitação do tempo … 56 56 FATORES DE APRENDIZAGEM: ORGANIZAÇÃO DA PRÁTICA Tipo de Tipo de variante prática Constante 2 2 2 2 2 2 2 2 2 Blocos 1 1 1 2 2 2 3 3 3 Séries 1 2 3 1 2 3 1 2 3 Acaso 1 3 2 3 1 2 1 2 3 57 57 FATORES DE APRENDIZAGEM: ORGANIZAÇÃO DA PRÁTICA Prática em blocos AAAAABBBBBCCCCC - Uma dada tarefa é praticada várias vezes consecutivas antes de passer à tarefa seguinte - Permite que os praticantes corrijam um problema específico e refinem as suas habilidades de uma só vez - Importante na fase inicial de aprendizagem quando os hábitos corretos devem ser aprendidos - Permite uma melhor performance, mas fraca aprendizagem a longo prazo 58 58 FATORES DE APRENDIZAGEM: ORGANIZAÇÃO DA PRÁTICA Prática em série ABCABCABCABC - As diferentes tarefas são praticadas sempre na mesma ordem (sequência); - Efeito da interferência contextual é moderado. Godinho, (2007) 59 59 FATORES DE APRENDIZAGEM: ORGANIZAÇÃO DA PRÁTICA Prática aleatória ACABACCBABCABCB -A ordem das tarefas é aleatória, diferentes tipos de tarefas são “misturados” durante o período de prática; -É bastante eficaz quando uma habilidade já se apresenta bem desenvolvida. Promove: Elevada interferência contextual: Melhor retenção Godinho, (2007) Melhor transferência 60 60 FATORES DE APRENDIZAGEM: ORGANIZAÇÃO DA PRÁTICA - CONCOMITANTES 61 61 FATORES DE APRENDIZAGEM: ORGANIZAÇÃO DA PRÁTICA - CONCOMITANTES 62 62 FATORES DE APRENDIZAGEM: ORGANIZAÇÃO DA PRÁTICA - CONCOMITANTES 63 63 FATORES DE APRENDIZAGEM: CONCOMITANTES Global Analítica Habilidade Motora - Habilidade com partes muito - Independência das componentes integradas e organizadas da habilidade - Habilidades simples - Habilidade muito complexa - Elevada capacidade de - Limitação na retenção (memória) memorização de sequências - Problemas de atenção e Indivíduo longas concentração - Elevada capacidade de atenção - Dificuldades com algum elemento - Nível de desempenho na ou componente da habilidade habilidade elevado Godinho,, (2007) 64 64 FATORES DE APRENDIZAGEM: CONCOMITANTES Simplificação da Apresentação de Skills: Uso da prática por partes Prática por partes: qualquer método que simplifique a execução de um skill, incluindo quer a prática por partes, quer a modificação de constrangimentos ambientais nos quais o skill é desenvolvido. 1) Segmentação; 2) Simplificação; 3) Fraccionar. 65 65 FATORES DE APRENDIZAGEM: CONCOMITANTES Segmentação: o skill é partido em componentes que são praticadas de forma separada, até ser obtida a proficiência antes da prática do skill como um todo. Avanço Método da parte progressiva Recuo 66 FATORES DE APRENDIZAGEM: CONCOMITANTES Simplificação: o skill é praticado todo mas no qual alguma característica do skill ou do contexto é simplificado. 67 67 FATORES DE APRENDIZAGEM: CONCOMITANTES Fraccionar: envolver a prática isolada de diferentes componentes de um skill que por norma seriam realizados em simultâneo. 68 68 FATORES DE APRENDIZAGEM: CONCOMITANTES Decisão do Uso da Prática pelo Todo e pela Parte Prática pelo todo: skill é praticado pelo todo como o esperado. Método da Parte Prática Todo Elevada Baixa Complexidade complexidade tarefa tarefa Baixa Elevada Organização da Organização da Tarefa Tarefa 69 69 APRENDIZAGEM MOTORA Tipos de feedback 70 FATORES DE APRENDIZAGEM: POSTERIORES - FEEDBACK Feedback é especialmente importante para a Aprendizagem Motora Em conjunto com a prática é considerada uma das variáveis mais influentes na aquisição de habilidades motoras (Newell, 1991) FEEDBACK - Informação de retorno, retroalimentação - Re-aferência que comporta a diferença entre o objetivo visado e a resposta efetivamente produzida 71 71 FATORES DE APRENDIZAGEM: POSTERIORES - FEEDBACK Só aprendemos quando conseguimos alterar a realização anterior. Para alterar uma execução, precisamos de informação. 72 72 FATORES DE APRENDIZAGEM: POSTERIORES - FEEDBACK Cada feedback pode conter quantidades diferentes de informação em função da capacidade do sujeito atribuir significado a esses mesmos estímulos, ou seja, em função do conhecimento prévio da situação e da qualidade da representação antecipativa. 