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Questions and Answers
Qual é a forma de transmissão da raiva entre os bovinos?
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Qual vírus é responsável pela raiva em ruminantes?
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Qual é a característica distintiva da forma paralítica da raiva em bovinos?
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Qual é a duração média do curso clínico da raiva em bovinos?
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Os sinais clínicos da raiva nos bovinos incluem alteração de comportamento, mas qual destes não é um sinal clínico associado?
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Qual a principal forma de replicação do vírus da raiva nos bovinos?
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Qual é o período de incubação da raiva em bovinos?
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Qual das seguintes é uma característica da epidemiologia da raiva nos bovinos?
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Quais são os sinais clínicos associados à raiva?
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Qual dos seguintes sinais clínicos NÃO está associado à meningoencefalite por BHV-5?
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Qual medida é fundamental no controle da raiva?
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Qual é a principal característica da Meningoencefalite por BHV-5?
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Qual método é utilizado para o diagnóstico de meningoencefalite por BHV-5?
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A quê está relacionada a ocorrência de surtos de Meningoencefalite por BHV-5?
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Qual é uma forma de profilaxia contra a meningoencefalite por BHV-5?
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Quais condições são frequentemente associadas à polioencefalomalácia?
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Qual tipo de vírus é o BHV-5?
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Qual dos seguintes é um sintoma da polioencefalomalácia?
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Como ocorre a migração do BHV-5 para o encéfalo?
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Qual é o material que deve ser coletado para o diagnóstico da raiva?
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Qual é a etiologia principal da polioencefalomalácia?
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Qual das opções abaixo está incorreta em relação ao BHV-5?
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Qual é um dos sinais clínicos típicos da meningoencefalite por BHV-5?
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Quais estruturas podem ser afetadas durante a policencefalomalácia?
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Qual é a principal causa relacionada à polioencefalomalácia?
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Quais são os sinais clínicos frequentemente observados em bovinos com polioencefalomalácia?
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Qual método é utilizado para diagnosticar a polioencefalomalácia?
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Qual dos seguintes tratamentos é utilizado para polioencefalomalácia?
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Qual é a consequência do excesso de enxofre na dieta em relação à polioencefalomalácia?
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Qual forma clínica NÃO é associada à listeriose?
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Quanto tempo a bactéria Listeria monocytogenes pode resistir em ambientes externos?
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Quais medicamentos são utilizados no tratamento da polioencefalomalácia?
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Qual é a característica epidemiológica da listeriose em ovinos?
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Qual é um dos sinais clínicos mais relacionados a lesões no tronco encefálico pela listeriose?
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Qual é o período de incubação da listeriose?
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Qual tipo de silagem favorece a multiplicação de L. monocytogenes?
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Qual é uma característica da febre catarral maligna?
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Qual tratamento é indicado para a listeriose?
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Qual exame clínico pode indicar a presença de listeriose?
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Qual é uma das práticas recomendadas para prevenir listeriose?
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Qual é a característica epidemiológica principal da meningite bacteriana em animais?
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Qual destes microrganismos é frequentemente associado à meningite bacteriana?
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Quais dos seguintes sinais clínicos são comuns na meningite cerebral?
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Qual método é utilizado para confirmar o diagnóstico de meningite bacteriana?
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Qual destes é um tratamento comum para meningite bacteriana?
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Qual é um dos sinais clínicos da meningoencefalite?
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Quais são as principais causas de intoxicação por ureia em ruminantes?
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O que pode resultar de uma falha no processo adaptativo referente à ureia?
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Study Notes
Doenças Neurológicas em Ruminantes
- A raiva é uma doença viral infecciosa, invariavelmente fatal, que afeta o sistema nervoso central (SNC) em humanos e outros mamíferos domésticos e selvagens.
- Em bovinos, a raiva é transmitida pelo morcego hematófago Desmodus rotundus.
- A raiva é causada por um vírus RNA, do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae.
- Em bovinos, a transmissão ocorre por mordedura.
- Após a inoculação, o vírus replica-se nas células musculares no local da mordedura e atinge o sistema nervoso periférico via fuso neuromuscular e placa motora terminal.
- A migração do vírus pelo sistema nervoso central (SNC) pode ser rápida ou demorar meses.
- O vírus é eliminado pela saliva.
- Os bovinos são hospedeiros terminais.
