Produção de Etanol - PDF
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IFAL (Instituto Federal de Alagoas)
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This document provides information about the production of ethanol from various sources. It details different methodologies, including fermentation and distillation, as well as the relationship between production and raw materials. The document also explores the various applications of ethanol as a biofuel and in multiple industries, including the chemical and pharmaceutical sectors.
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FABRICAÇÃO DE ETANOL Etanol Álcool etílico PE 78,3°C PC -114,1 °C DENSIDADE 0,78 g/cm3 (20°C) Solubilidade em água: miscível Molécula polar Etanol Anidro: o álcool anidro é caracterizado pelo teor alcoólico mínimo de 99,3º (INPM) Instituto Nacional de Pesos e Medidas, composto apenas de et...
FABRICAÇÃO DE ETANOL Etanol Álcool etílico PE 78,3°C PC -114,1 °C DENSIDADE 0,78 g/cm3 (20°C) Solubilidade em água: miscível Molécula polar Etanol Anidro: o álcool anidro é caracterizado pelo teor alcoólico mínimo de 99,3º (INPM) Instituto Nacional de Pesos e Medidas, composto apenas de etanol ou álcool etílico. É utilizado como combustível para veículos (gasolina C) e como matéria-prima na indústria de tintas, solventes e vernizes Hidratado: é uma mistura hidroalcoólica com teor alcoólico mínimo de 92,6º (INPM) composto por álcool etílico ou etanol. O álcool hidratado é usado na indústria farmacêutica, alcoolquímica e de bebidas, no combustível para veículos e em produtos para limpeza. O etanol é também usado como matéria-prima para a produção de vinagre e ácido acético. Etanol 5% 80% ALIMENTÍCIA BIOCOMBUSTÍVEL COSMÉTICOS 10% QUÍMICA 5% Relação de produtividade de etanol x matéria-prima no mundo Matriz energética Consumo de biocombustíveis Produção Distribuição percentual por região Fluxograma geral Obtenção do etanol Existem praticamente 3 processos para fabricação do etanol: a fermentação de carboidratos, a hidratação do etileno e a redução do acetaldeído (normalmente preparado pela hidratação do acetileno). Matérias-primas para obtenção de etanol via fermentação O álcool etílico ou etanol pode ser obtido a partir de vegetais ricos em açúcar, isso abrange uma variedade de produtos de origem vegetal que podem ser classificados como: Lignocelulósicas (celulose e hemicelulose), como a madeira ou o bagaço de cana; Amiláceas (amido), como o milho, a mandioca, a batata etc; Sacarídeas (mono ou dissacarídeo), como a cana-de-açúcar e a beterraba. Produção de álcool pro matéria-prima A maior parte do álcool produzido é obtida através da cana-de- açúcar. A mandioca também é utilizada em menor escala. 1 hectare de cana-de-açúcar produz 3.350 litros de álcool. 1 hectare de milho produz 4.800 litros de álcool. 1 hectare de mandioca produz 2.550 litros de álcool. 1 hectare de eucalipto possui em média 20 toneladas, que produz 2.100 litros. Inversão da sacarose Processo fermentativo A fermentação é um processo de obtenção de energia que ocorre sem a presença de gás oxigênio, portanto, trata- se de uma via de produção de energia anaeróbia. Essa via é muito utilizada por fungos, bactérias e células musculares esqueléticas de nosso corpo que estão em contração vigorosa. A fermentação ocorre no citosol e inicia-se com a glicólise no citoplasma, quando ocorre a quebra de glicose em duas moléculas de piruvato. Diferenças entre os processos fermentativos (Enem/2013 – PPL) A fabricação de cerveja envolve a atuação de enzimas amilases sobre as moléculas de amido da cevada. Sob temperatura de cerca de 65 °C, ocorre a conversão do amido em maltose e glicose. O caldo obtido (mosto) é fervido para a inativação das enzimas. Após o resfriamento e a filtração, são adicionados o lúpulo e a levedura para que ocorra a fermentação. A cerveja sofre maturação de 4 a 40 dias, para ser engarrafada e pasteurizada. PANEK, A. D. Ciência Hoje, São Paulo, v. 47, n. 279, mar. 2011 (adaptado). Dentre as etapas descritas, a atividade biológica no processo ocorre durante