Summary

Este documento discute o conceito de estereótipos, explorando sua formação, funções e impacto na sociedade. Aborda também a categorização social, seu papel na simplificação cognitiva, e temas relacionados a desigualdade e preconceito. O texto apresenta estudos e teorias relevantes, como modelos de categorização e exemplos de preconceitos.

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Estereótipos: vem de crenças socialmente construídas, são estruturas cognitivas que contêm os nossos conhecimentos e expectativas, que determinam os nossos julgamentos e avaliações acerca de grupos e os seus membros.-Estereótipos são associados a:- aparência física (gordo/magro, cor de pele..)- grup...

Estereótipos: vem de crenças socialmente construídas, são estruturas cognitivas que contêm os nossos conhecimentos e expectativas, que determinam os nossos julgamentos e avaliações acerca de grupos e os seus membros.-Estereótipos são associados a:- aparência física (gordo/magro, cor de pele..)- grupos étnicos- sexo- origem geográfica ou social- identidade religiosa- identidade política (bolsominions são burros, por exemplo) Lippmann: Omundoécomplexo,entãocriamos umpseudo-ambiente(selecionamos informação e negligenciamos outras para construirmos uma representação simplificada do mundo) com estereótipos para simplificar. Estereótipos são arbitrários, mudam com o contexto e não refletem a realidade, tem a ver com o que é funcional. Lippmanndizia queexiste um mundo físico e um mundo social:- mundofísico conseguimos testar- mundosocial temos que recorrer a determinados tipos de processo Allport: Propôscomeçaraperceber quais processos cognitivos formam estereótipos e diferenciam-se da formação de impressões Estereótipo é algo partilhado pelo grupo da pessoa, e portanto por pertencer a este grupo, sofrerá os estereótipos Estereótipos vêm da categorização social: agrupamos pessoas para economizar esforço cognitivo. FunçõesdaCategorização Social: Expectativas: Criam expectativas sobre pessoas, objetos e eventos. Economia Cognitiva: Simplificam a diversidade agrupando indivíduos com base em características salientes. Identificação: Permitem reconhecer traços e relações entre elementos. Crenças e Valores: Associam-se a crenças, valores e emoções. Racionalidade Variável: Podem ser mais ou menos racionais. Diferenças entre Processos: Preconceito tem a ver com atitudes, atitudes negativas que tenho relativamente a determinado grupo. É quase uma ligação direta entre estereótipos negativos e preconceito Discriminação- comportamentos (posso disfarçar) Legitimar o ódio- toleram-se discriminatórios relativamente a alguns grupos. Se nós temos preconceitos, eles vão acabar por sair de alguma maneira (vamos falar + sobre) Legitimação Social: Diferenças Intergrupais: Estereótipos são vistos como objetivos e legitimam desigualdades sociais (e.g., meritocracia). Sociedades Meritocráticas: Supõem que mérito defina o sucesso, mas ignoram desigualdades de oportunidades. ○ Exemplo:Minorias trabalham mais para alcançar o mesmo que outros grupos. Desigualdade de Género: Discrepâncias em proporções reforçam vantagens históricas para homens. Indivíduos Contra Estereótipos: Exemplos como Obama são vistos como exceções, supervalorizados e usados para justificar desigualdades. FunçãodosEstereótipos: Legitimam estruturas sociais e discriminação com base em competência, moralidade e relações sociais. Estereótipos enquanto papéis sociais e crenças culturais:-Frequentemente os estereótipos estão associados a papéis sociais: associar traços ao grupo relacionados com as tarefas que desempenham. São transmitidos através da socialização Veracidade dos estereótipos- Hipótese do contacto(allport):-Contexto de Segregação: Escolas segregadas (brancos e negros) tinham condições desiguais.-Fim da Segregação: Ao misturar grupos com estereótipos negativos, a discriminação aumentou devido à falta de mediação.-Problema das Cotas: Quem já está no sistema percebe cotistas como "ameaça" ou privilegiados, perpetuando discriminação sutil.