Atividade Econômica e Ciência Econômica - PDF

Summary

Este documento PDF apresenta um resumo introdutório sobre a atividade econômica e a ciência econômica. Aborda conceitos como realidade social, fenômenos sociais e econômicos, e introduz o tema de agentes econômicos e suas funções.

Full Transcript

TEMA 1 A atividade econômica e a ciência econômica ​ Realidade social e ciências sociais Realidades sociais como emprego,casamento,educação,família,pobreza, etc, decorrem da nossa vida em sociedade e,com tal, são também designadas por fenômenos sociais, constituindo o objeto de estudo das ciê...

TEMA 1 A atividade econômica e a ciência econômica ​ Realidade social e ciências sociais Realidades sociais como emprego,casamento,educação,família,pobreza, etc, decorrem da nossa vida em sociedade e,com tal, são também designadas por fenômenos sociais, constituindo o objeto de estudo das ciências sociais. Todas as ciências sociais são interdependentes e complementares, entrando no objeto de estudo umas das outras. Os fenômenos sociais são aqueles que resultam da vida em sociedade e que, dada a sua complexidade, têm de ser analisados no seu contexto global. Nenhum fenômeno pode ser observado de forma isolada. Os fenômenos sociais abordados numa perspetiva económica chamam-se fenômenos econômicos. Os principais fenômenos econômicos são a Produção, a Distribuição, a Repartição dos Rendimentos, o Consumo e a Poupança. ​ A economia como ciência - objeto de estudo Economia como ciência -​ A economia é uma ciência social -​ Os fenômenos econômicos ligados à produção, ao consumo, ao rendimento e ao investimento, entre outros, são o objeto de estudo da economia Problema econômico -​ está relacionado com a necessidade de fazer escolhas que tem de ser feitas perante o facto de existirem necessidades ilimitadas, por um lado, e, por outro, recursos escassos para as satisfazermos -​ É necessário hierarquizar as necessidades (colocá-las por ordem decrescente de importância) e decidir quais são as que vamos satisfazer e a ordem pela qual serão feitas -​ E por isso que a economia também é denominada a “ciência das escolhas” Racionalidade econômica -​ As escolhas necessárias para se adequarem os recursos escassos as necessidades ilimitadas implicam que não haja desperdícios e que se procure o mínimo dispêndio de recursos, através de uma gestão eficiente -​ Designa-se essa gestão eficiente dos recursos e de racionalidade econômica Custo oportunidade -​ O custo oportunidade de um bem consiste na alternativa que se teve de sacrificar para se obter esse bem, ou seja, o preço que se teve de pagar quando, face à escassez de recursos, foi necessária fazer uma opção -​ Essa opção, considerada a mais vantajosa e a mais racional, impõe um sacrifício relativamente à satisfação de outras necessidades a que se teve de renunciar -​ ver esquema do livro de preparação de exame (pág.23) Agentes econômicos -​ Quando se analisa a atividade econômica, interessa considerar em conjunto de agentes que intervêm no processo produtivo e exercem com autonomia a mesma função, apresentando o comportamento tipificado -​ Podemos definir agente econômico como toda a entidade autônoma, com capacidade para realizar operações econômicas tomando decisões. O agente econômico possui também capacidade para dever valor econômico Agentes Econômicos Principais funções Famílias Consumir Empresas Não Financeiras Produzir bens e serviços não financeiros Instituições Financeiras Prestar serviços financeiros Administração Pública / Estado Garantir a satisfação das necessidades coletivas e redistribuir o rendimento Resto do Mundo Trocar bens, serviços e capitais A atividade econômica -​ Todas as pessoas satisfazem necessidades através do consumo de bens e serviços. No entanto, muitas dessas pessoas são também trabalhadoras em atividades produtoras de bens e serviços (produção) e, por isso, recebem salários; outras são proprietárias dos meios de produção(capital, empresas,edifícios, terrenos urbanos e agrícola,equipamentos,etc), recebendo juros rendas e lucros (distribuição do rendimento) -​ Todos estes rendimentos que as pessoas auferem são utilizados da seguinte forma: uma parte é gasta no consumo (aquisição de bens e serviço para a satisfação das necessidades das famílias) e a outra parte é transformada em poupança (acumulação) para ser depositada nos bancos ou investidas -​ Podemos concluir que as principais funções desempenhadas pelos agentes econômicos correspondem às principais atividades econômica -​ A produção, a distribuição e redistribuição e a utilização dos rendimentos são atividades econômicas Glossário Realidade social -​ conjunto dos seres humanos e das relações que resultam da vida em grupo -​ A realidade social caracteriza-se pela sua complexidade -​ Para a sua compreensão é necessária a participação de várias ciências sociais -​ É total, Pluridimensional e Plurifacetada Atividade econômica -​ Conjunto de atividades que as pessoas realizam relacionadas com a satisfação das necessidades individuais e coletivas Síntese -​ Para identificar e explicar os fenômenos sociais recorremos às ciências sociais. Cada fenômeno social pode ser abordado por diferentes perspectivas, como a econômica, a sociológica, a demográfica, a jurídica, a política e a histórica -​ Cada ciência social estuda o fenômeno social de acordo com o seu objeto de estudo, teorias e métodos de investigação e desta interdisciplinaridade resulta o melhor conhecimento do fenômeno social. Por isso se diz que as ciências sociais são interdependentes e complementares -​ A economia estuda a dimensão econômica da realidade social: os fenômenos econômicos. O seu objetivo de estudo são os fenômenos sociais associados à produção, distribuição de rendimentos, consumo, poupança e investimento -​ A economia estuda o problema económico, isto é, ajuda a tomar a decisão de escolher, de entre as necessidades ilimitadas que as pessoas sentem, aquelas que devem ser satisfeitas em cada momento. Por isso a economia é também denominada a “ciência das escolhas” -​ A decisão econômica obriga a uma gestão eficiente dos recursos, de acordo com o princípio da racionalidade econômica, ou seja, uma gestão que procure obter a máxima satisfação utilizando o mínimo de recursos -​ As decisões econômicas (escolhas) implica, sempre, custos de oportunidade, ou seja, o sacrifício das necessidades não satisfeitas -​ Agentes econômicos são os agentes com capacidade de intervir na economia -​ Os agentes econômicos são as famílias, cuja função principal é a de consumir; as empresas não financeiras, que produzem bens e serviços para o mercado; as instituições financeiras, que prestam serviços financeiros; a Administração Pública, ou Estado, que garante a satisfação das necessidades coletivas e a redistribuição dos rendimentos; e o Resto do Mundo, que troca bens, serviços e capitais -​ A atividade econômica é constituída pelo conjunto de atividades que as pessoas realizam relacionadas com a satisfação das necessidades individuais e coletivas. A produção, a distribuição e redistribuição e a utilização dos rendimentos são atividades econômicas TEMA 2 Necessidade e consumo ​ Necessidades - noção e classificação Noção de necessidades -​ Uma necessidade é um sentimento de carência que ocorre sempre que somos privados de um bem ou serviço de que