Modelos Organizacionais - Licenciatura em Gestão - ISCTe - 2024/25 PDF

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Iscte Business School

2024

ISCTE

Ana Patrícia Duarte, Andreia Borges, Inês Sousa, Luís Miguel Simões, Patrícia Costa, Sandra Costa

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organizational models management power analysis organizational behavior

Summary

This document is a set of lecture notes from 2024/25 about organizational models that are anchored in power for an undergraduate Business Management class at ISCTe Business School. It explores models about organizational behavior, including power dynamics within organizations.

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Licenciatura em Gestão 1º semestre 2º ano...

Licenciatura em Gestão 1º semestre 2º ano 2024/25 Modelos Organizacionais Modelos ancorados no poder Ana Patrícia Duarte, Andreia Borges, Inês Sousa, Luís Miguel Simões, Patrícia Costa, Sandra Costa Departamento de Recursos Humanos e Comportamento Organizacional Senge MODELOS Schein MUDANÇA ORGANIZACIONAIS Crozier, Friedberg VALORES Estudos do Tavistock Institute Emery & Trist PODER Experiência de Hawthorne Organização Mayo et al INTERDEPENDÊNCIA Científica do Trabalho; Taylor, Ford, BEM-ESTAR Fayol, Weber PRODUTIVIDADE 1900 1930 1950 1960 1985 1990 Objetivos Modelos ancorados no poder A organização como arena política Pressupostos e Postulados da abordagem política Análise estratégica de Crozier (poder, zona de incerteza, sistema de ação concreta) A abordagem do Poder Contexto: Colaboradores como indivíduos ativos imbuídos de interesses próprios; Emergência das primeiras obras sobre poder. ▪ As Organizações como “Arenas políticas” ▪ Colaboradores como atores políticos ▪ Objetivos da organização de negociação e regulação do poder ▪ Critérios de eficácia organizacional política (ex. satisfação do cliente, conformidade legal, prémios, imagem pública/reputação, liderança de mercado) O que é Poder? “... a capacidade de fazer as coisas, de mobilizar recursos, obter e utilizar e utilizar os recursos de que uma pessoa para os objectivos que ele/ela que está a tentar atingir” (Kanter, 1977) “... Capacidade de atingir (ou afetar) resultados organizacionais” (Mintzberg, 1983) O poder é usado para superar a resistência para conseguir que as coisas sejam feitas (Pfeffer, 1981) Pressupostos da abordagem política O conflito é inalienável das relações organizacionais Indivíduos diferem nos objetivos pessoais e profissionais Recursos existentes são necessariamente escassos Perceção de escassez gera competição (direta e indireta) O conflito decorre: da interdependência funcional da luta pelo recursos organizacionais Pressupostos da abordagem política A organização existe para formalizar e regular as relações de poder A luta contínua gera custos incomportáveis para os sistemas Sistemas sociais em que os indivíduos aceitam a prerrogativa de objetivos superordenados tendem a gerar mais recursos coletivos A subordinação dos objetivos individuais a alguns dos organizacionais é condição sine qua non para a funcionalidade dos sistemas Pressupostos da abordagem política Porém… Há um pressuposto de alocação mínima de recursos para garantir a sustentabilidade política das organizações Os critérios de alocação de recursos (regras, valores e objetivos) não garantem per se a justiça na alocação de recursos O poder é uma variável central para explicar as dinâmicas e estrutura organizacionais Análise estratégica de Crozier & Friedberg (1977) Poder: O poder de A sobre B é a capacidade de A obter na sua relação com B os termos da troca que lhe sejam mais favoráveis O poder é uma relação...... instrumental -> o outro é um meio para atingir fins... não transitiva -> é inseparável do ator... recíproca mas desequilibrada -> ganhos são assimétricos... e não um atributo dos atores -> pressupõe negociação Política: corresponde ao exercício do poder e da influência Postulados 1º Postulado: Os indivíduos não aceitam ser tratados como meios ao serviço de fins fixados pela organização Cada um tem os seus objetivos, os seus próprios fins, que procura desenvolver, mesmo quando confrontado com as contingências estruturais e institucionais da organização Não são forçosamente opostos aos da organização mas não há uma racionalidade única Postulados 2º Postulado: A estratégia dos atores na organização é sempre racional mas de uma racionalidade limitada A estratégia é de uma racionalidade limitada devido ao grau de acesso à informação, aos múltiplos constrangimentos do ambiente e às estratégias dos outros e ao tempo de que os atores dispõem para as escolher O ator escolhe a solução que apresenta menos inconvenientes, de entre várias soluções possíveis Postulados 3º Postulado: A liberdade relativa dos atores Numa organização, todo o ator tem uma possibilidade de jogo autónomo, que utiliza com grau variado O meio de regulação desta liberdade é o poder 4º Postulado: Impossibilidade de tudo regular Subsiste sempre uma zona de incerteza que releva de condutas não regulamentadas pela organização sendo impossível tudo prever no que concerne o comportamento dos indivíduos e grupos Postulados 5º Postulado: Em virtude de uma liberdade relativa dos atores e de uma zona de incerteza, a organização (através da cadeia hierárquica da autoridade e da regulamentação) constrange os indivíduos a participar nos jogos que permitem a consecução dos seus objetivos 6º Postulado: O indivíduo não exerce somente o poder em relação ao funcionamento da organização, tem a possibilidade de exercer o poder quando influencia os outros 7º Postulado: As relações de poder podem coincidir ou não com a distribuição formal de poder Taxonomia do Poder Vertical: Horizontal: Posição formal (legitimação do poder); Contingências estratégicas (estar relacionado com assuntos-chave da Recursos (físicos, financeiros, organização) promoções…) – posse e alocação Dependência interdepartamental (quando vários departamentos dependem de um) Controlo dos critérios de decisão e da Recursos financeiros informação Centralidade (papel na atividade primária da organização) Centralidade (localização na network) Não substituibilidade (de um departamento Pessoas (lealdade e apoio das pessoas ou de um trabalhador) que o rodeiam) Capacidade de reduzir a incerteza O poder na prática… O poder na prática… The power of empowerment… ✓ Os trabalhadores recebem informação sobre o desempenho da organização ✓ Os trabalhadores têm conhecimento para contribuir para os objetivos da organização ✓ Os trabalhadores têm poder para tomar decisões substantivas Licenciatura em Gestão 1º semestre 2º ano 2023/24 Modelos Organizacionais Exercício: Modelos ancorados no poder Teresa Almeida, Patrícia Costa, Sandra Costa, Ana Passos, João Pissarra, Nelson Ramalho Departamento de Recursos Humanos e Comportamento Organizacional Questões Caso Valve 1. Que estrutura organizacional tem a Valve? 2. O que distingue esta empresa de outras? 3. Há mesmo ausência de hierarquia? 4. Como resolver conflitos interpessoais? 5. Poderia extrapolar este modelo de gestão para empresas fora do IT? Que sectores? Que ajustamentos? 6. Que impactos para produtividade? Bem-estar? Articulação com o meio? 7. Como designar os valores culturais predominantes nesta empresa? 8. É um modelo sustentável? Como evolui face às fases de evolução do Greiner?

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