-Solução: Mediação entre grupos e igualdade de oportunidades para reduzir conflitos e crenças negativas Acentuação percetiva-processo de categorização social: Oestudo de Tajfel e wilkes (1963) investigou como categorias influenciam a perceção de semelhanças e diferenças entre estímulos.-Objetivo: Avaliar se itens de uma mesma categoria são percebidos como mais semelhantes e se itens de categorias diferentes são percebidos como mais diferentes.-Metodologia: Os participantes avaliaram o comprimento de linhas verticais apresentadas repetidamente. Três condições experimentais foram manipuladas: 1. Condicionada por Rótulos Relacionados ao Tamanho: ○ Linhasmaiores foram rotuladas como A e linhas menores como B. 2. SemRótulos: ○ Aslinhasnãopossuíam rótulos. 3. Rótulos Aleatórios: ○ Linhasreceberam rótulos sem relação com o tamanho.-Resultados: Primeira Condição (Rótulos A e B): ○ Participantes exageraram as diferenças entre linhas rotuladas de categorias diferentes (A e B). ○ Tambémexageraramasemelhança entre linhas dentro da mesma categoria. SegundaeTerceira Condição (Sem Rótulos ou Rótulos Aleatórios): ○ Nãohouveexagerosignificativo nas diferenças ou semelhanças.-Conclusão: Aintrodução derótulos de classificação (A e B): ○ Intensificou a perceção de diferenças entre categorias distintas. ○ Aumentouaperceçãodesemelhanças numa mesma categoria Oestudo de Doise, deschamps, e Meyer investigou como a categorização social afeta a perceção de semelhanças e diferenças entre grupos sexuais.-Objetivo: Analisar o impacto da categorização social sobre a acentuação percetiva, isto é, como a percepção de semelhanças e diferenças é influenciada por saber a qual grupo social (neste caso, gênero) os indivíduos pertencem.-Metodologia: Participantes foram apresentados a imagem de rapazes e raparigas e deveriam associar características (ex: obediente, simpático, tímido) a cada fotografia. Oestudo foi dividido em duas condições experimentais: 1. Condição 1 (Sem Categorização Prévia): ○ Osparticipantes avaliavam as fotografias de rapazes (ou raparigas) primeiro, sem saber que também teriam que avaliar o outro sexo depois. 2. Condição 2 (Categorização Antecipada): ○ Osparticipantes sabiam previamente que avaliariam fotografias tanto de rapazes quanto de raparigas.-Resultados: Condição2(Categorização Saliente): ○ Quandoosparticipantes sabiam que iriam avaliar ambos os grupos sexuais, a categorização social foi mais saliente, resultando em uma acentuação perceptiva maior. ○ Osparticipantes perceberam mais semelhanças dentro de cada categoria (rapazes entre si e raparigas entre si) e mais diferenças entre as categorias (rapazes e raparigas). Condição1(Categorização Menos Saliente): ○ Quandoosparticipantes não sabiam de antemão que iriam avaliar ambos os grupos, eles perceberam mais diferenças dentro de cada grupo (rapazes mais diferentes entre si, raparigas mais diferentes entre si) e mais semelhanças entre os grupos (rapazes e raparigas mais semelhantes entre si).-Conclusão: A categorização social (conhecer os grupos de antemão) aumenta a acentuação percetiva, ou seja, as pessoas tendem a ver mais semelhanças num grupo e mais diferenças entre grupos. Semacategorização prévia, a percepção de diferenças e semelhanças se torna mais diluída, levando os participantes a perceberem os grupos como mais semelhantes entre si. Acessibilidade cognitiva: Determina e inclui pessoas em estereótipos-Categorias “primitivas”- género, idade e raça (mais acessíveis em termos cognitivos)-vou ver se estas categorias se encaixam no contexto- se se encaixarem no contexto boa, se não, vou procurar outras- Julgamento com base nestas categorias é posto em causa quando ocorre um processo de recategorização ou subcategorização (vou buscar categorias maiores ou menores-posso deixar de pensar naquelas pessoas como membros de uma categoria, e serei obrigada a olhar o indivíduo como ser diferente, individual), ou mesmo de individualização-Diferenciação à norma cultural: categorias mais salientes (que mais diferenciamos emgrupos diferentes e mais assemelhamos num grupo) são as que desviam à norma dominante social (mulheres, negros, gordos…) Modelos