precisamos. O mal-estar gerado pela a ausência desses bens ou serviços pode ser suprimido através de atos de consumo Características das necessidades -​ Multiplicidade - As necessidades existem em grande número e são infinitas, pois, na maioria das vezes, reaparecem algum tempo após serem satisfeitas (ex.: fome) - Por outro lado, o constante progresso tecnológico facilita o desenvolvimento de novos produtos dando origem ao aparecimento de novas necessidades -​ Saciabilidade - A intensidade com que se sentem as necessidades vai diminuindo à medida que estas se vão satisfazendo, acabando eventualmente por desaparecer -​ Hierarquização - As necessidades podem ser ordenadas de acordo com a intensidade com que são sentidas, devendo umas satisfazer-se primeiro que as outras -​ Substituibilidade - Esta característica prende-se com a possibilidade de existir mais do que um bem capaz de satisfazer a mesma necessidade,substituindo um pelo outro Classificação das necessidades São as necessidades indispensáveis à Primárias nossas sobrevivência (ex.: alimentação) São aquelas que, embora não se considerem imprescindíveis, são Secundárias Quanto à sua fundamentais para a vida das pessoas importância (ex.: educação) São as necessidades que se consideram Terciárias supérfluas e que, normalmente, estão associadas ao consumo de bens de luxo São aquelas que exigem algum dispêndio Econômicas de dinheiro ou trabalho (ex.: a aquisição de um carro) Quanto ao São as necessidades que não implicam custo qualquer dispêndio, pois os bens que as Não econômicas satisfazem existem em quantidade suficiente (ex.: respiração) São as necessidades relacionadas com a Individuais Quanto à individualidade das pessoas, independente abrangência de viver em coletividade e cuja satisfação é individual. Podem ser satisfeitas por bens privados (ex.: alimentação ou descanso) São aquelas que resultam da vida em sociedade e que são sentidas em conjunto Coletivas por todos os indivíduos, como a segurança ou justiça. São satisfeitas Bens Privados Bens Públicos Tem a característica da exclusividade. Tem a característica da não exclusividade. Pertencem em exclusivo aos seus Ninguém pode ser excluído de beneficiar proprietários. A lei reconhece o direito de de um bem público propriedade, impedindo os que não são proprietários de o usar Tem a característica da rivalidade. O uso de Tem a característica da não rivalidade. O um bem privado afasta o benefício dos uso de um bem público não diminui o indivíduos que não o possuem benefício do uso de outras pessoas São pagos individualmente porque o seu São cobrados á coletividade porque o seu benefício é individual benefício é coletivo Exemplos: refeição, vestuário, viagens… Exemplos: iluminação pública, saúde pública, defesa, justiça… ​ Consumo - noção e tipos de consumo Noção de consumo -​ O consumo é um comportamento indispensável à satisfação das necessidades e pode ser definido como o ato pelo qual se destroi um bem para satisfação das necessidades das pessoas -​ Consumo - Destruição de um bem ou utilização de um serviço na satisfação das necessidades - Necessidade → Consumo → Satisfação -​ Representa um fenômeno social complexo, podendo ser analisado do ponto de vista econômico e social - Ato econômico - As decisões relativas às necessidades a satisfazer aos bens e. serviços a consumir são escolhas que têm consequências na. economia ( a nível da procura, da produção , do emprego,.. da utilização dos recursos escassos, etc) - Ato social - Consumir determinados bens e serviços tem consequencias... que afetam a coletividade, por exemplo a nivel da poluição,. da saúde e segurança das pessoas, da exploração do,. trabalho infantil, etc Consequências do ato de consumir -​ Económicas - Estimular a produção e aumentar o emprego contribui para o....... crescimento econômico -​ Sociais - Preferir produtos nacionais aumenta o emprego nacional -​ Políticas - Impor embargos econômicos a países com práticas que violem os... direitos humanos pode inverter a situação -​ Ambientais - Consumir produtos da agricultura biológica e respeitar o ambiente Classificação dos tipos de consumo Individual É o consumo associado à satisfação das necessidades pessoais de cada indivíduo Quanto ao (ex.: compra de vestuário) beneficiário do.. Coletivo Este consumo está relacionado com a. consumo satisfação das necessidades de um conjunto de pessoas (ex.: educação) Representa o consumo de bens que, embora já tenham sido transformados, Intermédio ainda vão ser incorporados no processo de Quanto à fabrico de outros finalidade do (ex.: fabrico de farinha) consumo É o consumo de bens que já foram totalmente transformados e que vão ser Final utilizados pelo consumidor final (ex.: consumo de champô) É o consumo efetuado pelo Estado, são as suas despesas correntes Público (ex.: pensões de reforma ou compra de Quanto ao bens duradouros) autor do ato de.. Sao os consumos suportados pelos. consumir agregados familiares e por entidades Privado particulares (ex.: consumo de eletricidade pelas famílias ou empresas privadas) Quanto à..... Este consumo está relacionado com a. natureza das Essencial satisfação das necessidades básicas dos necessidades satisfeitas indivíduos Classificação dos tipos de consumo (ex.: consumo de alimentos que é fundamental para satisfazer uma necessidade vital : a alimentação) Este consumo incide sobre bens e serviços que são não essenciais à vida humana Supérfluo (ex.: consumo de produtos de cosmética) ​ Padrões de consumo - diferenças e fatores explicativos Padrões de consumo -​ O consumo é um comportamento econômico e social influenciado pelo tempo histórico e pelo espaço geográfico que ocorre -​ Os povos que vivem em determinado espaço, numa dada época histórica, consomem de acordo com determinados modelos sociais -​ A cultura dos povos, o rendimento das famílias, a tecnologia, o preço dos bens, o clima, a publicidade são fatores que influenciam o consumo e as formas e o concretizar -​ Padrões de consumo - Modelos específicos a que o consumo obedece, de acordo com a época histórica e localização geográfica, e segundo a cultura dos povos, o rendimento , a tecnologia disponível, entre outros fatores Fatores de que depende o consumo Fatores econômicos Fatores extra econômicos ​ Rendimento ​ Moda ​ Nível de preços ​ Tradição ​ Inovação tecnológica ​ Modos de vida ​ Crédito ​ Idade ​ Sexo ​ Publicidade Fatores econômicos -​ O rendimento dos consumidores - O consumo é função do rendimento. Uma alteração no nível de rendimentos dos consumidores reflete-se no nível de consumo mantendo-se tudo resto constante) - Assim, um aumento do nível de rendimentos dos consumidores implicará um aumento do consumo. A intensidade deste efeito depende da natureza mais ou menos essencial do bem ou serviço considerado -​ Os preços - Quando os preços são baixos, maior será a nossa propensão para consumir, verificando-se o contrário quando os preços são altos - Temos que considerar o nível do rendimentos que influencia também o consumo: quando se verifica um aumento dos preços mantendo-se o rendimento, diminui a capacidade aquisitiva dos consumidores e, consequentemente, o consumo - A variação dos preços, associada a variações não proporcionais do rendimento, afeta de modo diverso os consumos essenciais e supérfluos - O aumento dos preços, quando não é acompanhado