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PermissibleComputerArt

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ESA - Escola de Sargentos das Armas

2024

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epithelial tissue histology gland classification physiotherapy

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MÓDULO 1 BLOCO 1 Texto de apoio 3 - Tecido Epitelial Professora Drª Valquíria Alice Michalczechen Lacerda EAD- Histologia e Embriologia Graduação em Fisioterapia 2_2024 1 3-0 Teci...

MÓDULO 1 BLOCO 1 Texto de apoio 3 - Tecido Epitelial Professora Drª Valquíria Alice Michalczechen Lacerda EAD- Histologia e Embriologia Graduação em Fisioterapia 2_2024 1 3-0 Tecido epitelial glandular OBJETIVOS DESTE Bloco: Conceituar epitélio glandular Analisar a classificação do epitélio glandular por seus vários conceitos Estudar os vários tipos de glândulas exócrinas Analisar a organização das glândulas exócrinas Estudar os vários tipos de glândulas endócrinas 2 3-1 Tecido epitelial glandular CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DO EPITÉLIO GLANDULAR Os epitélios glandulares ou epitélios secretores constituem uma divisão do Tecido Epitelial, especializados em secreção celular. O termo secreção é aqui usado no seu sentido mais amplo que inclui: síntese de moléculas novas a partir de precursores menores – por exemplo, síntese de proteínas. modificação de moléculas preexistentes – por exemplo, secreção de esteroides. transporte de íons – por exemplo, secreção de suor e de parte da saliva. Sendo uma divisão do Tecido Epitelial, as células glandulares ou secretoras têm todas características de células do tecido epitelial, entre as quais se destacam: Grande proximidade e adesão entre as células. Pequena quantidade de matriz extracelular entre as células. Polaridade das células. Presença de uma lâmina basal. 3 3-1 Tecido epitelial glandular CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DO EPITÉLIO GLANDULAR Disposição das células secretoras: Diferente das células dos epitélios de revestimento, as células do epitélio glandular quase sempre se dispõem em uma só camada. Esta camada, no entanto, não é plana como nos epitélios de revestimento. As células do epitélio secretor geralmente assumem arranjos tridimensionais constituindo as glândulas. Epitélios que secretam A divisão do Tecido Epitelial em duas categorias, porém, não significa que um epitélio de revestimento não possa também secretar. Veja dois exemplos: No módulo anterior foram mostradas células secretoras inseridas entre as células de um epitélio de revestimento – as células caliciformes, encontradas no epitélio “respiratório”, intercaladas entre as células de revestimento. As células caliciformes também estão presentes em grande quantidade no epitélio da mucosa intestinal. Todas células do epitélio simples prismático que reveste internamente a cavidade do estômago são secretoras. 4 3-1 Tecido epitelial glandular CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DO EPITÉLIO GLANDULAR Como se organizam as células secretoras As células epiteliais secretoras podem, portanto, assumir vários tipos de arranjos: Dispor-se individualmente entre outras células (p. ex.: células caliciformes). Participar de um epitélio de revestimento que também é secretor (p. ex.: mucosa do estômago). Constituir agrupamentos de dimensões muito variadas chegando a formar órgãos especializados em secreção, chamados glândulas. 