73 73 FATORES DE APRENDIZAGEM: POSTERIORES – FEEDBACK EXTRINSECO Extrínseco (Aumentado): informação acerca da performance obtida por uma fonte externa que complementa ou acrescenta informação ao feedback sensorial. Feedback Verbal Aumentado Feedback Aumentado Não-Verbal (Edwards , 2010) 74 FATORES DE APRENDIZAGEM: POSTERIORES - FEEDBACK ▪ Conhecimento de Resultado: feedback aumentado relacionado com o resultado de um movimento. Grau com a qual um performer atinge o sucesso da ação. Não é dada a informação acerca de como corrigir o movimento. Pode meramente duplicar a informação sensorial. (Edwards, 2010) 75 75 FATORES DE APRENDIZAGEM: POSTERIORES - FEEDBACK Função Informativa do Feedback ▪ Informa os aprendizes quer das ações corretas e incorretas de um movimento ou skill. Corrige a tentativa de realizar um skill Erros necessitam de correção (Edwards, 2010) 76 76 FATORES DE APRENDIZAGEM: POSTERIORES - FEEDBACK Função motivacional do Feedback ▪ O feedback instrucional é usado para comparar o seu desempenho com o resultado esperado. feedback Informação sobre como corrigir erros Melhorias no Desempenho Os aprendizes vêm as suas tentativas como efetivas, e são encorajados a melhorar. 77 77 FATORES DE APRENDIZAGEM: POSTERIORES - FEEDBACK Função de Reforço do Feedback ▪ Técnica da Sanduiche: reforço negativo ou castigos são antecedidos e precedidos de encorajamento. 78 FATORES DE APRENDIZAGEM: POSTERIORES - FEEDBACK Os feedbacks podem ser: - Feedbacks verbais ou auditivos - descritivo e/ ou prescritivo - Videofeedbacks - Feedbacks cinemáticos e cinéticos 79 79 FATORES DE APRENDIZAGEM: POSTERIORES - FEEDBACK Feedback Descritivo e Prescritivo ▪ Feedback Descritivo : descreve o erro que o aprendiz cometeu, sem qualquer sugestão à forma como o corrigir. ▪ Feedback Prescritivo : dá informação acerca de como corrigir comportamentos. 80 80 FATORES DE APRENDIZAGEM: POSTERIORES - BIOFEEDBACK Fornece informação sobre a performance através de um sinal detetado de forma externa relacionado com um processo fisiológico. Exemplo: eletromiografia, eletroencefalografia e frequência cardíaca 81 81 FATORES DE APRENDIZAGEM: POSTERIORES - FEEDBACK O TIMING DO FEEDBACK ✓ Feedback simultâneo - fornecido durante o movimento - fornecido em tempo real - possível envolvimento direto do sujeito com um dispositivo - vantajoso para habilidades complexas - pode comprometer a atenção ✓ Feedback terminal - fornecido após o termino da habilidade - vantajoso para iniciantes e populações especiais (casos clínicos) - exige menos atenção 82 82 FATORES DE APRENDIZAGEM: POSTERIORES - FEEDBACK A PRECISÃO DO FEEDBACK (EXATIDÃO DO FEEDBACK) ✓ Quanto à qualidade do feedback - geralmente informa o sujeito se a sua prestação foi correta ou incorreta e é fornecida informação sobre a sua performance foi muito rápida/ lenta, forte/ fraca, longa/ curta… ✓ Quanto à quantidade do feedback - indica a direção e magnitude do erro. 83 83 FATORES DE APRENDIZAGEM: POSTERIORES - FEEDBACK Segundo Newell (1991): - Com o aumento da precisão do feedback, o tempo previsto para processar a mesma informação também aumenta. - Os iniciantes devem receber feedbacks menos precisos do que os sujeitos intermediários. - Inicialmente deve-se privilegiar a informação mais geral sobre o desempenho do aprendiz. 84 84 FATORES DE APRENDIZAGEM: POSTERIORES - FEEDBACK A FREQUÊNCIA DO FEEDBACK ✓ Nem sempre se verifica que quanto mais feedbacks melhor. ✓ A frequência do feedback pode influenciar a motivação para a execução da habilidade: usar feedback por intervalo de erro. FEEDBACK DE RESUMO ✓ O feedback é fornecido após um certo número de repetições que estará dependente da complexidade da habilidade e do nível de performance do sujeito. ✓ Quanto maior o resumo pior será a aprendizagem da habilidade (Scmidt et al, 1989). ✓ A retenção da informação é menos quando o resumo é mais demorado (maior), tendo sido encontrado um valor ótimo de 5 repetições (Scmidt et al, 1990). 