Carga Cognitiva e Distração na Atenção

A Teoria da Carga Percetiva de Lavie sugere que a nossa capacidade de ignorar distrações depende da carga cognitiva que estamos a lidar. Se a nossa mente estiver muito ocupada (alta carga), temos mais dificuldade em ignorar distrações, especialmente se são difíceis de distinguir do alvo.

A carga sobre as funções cognitivas de controlo executivo, como a memória de trabalho, é uma das principais causas de distração. Quanto maior a carga, mais difícil é ignorar distrações.

Distrações podem afetar a nossa atenção e desempenho, especialmente quando estamos a lidar com tarefas que exigem capacidade de controlo cognitivo, como discriminar entre estímulos.

O poder de controlo que temos sobre a nossa atenção, focando nos estímulos relevantes e ignorando os irrelevantes. É fundamental para a realização de tarefas que exigem concentração.

O controlo cognitivo é especialmente importante quando precisamos de discriminar ou distinguir entre estímulos alvo e distrações. Se a distinção for difícil, o controlo cognitivo torna-se mais crucial para manter a atenção.

A busca visual é um processo que envolve explorar o ambiente em busca de um alvo específico, como na brincadeira 'Onde está o Wally?', com o objetivo de detectá-lo o mais rápido possível.

A teoria de integração de traços, proposta por Treisman, explica como os humanos identificam alvos em meio a distratores. Ela distingue dois tipos de busca, baseados nas características do alvo em relação aos distratores: busca por característica e busca por conjunção.

Na busca por característica, o alvo se destaca dos distratores por uma característica única, como a cor ou a forma. Por exemplo, encontrar uma linha horizontal entre linhas verticais. A deteção é rápida e independente do número de distratores, pois o alvo 'salta' para fora.

Na busca por conjunção, o alvo é definido por uma combinação de características, como forma e cor. Por exemplo, encontrar um 'O' vermelho entre 'O' verdes e 'N' vermelhos. A deteção é mais lenta e o tempo de busca aumenta conforme aumenta o número de distratores. A atenção focalizada é necessária.

O tempo de reação na busca por característica é constante, independentemente do número de distratores, enquanto na busca por conjunção aumenta com a quantidade de distratores. Isso indica que a primeira ocorre em paralelo, sem a necessidade de atenção focalizada, enquanto a segunda é serial, exigindo atenção focada.

Um processo cognitivo que nos permite selecionar e focar em informações específicas do ambiente, enquanto ignoramos outras.

A capacidade de procurar visualmente um alvo específico entre vários distractores.

A teoria que propõe que a procura visual é uma combinação de processos ascendentes (bottom-up , guiados pelas características dos estímulos) e descendentes (top-down, guiados por conhecimentos prévios e expectativas).

A busca por um alvo que difere dos distractores apenas por uma única característica, como a cor ou a forma. Exemplo: procurar uma bola vermelha entre várias bolas azuis.

A busca por um alvo que difere dos distractores por uma combinação de características, como cor e forma. Exemplo: procurar uma bola vermelha e quadrada entre outras bolas azuis e redondas.

A capacidade de executar várias tarefas ao mesmo tempo.

A situação em que a execução de uma tarefa afeta o desempenho de outra tarefa que está a ser realizada simultaneamente.

A Teoria de Integração de Traços (FIT) de Treisman afirma que a atenção é necessária para integrar características simples de um objeto, como cor, forma e tamanho. Para detectar um objeto, primeiro identificamos as características básicas de um objeto e, em seguida, combinamos estas características por meio da atenção.

A via dorsal do sistema visual é responsável pelo processamento espacial da informação visual, como localização e movimentos, enquanto a via ventral é responsável pelo reconhecimento de objetos.

A área IT (Inferotemporal) do lobo temporal é uma região especializada em processar a informação visual relacionada a formas e texturas.

A Teoria do Envolvimento Atencional (TEA) critica a FIT, afirmando que o tempo de detecção de um alvo não depende apenas da semelhança entre o alvo e os distractores, mas também da quantidade de itens presentes na cena.

A procura por um alvo é mais lenta quando há pouca semelhança entre o alvo e os distractores. Isso significa que, se os distractores são muito diferentes entre eles, há mais chances de o nosso cérebro ser 'enganado' e confundir o alvo com um dos distractores.

A procura por um alvo é mais lenta quando há muita semelhança entre o alvo e os distractores. Isso ocorre porque nosso cérebro precisa analisar mais detalhes para fazer a discriminação entre o alvo e os distractores.

A FIT afirma que o processamento pré-atentivo é um estágio inicial que separa as características básicas de um objeto. No entanto, criticam esta perspectiva argumentando que o processamento pré-atentivo implica a participação de estágios mais complexos do processamento cortical, o que é contraditório.

É mais fácil encontrar uma barra vertical entre barras horizontais, mesmo que as barras sejam definidas por outras propriedades além do contraste de luminosidade, como textura, movimento, profundidade, etc.