dualistas da organização cognitiva dos estereótipos- Modelos que apoiam a simultânea operação de organização cognitiva por abstrações e por exemplares:-Categorização por exemplares e por abstrações (Smith e Zarate, 1990): Evidencia que as duas formas são possíveis, mas existe a primazia do processo de categorização por abstração- Construção online de impressões abstratas (Park e Hastie, 1987): À medida que temos informação de exemplares, vamos a integrar numa representação cognitiva (abstrata), que se torna autónoma, independente da informação armazenada dos exemplares. Os processos de ativação destas memórias são independentes Distorções no processamento de informação e nos julgamentos: 1. Estereótipos enquanto filtros de informação: Privilégio pela informação consistente com o estereótipo e negligência pela informação inconsistente com o estereótipo ainda antes do processo de memorização (ex: estudo de Snyder, 1981). 2. Estereótipos e interpretação da informação recebida: após armazenamento da informação, ela é reinterpretada conforme o estereótipo. 3. Estereótipos e correlações ilusórias: A ilusão de que existem associações entre traços e que são distintivas de certos estereótipos, sendo aplicadas nos julgamentos sociais 4. Estereótipos e procura de coerência para proteção endogrupal: A ilusão de que existem associações entre traços e que são distintivas de certos estereótipos Modelo do Conteúdo do Estereótipo Este modelo tenta explicar como os estereótipos são formados e mantidos, além de abordar sua relação com a discriminação (tanto subtil quanto flagrante). A análise dos estereótipos baseia-se em duas dimensões principais: competência e sociabilidade/simpatia. Os estereótipos de diferentes grupos sociais se fundamentam no estatuto que cada grupo detém na sociedade e na interação com outros grupos. Essas duas dimensões podem organizar os grupos em quatro quadrantes: 1. Simpatia elevada e baixa competência: Grupos com baixo estatuto e pouco competitivos. 2. Simpatia baixa e baixa competência: Grupos com baixo estatuto e vistos como ameaçadores, com potencial para discriminação. 3. Simpatia elevada e competência elevada: Grupos de alto estatuto e não vistos como ameaçadores. 4. Simpatia baixa e competência elevada: Grupos de alto estatuto, porém competitivos. Estes estereótipos servem para legitimar a estrutura social existente, como um mecanismo de defesa para a hierarquia social. Isso é evidenciado por uma análise que envolve a forma como grupos são categorizados e tratados, como, por exemplo, os PIGS (Portugal, Itália, Grécia e Espanha) sendo estigmatizados na Europa com estereótipos de incompetência, enquanto ao mesmo tempo sendo tratados de maneira paternalista, ou seja, com simpatia, mas com discriminação subtil, que perpetua a desigualdade sem causar conflito aberto. Além disso, o modelo introduz uma terceira dimensão, a moralidade, que pode ser crucial para justificar ou reforçar a posição social de um grupo. Isso se traduz em emoções como: Simpatia elevada e baixa competência: Compromisso com um estilo paternalista. Simpatia baixa e baixa competência: Desprezo. Simpatia elevada e competência elevada: Admiração. Simpatia baixa e competência elevada: Inveja. Ameaça doEstereótipo (Steele) Aameaça doestereótipo descreve o impacto que estereótipos negativos podem ter sobre o desempenho de um indivíduo. Quando as pessoas sabem que pertencem a umgrupoestereotipado de maneira negativa, elas sentem a pressão de não confirmar esse estereótipo. Esse medo de confirmar a ideia preconcebida gera ansiedade, que interfere no desempenho real, causando um auto-sabotagem, o que contribui para o reforço do estereótipo. Por exemplo, o estudo de Steele com meninas asiáticas em cursos de ciências mostrou que ao serem lembradas do estereótipo de que os homens são melhores em matemática, elas tiveram um desempenho inferior. Isso acontece porque, ao focarem em não confirmar o estereótipo, acabam prejudicando suas próprias performances. Relações Intergrupais e Tipos de Conflitos Existem diferentes tipos de conflitos intergrupais, que podem