Aula Urinário Clinica - Introdução à Nefrologia

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This presentation introduces the topic of nephrology, focusing on the urinary system's anatomy and physiology. Key concepts like renal function, glomerular filtration, and the role of hormones like ADH are discussed.

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INTRODUÇÃO A NEFROLOGIA M.V. MSC. LUCAS CAVALLI KLUTHCOVSKY SISTEMA URINÁRIO ANATOMIA E FISIOLOGIA RENAL I. FUNÇÃO: EXCREÇÃO DE PRODUTOS DO METABOLISMO, REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO HÍDRICO, ELETROLÍTICO E ÁCIDO- BÁSICO. II. URINA: PRODUZIDA POR FILTRAÇÃ...

INTRODUÇÃO A NEFROLOGIA M.V. MSC. LUCAS CAVALLI KLUTHCOVSKY SISTEMA URINÁRIO ANATOMIA E FISIOLOGIA RENAL I. FUNÇÃO: EXCREÇÃO DE PRODUTOS DO METABOLISMO, REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO HÍDRICO, ELETROLÍTICO E ÁCIDO- BÁSICO. II. URINA: PRODUZIDA POR FILTRAÇÃO. MODIFICAÇÃO DO FILTRADO, REABSORÇÃO E SECREÇÃO DE SUBSTÂNCIAS FILTRAÇÃO GLOMERULAR TGF: TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR I. 20 A 30% FLUXO PLASMÁTICO RENAL COMPÕEM O FILTRADO GLOMERULAR. II. FLUXO SANGUÍNEO: SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA- ALDOSTERONA III. VASOCONSTRIÇÃO/VASODILATAÇÃO FISIOLOGIA DO METABOLISMO HÍDRICO Volume sanguíneo intravascular Osmolaridade plasmática (osmorreceptores) Controle da sede Hipotálamo Hormônio antidiurético (ADH) Função renal Glândulas adrenais HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO ( ADH) ADH: produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise posterior. Ação na concentração da urina. Mecanismo de ação nos túbulos renais. H O R M Ô NIO AN T I D IURÉ TICO ( AD H ) Homeostasia cardiovascular Aumento pressão intravascular Reabsorção renal de água Interstício medular renal HIPERTÔNICO 1/3 dos néfrons funcionais Túbulos renais devem ser responsivos ao ADH FILTRAÇÃO GLOMERULAR ADH → porção distal do túbulo contornado distal e ducto coletor → PERMEÁVEIS à água (reabsorção a partir do lúmen tubular). Hipertonicidade do interstício renal: pressão osmótica que permite a reabsorção de água. INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA) IRA Síndrome resultante de diminuição abrupta e persistente da TFG, cujas manifestações incluem aumento progressivo das concentrações séricas de ureia e creatinina. ETIOLOGIA MULTIFATORIAL Doenças infecciosa, inflamatórias, neoplasia. Obstrução, processos isquêmicos. IRA Falha dos rins em atender às demandas: metabólicas, excreção, secreção e reabsorção. - Causa mais comum: lesão tubular aguda - Aumento creatinina e ureia em horas ou dias (AZOTEMIA) - Uremia - Oligúria - Mortalidade EXAMES DIAGNÓSTICOS Anamnese Histórico Exames laboratoriais Produção urinária: 1 a 2 ml/Kg/hora 0,27 ml/Kg/hora: oligúria 0,08 ml/Kg/hora: anúria AVALIAÇÃO DE DÉBITO URINÁRIO TRATAMENTO Tratar causas de base da lesão renal aguda (sempre que possível) Suporte: FLUIDOTERAPIA INTENSA Correção equilíbrio ácido-básico Diuréticos DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) PERDA DE DEFINIÇÃO CÓRTICO-MEDULAR RIM POLICÍSTICO EM FELINO DRC Origem: Hereditária / congênita Infecciosa Tóxica Imunomediada Desequilíbrios eletrolíticos Traumática DRC Para manter a homeostase não é necessária a presença do número original de néfrons, mas sim o suficiente para manter as funções renais. DRC Lesões estruturais IRREVERSÍVEIS que podem evoluir progressivamente para uremia e falência renal (disfunção máxima do órgão). DRC: presença de lesão renal persistente. Diferentes níveis de doença renal (ESTADIAMENTO) DRC Lesão renal inicial hipertrofia de néfrons aumento da TGF hipertrofia e hipertensão dos glomérulos (tentativa manter a TGF) Manter o clearance de creatinina COLETA DE URINA POR CISTOCENTESE: URINÁLISE AVALIAÇÃO SERIADA DE MARCADORES RENAIS: UREIA E CREATININA ESTÁGIOS DA DOENÇA RENAL CRÔNIC A Estágio Creatinina sérica Comentários Não azotêmico. Inabilidade 90–100 ml/kg/dia Poliúria (PU): >50 ml/kg/dia Polidipsia (PD): >45 ml/kg/dia Poliúria (PU): >50 ml/kg/dia DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS REDUÇÃO OU AUSÊNCIA DE ADH Diabetes insípido 1. Central: destruição de neurônios produtores de ADH (idiopático ou neoplasia). 