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Faculdade de Psicologia

2023

Sandra Fernandes

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attention theory perceptual load visual search cognitive psychology

Summary

This document is a lecture on attention. It covers the theory of perceptual load, focusing on how perceptual load affects our susceptibility to distraction. It also includes discussion of visual search and the theory of feature integration.

Full Transcript

09/11/2023 Atenção II AULA TEÓRICA/09 NOVEMBRO 2023 SANDRA FERNANDES 1 Teoria da Carga Percetiva de Lavie (2005, 2010) Todos temos uma capacidade atencional limitada. Susceptibilidade à distração é...

09/11/2023 Atenção II AULA TEÓRICA/09 NOVEMBRO 2023 SANDRA FERNANDES 1 Teoria da Carga Percetiva de Lavie (2005, 2010) Todos temos uma capacidade atencional limitada. Susceptibilidade à distração é maior quando: A tarefa envolve baixa carga percetiva porque “há recursos atencionais de sobra” ◦ Número de estímulos a percecionar na tarefa ◦ Exigência de processamento de cada estímulo Carga percetiva como condição necessária para a atenção seletiva. 2 2 1 09/11/2023 A elevada carga percetiva diminui o impacto dos estímulos distratores no desempenho da tarefa (Lavie,1995) 3 Teoria da Carga Percetiva de Lavie Evidência: Foster e Lavie (2008) Tarefa: Procurar uma letra alvo com distratores (outra letra ou personagem como Mickey Mouse) Resultados: Ambos os tipos de distratores interferiram no desempenho. Os efeitos de interferência de ambos os tipos de distratores desapareceram quando a carga percetiva da tarefa era alta. 4 2 09/11/2023 2008 5 Teoria da Carga Percetiva de Lavie (2005, 2010) Susceptibilidade à distração é maior quando: Existe uma elevada carga sobre as funções cognitivas de controlo executivo (e.g., a memória de trabalho) capacidade reduzida para usar o controlo cognitivo para discriminar entre estímulos Especialmente quando a discriminação alvo-distrator é difícil (o controlo cognitivo é indispensável para manter a distinção entre alvo e distratores) 6 6 3 09/11/2023 Tarefa de atenção seletiva - Classificar nomes escritos famosos como estrelas pop ou políticos, ignorando faces distratoras (congruentes, incongruentes ou anónimos) Esta tarefa foi intercalada com uma tarefa de memória de trabalho para a ordem de dígitos. A carga foi manipulada na tarefa de memória, exigindo que os participantes se lembrassem de uma ordem fixa de dígitos ou de uma ordem diferente de dígitos em cada tentativa. A elevada carga no controlo executivo aumenta o impacto dos estímulos distratores (Fockert et al., 2001). 7 Atenção focalizada visual: Procura Visual Exploração do ambiente em busca de algo (Onde está o Wally?) Processos de procura examinados em tarefas experimentais em que um determinado alvo deve ser detetado o mais rapidamente possível no meio de “distratores” num display visual:  Variando o conjunto ou o tamanho do display  Variando as características do alvo (e.g., G vermelho) e a probabilidade (e.g., alvo presente em metade dos ensaios) 8 4 09/11/2023 Procura visual – Teoria de integração de traços de Treisman (e.g., 1988, 1992, 1998) Teoria de integração de traços Baseada na distinção entre dois tipos de procura de alvos (1) procura de um alvo que se distingue dos distratores por apenas uma característica/traço (feature) (2) procura de um alvo que se distingue dos distratores por uma combinação/conjunção de características (conjunction) Diferença qualitativa entre os dois tipos de procura 9 Procura visual – Teoria de integração de traços de Treisman (e.g., 1988, 1992, 1998) Tarefa (1): Procurar conjunto de linhas horizontais (alvo) no meio de distratores (linhas verticais) O alvo difere dos distratores por uma característica simples (forma, cor, orientação, etc.)  “Pop-out effect” : Tempo de procura do alvo independente do nº de distratores (± 10 ms/item)  Procura em paralelo -> Estádio pré-atentivo 10 5 09/11/2023 Procura visual – Teoria de integração de traços de Treisman (e.g., 1988, 1992, 1998) Tarefa (2): O alvo difere dos distratores por uma combinação Procurar um O vermelho de características simples (forma e cor) no meio de distratores (O verdes e N vermelhos)  Tempo de procura aumenta com (é dependente de) nº de distratores  Procura serial -> Estádio atentivo (exige atenção focalizada) 11 Procura visual – Teoria de integração de traços de Treisman (e.g., 1988, 1992, 1998) Tempo de reação numa tarefa de deteção em função da definição do alvo (conjunção vs característica simples) e do nº de distratores Treisman e Gelade (1980) 12 6 09/11/2023 Procura visual – Teoria de integração de traços de Treisman (e.g., 1988, 1992, 1998)  Processamento hierárquico ascendente Áreas cerebrais Mapas de traços Mapa de (módulos) sensoriais localizações O U T P U T...... Foco da Tratamento em paralelo atenção 13 Procura visual – Teoria de integração de traços de Treisman (e.g., 1988, 1992, 1998) Mapas de traços sensoriais/características: Contêm 2 tipos de informação: ◦ i) A presença de uma característica algures no campo visual ◦ ii) Informação espacial implícita (algures) sobre a característica A atividade nos mapas de características pode dizer-nos o que está no campo visual Não pode dizer-nos onde está localizado com precisão. Mapa de localizações: ◦ Codifica a localização exata dos traços, mas não que traços estão localizados num dado ponto. 14 7 09/11/2023 Procura visual – Teoria de integração de traços de Treisman (e.g., 1988, 1992, 1998) Processamento visual hierárquico ascendente  A atenção desloca-se no mapa de localizações  Seleciona os traços que estão ligados a uma dada localização  Traços de outros objetos que não estão na mesma localização são excluídos  Os traços atendidos constituem a representação temporária do objeto que irá contatar o armazém estrutural 15 Procura visual – Teoria de integração de traços de Treisman (e.g., 1988, 1992, 1998) A maioria dos objetos no mundo real não são definidos por traços simples, mas sim por «conjunções» de dois ou mais traços. Não procuramos pelo «vermelho», mas por uma maçã que é uma conjunção de vermelho, curvo, brilhante, de um determinado tamanho, … Atenção Mesmo que os traços estejam na «vermelho» mesma localização física, eles não «tamanho de maçã» são considerados atributos de uma «brilhante» «curvo» maçã vermelha até “a atenção chegar à cena.” 16 8 09/11/2023 Procura visual – Teoria de integração de traços de Treisman (e.g., 1988, 1992, 1998) Conjunções ilusórias (Treisman & Schmidt, 1982): erros de associação de traços Tarefa (1): Dizer em 1º lugar os dígitos pretos, um de cada lado do display, e depois dizer a cor e a forma das letras. Sem tempo suficiente para focar a atenção em cada objeto da cena (300msg). No entanto, extraem os traços dos diferentes objetos que são acidentalmente agregados, ocorrendo conjunções ilusórias. Ocorre em cerca de 30% dos ensaios ! 17 Procura visual – Teoria de integração de traços de Treisman (e.g., 1988, 1992, 1998) Qual o maior número? Validação da teoria O que estava no centro? Combinações erradas Separação de traços Ex.:Triângulo roxo (conjunção) Estádio pré-atentivo As conjunções ilusórias são indicativas de processos analíticos inconscientes e precoces. Para haver uma combinação ilusória, os segmentos das figuras visuais têm de ter sido analisados num estádio de processamento prévio, provavelmente inconsciente. 18 9 09/11/2023 Arquitetura funcional apoia a Teoria de Integração de Traços de Treisman 19 20 10 09/11/2023 Usamos a via dorsal para focar a localização do objeto. No lobo temporal existe uma área (IT) que contém neurónios para ligações forma e textura e textura e cor, etc. 21 Procura visual – Teoria de integração de traços de Treisman (e.g., 1988, 1992, 1998) - limitações Attentional engagement theory /Teoria do envolvimento atencional (Duncan & Humphreys, 1989, 1992) Crítica “mais de ordem física (itens)” O tempo para detetar um alvo depende de dois factores fundamentais: 1) A procura será mais lenta quando a semelhança entre o alvo e os distratores aumenta 22 11 09/11/2023 Procura visual – Teoria de integração de traços de Treisman (e.g., 1988, 1992, 1998) - limitações Attentional engagement theory (Duncan & Humphreys, 1989, 1992) Crítica “mais de ordem física (itens)” O tempo para detetar um alvo depende de dois factores fundamentais: 2) A procura será mais lenta qdo há pouca semelhança (heterogenei//) entre os distractores 23 Procura visual – Teoria de integração