por um aumento proporcional do rendimento, irá reduzir principalmente os supérfluos pois os consumidores terão de gastar uma maior fatia do seu rendimento nos consumos essenciais - A diminuição dos preços, mantendo-se o nível de rendimentos, possibilitando uma aumento dos consumos supérfluos -​ Inovação tecnológica - A inovação tecnológica cria e desenvolve permanentemente bens e serviços que geram novas necessidades nos consumidores, levando-os a consumirem mais - Por outro lado, este progresso faz reduzir o consumo de alguns bens, daquelas que rapidamente se tornam obsoletos ao serem substituídos pelos novos - O ritmo das inovações é de tal modo acelerado que um produto novo é ultrapassado por outro num curto espaço de tempo -​ Crédito Bancário - O crédito é um adiamento que os bancos concedem aos seus clientes mediante o pagamento de um juro, para adquirirem os bens que necessitam e para os quais não têm dinheiro disponível no momento - A maior ou menor facilidade no acesso ao crédito pode ser avaliada pelas taxas de juro que os bancos fixam - O crédito praticado a juros baixos permite às famílias melhorar o seu nível de bem-estar, adquirindo casa própria, automóvel,etc. - Mas, sendo o consumo um ato de responsabilidade pessoal e social, é necessário exercer este comportamento de uma forma racional para evitar o endividamento excessivo Fatores extra econômicos -​ Moda - Tem-se assistido a uma grande redução do ciclo de vida dos produtos. Anteriormente, a maior parte dos bens que as pessoas adquiriam durava muito tempo, pois eram produzidos valorizando qualidades como a durabilidade - Hoje em dia, as empresas decidem estrategicamente criar produtos que não são destinados a durar muito tempo. As questões de estética e as características técnicas trazem novidades que levam os consumidores a desejar trocar produtos, ainda capazes de cumprirem as suas funções, por outros com um novo design ou novas competências -​ Tradição - Em determinadas épocas do ano, como o Natal, verifica-se um acréscimo de consumo, pois as pessoas têm o hábito de celebrar estas festas oferecendo presentes - Também existem tradições regionais, como a gastronomia ou o fabrico de artesanato, que atraem turistas e cujo consumo dinamiza a atividade econômica local -​ Publicidade - As técnicas de venda e publicidade são utilizadas de forma bastante intensa para aumentar a propensão ao consumo - Existem muitas técnicas para levar os consumidores a comprar mais, desde os anúncios publicitários, passando pelo design, pela disposição dos produtos nos locais de venda ou a facilidade de pagamento com que são disponibilizados - Com a globalização, podemos facilmente aceder aos mesmos bens e serviços independentemente de estarmos na Europa ou em qualquer outro continente -​ Modos de venda - O consumo também é influenciado pelo estatuto socioprofissional da família e pelo meio social em que esta se insere - Normalmente, existe uma espécie de código comportamental, associado ao meio sociocultural de cada agregado familiar, que influencia os seus hábitos de consumo Existe também o desejo de reproduzir os padrões de consumo de indivíduos pertencentes a grupos sociais que se admira e com os quais se identifica -​ Estrutura etária dos agregados familiares - Quer a idade dos membros da família quer o número de elementos que a compõem são fatores relevantes para o tipo de consumo praticado - Uma família mais jovem irá dedicar uma maior parcela do seu rendimento à aquisição de produtos que incorporem novas tecnologias - Por outro lado, o consumo de bens associados a lazer é normalmente menor em famílias grandes, pois é preciso repartir o rendimento por muitos elementos Patentes e Marcas -​ Uma patente é um título de propriedade temporária sobre um bem material (ex.: produto farmacêutico) ou imaterial (ex.: direitos de autores) dado pelo Estado, de acordo com as leis vigente -​ As inovações patenteadas e a sua aplicação ao mundo empresarial representam um sinal de dinamismo econômico -​ Uma marca é o conjunto dos sinais visualmente perceptíveis associados a um produto que permitem que os distingam de outro -​ As marcas representam a identidade e o estatuto desse bem -​ Uma “boa” marca associa o produto a características, valores e modelos bem definidos que os consumidores prestigiam. Mais do que consumir um bem, o consumidor procura prestígio pessoal e valorização pessoal Estrutura do consumo -​ A estrutura do consumo representa a forma como o rendimento das famílias é distribuído pelas várias classes de despesas -​ Ernest Engel chegou a uma conclusão : à medida que o rendimento aumenta, diminui a percentagem de rendimento total gasto com bens de primeira necessidade (embora possa ser maior a quantidade de moeda despendida em alguns desses bens). -​ Quanto maior, é o rendimento, menor é a proporção destinada às despesas com bens elementares e, quanto menor é o rendimento maior será essa proporção -​ Lei de Engel - Quanto menor for o rendimento de uma família, maior será o coeficiente orçamental relativo à alimentação - Numa situação de acréscimo de rendimento, apesar de diminuírem as despesas com bens essenciais em termos relativos (percentualmente), é provável que o valor absoluto destas despesas aumente. O que diminui é a percentagem de consumo de bens essenciais em função do orçamento familiar -​ Coeficiente orçamental - Representa a percentagem de uma classe de despesas de consumo em relação ao total das despesas de consumo de uma família ou de outro agrupamento social - As famílias com maiores rendimentos utilizam grande parte deles na aquisição de bens e serviços nem sempre essenciais, indicadores de um certo nível de vida - As famílias com menores rendimentos despendem grande parte do seu rendimento na satisfação de necessidades básicas 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑂𝑟ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 × 100 ​ A sociedade de consumo Sociedade de consumo -​ Surge após a Revolução Industrial, e é: - Uma sociedade em que a oferta excede a procura, o que implica o recurso a estratégias de marketing para escoar a produção - Uma sociedade de oferta de bens normalizados, produzidos a baixos custos que resultam da produção em série, atrativos e de duração efêmera pois as necessidades de produzir e escoar são permanentes - Uma sociedade com padrões de consumo massificados devido ao tipo de oferta (bens padronizados) e tipo de pressões exercidas sobre o consumidor ( a publicidade sugere modelos de comportamentos a seguir) -​ Nos finais dos anos 50, o acesso ao consumo deixa de ser um fator de diferenciação social e entrava-se na era do consumo de massas. O consumo de massas é um dos comportamentos típicos da sociedade de consumo que se manifesta por um consumo massificado de bens normalizados de curta duração e acessíveis à generalidade Características dos produtos de “ontem” Características dos produtos de “hoje” Longa duração, servindo geralmente Duração cada vez mais curta (inferior a várias gerações 10 anos) e dificuldade de reparação Pouco numerosos Numerosos e variados quanto à marca e qualidade Técnicas de fabrico simples e evoluindo Técnicas de fabrico cada vez mais pouco sotisficadas e evoluindo rapidamente Proximidade entre o artesão e o O fabricante cada vez mais afastado do consumidor consumidor, devido aos