- Abrigos naturais como morros, ocos de árvores, cavernas e abrigos artificiais como túneis, bueiros são locais onde morcegos se reproduzem, e por consequência locais de possíveis surtos de raiva.
- Não há predição por sexo, raça ou idade para raiva.
- A raiva em bovinos manifesta-se geralmente por uma fase furiosa, seguida de uma fase paralítica.
- A fase furiosa dura aproximadamente 3 dias.
- A fase paralítica inicia-se com uma paresia progressiva, acometendo os membros e progredindo cranialmente.
- A evolução da raiva é sempre fatal, e o tratamento é considerado ineficaz.
- A replicação viral ocorre nos neurônios, causando degeneração dos axônios e desmielinização.
- Os sinais clínicos são variáveis e indistinguíveis de outras doenças do SNC.
- Alterações comportamentais, como agressividade, perda da consciência e rigidez, são sinais frequentes.
- O período de incubação é de 2 a 12 semanas, mas geralmente ocorre entre 30 e 60 dias após a infecção.
- O curso clínico médio é de 5 dias, variando de 2 a 10 dias.
Meningoencefalite por BHV-5
- É uma doença viral aguda e altamente fatal, descrita em vários países.
- Caracteriza-se por sinais neurológicos corticais associados à meningoencefalite.
- A evolução geralmente é fatal.
- A doença tem alta prevalência no Brasil e na Argentina.
- A prevalência é maior em animais jovens.
- A doença é causada pelo vírus BHV-5, um DNA vírus da família Herpesviridae, gênero Varicellovirus.
- O vírus replica-se nas mucosas nasal, oral, ocular e orofaríngea.
- Ocorre invasão neuronal e migração para os gânglios sensoriais, onde estabelece latência.
- A migração ascendente ocorre via nervo olfatório ou trigêmeo.
- A invasão ao encéfalo desencadeia os sinais neurológicos.
- Sinais clínicos comuns incluem febre, depressão profunda, corrimento nasal e ocular, incapacidade de ingerir alimentos ou água, ataxia, cegueira, salivação excessiva e andar em círculos.
Poliencefalomalácia
- É um termo descritivo para o diagnóstico morfológico de necrose com amolecimento da substância cinzenta do encéfalo.
- É uma doença degenerativa frequentemente relacionada a distúrbios no metabolismo da tiamina em ruminantes, especialmente relacionada à ingestão excessiva de enxofre e distúrbios na produção ruminal ou degradação de tiamina no rúmem.
- Surtos esporádicos, principalmente em bezerros desmamados e novilhos confinados, mas também pode afectar bovinos adultos em pastejo extensivo.
- Manifestações clínicas incluem sintomas como ataxia, cegueira, disfagia, depressão, decúbito, apatia, anorexia, descoordenação motora, posição de cavalete, hiperexcitabilidade, bruxismo, nistagmo, tremores musculares, decúbito esternal e posteriormente lateral, movimentos de pedalagem, opistótono e coma. A pressão contra objetos também é possível de ser observada.
Listeriose
- É uma doença infecciosa causada pela bactéria Listeria monocytogenes, que pode causar meningoencefalite aguda.
- Causa três formas clínicas principais: septicemia com abcessos em vísceras (fígado e baço), aborto, e doença neurológica.
- A Listeria monocytogenes persiste por um longo tempo no solo, em plantas, silagem e fezes (até dois anos).
- A forma neurológica também ocorre em suínos, equinos, cães, girafas e humanos.
- A silagem de milho e gramínea de baixa qualidade com pH acima de 5,5 favorece a multiplicação da Listeria monocytogenes.
- Sinais clínicos variam de acordo com a forma da doença, mas podem incluir andar em círculos, febre, depressão, mandíbula caída, orelha caída, estrabismo, ptose palpebral e paresia ou paralisia da língua.
- O período de incubação é de 3 semanas.
- A espécie ovina é mais suscetível a contrair a doença.
- Em bovinos, a doença ocorre esporadicamente em todas as idades, a campo ou alimentados com silagem e tem aumento de frequência no período de inverno, devido a práticas de suplementação com silagem.
- O diagnóstico é realizado por meio de histórico, exame clínico, histopatologia.
- O diagnóstico pode incluir o exame do LCR, cultivo e/ou identificação em fezes em casos de surtos.