de traços de Treisman (e.g., 1988, 1992, 1998) - limitações Natureza paradoxal do estádio pré-atentivo (Foster & Westland, 1995; Foster & Ward, 1991; Wolfe et al., 1992) Processos pré-atentivos parecem ter propriedades associadas com estádios tardios do processamento cortical (Laack & Olzak, 2002) Alvo: Search for vertical (0 deg) among horizontal bars is easy (a), even if the items are defined by properties other than luminance contrast: texture (b), motion, depth, etc. Search for 0 deg among 5 deg tilted bars is hard (c), even though perceptual orientation-discrimination thresholds are much lower than 5 deg and cortical cells are sensitive to differences in orientation of less than 5 deg. Search for 0 deg among 20 deg is hard (d), even though search for 0 deg among 20 would be easy 24 12 09/11/2023 Procura visual – Teoria de integração de traços de Treisman (e.g., 1988, 1992, 1998) - limitações Abordagem explicativa: Guided Search Theory (Wolfe et al., 1987; Wolfe, 1998) Teoria da procura guiada A procura visual não é um processo puramente ascendente (bottom-up) mas pode ser guiada por processos descendentes (Top-down) (interação). Todas as procuras (quer de traços simples, quer de conjunções) envolvem dois estádios consecutivos:  Estádio paralelo: ativação simultânea de todos os potenciais alvos, cada um com o seu próprio nível de ativação;  Estádio serial: avaliação serial de cada um dos potenciais alvos de acordo com o grau de ativação. O objeto com maior ativação recebe atenção 25 Wolfe, J. M., & Horowitz, T. S. (2017). Five factors that guide attention in visual search. Nature Human Behaviour, 1(3), 1-8. 26 13 09/11/2023 Atenção dividida Situação em que duas ou mais tarefas são executadas ao mesmo tempo – Multitasking É possível? Questões: - Quais as limitações de processamento? - Quais os mecanismos de atenção? Qual a sua capacidade ? 27 Atenção dividida Desempenho em duas tarefas, “a” e “b”, realizadas: (1) ao mesmo tempo (condição de tarefa dupla) ou (2) separadamente (condição de tarefa única). De um modo geral, desempenho pior na situação multi-tarefas por ex., “a” (1) < “a” (2): interferência de “b” sobre “a” 28 14 09/11/2023 Atenção dividida Fatores determinantes do desempenho numa tarefa dupla: 1. Semelhança das tarefas 2. Prática 3. Dificuldade das tarefas 29 Atenção dividida Fatores determinantes do desempenho numa tarefa dupla: 1. Semelhança das tarefas 1.1 modalidade dos estímulos Maior interferência quando os estímulos das duas tarefas são da mesma modalidade sensorial (e.g., Treisman e Davies , 1973: duas mensagens auditivas vs msg auditiva/imagem) 1.2 resposta exigida Maior interferência quando as modalidades de respostas são as mesmas (e.g., McLeod, 1977: seguir um ponto em movimento manualmente e responder a/identificar um som – manualmente ou verbalmente) 30 15 09/11/2023 Atenção dividida 2. Prática (Spelke, Hirst & Neisser, 1976): Dois estudantes treinados 5 horas por semana durante 4 meses (ler silenciosa/ para compreender pequenas histórias e escrever listas de palavras ditadas) Difícil na fase inicial, mas após 6 semanas de treino, desempenho em leitura semelhante para situação de dupla tarefa e de tarefa única. MAS - só se lembravam de 35 das 1000 palavras que tinham escrito. - não se davam conta de que 20 palavras sucessivas formavam uma frase ou pertenciam à mesma categoria semântica 31 Atenção dividida Fatores determinantes do desempenho numa tarefa dupla: 2. Prática (Spelke, Hirst & Neisser, 1976): A prática pareceu produzir um aumento importante na capacidade para realizar duas tarefas simultaneamente. No entanto, 1. Apenas medidas de precisão, menos sensíveis do que medidas de velocidade? 