numerosos intermediários Decisão de compra sempre racional Decisão de compra cada vez mais irracional, motivada, sobretudo, pelo “matraquear” publicitário ​ Consumerismo e responsabilidade social dos consumidores Consumerismo Consumismo ​ Consumo racional controlado, ​ Consumo irracional, impulsivo e seletivo e com critérios sem critérios ​ Consumo baseado em valores ​ Consumo irresponsável, excessivo sociais, ambientais e no respeito e perigoso pelas gerações futuras ​ Consumo baseado em valores materiais, na ostentação e no supérfluo Consumerismo -​ É o resultado da intervenção social dos indivíduos, através de movimentos que procuram promover práticas de consumo equilibradas, de forma a evitar os comportamentos desviantes característicos do consumismo. É então um consumo racional, controlado, seletivo, baseado em valores sociais e ambientais e no respeito pelas gerações futuras O consumerismo privilegia a informação e a educação dos consumidores, levando-os a agir de forma consciente e racional. As ações de sensibilização empreendidas pelos consumeristas permitem o reconhecimento da responsabilidade social dos consumidores, que exige uma utilização criteriosa dos recursos naturais, consubstanciada num consumo ético e responsável, de modo a promover o desenvolvimento sustentável do planeta. O consumidor enquanto agente social deve assumir um conjunto de deveres: -​ Ter uma consciência crítica, informando-se sobre o que está a comprar e analisando a relação preço-qualidade dos bens de serviço -​ Ter uma preocupação social, nomeadamente com os mais desfavorecidos -​ Ter consciência ambiental, compreendendo o impacto das suas práticas de consumo no ambiente e a necessidade de proteção dos recursos naturais -​ O dever de solidariedade, entendendo a interligação das ações individuais e que os atos de cada um podem prejudicar todos A defesa dos consumidores em Portugal e na União Europeia Em Portugal, a defesa dos direitos dos consumidores tem sido assumida por diversas organizações de caráter particular, como a DECO (Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor), e também por entidades públicas, o que mostra o interesse do Estado na promoção da qualidade de vida dos cidadãos e a sua preocupação com o futuro, em termos ambientais e de desenvolvimento. A consagração dos direitos dos consumidores na Constituição da República Portuguesa e a ação da Direção-Geral do Consumidor na defesa dos direitos dos consumidores constituem dois exemplos das preocupações sociais e ambientais do Estado. Lei da defesa do consumidor - alguns direitos do consumidor: -​ Direito à qualidade de bens e serviços; à proteção da saúde e segurança física; à formação e educação para o consumo; à proteção dos seus interesses econômicos A União Europeia, na área da defesa dos direitos dos consumidores, tem também adotado legislação e definido políticas europeias específicas. Agenda do Consumidor Europeu - Objetivos: -​ Reforçar a segurança dos consumidores -​ Aumentar o seu nível de conhecimento, de modo a capacitá-los com informação e meios de recursos perante mercados mais complexos -​ Melhorar as práticas de fiscalização e controlo dos mercados, promovendo uma maior cooperação entre as diferentes redes administrativas -​ Alinhar a política de defesa do consumidor comas mudanças na sociedade, tornando-a relevante na vida diária Glossário Consumerismo -​ Consumo esclarecido, racional e baseado em valores sociais e ambientais Consumismo -​ consumo excessivo, sem critérios e compulsivo Síntese -​ O conceito de necessidade encontra-se associado à ausência de bem-estar. A vida humana exige a satisfação de múltiplas necessidades -​ As necessidades humanas caracterizam-se pela multiplicidade (são muitas, de diferente natureza e origem); pela relatividade (variam com o tempo, o espaço e o grupo social); pela substituibilidade (podem ser satisfeitas por bens substitutos) e pela sociabilidade (a fim de algumas utilizações dos bens que as podem satisfazer, o indivíduo encontra-se saciado e satisfeito) -​ As necessidades, por serem múltiplas, podem classificar-se segundo critérios diferentes: o da importância na sua satisfação (necessidades primárias, secundárias e terciárias); e quanto ao número de pessoas que as sentem (necessidades individuais e necessidades coletivas) -​ O consumo é um ato económico que consiste na destruição de um bem para satisfação de uma necessidade e que resulta de uma escolha; mas é, igualmente, um ato social dadas as suas implicações éticas, humanas, ambientais, políticas, por exemplo -​ O consumo pode ser classificado como final (não intervém na produção de outros bens, como no caso das famílias) ou intermédio (próprio das empresas que utilizam bens para a produção de outros bens); individual (consumo de um agente económico) ou coletivo (consumo de coletividade); essencial ou supérfluo; público (consumo do Estado) ou privado (consumo das famílias ou empresas). Padrões de consumo são modelos de consumo que decorrem do facto de este variar no tempo, no espaço, com o grupo social a que as pessoas pertencem e com a cultura das sociedades -​ É possível calcular a percentagem que os consumidores gastam em alimentação relativamente ao total das suas despesas de consumo ou orçamento familiar (coeficiente orçamental e relativo à alimentação) e relacionar esse coeficiente com o rendimento das famílias. Esta relação foi estabelecida por Engel, que afirmou que quanto maior fosse esse coeficiente orçamental, menor seria o rendimento das famílias (lei de Engel) -​ O consumo é uma das componentes mais importantes da economia dos países industrializados. Decorrente das constantes descobertas científicas e tecnologias e do consequente crescimento económico deste país, a produção tem excedido, em muitas situações, as necessidades de consumo das populações, deslocando o centro das preocupações dos empresários de esfera da produção para a das vendas. A criação de novas necessidades passa a constituir uma estratégia de escoamento da constante e exponencial produção estamos na sociedade de consumo, Consome-se para escoar a produção -​ O consumismo, traduzido em comportamentos de consumo excessivo, irracional e sem critérios, torna-se na imagem da sociedade de consumo -​ Como resposta a uma sociedade excessivamente consumista, têm surgido movimentos de apelo à ponderação e à responsabilidade social. São os movimentos consumeristas Tema 3 A produção de bens e de serviços ​ Bens - noção e classificação Para satisfazermos as nossas necessidades, produzimos bens e serviços Bens -​ Meios através dos quais as necessidades dos indivíduos podem ser satisfeitas Dada a multiplicidade de bens de que dispomos para satisfazer as nossas necessidades, os bens são classificados, segundo critérios específicos, para o conhecermos melhor. Bens livres -​ São bens que existem em abundância não exigindo qualquer dispêndio de dinheiro ou trabalho na sua obtenção -​ Exemplo: o ar que respiramos Bens econômicos -​ São os que existem em quantidades inferiores às necessárias para satisfazer todas as necessidades, sendo necessário um esforço para as satisfazer ao despender de moeda ou trabalho. Classificação dos tipos de bens econômicos São todos os objetos tangíveis (que Bens materiais assumem forma física). Ex.: bola, bicicleta, camisola, etc. Quanto à natureza São