surgir devido a interesses divergentes, competição por recursos limitados, ou domínio e submissão. Acompetição entre grupos pode ocorrer em diversos contextos, como esportes ou guerras, quando os grupos buscam os mesmos recursos, mas há limitação para todos os alcançarem. Ateoria de preconceito e discriminação sublinha como as relações de poder entre grupos podem ser mantidas de forma ideológica, com os grupos dominantes manipulando o sistema para manter o status quo, muitas vezes utilizando estratégias sutis de discriminação. ATeoria da Frustração-Agressão sugere que, quando um grupo sente frustração devido à sua posição, pode acabar direcionando a agressão para grupos mais fracos, mesmosemhaverumarelação direta de rivalidade. Isso pode ser exemplificado pela escolha de bodes expiatórios, onde grupos dominados acabam transferindo suas frustrações para aqueles que são mais vulneráveis, exacerbando o ciclo de discriminação e hostilidade. Teorias de Personalidade e Conflito Ateoria da personalidade autoritária e a ideia de que indivíduos com personalidade autoritária são mais propensos a gerar conflito é uma explicação limitante. Contudo, ela tem umfundo de verdade, uma vez que pessoas com ideologias rígidas podem contribuir para a criação de um ambiente de opressão e desigualdade. Espírito Fechado é uma característica que se reflete na resistência à mudança e flexibilidade cognitiva, dificultando a resolução de conflitos, principalmente quando envolvem posições inflexíveis. Privação Relativa explica como o conflito pode surgir não da comparação objetiva entre grupos, mas da percepção de que um grupo não está recebendo o que merece comparado a outros. Essa teoria ajuda a compreender, por exemplo, greves e movimentos sociais em que grupos se sentem prejudicados. Teoria do Conflito Realista Entre Grupos (Sherif) demonstra que a competição por recursos escassos pode ser uma das principais causas de conflito entre grupos. Experimentos como o campo de férias com crianças mostraram como, ao dividir grupos homogêneos e promover uma competição entre eles, surgem sentimentos de rivalidade e hostilidade, resultando em conflito. Processo de Categorização Social Acategorização social é o processo psicológico em que os indivíduos agrupam outras pessoas com base em características comuns, o que gera um autoconceito positivo e reforça a identidade social. Isso pode levar à criação de grupos mínimos, onde a simples pertença a um grupo é suficiente para gerar uma sensação de superioridade emrelação a outros, levando à discriminação intergrupal. Estratégias de Mobilidade Social e Criatividade Social Quando indivíduos percebem que não podem mudar a sua situação social ou a de seu grupo, eles podem recorrer à competição social (luta para melhorar o status do grupo) ou criatividade social (mudando a forma como o grupo se percebe para torná-lo mais positivo, como um grupo simpático e não competente, por exemplo). Efeitos da Presença de Outras Pessoas 1. Facilitação Social: A presença de outras pessoas pode melhorar ou prejudicar o desempenho dependendo da complexidade da tarefa. ○ Tarefas que dominamos: Apresença de outros facilita o desempenho (exemplo: saber gerir conflitos em grupo). ○ Tarefas que nãodominamos: Apresença de outros pode aumentar a ansiedade e inibir o desempenho (exemplo: cantar na frente de muitas pessoas). 2. Preguiça Social: Quando estamos em grupo, tendemos a fazer menos esforço, pois acreditamos que outros irão contribuir. Isso pode ocorrer em tarefas aditivas, onde não percebemos a nossa conntribuição individual. Comominimizar a preguiça social: ○ Dividir as tarefas de forma clara e identificar quem faz o quê. ○ Aumentararesponsabilidade e o envolvimento dos membros do grupo. ○ Tornarastarefas mais atraentes e interessantes. Estudos Clássicos sobre Conformidade Social 1. Efeito Autocinético (Muzaref Sherif): Quando as pessoas observam uma luz que se move, elas tendem a ajustar suas percepções baseadas nas respostas de outros, especialmente quando há ambiguidade no estímulo. 