2. Tarefa de leitura permite uma certa flexibilidade na alternância da atenção entre tarefas 32 16 09/11/2023 Atenção dividida Fatores determinantes do desempenho numa tarefa dupla: 3. Dificuldade das tarefas Sullivan (1976): 1) Tarefa de shadowing de uma mensagem auditiva 2) Deteção de palavras-alvo na mensagem não atendida Aumento do grau de dificuldade da 1ª tarefa reduz o nº de deteções das palavras-alvo 33 Atenção dividida - Teorias  Teoria da capacidade central de Kahnemann (1973) Capacidade de atenção limitada  Teoria dos recursos múltiplos de Wickens (1984) Mecanismos de processamento independentes 34 17 09/11/2023 Atenção dividida -Teoria da capacidade central de Kahnemann (1973) Capacidade central (CC) de atenção: utilizada de um modo flexível numa série de atividades Capacidade limitada: Duas tarefas podem ser realizadas ao mesmo tempo se os graus de exigência combinados não excederem o limite dos recursos totais da CC. Limite de capacidade: varia com o grau de dificuldade da tarefa, de esforço e de motivação 35 Atenção dividida -Teoria da capacidade central de Kahnemann (1973) Evidências: Bourke, Duncan e Nimmo-Smith (1996) 4 tarefas com diferentes graus de exigência : 1. Produção aleatória de letras (sem, por ex., repetir sequências) > 2. Aprendizagem de protótipo (padrões visuais básicos vs variações) 3. Tarefa manual: apertar/ desapertar parafusos 4. Deteção de um som-alvo < Realização simultânea de duas das tarefas, sendo uma considerada principal. 36 18 09/11/2023 Atenção dividida -Teoria da capacidade central de Kahnemann (1973) Evidências: Bourke, Duncan e Nimmo-Smith (1996) Previsões em função da capacidade central:  a tarefa cognitivamente mais exigente é a que vai interferir mais com as outras  a tarefa cognitivamente menos exigente é a que vai interferir menos com as outras Resultados em conformidade com as previsões 37 Atenção dividida Teoria dos recursos múltiplos de Wickens Interferência estrutural (Wickens, 1980, 1984, 2002) Sistema de processamento consiste em mecanismos de processamento independentes (recursos múltiplos) Estrutura tri-dimensional dos recursos de processamento 38 19 09/11/2023 Atenção dividida -Teoria dos recursos múltiplos de Wickens (1984) 3 estádios sucessivos de processamento: Codificação, Processamento central e Resposta  Codificação envolve processamento perceptivo, modalidade visual ou auditiva  Codificação e processamento central envolvem códigos espaciais ou verbais  Respostas manuais ou vocais 39 Atenção dividida -Teoria dos recursos múltiplos de Wickens (1984) Duas suposições do modelo:  Há vários conjuntos de recursos baseados nas distinções nos estádios de processamento, em termos de modalidade, códigos e respostas  Se duas tarefas fazem uso de diferentes recursos, então é possível desempenhá-las sem interferência 40 20 09/11/2023 Atenção dividida -Teoria dos recursos múltiplos de Wickens (1984) O modelo explica o efeito de semelhança de tarefas:  Tarefas semelhantes competem para os mesmos recursos específicos  interferência  Tarefas dissemelhantes envolvem recursos diferentes  não há interferência 41 Atenção dividida -Teoria dos recursos múltiplos de Wickens (1984) Evidências experimentais: Há mais interferência quando as duas tarefas partilham a mesma modalidade ou o mesmo tipo de resposta. Ver Treisman e Davies (1973) e McLeod (1977) Evidências de neuroimagiologia: Tarefas muito diferentes envolvem ativação em áreas cerebrais largamente separadas 42 21 09/11/2023 Atenção dividida -Teoria dos recursos múltiplos de Wickens (1984) Limitações da teoria: Considera apenas as modalidades visual e auditiva Mesmo quando duas tarefas envolvem modalidades diferentes, há muitas vezes algum grau de interferência (Treisman e Davies, 1973) 43 Ver tb Motivated Cognition Theories (e.g., Lang, 2006) e.g., David et al. (2014): “For some students academic work is an aversive task, while many of the potencial distractions manifest as appetitive activities, strongly atracting attentional resources.” “(…) it increasingly difficult for instructors to be “more interesting than YouTube” (Associated Press, 2010), especially if students aren´t intrinsically motivated by the subject materials” (Sana et al., 2013). 44 22 09/11/2023 … When we add a secondary task (…) reduces the quantity and the quality of information that is stored (Pashler, 1994) When we retrieve information that was processed via mutitasking or with significant interruptions from a secondary task, we are more likely to experience some form of performance decrement (Wichens & Hollands, 2000) 45 Texto aulas práticas 46 23 09/11/2023 Texto aulas práticas Nunes (2020), Iniciativa Educação 47 48 24 09/11/2023 Atenção dividida – Evidências da Neurociência Cognitiva Processar duas tarefas ao mesmo tempo ≠ processá-las isoladamente Evidências de que a ativação cerebral durante uma dupla tarefa é menor do que a soma da ativação das duas tarefas isoladas.  