- Tratamentos com tetraciclina (20 mg/kg) a cada 3 dias, e penicilina (44.000 UI/kg IM) por 7 a 14 dias.
- Medidas preventivas incluem limpeza de instalações e cochos, vedação/ compactação de silos, oferecimento de silagem de boa qualidade e adaptação prévia dos animais para o consumo da silagem.
Febre Catarral Maligna
- É uma doença viral aguda e geralmente fatal que afeta bovinos e outros ruminantes.
- É causada principalmente por herpesvírus e pode ocorrer esporadicamente e é de difícil controle.
- Tem uma distribuição mundial ampla e em algumas formas (associadas à transmissão por gnus), está listada em notificações obrigatórias da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
- As principais formas são causadas pelo AHV-1 (gnu, cervos e outros ruminantes selvagens, mas importante em zoológicos) e o OvHV-2 (associado a ovinos, que são portadores). Os ovinos geralmente não apresentam sintomas ou manifestações clínicas e são reservatórios da doença, transmitindo-a para os bovinos.
- A doença em ovinos normalmente é subclínica e os ovinos são portadores do OvHV-2.
- Transmite para bovinos através de aerossóis e/ou contato com as fezes de animais infectados.
- Sinais clínicos comuns incluem depressão, diarréia, coagulação intravascular disseminada(DIC), falta de ar (dispnéia), aparecimento de febre (41 a 41,5°C) e inapetência.
- Os sinais clínicos mais evidentes em bovinos são mais rapidamente observadas em bovinos.
- Não há evidências de transmissão entre bovinos.
- A patogenia ainda não está completamente esclarecida, mas as lesões são possivelmente provocadas por processos imunológicos.
- O período de incubação é médio de 6 semanas e a letalidade é alta.
- Outros sinais clínicos podem incluir: corrimento nasal mucopurulento, opacidade da córnea, úlceras na língua, linfadenopatia, dermatite com formação crostosas na pele do focinho, tetos, prepúcio, vulva, e escroto, úlceras na mucosa gengival e incoordenação, letargia ou agressividade, ataxia, movimentos de pedalagem convulsões e opistótono.
Meningite Bacteriana
- É a inflamação das membranas que envolvem o sistema nervoso central (SNC).
- É causada por diversos gêneros bacterianos que podem resultar em meningite ou meningoencefalite em ruminantes, geralmente em animais jovens, relacionados à septicemia causada por infecção primária ou doença preexistente.
- A morbidade é baixa, mas a letalidade é próxima de 100%.
- A variação nos sinais clínicos está relacionada à área afetada e ao grau de infecção.
- Sinais clínicos em caso de acometimento medular espinhal incluem: espasmo muscular, pescoço rígido, membros rígidos e hiperestesia cutânea.
- A meningite cerebral apresenta sinais como irritação, tremores musculares e convulsões.
- Meningoencefalite manifesta-se por incoordenação, letargia, tremores, opistótono, depressão e convulsões.
- Diagnóstico baseia-se em histórico do animal, observação dos sinais clínicos, análise do líquido cefalorraquidiano (turvo a esbranquiçado), com contagem de leucócitos superiores a 100 ul.
- O cultivo, LCR e histopatologia são outros métodos diagnósticos complementares.
- O tratamento deve incluir cefalosporina de terceira geração e sulfadoxina mais trimetoprima, e o controle deve estar envolvido com a ingestão do colostro e cura do umbigo.
Intoxicação por Ureia
- Ureia é uma fonte de nitrogênio não proteico.
- Pode ser aproveitado por microrganismos ruminais para formar proteínas.
- Um processo limitado e adaptativo; intoxicação ocorre com ingestão em excesso, formulações incorretas ou alimentação em cochos descobertos em períodos chuvosos.
- O curso é agudo, culminando na morte de animais em cerca de 30 minutos.
- Exames complementares incluem: aumento no pH ruminal, aumento nos níveis plasmáticos de amônia e aumento nos níveis plasmáticos de AST.
- Sinais clínicos incluem: incoordenção motora, excitação, dor abdominal, hipersensibilidade a estímulos sensoriais, tremores musculares, convulsões, opistótono e óbito.
- O tratamento pode incluir administração oral de vinagre ou ácido acético (5%), fluidoterapia (água gelada), diuréticos (furosemida).
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Description
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