2. Nefrogênico: redução da capacidade dos rins de responder ao ADH Primário Secundário POLIDIPSIA PRIMÁRIA Polidipsia psicogênica: stress Alterações no centro da sede (raro) Exercício físico, ↑ Fisiológica Temperatura Dieta ↑Sal, ↓proteína Distúrbios Hipercalcemia hidroeletrolíticos Hipernatremia DOENÇAS ENDÓCRINAS DIABETES MELITO DOENÇAS ENDÓCRINAS DIABETES MELITO DOENÇAS ENDÓCRINAS HIPERADRENOCORTICISMO CANINO DOENÇAS INFECCIOSAS PIOMETRA DISTÚRBIOS RENAIS I. Glomerulonefrite II. Insuficiência renal III.Pielonefrite IV.PU/PD após obstrução uretral DROGAS E TOXINAS I. Corticosteroides II. Diuréticos III. Fenobarbital IV. Intoxicações DIAGNÓSTICO ABORDAGEM DO PACIENTE 1. ANAMNESE 2. EXAME FÍSICO 3. EXAMES COMPLEMENTARES ANÁLISE HEMATOLÓGICA Hemograma Função renal e hepática Glicemia URINÁLISE URINÁLISE Cistocentese (Ultrassonografia) Glicosúria Densidade urinária Aspecto físico Sedimento urinário DENSIDADE URINÁRIA HAC, diabetes insípido < 1008 DRC Polidipsia psicogênica HAC (cães), hipertireoidismo 1008 - 1025 (gatos) Doença renal/ pielonefrite Trato urinário inferior > 1025 (sem Neoplasia vesicais/ litíase glicosúria) SNC/ anormalidades anatômicas CONSIDERAÇÕES FINAIS 1. PU/PD: queixa comum na clínica médica (sinal clínico) 2. Abordagem inicial: avaliação e exames complementares 3. Evolução no diagnóstico * Essencial para estabelecer protocolo terapêutico DOENÇAS DO TRATO URINÁRIO HEMATÚRIA: PRESENÇA DE SANGUE NA URINA INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO UROLITÍASE NEOPLASIA INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU) Colonização bacteriana de porções do trato urinário que normalmente são estéreis (rins, ureteres, bexiga e uretra proximal). E.coli regular E.coli hemolítica Comum em cães (principalmente fêmeas). sp Enterococcus BEXIGA: mais afetada, porém uretra também pode Staphylococcus aureusfazer parte o processo – cistouretrite. ITU – SINAIS CLÍNICOS Hematúria Polaquiúria Estrangúria ou disúria Micção locais inapropriados Noctúria Incontinência ASSINTOMÁTICA (bacteriúria assintomática) ITU – EXAME FÍSICO Palpação: bexiga espessa, dolorosa Podem ou não apresentar febre Anamnese: Discreta hiporexia ITU – EXAMES LABORATORIAIS Muitos casos sem alterações em HG e Bioquímico. URINÁLISE: Sedimento urinário: Hematúria, piúria, proteinúria (fita) e bacteriúria. pH alcalino: microrganismos produtores de urease – Staphylo e Proteus. Não observar bactéria no sedimento não exclui totalmente o diagnóstico: UROCULTURA ITU - TRATAMENTO ITU não complicada: 14 a 21 dias ITU superior: 30 a 60 dias Quinolonas Amoxicilina com clavulanato Tratamento suporte: aumento ingestão água, aumento oportunidades micção, corrigir fatores predisponentes (anatômicos, metabólicos) NEOPLASIAS DE BEXIGA TAMBÉM PODEM CAUSAR HEMATÚRIA UROLITÍASE Concreções formadas por uma matriz crtistalóide associada a uma matriz orgânica Supersaturação da urina Volume ingerido e eliminado DIAGNÓSTICO Radiografias Cálculos de Oxalato de Cálcio, Apatita, Estruvita e Sílica são radiopacos Urato e Cistina não são visualizados em radiografias simples Ultrassonografia abdominal Radiografias contrastadas UROLITÍASE POR ESTRUVITA Alta incidência: fêmeas mais acometidas Maior em fêmeas Sem predisposição racial Mais comum em trato urinário inferior Induzidos por infecção Microrganismos hidrolisam uréia em amônia, bicarbonato e carbonato. Aumento do pH = supersaturação desses íons. OXALATO DE CÁLCIO Genética, idade, dieta, doenças (Hipercalcemia) Mais comum em animais idosos, machos castrados Schnauzer Gatos em geral, incluindo persa e exótico CISTITE IDIOPÁTICA FELINA (DTUIF) I. CISTITE ESTÉRIL II. HEMATÚRIA ESTÍMULO AMBINETAL: REAÇÃO INFLAMATÓRIA SECUNDÁRIA CISTITE IDIOPÁTICA FELINA COMUM!! – gatos castrados, jovens, adultos Auto limitante Mais frequente em gatos com dieta seca Estresse!!! Sedentarismo, obesidade Hematúria DESOBSTRUÇÃO E LAVAGEM VESICAL CISTITE IDIOPÁTICA FELINA Paciente felino, macho, 5 anos, 6,12 kg Convulsões Bexiga repleta a palpação Desconforto abdominal A Z O T E M I A TRATAMENTO  CISTOCENTESE DE ALÍVIO A CADA 6 HORAS  FLUIDOTERAPIA  ANALGÉSICOS, ANTIINFLAMATÓRIO, PROTETOR GÁSTRICO, ANTIEMÉTICO  PRAZOSINA  SEDAÇÃO: SONDAGEM + LAVAGEM VESICAL Obrigado pela atenção! [email protected]

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