5 3-2 Tecido epitelial glandular GLÂNDULAS Glândula é o nome que se dá a uma estrutura anatômica formada por um ou por vários conjuntos de células epiteliais secretoras e seus ductos excretores, se for uma glândula exócrina. O tamanho de uma glândula é muito variável – desde microscópico, por exemplo as pequenas glândulas salivares que estão inseridas nos lábios e bochechas ou muito grande, como as glândulas salivares principais, o pâncreas, o fígado. Apesar do conceito de glândula aqui descrito, alguns autores chamam as células caliciformes, dispersas entre outras células epiteliais, de glândulas unicelulares. Classificação das glândulas As glândulas exócrinas são dotadas de ductos excretores. Seus ductos conduzem a secreção para o exterior do corpo (p. ex. glândulas sudoríparas ou sebáceas) ou para cavidades internas (p. ex. glândulas salivares). Nesta categoria de glândula distinguem-se duas porções: Porção secretora – é a porção constituída pelas células secretoras. Ducto(s) excretor(es) – é a porção que conduz a secreção e em algumas glândulas pode influir na composição da secreção. 6 3-2 Tecido epitelial glandular GLÂNDULAS As glândulas endócrinas não têm ductos excretores. Elas eliminam seus produtos no meio extracelular que as envolve. Estas secreções são absorvidas pelos vasos sanguíneos que existem em grande quantidade nestas glândulas e distribuem os produtos de secreção pelo organismo. Das glândulas, tanto exócrinas como endócrinas, ainda fazem parte outras estruturas tais como: vasos sanguíneos, tecido conjuntivo, tecido nervoso. As glândulas são classificadas de acordo com vários critérios: presença ou não de ductos excretores, arranjo tridimensional das células secretoras, tipo de células e tipos de sua secreção, modo de liberação da secreção, ramificação dos ductos excretores. 7 3-3 Tecido epitelial glandular COMPONENTES DAS GLÂNDULAS EXÓCRINAS A maioria das glândulas exócrinas é constituída de duas porções: porção secretora e porção condutora, representada por um ou mais dutos excretores. Há um tipo de glândula exócrina existente nos intestinos constituído por apenas um tubo que é mesmo tempo a porção secretora e a porção excretora. No entanto, na maioria das glândulas exócrinas as porções secretora e condutora são distintas. Porção secretora A porção secretora pode ser formada por um ou vários conjuntos de células cujas estruturas e arranjos são específicos nos vários tipos de glândulas. As células que formam as porções secretoras se reúnem em pequenas estruturas em torno de um espaço central (um delgado lúmen). O produto de secreção de cada célula é lançado no lúmen deste conjunto de células, o qual se continua com o lúmen dos dutos excretores. 8 3-3 Tecido epitelial glandular COMPONENTES DAS GLÂNDULAS EXÓCRINAS Duto excretor A parede dos dutos é formada por um epitélio de revestimento que se dispõe formando um pequeno tubo com um lúmen central. O epitélio que forma o duto é inicialmente do tipo simples cúbico. Se a glândula é pequena e se o duto for curto, este mantém esta estrutura em todo seu percurso. Em dutos mais longos de glândulas mais complexas o epitélio do duto acaba se tornando simples prismático podendo até se tornar estratificado Rara imagem de um corte que contém uma glândula inteira constituída por uma porção secretora (em azul claro) e um longo duto excretor (em azul escuro) que se abre em uma cavidade (na porção superior da figura). 9 3-4 Tecido epitelial glandular CLASSIFICAÇÃO DAS GLÂNDULAS EXÓCRINAS – 1 Um dos critérios de classificação das glândulas exócrinas se refere à ramificação da sua porção secretora e do seu duto excretor. Quanto à ramificação do duto excretor: As glândulas de pequenas dimensões podem ser constituídas por uma porção secretora e pelo seu ducto excretor único. Este tipo é considerado uma glândula simples. A glândula presente na porção superior esquerda desta página é uma glândula simples. Quanto à ramificação da porção secretora: Uma glândula de estrutura mais complexa, formada por um duto e mais de uma unidade secretora a glândula é chamada glândula simples ramificada – veja o exemplo na porção superior direita da figura ao lado. Uma glândula cujo ducto excretor é ramificado é denominada glândula composta. Os dois desenhos da porção inferior da figura são deste tipo. 10 3-5 Tecido epitelial glandular CLASSIFICAÇÃO DAS GLÂNDULAS EXÓCRINAS – 2 O segundo critério de classificação das glândulas exócrinas diz respeito à forma da porção secretora. Observe os diferentes tipos de ductos que as glândulas exócrinas podem apresentar: Mais adiante veremos que alguns tipos de glândulas são classificados também de acordo com a morfologia e função de suas células. 