aqueles que são prestados Bens imateriais ou através do trabalho e que não serviços assumem a forma material. Ex.: consulta médica São os bens que se incorporam no processo de fabrico de outros, sendo Bens de produção considerados de consumo intermédio. Quanto à sua função Ex.: couro para fazer calçados São aqueles que se destinam ao consumo final e que já não vão ser Bens de consumo mais transformados. Ex.: leite que bebemos São os bens que podem ser utilizados mais do que uma vez na Bens duradouros satisfação de necessidades Ex.: televisão Quanto à duração Estes só podem ser usados uma vez, pois extinguem-se quando são Bens não duradouros consumidos. Ex.: alimentos São bens que cumprem a mesma Bens sucedâneos função, podendo ser substituídos uns Quanto à relação que pelos outros estabelecem entre si São aqueles que são usados em Bens complementares conjunto. Ex.: como a tinta e o pincel na pintura de um quarto ​ A produção e o processo produtivo Os bens econômicos não aparecem na Natureza na sua forma final, sendo necessário transformá-lo de modo a poderem satisfazer as nossas necessidades Produção -​ Ato económico pelo qual se criam bens e serviços -​ Trata-se de uma atividade remunerada que combina os vários fatores produtivos, gerando bens e serviços comercializáveis. Excluem-se deste conceito todas as atividades que, embora possam envolver a produção de bens e serviços, não sejam remuneradas, como o trabalho doméstico Processo produtivo -​ É a tecnologia utilizada na produção, isto é, a relação técnica que associa as quantidades utilizadas dos fatores produtivos (trabalho e capital) com a quantidade máxima de produto que se pode obter -​ O processo produtivo pode ser identificado na curva de produção visto que cada um dos pontos dessa curva representa possibilidades de combinar os fatores produtivos. Se optamos pela produção no ponto A, isso significa que o processo produtivo escolhido combina x unidades de trabalho com y unidades de capital Setores de atividade econômica A abundância e variedade de bens e serviços produzidos pelos países torna necessário o seu agrupamento em grandes conjuntos com características semelhantes. O critério que se tem adotado foi apresentado pelo economista Colin Clark (1905 - 1989) e é ainda hoje um critério seguido. O critério assenta, fundamentalmente, no tipo de bens produzidos Setor primário -​ Incluem-se as atividades relacionadas com a recolha dos bens que a Natureza disponibiliza. -​ Exemplos: Pesca, Agricultura, Pecuária, Silvicultura Setor secundário -​ Estão englobadas as indústrias transformadoras de matérias-primas fornecidas pelo setor primário -​ Abrange as indústrias ligeiras que se caracterizam por ter menos investimento e mais trabalho intensivo, como a indústria de calçado e têxtil, e, por outro, as indústrias pesadas de capital intensivo, como a indústria do cimento, produção de energia,etc Setor terciário -​ Estão compreendidos os serviços e todas as atividades não abrangidas pelos outros setores -​ Exemplo: Comércio, Seguradoras, transportes, Turismo, Educação, etc A classificação da atividade económica em setores apresenta algumas vantagens, como detectar o contributo de cada setor na produção total de um país; permitir analisar a evolução e dinamismo dos vários ramos de atividades e comparar os valores de um país com os de outros países Um país desenvolvido é aquele em cuja economia predomina o setor terciário - é, por isso, um país terceirizado. Um país em desenvolvimento é um país predominantemente agrícola, cujo setor primário é o dominante. Num país emergente, o primário já não é dominante, o setor secundário tem algum destaque em termos do seu contributo para o produto do país e o setor terciário tem um peso semelhante ao do setor secundário Nível de desenvolvimento Relação entre os setores Exemplos do país de atividade económica País desenvolvido Setor III > Setor II > Setor I EUA, países da UE País emergente Setor II e III em crescimento Brasil, Angola, China País em desenvolvimento Setor I predominante Guiné-Bissau, Moçambique ​ Fatores de produção Fatores de produção -​ são os elementos indispensáveis à produção dos bens e serviços. Englobam a força de trabalho, o capital e os recursos naturais os três fatores de produção: -​ A natureza, ou meio natural, que fornece os recursos naturais, isto é, todos os elementos indispensáveis ao exercício da atividade produtiva -​ O trabalho, que constitui a atividade consciente a atividade consciente do indivíduo dirigida para um fim determinado, mediante a qual ele transforma matérias-primas em produtos utilizáveis e capazes de satisfazerem as suas necessidades -​ O capital, que constitui o conjunto de elementos que, indiretamente, contribui para que os indivíduos produzam. No capital podemos encontrar as matérias-primas que os indivíduos transformam, os instrumentos que facilitam essa transformação e as matérias energéticas Por força de trabalho entende-se a capacidade do ser humano para trabalhar, o que lhe permite produzir os bens e serviços de que precisa para satisfazer as suas necessidades. Naturalmente o seu trabalho exerce-se sobre coisas - objetos de trabalho - e utiliza coisas - os meios de trabalho Por objetos de trabalhos entende-se tudo aquilo que é alvo do trabalho humano e podemos considerar aqui as matérias-primas. Os meios de trabalho são usados pelo ser humano na transformação dos objetos de trabalho a fim de obter produtos utilizáveis. Recursos Naturais Os recursos naturais são todos os elementos que a Natureza fornece ao Homem para a satisfação das suas necessidades. Podem ser renováveis ou não renováveis. Os recursos renováveis são aqueles que não se esgotam num curto espaço de tempo e que vão sendo substituídos periodicamente. Exemplos: Recursos florestais e hídricos e o da energia eólica, solar,geotérmica ou das ondas do mar. Os recursos não renováveis são os que não podem ser repostos pela Natureza em tempo útil, isto é, a sua reposição é possível num período de tempo muito longo que não acompanha o ritmo das necessidades humanas. Força de trabalho O trabalho é simples quando não é necessária a existência de uma qualificação específica e é complexo quando exige um conjunto de qualificações próprias que podem ser obtidas através de formação ou de experiência profissional. O trabalho também pode ser considerado manual, sempre que predomina o esforço físico, ou com o intelectual, se o que sobressai é o esforço mental. População ativa, inativa e taxa de atividade A população ativa representa todos os indivíduos que desempenham atividades remuneradas ou os que, embora não estejam empregados no momento, se encontram à procura de trabalho. A população inativa é composta por todas as pessoas que não desempenham atividades remuneradas, onde se incluem as pessoas com menos de 15 anos ou superior a 65 anos. Os estudantes, as donas de casa, os defecientes, os inválidos, as crianças, os reformados ou os pensionistas fazem parte da população inativa. 