o(a) A) filtração do mosto. B) resfriamento do mosto. C) pasteurização da bebida. D) fermentação da maltose e da glicose. E) inativação enzimática no aquecimento. (Emescam-ES) As leveduras utilizadas para produzir álcool etílico a partir do caldo de cana, rico em sacarose, realizam um processo no qual a glicose é transformada em etanol (álcool etílico). Esse processo: a) É uma fermentação realizada nas mitocôndrias e gasta oxigênio. b) É uma fermentação realizada no citoplasma e gasta oxigênio. c) É uma fermentação realizada no citoplasma, não gasta oxigênio e, portanto, não libera gás carbônico. d) É uma fermentação realizada no citoplasma, sem gasto de O2, mas com liberação de CO2. e) É uma fermentação, um processo que não consume O2, mas que se passa no interior das mitocôndrias. Processo fermentativo Na fermentação, uma solução do monossacarídeo hexose, sofre a ação da levedura num processo anaeróbio (mosto), transformando-se em álcool etílico e gás carbônico, conforme a reação a seguir: Rendimento da fermentação Esse número é conhecido como fator teórico ou estequiométrico de transformação. Como o álcool é em geral medido tradicionalmente em volume, esse número é expresso em litros de etanol por kg de hexose consumida. Para a transformação das unidades basta conhecer a massa específica a 20 °C, que é 0,7893g/cm3. Na prática, uma fermentação consegue produzir álcool numa proporção de 80% a 90% desse valor. Assim, denominamos “rendimento de uma fermentação sobre o estequiométrico” a relação entre a quantidade de etanol obtida e a quantidade possível pela equação estequiométrica. O valor 0,6479 litros de etanol por quilo de açúcares redutores é conhecido como valor teórico ou estequiométrico volumétrico de transformação fermentativa. Questão do Enem 2021 A obtenção de etanol utilizando a cana-de-açúcar envolve a fermentação dos monossacarídeos formadores da sacarose contida no melaço. Um desses formadores é a glicose (C6 H12 O6 ), cuja fermentação produz cerca de 50 g de etanol a partir de 100 g de glicose, conforme a equação química descrita. Em uma condição específica de fermentação, obtém-se 80% de conversão em etanol que, após sua purificação, apresenta densidade igual a 0,80 g/mL. O melaço utilizado apresentou 50 kg de monossacarídeos na forma de glicose. O volume de etanol, em litro, obtido nesse processo é mais próximo de: a) 16 b) 20 c) 25 d) 64 e) 100 Cana-de- açúcar É um vegetal formado por uma parte fibrosa, em que predominam a celulose, hemicelulose e lignina, e por uma parte líquida, denominada caldo ou garapa, formada por uma solução cujo principal soluto é a sacarose. Sua composição é a seguinte: Água: 70%; Fibra: 13%; Material solúvel: 17%; Sacarose: 15%; Pureza: 88%. Melaço O mel final tem uma composição bastante variada em razão do tipo de tratamento a que o caldo foi submetido, da fração de sacarose que foi recuperada sob a forma de açúcar, entre outros fatores. Um exemplo de composição de um mel final, em que 80% da sua constituição é de sólidos solúveis e o restante é de água, pode ser visto a seguir: Água: 20%; Sacarose: 35%; Glicose: 7%; Frutose: 9%; Outros carboidratos: 4%; Cinzas: 12%. Tipos de processos fermentativos Por decantação: o vinho é deixado em repouso para que o fermento decante e possa ser utilizado em fermentações subsequentes. Esse processo é bastante utilizado em pequenas destilarias de aguardente de cana. Por cortes: consiste em repartir o conteúdo da dorna quando aproximadamente metade do açúcar presente se transforma em álcool e ir completando seu volume com mosto. Melle-Boinot. Melle-Boinot Sua principal característica é a recuperação, o tratamento e a reutilização em sucessivas fermentações do fermento. As células de leveduras são separadas do vinho por centrifugação, e o material depositado recebe tratamento químico para ser novamente utilizado. O vinho separado, livre das células de leveduras, é chamado de vinho centrifugado ou vinho delevurado. Após essa etapa, o vinho é finalmente encaminhado para a destilação Melle-Boinot: processo em batelada Melle-Boinot: processo contínuo