85 85 FATORES DE APRENDIZAGEM: POSTERIORES - FEEDBACK 86 86 FATORES DE APRENDIZAGEM: POSTERIORES - FEEDBACK O feedback ou IRR pode ser obtido por todos os sistemas sensoriais e divide-se de muitas formas: 87 APRENDIZAGEM MOTORA Fases da Aprendizagem Etapas Cognitivas - Fitts e Posner 88 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas na qual se observam diferenças consideráveis na execução motora. (Edwards, 2010) “When mastering new skills, the learner typically advances through a predictable series of learning stages. At the start, a learner is usually halting and uncertain as he or she tries to use the target skill. With instruction and lots of practice, the learner becomes more fluent, accurate, and confident in using the skill.” (Haring et al., 1978) 89 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Cognitivas) - Fitts & Posner (1967) 90 90 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Cognitivas) - Fitts & Posner (1967) Etapa Cognitiva Associativa Autónoma Aprendizes dependentes da memória declarativa e a informação é manipulada de forma consciente para formular o programa motor. Os aprendizes pensam em todos os passos da execução. (Edwards, 2010) memória declarativa Armazena os fatos e eventos que podem ser lembrados ou “declarados” conscientemente, e considerada a curto-prazo. 91 91 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Cognitivas) - Fitts & Posner (1967) Etapa Cognitiva Associativa Autónoma O primeiro problema que surge nesta etapa é tentar compreender como o gesto é realizado. (Edwards, 2010) Compreender o objetivo mas não como executar Por exemplo, criança pode saber que tem de acertar na bola, mas não saber como controlar os movimentos para alcançar este objetivo. 92 92 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Cognitivas) - Fitts & Posner (1967) Etapa Cognitiva Associativa Autónoma O principal objetivo neste etapa é compreender como executar o movimento. (Edwards, 2010) Requerem ajuda externa para Instruções verbais compreenderem como Demonstrações visuais executar Guiar o movimento Vídeos Feedback Negligenciam percepções e adoptam correções do instrutor 93 93 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Cognitivas) - Fitts & Posner (1967) Etapa Cognitiva Associativa Autónoma Através da Informação disponibilizada vão procurar realizar com sucesso os objetivos da habilidade. (Edwards, 2010) Instruções verbais Adaptação antes da Demonstrações visuais execução que Guiar o movimento sucede Vídeos Feedback Contrastado com informação perceptiva 94 94 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Cognitivas) - Fitts & Posner (1967) Características na Fase Cognitiva 1) Erros Constantes; 2) Grande magnitude (variabilidade no tipo de erro) 3) Movimentos inapropriados Auto- conversa Perceção de movimento errado, mas não sabe como o corrigir 95 95 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Cognitivas) - Fitts & Posner (1967) Instrução durante a Fase Cognitiva 1) Instruções verbais e demonstrações para compreender como executar ação; 2) Ajuda a identificar informações ambientais relevantes; 3) Ajudar a identificar como o que se aprendeu pode ser transferido para outro contexto; 4)Dar feedback sobre os erros mais comuns; 5) Manter níveis elevados de motivação e interesse. (Edwards, 2010) 96 96 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Cognitivas) - Fitts & Posner (1967) Progressão na Fase Cognitiva O tempo passado nesta fase depende de vários factores, tal como a complexidade do skill a ser realizado. (Edwards, 2010) 97 97 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Cognitivas) - Fitts & Posner (1967) Etapa Cognitiva Associativa Autónoma Menor dependência da memória declarativa devido a compreensão dos padrões básicos para executar uma habilidade. Através da prática, mais elementos Memória de Comportamento relacionados com as habilidades ficam Memória Declarativa codificados. 98 98 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Cognitivas) - Fitts & Posner (1967) Características na Fase Associativa 1) Erros menos frequentes; 2) Decréscimo da variabilidade dos erros (tipo e magnitude); 3) Redução da auto-conversa; Na fase cognitiva, o tipo de erros era variável (e.g., tipo de pega, movimento do corpo, movimento do taco). Na fase associativa, o tipo de erros é menor e mais constante (e.g., elevar demasiado o taco ou início do movimento demasiado lento). 