11 3-6 Tecido epitelial glandular GLÂNDULA TUBULOSA SIMPLES Os intestinos têm na sua mucosa milhões de pequenas glândulas denominadas criptas intestinais ou criptas de Lieberkühn. São constituídas por túbulos formados por um epitélio simples colunar e que contém células caliciformes As glândulas são levemente curvas e por esta razão, não são vistas frequentemente inteiras em um corte, porém segmentos de diferentes comprimentos. Algumas glândulas estão destacadas, uma delas (à esquerda) está inteira no corte. O epitélio da glândula se destaca em azul escuro e o lúmen da glândula em azul claro. Algumas células caliciformes aparecem destacadas em verde. O tecido conjuntivo da mucosa, também denominado lâmina própria, está destacado em alaranjado. Entre as glândulas há tecido conjuntivo. A porção superior (branca, vazia) da figura é o lúmen do intestino. 12 3-7 Tecido epitelial glandular TÚBULO MUCOSO – 2 Observe as características histológicas de um pequeno túbulo mucoso envolvido por tecido conjuntivo. A porção secretora tem formato de um túbulo constituído por células colunares ou piramidais e possui um amplo lúmen. Preste atenção na forma das células mucosas. Seus limites estão muito evidentes. Os núcleos se situam na base das células, próximos ao tecido conjuntivo e alguns aparecem ressaltados em verde. As células secretoras ficam destacadas em azul escuro e o lúmen em azul claro. O duto excretor deste túbulo mucoso é formado por células epiteliais cuboides destacadas em castanho e o lúmen em amarelo. Observe restos de secreção no lúmen do túbulo e do duto. 13 3-8 Tecido epitelial glandular ÁCINO SEROSO – 1 Ele existe em vários locais do corpo. No aparelho digestivo, por exemplo, forma desde pequenas glândulas da língua e da parede da bochecha até grandes glândulas como a parótida e o pâncreas. A secreção do ácino seroso é fluida e constituída principalmente por proteínas. Várias destas proteínas são enzimas digestivas importantes para a quebra de nutrientes em moléculas menores facilitando sua absorção nos intestinos. Ao contrário dos túbulos mucosos, os ácinos serosos são esféricos, arredondados ou ovalados. Não são ramificados como os túbulos mucosos. Suas células são geralmente piramidais e a superfície livre das células está em contato com o lúmen do ácino. O desenho esquemático mostra um lúmen relativamente amplo, porém em cortes o lúmen aparece estreito e frequentemente difícil de observar ao microscópio, ao contrário do lúmen dos túbulos mucosos que é mais dilatado. 14 3-8 Tecido epitelial glandular ÁCINO SEROSO – 1 O citoplasma das células serosas é bem corado, acidófilo, corado por eosina. Frequentemente possui um ergastoplasma muito evidente na região basal da célula. Estas células acumulam sua secreção em numerosos grãos de secreção situados na região apical da célula. Os núcleos são esféricos, sua cromatina é descondensada, relativamente clara, e situam-se próximos à região basal da célula. Cada ácino se continua diretamente com um pequeno e estreito duto excretor. Pâncreas. Coloração: hematoxilina e eosina. 15 3-9 Tecido epitelial glandular TÚBULO MUCOSO E ÁCINO SEROSO Túbulos mucosos e ácinos serosos são unidades glandulares muito comuns no organismo, dispostos em vários órgãos de diferentes sistemas. Frequentemente os iniciantes confundem o diagnóstico de ácinos serosos com túbulos mucosos. Compare as duas imagens para conhecer bem as diferenças entre estas duas estruturas e para permitir seu diagnóstico correto. Os túbulos mucosos estão mostrados na figura superior e os ácinos serosos na figura inferior. Repare nos seguintes aspectos: Forma das porções secretoras: Fotografia de um túbulo mucoso túbulos mucosos – alongados, frequentemente