Cuba de pré-fermentação: A cuba de pré-fermentação ou pré-fermentador é o equipamento em que o leite de levedura é diluído, em geral, com uma ou duas partes de água e a adição de ácido sulfúrico. A função da cuba é tratar o fermento e também servir como local de sua multiplicação. Para essa finalidade, muitas cubas dispõem de equipamento de aeração. O pré-fermentador geralmente apresenta um volume igual a 30% do volume das dornas, mas alguns projetistas citam até cerca de 40% para que se tenha um volume que permita a reativação do fermento após as paradas. Dornas de fermentação Dornas fermentativas são reservatórios cilíndricos construídos em aço carbono com capacidade variável de acordo com a produção desejada. Atuam como reator bioquímico em que ocorre a fermentação, transformando os açúcares em álcool e em outros subprodutos como glicerol, óleo fúsel, dióxido de carbono, ácido acético etc., pela ação das leveduras. Centrifugação do vinho O objetivo da operação de centrifugação é a separação do fermento do vinho. O fermento recuperado chamado de leite de levedura sofre um tratamento e é então reutilizado. Isso consiste a essência do processo Melle-Boinot. A adequada operação das centrífugas precisa ser feita controlando-se variáveis como a vazão, a pressão, o diâmetro dos bicos da centrífuga e a concentração do leite de leveduras, o número de centrífugas adequadas, entre outras. Da mesma forma, é necessário atentar para a assepsia das centrífugas, pois pode haver incrustações nos pratos e bicos, entupindo-os, diminuindo a eficiência e o rendimento na usina. Composição do vinho Destilação do vinho Resumindo, os objetivos da destilação são: Concentrar o álcool etílico do vinho para produção de bebida alcoólica, cujo teor se situa na faixa de 40 °GL a 50 °GL; Produzir álcool hidratado com 96 °GL; Separar os componentes secundários do álcool como o metanol, n-propanol, álcoois amílicos etc., no processo de retificação. Destilação do vinho Na fermentação do tipo Melle-Boinot em que a levedura é separada por centrifugação e depois recuperada, o produto é o vinho centrifugado ou delevurado, que apresenta um teor alcoólico entre 7 a 10 °GL. Inicialmente esse vinho é encaminhado a um reservatório “pulmão” de capacidade semelhante à das dornas. Esse reservatório é denominado de dorna volante e atua como regulador de fluxo. A etapa seguinte no processo de produção do álcool consiste em elevar a concentração alcoólica do vinho até valores superiores a 90°GL, ao redor de 96 °GL se o objetivo é a obtenção do denominado álcool hidratado, ou valores superiores a 99 °GL se for o álcool anidro. Destilação do vinho Durante a fermentação são produzidos, além do etanol, outros álcoois homólogos de três, quatro e cinco carbonos, aldeídos, ésteres etc., que são designados como componentes secundários. Para se otimizar a produção de etanol exclusivamente é necessária a retirada desses componentes numa operação denominada de retificação. O princípio da destilação baseia-se na diferença entre o ponto de ebulição da água (100 °C) e do álcool (78,4 °C). A mistura de água e álcool apresenta ponto de ebulição variável em função do grau alcoólico. Assim, o ponto de ebulição de uma solução hidroalcóolica é intermediário entre o ponto da água e o do álcool e será tanto mais próximo deste último quanto maior for o grau alcoólico da solução. Destilação descontínua Assim, o destilador mais simples consiste em um corpo evaporador, no qual o vinho é aquecido por fogo direto ou por uma serpentina em que circula vapor, e em um condensador, no qual os vapores retornam ao estado líquido. Destilação descontínua A destilação em bateladas realizada em alambique é utilizada atualmente para a produção de bebida alcoólica artesanal como a aguardente de cana, rum, uísque, conhaque etc. Nesse equipamento o destilado é condensado e recolhido, e o teor alcoólico é medido. Quando o teor cai para valores inferiores ao desejado, a destilação é interrompida, ocorrendo assim uma perda de álcool. Destilação contínua A destilação contínua é realizada em coluna de destilação