99 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Cognitivas) - Fitts & Posner (1967) Características na Fase Associativa A melhor execução integra também a adaptação do skill / habilidade ao contexto. Por exemplo, na etapa cognitiva o shot no golf é executado da mesma forma independentemente das condições climatéricas No entanto na etapa associativa, existem ajustes nos padrões de movimento para conciliar com o contexto 100 100 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Cognitivas) - Fitts & Posner (1967) Instrução durante a Fase Associativa 1)Progredir de informação sobre o movimento para adaptação ao contexto; 2)Redução da quantidade de feedback disponibilizado; 3)Feedback e reforço para salientar ações corretas; (Edwards, 2010) 101 101 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Cognitivas) - Fitts & Posner (1967) Progressão durante a Fase Associativa Varia consoante: 1) Qualidade da instrução; 2) Habilidades do aprendiz; (Edwards, 2010) Atingir a fase autónoma requer um elevado tempo de prática da ação 102 102 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Cognitivas) - Fitts & Posner (1967) Cognitiva Associativa Etapa Autónoma Capacidade de realizar as habilidades com poucos ou nenhuns recursos atencionais. 103 103 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Cognitivas) - Fitts & Posner (1967) Características durante a Fase Autónoma Os comportamentos são controlados pela memória de comportamento. (Edwards, 2010) Direcionar atenção para informação relevante 104 104 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Cognitivas) - Fitts & Posner (1967) Características durante a Fase Autónoma Os comportamentos são controlados pela memória de comportamento. 1) Melhoria significativa do desempenho; 2) Maior capacidade de adaptar ações ao contexto; 3) Capacidade de realizar skills com precisão e menor esforço; 4) Perceção dos erros cometidos e como os corrigir. (Edwards, 2010) 105 105 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Cognitivas) - Fitts & Posner (1967) Instrução durante a Fase Autónoma Assegurar desafios apropriados e níveis elevados de exigência; 106 106 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Cognitivas) - Fitts & Posner (1967) Etapa Cognitiva Associativa Autónoma Cognitiva Associativa Autónoma 107 107 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Cognitivas) - Fitts & Posner (1967) Etapa Cognitiva Associativa Autónoma Cognitiva Associativa Autónoma 108 108 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Cognitivas) - Fitts & Posner (1967) Etapa Cognitiva Associativa Autónoma Cognitiva Associativa Autónoma 109 APRENDIZAGEM MOTORA Fases da Aprendizagem Sistemas Dinâmicos 110 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Sistemas Dinâmicos) Fase Aprendiz Fase Avançada Fase Expert Saber como controlar todos os músculos e articulações envolvidos no movimento (i.e., graus de liberdade). (Vereijken, 1991) Congelar os Graus de Liberdade: Redução as possibilidades de movimento para maior controlo da ação. 111 111 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Sistemas Dinâmicos) Fase Aprendiz Fase Avançada Fase Expert Congelar de graus de liberdade Movimentos rígidos (i.e., movimento tipo robot) Para controlar movimentos. (Edwards, 2010) 112 112 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Sistemas Dinâmicos) Fase Aprendiz Fase Avançada Fase Expert Aprendizagem por Tentativa e Erro - com a exploração de movimentos começam lentamente a libertar movimentos. (Edwards, 2010) Fase Avançada 113 113 ETAPAS APRENDIZAGEM Etapas de Aprendizagem (Sistemas Dinâmicos) Fase Aprendiz Fase Avançada Fase Expert Exploração das possibilidades de movimento o que leva à libertação dos graus de liberdade. (Edwards, 2010) Movimentos mais fluídos 114 114

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