ramificados ácinos serosos – arredondados 16 3-9 Tecido epitelial glandular TÚBULO MUCOSO E ÁCINO SEROSO Coloração das células secretoras: túbulos mucosos – citoplasma pouco corado. Coram-se por hematoxilina em azul bastante claro. ácinos serosos – citoplasma bem corado por eosina e também por hematoxilina se tiver ergastoplasma abundante. Forma das células secretoras: túbulos mucosos – células colunares ou piramidais, limites das células bem percebidos. ácinos serosos – piramidais, limites das células nem sempre bem visíveis Forma e posição dos núcleos: túbulos mucosos – alongados, “apertados” contra a base da Fotografia de Ácino seroso do célula, cromatina densa pâncreas. Coloração: HE. ácinos serosos – esféricos, cromatina frouxa, nucléolos frequentes. 17 3-10 Tecido epitelial glandular GLÂNDULAS ENDÓCRINAS – 1 Tipos de glândulas endócrinas: Há basicamente dois tipos de glândulas endócrinas: Glândula endócrina cordonal – suas células se organizam formando placas de células. Estas placas têm formas diversas e são envolvidas por muitos capilares sanguíneos que recebem os produtos de secreção e os distribuem pelo corpo pela circulação sanguínea. Glândula endócrina folicular – formada por milhares de pequenas esferas cuja parede é constituída por um epitélio simples cúbico. Essas esferas são chamadas folículos. A única grande glândula endócrina folicular do corpo é a tiroide. Nos interior dos folículos é acumulada a secreção da glândula. Glândula endócrina cordonal A maioria das glândulas endócrinas é deste tipo: ilhotas de Langerhans, adrenais, paratiroides, adenohipófise, corpo lúteo. 18 3-10 Tecido epitelial glandular GLÂNDULAS ENDÓCRINAS – 1 A imagem é de uma ilhota de Langerhans na qual se observam cordões de células (destacados em azul claro). Em cortes histológicos se observam cordões, porém na verdade são pequenas placas. As placas são envolvidos por uma abundante rede de capilares sanguíneos que nesta imagem são vistos como espaços de forma irregular, vazios, e que ficam ressaltados em cor de rosa. As ilhotas de Langerhans são milhares de pequenas glândulas que se situam no interior do pâncreas – lembrando que o pâncreas possui Fotomicrografia do pâncreas. Coloração: uma porção exócrina formada por ácinos HE. serosos. Repare em torno da ilhota: uma grande quantidade destes ácinos, que são responsáveis pela secreção exócrina do pâncreas, já vistos anteriormente. 19 3-11 Tecido epitelial glandular GLÂNDULAS ENDÓCRINAS – 2 Glândula endócrina folicular As células secretoras deste tipo de glândula endócrina formam a parede de pequenas esferas denominadas folículos. As células são um epitélio simples cúbico. No interior de cada esfera se acumula a secreção. A tiroide é o melhor exemplo de glândula endócrina do tipo folicular. A secreção é transportada para o interior destes folículos onde é acumulada. É chamada coloide e contém os precursores dos hormônios tiroidianos. Fotomicrografia da tiroide. Coloração: HE Na figura estão ressaltados três folículos: suas paredes são formadas por células secretoras destacadas em cor azul. Estas células formam um epitélio simples A forma das células epiteliais varia em função do estado de atividade do folículo: pode ser pavimentosa, cuboide ou colunar A secreção acumulada no interior do folículo (coloide) está ressaltada em cor de rosa. 20 Referência Bibliográfica Disponível em: https://mol.icb.usp.br/index.php/3-1-tecido-epitelial-glandular// Acesso em: 12 ago 2024. 21 Mensagem do dia “Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado.” Roberto Shinyashiki Disponível em: https://www.pensador.com/mensagens_de_otimismo// Acesso em : 17 ago 2024 22 Próximo bloco: Tecido Conjuntivo Linfócito Fibras elásticas Melanócito Fibras reticulares Melanócitos Adipócitos Fibras Capilar ou colágenas vaso sanguíneo Macrófago Disponível em:https://biologydictionary.net/connective-tissue/ Acesso em: 17 ago 2024 23

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