composta por uma sucessão de pratos, em que o componente mais volátil (álcool) do líquido alimentado sofre um enriquecimento ao ascender na coluna, podendo atingir concentrações próximas ao ponto azeotrópico, caso existam pratos suficientes. A fração do alimentado, vinho, que desce pelo tronco da coluna vai se empobrecendo em seu componente mais volátil, podendo chegar à base da coluna com um teor alcoólico próximo a zero, caso existam pratos suficientes. Destilação contínua Nas bandejas é realizado o contato entre a fase vapor ascendente e a fase líquida descendente, ocorrendo a troca de massa entre as duas fases, resultando no enriquecimento da fase vapor em álcool à custa da fase líquida descendente que empobrece. Para realizar o contato entre a fase vapor e a fase líquida, utilizam-se as campânulas ou canecas borbotadoras. Destilação contínua Além do sistema de campânulas existem outros tipos de dispositivos de contato vapor- líquido com as bandejas perfuradas que são mais simples que o sistema de bandejas e equipam uma grande parte das destilarias de álcool. Nesse sistema, o vapor alcoólico é insuflado através dos orifícios, borbulhando no líquido sobre a bandeja. Destilação do etanol Destilação do etanol Destilação do etanol: PE dos produtos gerados Destilação do etanol A destilação do vinho para a produção de álcool hidratado, em especial o do tipo carburante, é realizada por duas colunas, uma denominada de destiladora e outra de retificadora. A coluna destiladora é composta por três unidades superpostas designadas pelas letras A, A1 e D. Nessas unidades o etanol é separado do vinho (inicialmente entre 7 e 10 °GL) e sai sob a forma de um produto intermediário chamado flegma, cujo teor alcoólico se situa entre 40 e 50 °GL. Destilação do etanol O vinho é alimentado no topo da coluna A1, descendo pelas bandejas e sofrendo a depuração, sendo a flegma retirada no fundo desta (bandeja A16) e enviada à coluna B. Os voláteis, principalmente ésteres e aldeídos, são concentrados na coluna D, retirados no seu topo e condensados em dois condensadores, R e R1, e grande parte desse líquido (90% a 95%) retorna ao topo da coluna D. A outra é retirada como álcool de segunda, com graduação de aproximadamente 92 °GL. Destilação do etanol A denominada coluna A ou de esgotamento do vinho tem por finalidade retirar a maior quantidade possível de álcool, gerando um líquido residual em que o etanol esteja presente em valores bastante baixos (menor que 0,02 °GL). O líquido restante no pé da coluna A é a vinhaça. A vinhaça é retirada em uma proporção aproximada de 13 litros para cada litro de álcool produzido e é constituído principalmente por água (96%), sólido em suspensão e sólidos solúveis. Destilação do etanol Os voláteis retirados do topo da coluna B ou retificadora, constituídos predominantemente por etanol, passam por uma sequência de condensadores em que parte do calor é recuperada para aquecer o vinho. Uma parte do condensado constitui o refluxo da coluna, e o restante é retirado como álcool hidratado 96 °GL. Do fundo da coluna B é retirada uma solução aquosa chamada flegmaça, que foi esgotada e pode ser reciclada no processo ou eliminada. Destilação do etanol Os álcoois homólogos superiores, denominados óleos fúseis, são retirados de bandejas próximas à entrada da flegma. Esse subproduto tem uma grande utilização industrial como solvente na indústria química, principalmente na fabricação de tintas e vernizes Destilação do etanol Como já foi visto, a mistura de etanol com água apresenta um ponto azeotrópico quando a sua composição é formada por 95,6% em peso de álcool a pressão de 760 mmHg. Nessa proporção, a mistura apresenta um ponto de ebulição inferior a qualquer um dos componentes puros e emite vapor com a mesma composição que o líquido gerador. Assim, essa concentração, que corresponde a aproximadamente 96% de etanol em volume (°GL), é a maior possível de ser obtida pelo processo convencional de destilação em colunas de pratos ou de recheio. Para se obter um álcool com concentração superior ao valor acima de 95,6% é necessário