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 × 100 Existem vários tipos de desemprego: Desemprego de longa duração -​ Representa a situação de quem se encontra à procura de emprego há mais de um ano. Quando este tipo de desemprego se prolonga as pessoas deixam de receber subsídios → Desemprego temporário - Traduz a situação passageira das pessoas que se........ encontram encontram entre dois empregos, quando..... saíram de um para ingressarem noutro 𝐷𝑒𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 1+ 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑔𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎 𝑑𝑢𝑟𝑎çã𝑜 = 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 × 100 Desemprego estrutural -​ Resulta de um desfasamento entre as necessidades das empresas e as capacidades dos trabalhadores → Desemprego tecnológico - Corresponde à dificuldade de acompanhamento da.. evolução tecnologia por parte dos trabalhadores e que. afeta principalmente os grupos etários mais elevados, é. uma consequência do desemprego estrutural Desemprego repetitivo -​ Diz respeito às pessoas que estão sistematicamente a mudar de emprego. Está normalmente associado a baixas qualificações, fazendo-se sentir nas camadas mais jovens → Desemprego sazonal - Há algumas atividades que apresentam ritmos de..... produção bastante variados ao longo do ano, assim as. empresas nem sempre necessitam do mesmo número.. de trabalhadores 𝑁º 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑔𝑜 = 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 × 100 O setor terciário tem vindo a ganhar cada vez mais peso na estrutura da atividade econômica. Este fenómeno designa-se por terciarização da economia e resulta da expansão dos serviços às atividades pertencentes aos setores primário e secundário. O capital No sentido económico, a designação de capital representa o conjunto dos bens utilizados na atividade produtiva. Classificação dos tipos de capital São os meios de produção incorporados no processo produtivo de outros bens que Capital circulante desaparecem por completo após a sua utilização Ex.: matéria-primas, combustíveis Capital técnico São os meios de produção que podem ser usados várias vezes, embora sofram algum desgaste com o Capital fixo passar do tempo e o uso Ex.: edifícios, equipamentos, meios de transporte São os meios financeiros que pertencem aos Capital próprio proprietários da unidade produtiva Ex.: autofinanciamento Capital Financeiro São os meios financeiros que, embora não pertençam à unidade produtiva, se encontram à Capital alheio sua disposição Ex.: crédito bancário Conjunto de aptidões humanas para trabalhar que inclui a experiência e os conhecimentos dos Capital humano indivíduos. O capital humano é valorizado sempre que há investimentos na formação ou na saúde dos recursos humanos Conjunto de recursos naturais que se encontram disponíveis. O capital natural deve ser utilizado de Capital natural forma racional, não colocando em risco o desenvolvimento sustentável do planeta ​ A combinação dos fatores de produção Para se otimizar a produção devem ser analisadas as várias combinações possíveis de fatores e, em seguida, escolher-se a melhor opção. Função de produção -​ É uma relação técnica que indica qual o montante máximo de produção que se pode obter com cada conjunto determinado de fatores produtivos É possível obter a mesma quantidade de um bem através de diferentes combinações: basta alterar as quantidades de cada fator de um modo ajustado. Os fatores produtivos apresentam um conjunto de características: -​ Substituibilidade: ocorre sempre que é possível trocar um fator por outro que cumpra a mesma função. Por exemplo, quando um trator passa a executar as tarefas do Homem, está-se a substituir o fator trabalho pelo fator capital (trator) -​ Adaptabilidade: característica dos fatores de produção que permite o ajustamento das suas quantidades a quantidade de produção pretendida,em função do tempo disponível para a realizar -​ Complementaridade: aplica-se nas situações em que o uso de um fator implica a utilização de outro. No exemplo do trator, para este trabalhar era preciso ser conduzido pelo Homem, complementando-se desta forma os fatores capital e trabalho Outra variável a ter em consideração é o seu horizonte temporal, isto é, quanto tempo é necessário para se poder proceder à alteração de um fator Classifica-se o tempo de implementação de uma mudança como sendo de curto prazo, quando se podem alterar apenas alguns fatores, como o trabalho e as matérias-primas, e de longo prazo, quando é possível modificar todos os fatores. Quando se pretende aumentar a dimensão de uma empresa, normalmente é necessário ampliar as suas instalações, adquirir novos equipamentos, contratar mais recursos humanos, etc. Cada um destes fatores necessita de tempo diferente para ser alterado, pois é mais demorado construir um edifício do que contratar trabalhadores. Produtividade Produtividade -​ É a relação entre uma produção e os fatores utilizados para a obter A produtividade representa a relação existente entre o que se gasta e o que produz, permitindo conhecer o valor da produção por unidade de recurso utilizada. 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 Quando pretendemos apurar o valor da produção obtida por um fator, calculamos a sua produtividade média em valor através da fórmula: 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑒𝑚 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 = 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑠𝑒 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 Se o objetivo é determinar a quantidade de produto obtido por um fator, então, é preciso calcular a sua produtividade média em quantidade fazendo: 𝐴𝑐𝑟é𝑠𝑐𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑟𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 = 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑠𝑒 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 A produtividade marginal permite medir o acréscimo de produção obtido de cada vez que se adiciona uma unidade de fator produtivo, ou seja, o impacto de uma unidade suplementar de fator no resultado final 𝐴𝑐𝑟é𝑠𝑐𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑟𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 = 𝐴𝑐𝑟é𝑠𝑐. 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑑. 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 Lei dos Rendimentos Decrescentes De acordo com a Lei dos Rendimentos Decrescentes, a partir de um determinado nível de produção, mantendo fixa a quantidade de um dos fatores produtivos, ir-se-ão verificar acréscimos de produção resultantes da utilização de unidades sucessivas do outro fator produtivo (produtividade marginal) cada vez menores. Os rendimentos começam a decrescer imediatamente a seguir ao ponto que corresponde à combinação ótima dos fatores produtivos - Lei dos Rendimentos Decrescentes Custos de produção Os encargos com a produção de bens e serviços denominam-se custos de produção e representam o custo total que uma unidade produtiva tem de desembolsar para o desenvolvimento da sua atividade. Os custos de produção incluem os custos fixos e os custos variáveis. 