2. Experimento de Asch: Demonstra como a pressão social pode influenciar uma pessoa a ceder a uma resposta errada se todos os outros membros do grupo concordam. ○ Aspessoaspodemdistorcer sua percepção ou julgamento devido à pressão do grupo. ○ Quandoalguémquebraaunanimidade dogrupo, as pessoas se sentem mais confortáveis para expressar suas opiniões. 3. Efeito Lucifer (Zimbardo): Em um experimento de simulação de prisão, alguns participantes, ao assumirem papéis de autoridade, se comportaram de maneira cruel e violenta, mostrando que o contexto social pode influenciar comportamentos. Conformidade e Influência Social Fatores queinfluenciam a conformidade: A conformidade pode ser influenciada por fatores como autoestima, necessidade de aceitação social, sexo e normas situacionais. ○ Pessoascombaixa autoestima ou forte necessidade de aceitação tendem a ser mais influenciadas. ○ Emambientescoletivistas, as pessoas tendem a ceder mais em nome do bem-estar coletivo. Influência das Minorias Emboraamaioriatenhamaior poder de influenciar a minoria, a minoria pode também influenciar a maioria. Para isso, precisa ser coerente e persistente nas suas opiniões e ações. Quebradaunanimidade: Quando umapessoa da minoria expressa uma opinião contrária, isso pode encorajar os outros a reconsiderar suas posições e se sentirem mais livres para expressar suas opiniões. Princípios de Persuasão (Robert Cialdini) Cialdini identificou seis princípios que as pessoas utilizam para convencer outras a mudar decomportamento: 1. Reciprocidade: Quando alguém nos oferece algo, sentimos a obrigação de retribuir. 2. Consistência: Tendemos a agir de forma consistente com comportamentos anteriores. 3. Autoridade: Pessoas tendem a seguir figuras de autoridade, como médicos ou especialistas. 4. Validação Social: Quanto mais popular uma ação é, maior a tendência de outros a seguir o mesmo comportamento. 5. Escassez: A percepção de que algo é raro ou limitado aumenta seu valor e atratividade. 6. Atração: Tendemos a ajudar ou concordar com pessoas de quem gostamos ou comquemnossentimos semelhantes. Táticas de Influência Social 1. Pé-na-porta: ○ Consiste emfazer umpequeno pedido inicial, que torna a pessoa mais propensa a aceitar um pedido maior em seguida. Exemplo: pedir apenas 1 minuto de atenção para depois fazer um pedido maior. 2. Porta-na-cara: ○ Oprincípio é fazer um pedido grande, que provavelmente será negado, seguido de um pedido menor (mais razoável). Exemplo: pedir que alguém preencha três inquéritos e, após a negativa, pedir apenas um. Relação Intergrupal e Discriminação 1. Grupos commaisemenosvalor social: ○ Osgruposcommaiorvalorsocial têm mais privilégios, enquanto os grupos vulneráveis são mais propensos a sofrer discriminação. Apesar de parecer haver igualdade, a discriminação ainda persiste, muitas vezes de forma velada. 2. Preconceito Subtil: ○ Opreconceito moderno e subtil refere-se a atitudes disfarçadas de igualdade, onde se acredita na meritocracia e na igualdade de oportunidades, mas ainda se discrimina os grupos vulneráveis. Um exemplo de racismo subtil é o racismo aversivo, onde as pessoas afirmam apoiar a igualdade, mas evitam interações com grupos discriminados. 3. Infra-Humanização: ○ Refere-se à tendência de ver membros de grupos estigmatizados como menos humanos, atribuindo-lhes características mais "animais" do que humanas. 4. Naturalização: ○ Justificação do racismo através de argumentos culturais, onde se acredita que certos grupos são inferiores devido à sua cultura ou origem, como a ideia de que as culturas dos grupos dominantes são mais sofisticadas. Modelos de Redução do Preconceito 1. ModelodeDescategorização (Brewer): ○ Omodelosugerequeadiscriminação pode ser reduzida ao deixar de categorizar as pessoas como membros de grupos e ao tratá-las como indivíduos, destacando as semelhanças interpessoais. 2. ModelodaMútuaDiferenciação Intergrupal (Houston e Brown): ○ Propõequegruposcomdiferentes competências podem cooperar, reduzindo o preconceito por meio da interdependência, ou seja, quando os grupos precisam um do outro para realizar uma tarefa. 