recorrer a outros meios. Desidratação do etanol: processo azeotrópico A desidratação azeotrópica do álcool consiste na formação de um novo azeótropo pela adição de um terceiro componente na mistura hidroalcóolica que apresente um ponto de ebulição menor que o azeótropo binário (álcool/água). No Brasil, esse terceiro componente foi por muitos anos o benzol, mas em razão dos problemas de saúde que o benzeno pode causar nas pessoas ele foi substituído pelo ciclohexano a partir de 1996. Desidratação do etanol: processo azeotrópico A mistura azeotrópica ternária retirada pelo topo da coluna C é enviada a um decantador onde ocorre a separação em duas camadas, em que a superior rica em ciclohexano retorna para a coluna C como refluxo, e a camada inferior pobre em ciclohexano é enviada para a coluna P de recuperação. Na coluna P, o ciclohexano é concentrado, saindo pelo topo, sendo então condensado e reutilizado na coluna desidratadora C. Pela base da coluna é retirada a água, que é descartada. Desidratação do etanol: processo azeotrópico A solução composta por ciclohexano, álcool e água forma um azeótropo de ponto de ebulição (63 °C) inferior ao do álcool puro (78,4 °C), comportando-se assim como produto mais volátil e se concentrando nas partes superiores da coluna, de onde é retirada. O etanol, cujo ponto de ebulição é maior, comporta-se como produto menos volátil, sendo retirado pela parte inferior da coluna de desidratação (C). Desidratação do etanol: processo extrativo com monoetilenoglicol (MEG) No processo de desidratação pelo MEG também é utilizada uma coluna em que o desidratante é alimentado pela parte superior e o álcool a ser desidratado é alimentado na bandeja situada a dois terços da base. O desidratante MEG absorve e arrasta a água para a base da coluna, e os vapores de álcool anidro saem pela parte superior, onde o álcool é condensado e enviado para armazenamento nos reservatórios. Desidratação do etanol: processo extrativo com monoetilenoglicol (MEG) A mistura contendo água, MEG e uma pequena quantidade de álcool é enviada para uma coluna de recuperação, de onde retorna para o processo de desidratação. O MEG concentra as impurezas retiradas do álcool e por isso se torna mais corrosivo, e assim é necessária a sua purificação, que é feita por sua passagem em uma coluna de resinas de troca iônica, que retém os sais e reduz a sua acidez. Desidratação do etanol por peneira molecular O processo de desidratação por peneira molecular está fundamentado na propriedade que alguns materiais têm de adsorver seletivamente certos compostos de uma mistura. Nesse processo de desidratação o agente desidratante são as zeólitas, que são estruturas cristalinas de alumínio e silicatos. Na desidratação do álcool são utilizadas zeólitas sintéticas de estrutura cristalina do tipo A, que se apresentam com o formato de pequenas esferas. Desidratação do etanol por peneira molecular As zeólitas têm a característica de, sob certas condições de temperatura e pressão, adsorver somente a água da mistura hidroalcóolica. Assim, a técnica consiste em passar a mistura hidroalcóolica por um leito de zeólitas em que a água é adsorvida e o etanol anidro é recuperado. Assim as moléculas de água podem penetrar nos poros e se alojar no interior da zeólita, num fenômeno chamado adsorção. Desidratação do etanol por peneira molecular Na prática, o álcool hidratado é aquecido e em seguida vaporizado nos trocadores de calor. Os vapores são então enviados ao dispositivo em que se encontra o leito de zeólitas. Os vapores de água são então absorvidos pelos poros do desidratante, e o álcool anidro sob a forma de vapor é condensado, resfriado e encaminhado para a armazenagem. Como a operação da peneira molecular é intermitente, ou seja, após um certo tempo o desidratante fica saturado de água, são necessárias duas unidades operando: uma desidratando e outra sendo regenerada. REFERÊNCIA LOPES, C. H.; AFRA V. M. D.; MARIA TERESA MENDES RIBEIRO BORGES. Produção de etanol a partir da cana-de-açúcar: tecnologia da produção de etanol. São Carlos: UAB-UFSCar, 2011.