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝐶𝑇) = 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠 + 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠 Os custos fixos correspondem às despesas suportadas pela empresa, independentemente da quantidade de bens que produziu, como a renda do espaço. Os custos variáveis são os encargos que variam em função das quantidades produzidas, isto é, quando as despesas aumentam à medida que aumenta o volume de produção, como as matérias-primas. Pode-se também calcular o custo unitário ou custo médio (CM) de cada unidade produzida 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 (𝐶𝑀) = 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑏𝑒𝑛𝑠 Os custos fixos não se alteram independentemente das quantidades produzidas. Mas verifica-se uma diminuição progressiva dos custos médios conforme vai aumentando a produção, o que acontece porque os custos variáveis se diluem por um maior número de bens O custo marginal corresponde ao total de encargos acrescidos que é necessário suportar por cada unidade adicional produzida Economias de escala Uma das estratégias para rentabilizar a sua atividade é aumentar a escala de produção, pois assim podem vender mais produtos e reduzir os custos unitários. No seu total, os encargos aumentam, mas reduzem-se em termos unitários, o que permite uma subida das margens de lucro sem prejudicar a competitividade dos preços no consumidor. Uma economia de escala é uma diminuição do custo médio ou custo unitário de um bem resultante do aumento das quantidades produzidas As empresas podem obter essas economias (poupanças) por vários processos, como pelo aumento da especialização do trabalho de modo a melhorar a produtividade; o planeamento adequado da atividade, permitindo uma redução dos desperdícios dos recursos materiais e humanos; etc. No entanto este aumento progressivo da dimensão da empresa pode, a partir de um certo ponto, gerar deseconomias de escala, isto é, a empresa aumenta tanto que os seus custos unitários começam a aumentar, tornando-se assim demasiado complexos os processos de gestão Síntese -​ As necessidades são satisfeitas com bens. Estes podem ser livres e econômicos; de consumo e de produção; materiais e imateriais (serviço), duradouros e não duradouros; sucedâneos (substitutos) e complementares -​ Produção é o ato económico de produzir bens e serviços. A produção resulta da combinação dos fatores produtivos, trabalho e capital. Os fatores produtivos podem combinar-se de formas diferentes, consoante a tecnologia utilizada. -​ Todos os bens são agrupados em setores de atividade (primário, secundário e terciário). À medida que um país se desenvolve, o setor terciário vai-se tornando dominante -​ A população residente de um país pode ser ativa (empregados) e desempregados) e inativa (estudantes, reformados, inválidos e donas de casa) -​ A taxa de atividade de um país representa a percentagem da população ativa relativamente ao total da população do país. Podem, também, calcular-se taxas de atividade por género. -​ A taxa de desemprego de um país representa a percentagem de desempregados no total da população ativa. Podem calcular-se taxas de desempregos por gênero, que correspondem à porcentagem dos indivíduos de determinado gênero (masculino, femenino) e o total desses indivíduos (masculino, feminino). -​ Há diversas formas de desemprego: tecnológico, repetitivo e de longa duração. Para combater o desemprego, a formação ao longo da vida ativa é indispensável -​ Para produzir um mesmo bem, utilizam-se os fatores do trabalho e capital em proporções variadas, de acordo com a tecnologia utilizada. A curva de possibilidades de um bem representa todas as combinações possíveis dos fatores trabalho e capital para a produção daquele bem. Nessa curva, um dos pontos representa a combinação ótima dos fatores produtivos desse bem (em que se alcança o valor mais alto da produtividade marginal). -​ A produtividade representa a quantidade/valor de produção de um bem que se obtém com o emprego de certa quantidade/valor de trabalho ou de capital. Pode determinar-se a produtividade média geral, a produtividade do trabalho e a produtividade do capital. -​ A combinação ótima dos fatores produtivos é influenciada pela variável tempo. No curtíssimo prazo, não é possível alterar a produtividade; no curto prazo é mais fácil alterar o fator trabalho; no longo prazo,podem alterar-se os fatores trabalho e capital -​ A combinação ótima dos fatores produtivos é dada pelo valor mais alto da produtividade marginal, que significa o aumento da produção quando se aumenta uma unidade do fator produtivo variável -​ A dimensão ótima de uma unidade produtiva é aquela em que se atingem os menores custos por unidade produzida, em resultado do aumento das quantidades produzidas (economias de escala) TEMA 3.5 Comércio ​ Comércio - noção e tipos A distribuição é atividade que estabelece uma ponte de ligação entre a produção e o consumo, abrangendo o conjunto de operações que fazem deslocar os produtos desde a fase inicial da sua produção até ás mãos do comprador A distribuição engloba o transporte e o comércio, duas atividades complementares que aumentam a utilidade dos bens, na medida em que os disponibilizam de forma prática aos seus compradores. Os consumidores conseguem assim encontrar as quantidades de bens de que necessitam em locais próximos de si. A distribuição tem um papel de ajustamento entre oferta e a procura Circuito de distribuição O circuito de distribuição é o conjunto de intermediários que promovem a circulação do produto, fazendo-o chegar às mãos dos consumidores Este caminho que os bens percorrem, desde o produtor até ao consumidor final, pode ser mais ou menos extenso, de acordo com o número de intermediários que intervêm no processo Os intermediários dos circuitos de distribuição podem ser grossistas (e armazenistas) ou retalhista. Os grossistas e armazenistas são os comerciantes que compram grandes quantidades de bens, que são armazenados para depois serem vendidos em quantidades menores. Os retalhistas são os comerciantes que adquirem aos grossistas produtos que se destinam a ser vendidos aos consumidores em quantidades fracionadas. As empresas têm de escolher o circuito mais adequado às características dos bens que produzem Tipos de circuito de distribuição: -​ Circuito ultra curto: Caracteriza-se por estabelecer uma ligação direta entre o produtor e o consumidor final, eliminando-se, assim, qualquer intermediário no processo de distribuição Produtor → Consumidor -​ Circuito curto: Caracteriza-se por ser o produtor a assumir o papel de grossista (ou armazenista), vendendo os seus produtos ao retalhista, que, por sua vez, os comercializa ao consumidor final Produtor → Retalhista → Consumidor -​ Circuito longo: é o circuito básico clássico no qual o produtor vende os seus bens aos grossistas que, seguidamente, os revende ao retalhista que é quem finalmente comercializa os bens do consumidor final Produtor → Grossista → Retalhista → Consumidor Existem várias vantagens e desvantagens em cada tipo de circuito. Se por um lado, a existência de mais intermediários permite alargar a divulgação dos produtos, fomentando o aumento das vendas, por outro, também gera custos de intermediação que levam ao aumento do preço dos bens. Quando se eliminam intermediários, os custos diminuem, mas, nestas circunstâncias, os produtos não são divulgados a tantos consumidores O comércio O comércio é a atividade intermediária de troca que ajuda os produtores a escoar os seus produtos, permitindo que os consumidores tenham acesso aos bens que desejam Tipos de comércio Organização dos circuitos de distribuição Estratégia de comercialização ​ Comércio independente ​ Comércio tradicional ​ Comércio integrado: ​ Comércio especializado -​ Integração empresarial ​ Hipermercados e supermercados -​ Comércio associado ​ Centros comerciais -​ Franchising ​ Grandes armazéns Comércio independente -​ Este tipo de comércio íntegra comerciantes que detém a propriedade dos seus estabelecimentos, não estando ligados juridicamente a produtores e intermediários, atuando, assim de forma independente Comércio integrado -​ Caracteriza-se pela existência de vínculos entre os vários intermediários que atuam no circuito de distribuição: produtor, grossista e retalhista. Este tipo de comércio confere maior poder de mercado às empresas que possuem esta estrutura integrada pois tem maior capacidade negocial → Integração empresarial - Nesta forma de comércio integrado produtor, grossistas e retalhistas pertencem à mesma organização empresarial → Comércio associado - Forma de comércio constituída por comerciantes independentes entre si (grossistas ou retalhistas), que juntam recursos e esforços para fazer face à concorrência das grandes cadeias de distribuição, comprando grandes quantidades de produtos e beneficiando de preços mais vantajosos → Franchising - Consiste num contrato em que uma empresa, o “franchisador” com um formato de negócio já testado, cede a outra empresa, o “franchisado”, em contrapartida de um pagamento, o direito de se apresentar sob a sua marca para vender produtos ou serviços Comércio tradicional -​ É uma forma de comércio a retalho que está situado nos bairros residenciais, em lojas de pequena área de venda, com poucos empregados. Pela sua localização e pequena dimensão consegue estabelecer uma relação mais próxima com os clientes e constitui assim o comércio de proximidade Hipermercados e supermercados -​ Aqui são comercializados vários tipos de produtos e estão localizados nos centros urbanos, na sua periferia ou em centros comerciais. A sua dimensão exige vários empregados e funcionam em regime de livre serviço Centros Comerciais -​ São espaços de comércio generalista na medida em que neles se encontram lojas de diversos ramos de comércio. Uma das lojas funciona como pólo de atração para os consumidores (loja âncora). Muitos dos estabelecimentos presentes são lojas representativas da marca, normalmente em regime de franchising Grandes armazéns -​ Apresentam nos seus locais de venda uma larga variedade de produtos de grande consumo. Ex.: El Corte Inglés em Portugal e Espanha Comércio especializado -​ Este tipo de comércio especializa-se num produto, num tipo de cliente, num conjunto de produtos afins ou num determinado tema/assunto Os métodos de venda também tem evoluído bastante ao longo dos tempos, tendo as novas tecnologias desempenhado um papel fundamental no que respeita à venda indireta, isto é, a comercialização de produtos sem a existências de um encontro físico entre o comprador e vendedor. A venda indireta abrange métodos como as vendas à distância (como as vendas por catálogo), a venda automática em equipamentos dispensadores de produtos mediante o pagamento e o comércio eletrônico, que disponibiliza os bens e serviços encomendados via Internet TEMA 4 Preços e mercados ​ Mercados - noção e exemplos A ideia de mercado remonta há vários milênios e ainda hoje é utilizada para indicar o “lugar” onde determinados bens são transacionados, isto é, comprados e vendidos Produtor ↓ Oferta Mercado/Preço ↑ Procura Consumidor Todavia, com o desenvolvimento dos transportes e das tecnologias da comunicação, o mercado deixou de ser “o lugar” para ser toda a situação onde se confrontam as intenções de produção dos produtores - a “oferta” de um bem - e as solicitações de consumo dos consumidores - a “procura” de um bem. Daqui resulta o “preço de mercado” para aquele bem, isto é, o preço para o qual toda a produção será vendida e toda a procura será satisfeita Existem diversos tipos de mercados com, por exemplo, o mercado de câmbios, o mercado de valores mobiliários, o mercado automóvel, o mercado de trabalho e o mercado dos cereais ​ O mecanismo de mercado É o mecanismo de mercado que, sem controle ou regulação de agentes exteriores ao ato da troca, permite que se encontre uma situação de equilíbrio, compatibilizando os interesses opostos de compradores e produtores/vendedores. O mecanismo funciona através da livre iniciativa que os agentes econômicos, movidos pelos seus interesses, interagem, decidindo as quantidades a transacionar e os respectivos preços. A procura e a lei da procura A procura define-se como a relação entre a quantidade de bens e serviços que os consumidores estão dispostos a comprar e os diferentes preços. Descreve o comportamento dos consumidores, estabelecendo a relação existente entre os preços dos bens e serviços e as quantidades que os consumidores desejam comprar,no mercado, para aquele preço. Procura individual -​ Corresponde à quantidade de um bem que cada pessoa deseja consumir para certo preço Procura agregada -​ Representa o somatório de todas as procuras individuais para esse nível de preço A relação entre os preços e as quantidades que os consumidores estão dispostos a consumir concretiza a denominada lei da procura. Esta lei afirma que a quantidade procurada de um bem varia na razão inversa do respectivo preço; isto é, quanto maior for o preço de um bem ou serviço, menor será a intenção de o consumir. Esta relação pode representar-se graficamente através da curva da procura A procura de um bem ou serviço depende, portanto, dos preços. Todavia, outros fatores, para além dos preços, determinam a procura, originando deslocamentos da curva da procura para a direita ou para a esquerda Estes fatores são: -​ o rendimento disponível dos consumidores -​ o acesso ao crédito -​ a informação sobre o mercado -​ os gostos ou preferências dos consumidores -​ os preços dos bens complementares ou dos bens substitutos -​ as expectativas dos consumidores -​ a publicidade e marketing -​ a quantidade de população Quando os preços variam, mantendo-se os outros fatores constantes, verificam-se deslocamentos ao longo da curva da procura; quando varia algum dos outros fatores, mantendo-se tudo o resto constante, verificam-se deslocamentos da curva da procura Mantendo-se tudo o resto constante: -​ os deslocamentos ao longo da mesma curva da procura resultam de variações dos preços -​ os deslocamentos para outras curvas da procura resultam da variação de outras variáveis Fatores que influenciam a procura Variáveis Aumento Diminuição Preço dos bens Deslocamento ao longo Deslocamento ao longo da curva, para cima da curva, para baixo Rendimento disponível.. Deslocamento para uma Deslocamento para uma.. dos consumidores nova curva à direita nova curva à esquerda Acesso ao crédito Deslocamento para uma Deslocamento para uma nova curva à direita nova curva à esquerda População Deslocamento para uma Deslocamento para uma nova curva à direita nova curva à esquerda Gostos dos consumidores Deslocamento para uma Deslocamento para uma nova curva à direita nova curva à esquerda Preço dos bens substitutos Deslocamento para uma Deslocamento para uma nova curva à direita nova curva à direita Preço dos bens..... Deslocamento para uma Deslocamento para uma. complementares nova curva à esquerda nova curva à direita Marketing/Publicidade Deslocamento para uma Deslocamento para uma nova curva à direita nova curva à esquerda

Use Quizgecko on...
Browser
Browser