3. ModelodaIdentidade Endogrupal Comum (Gaertner): ○ Aideiaaquiécriar uma identidade comum que una os membros de diferentes grupos, de forma que se vejam como pertencentes à mesma categoria maior. 4. ModelodaProjeção Endogrupal (Mummenday): ○ Similar ao modelo de Gaertner, mas com a adição de projetar os traços do nosso grupo para a identidade comum, diminuindo a discriminação. 5. Dupla Identidade: ○ Permitequeindivíduos mantenham suas identidades dentro dos seus grupos, mas também se vejam como parte de uma identidade mais ampla (exemplo: ser português e europeu ao mesmo tempo). Outras Formas de Diminuição da Discriminação 1. Paridade: ○ Garantir igualdade de status entre os grupos para evitar a discriminação. 2. Comunalidade de Objetivos: ○ Quandogruposdiferentes têm objetivos comuns que só podem ser alcançados com a cooperação mútua, isso pode reduzir o preconceito. 3. Apoio Social e Saliência dos Direitos Humanos: ○ Asinstituições desempenham um papel importante em apoiar a integração e a segurança social, promovendo os direitos humanos e garantindo que os membros de grupos discriminados se sintam protegidos. Representações Sociais (Aula Samuel 30/11) 1. Formação de opiniões ○ Asopiniões são influenciadas por uma combinação de fatores, como a interação social e a comunicação com os outros. ○ Fatores: as diferentes perceções podem surgir devido à experiência individual, influência da sociedade, contexto cultural e fatores de grupo. 2. Representações Coletivas (Durkheim, 1898): ○ Aconsciência individual é influenciada pela consciência coletiva, formada pelas crenças e sentimentos comuns a todos na sociedade. ○ Essascrenças passam de geração a geração, moldando as formas de pensar. 3. Representações Sociais (Moscovici): ○ Moscovici propôs que as representações sociais não são fixas e determinantes como a “consciência coletiva”, mas são dinâmicas e surgem a partir das interações sociais. ○ Asrepresentações são formadas por objetos sociais importantes, como "o que é família", "o que é mãe", etc. ○ Ateoriaenfatiza o papel da comunicação social na formação do conhecimento. 4. Função das Representações Sociais: ○ Oprincipal objetivo das representações sociais é tornar algo não familiar em algo familiar (ex: associar "Apple" a celular). ○ Paraqueumarepresentação seja social, ela precisa ser relevante para umgrupo(ex: futebol, governo, marcas populares). 5. Dimensões da Representação Social: ○ Conteúdo:conhecimento acumulado sobre o objeto social. ○ CampodeRepresentação: conjunto de aspectos relacionados ao objeto, que varia entre grupos. ○ Atitude: as reações emocionais (positivas ou negativas) que surgem a partir da representação de um objeto. 6. Processos Cognitivos Básicos: ○ Objetivação: a simplificação de um conceito em uma imagem mental. ○ Ancoragem:associar a imagem mental com outros conhecimentos já existentes. 7. Funções das Representações Sociais: ○ Criarconceitos familiares e facilitar a comunicação dentro de grupos. ○ Justificar e orientar comportamentos e relações sociais. ○ Manteracoerência do sistema de pensamento, especialmente nas interações sociais. 8. Estrutura das Representações Sociais: ○ Representações sociais são compostas por um núcleo central (elementos estáveis e consensuais) e um sistema periférico (mais flexível, varia conforme o contexto). Gestão de Conflitos (Aula 7/12) 1. Padrões de resolução de conflitos: ○ Emmuitoscasos,aspessoas tendem a evitar ou "deixar passar" os conflitos para evitar complicações. ○ Anegociação éumaformaderesolver conflitos criando valor para ambas as partes. 2. ModelodaEscalada do Conflito: ○ Osconflitos podem evoluir de uma simples ameaça a uma destruição total do inimigo, passando por várias fases. ○ Adiscriminação e a aniquilação total são exemplos de extremos de escalada no conflito. 3. Princípios Básicos da Negociação: ○ Pessoas: separação das pessoas do problema. ○ Interesses: foco nos interesses das partes, não nas posições. ○ Opções:buscar diversas opções para encontrar soluções mútuas. ○ Critérios: garantir que o resultado seja baseado em critérios objetivos e justos

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