sugere a necessidade de distribuir uma capacidade central limitada  Just et al (2001)  Newman et al (2007) 49 Atenção dividida Evidências da Neurociência Cognitiva Just et al. (2001) 2 tarefas (T) que envolvem processos diferentes em áreas cerebrais distintas : T1: compreensão auditiva de frases T2: rotação mental de figuras 3D Hipótese: Ativação cerebral na realização conjunta de T1 e T2 = Ativação cerebral T1 + Ativação cerebral T2 50 25 09/11/2023 Atenção dividida Evidências da Neurociência Cognitiva Just et al. (2001) Resultados: 1. Interferência na realização conjunta das 2 tarefas 2. compreensão auditiva de frases ativa lobo temporal (T1) - rotação mental de figuras 3D ativa lobo parietal (T2) 3. Ativação cerebral na realização conjunta de T1 e T2 < Ativação cerebral T1 isolada + Activação cerebral T2 isolada Sobaditividade (underadditivity) Decréscimo de 53% para T1 e de 29 % para T2 51 Atenção dividida Evidências da Neurociência Cognitiva Newman et al. (2007) – resultados semelhantes T1 T2 Redução drástica da ativação do lobo temporal direito quando T1 realizada em conjunto com T2 Interpretação: não há recursos para processamento elaborado de frases na condição multitasking 52 26 09/11/2023 Processamento Automático Com a prática, melhoria no desempenho em tarefas duplas porque algumas atividades se tornam automáticas Exemplo: conduzir um carro e conversar com alguém (passageiro do lado) 53 Processamento Automático Efeito de Stroop 54 27 09/11/2023 Processamento Automático Distinção teórica entre processos controlados e processos automáticos (Shiffrin & Schneider, 1977) Processos controlados: ◦ São de capacidade limitada – processamento serial ◦ Requerem atenção ◦ Podem ser usados com flexibilidade em circunstâncias de mudança Processos automáticos: ◦ Sem limitações de capacidade ◦ Não necessitam de atenção, e são muito difíceis de modificar depois de aprendidos. 55 Processamento Automático Moors e de Houwer (2006) Automaticidade deve ser definida em termos de características potencialmente independentes que a distingam da não-automaticidade: Não relacionada com objetivos/expetativas; Inconsciente; Eficiente; Rápida; Inevitável Estas características ocorrem num continuum Muitos processos envolvem um misto de automaticidade e não automaticidade. Então, com a prática é possível desempenhar 2 tarefas complexas sem interferência? (ver Spelke et al., 1976). Efeitos de interferência teriam passado despercebidos? 56 28 09/11/2023 Processamento Automático Cognitive bottleneck Theory Pashler et al. (2001) Participantes respondem a cada um de Medida mais sensível para detetar interferência em multi- tarefas: Período Refractário Psicológico (PRP) dois estímulos o mais rapidamente possível Redução na velocidade de resposta a um 2º estímulo apresentado num tempo muito curto após um 1º estímulo Pashler (1993): efeito continua a manifestar-se após 10.000 ensaios de treino Estreitamento (gargalo) no sistema de processamento que impossibilita a tomada de duas decisões simultâneas sobre as respostas adequadas a dois estímulos - A seleção da resposta é serial Dados de fMRI e EEG (Sigman & Dehaene, 2008) sugerem que o efeito está relacionado com a seleção de respostas 57 Processamento Automático Cognitive bottleneck Theory Processamento percetivo em duas tarefas pode ocorrer em paralelo Mas seleção subsequente da resposta ocorre de um modo serial 58 29 09/11/2023 Bibliografia Tema Atenção Eysenck, M.W., & Keane, M.T. (2010). Cognitive Psychology: A Student’ Handbook (6th Ed.). Hove: Psychology Press. (cap. 5) Eysenck, M.W., & Keane, M.T. (2010). Manual de Psicologia Cognitiva (5ª ed.). Portalegre, RS: ArtMed. (cap. 5) Palavras-chave: Teoria da Carga Percetiva de Lavie; atenção focalizada visual: procura visual, Teoria da integração de traços de Treisman; Attentional engagement theory; Teoria da procura guiada; atenção dividida (dual-task; multitasking); capacidade central (Kahnemann) vs. recursos múltiplos (Wickens), processamento automático, período refratário psicológico, estreitamento (gargalo) cognitivo. 59 30

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