Bioquímica: Enzimas e Ácidos Gordos

Aminoácidos que possuem cadeias laterais com grupos que se ionizam em pH fisiológico, resultando em carga líquida positiva ou negativa.

Aminoácidos com cadeias laterais que podem doar ou receber protões, dependendo do pH, como o ácido glutâmico.

Molécula neutra com igual número de cargas positivas e negativas, como um aminoácido em pH fisiológico.

Valor de pH específico onde a molécula de um aminoácido tem uma carga líquida neutra.

Os dois valores de pKa associados ao equilíbrio que inclui o zwitterião são usados para calcular o pI.

Cofatores são moléculas não proteicas que algumas enzimas precisam para funcionar. Eles podem ser grupos prostéticos, ligados permanentemente à enzima, ou coenzimas, ligados de forma transitória.

Grupos Prostéticos são cofatores que se ligam permanentemente às enzimas, ajudando-as na sua função.

Coenzimas são cofatores que se ligam às enzimas de forma transitória, auxiliando-as em reações específicas.

As enzimas são classificadas em seis classes principais, de acordo com o tipo de reação química que catalisam: Oxirredutases, Transferases, Hidrolases, Liases, Isomerases e Ligases.

O número de classificação EC (Enzyme Commission) identifica de forma única cada enzima, baseado em sua função específica.

Gorduras com cadeias de ácidos graxos mais longas possuem um ponto de fusão mais elevado, estando no estado sólido à temperatura ambiente. Isso ocorre porque as cadeias longas permitem um maior número de interações hidrofóbicas entre as moléculas, exigindo mais energia para rompê-las.

Gorduras com cadeias de ácidos graxos saturadas possuem um ponto de fusão mais elevado, estando no estado sólido à temperatura ambiente. As cadeias saturadas permitem um maior número de interações hidrofóbicas, devido à ausência de duplas ligações, o que aumenta a força de atração entre as moléculas.

Gorduras contendo ácidos graxos insaturados têm um ponto de fusão mais baixo, sendo líquidas à temperatura ambiente. Isso ocorre porque as duplas ligações nas cadeias insaturadas impedem a formação de uma estrutura linear, diminuindo a força das interações hidrofóbicas entre as moléculas.

Os diglicerídeos (DG) e os monoglicerídeos (MG) são intermediários metabólicos da digestão e absorção de gorduras. Esses compostos possuem diferentes níveis de polaridade, sendo o MG o mais polar e o TG o menos polar. A polaridade influencia a forma como esses compostos interagem com outras substâncias no corpo.

A hidrólise é um processo de quebra de ligações éster presentes em triglicerídeos (gorduras) pela ação da água, resultando na formação de glicerol e ácidos graxos. Essa reação ocorre no intestino delgado durante a digestão de gorduras.

Os ácidos graxos com ligação dupla antes do carbono 9 são essenciais para o corpo humano, pois o nosso organismo não consegue sintetizá-los. Exemplos: ácido linoleico (ômega-6) e ácido linolênico (ômega-3).

O ácido araquidônico é um ácido graxo insaturado que faz parte da membrana celular e é modificado para formar metabolitos importantes no sistema imune, em reações alérgicas, inflamatórias e que influenciam o humor.

A hidrogenação é um processo que transforma ácidos graxos insaturados em saturados através da adição de hidrogênio (H2). Este processo é utilizado na produção de margarina, um exemplo de gordura hidrogenada.

A oxidação, também conhecida como peroxidação, é um processo que deteriora as gorduras, resultando em rancidez. Este processo ocorre quando as gorduras são expostas ao oxigênio.

A acilação de proteínas é o processo de adição de grupos acil, como miristoil ou palmitoil, às proteínas. Essa adição é crucial para a localização subcelular e na membrana, além de influenciar as interações entre proteínas.

A esterificação é a ligação de ácidos graxos a outras moléculas através de uma reação que envolve dois grupos hidroxila (-OH). Esse processo é crucial na formação de triglicéridos, onde três ácidos graxos se ligam a uma molécula de glicerol.

Os triglicéridos são formados por três cadeias de ácidos graxos ligadas a uma molécula de glicerol. As cadeias podem ser idênticas ou diferentes, saturadas ou insaturadas, influenciando as propriedades do triglicérido.

Os triglicéridos são importantes para o transporte e armazenamento de ácidos graxos no corpo, atuando como uma reserva energética muito eficiente, superior ao glicogênio. São hidrofóbicos, formando gotículas compactas e anidras.

Moléculas com uma natureza dupla, possuindo uma extremidade hidrofílica (polar) e outra hidrofóbica (apolar).

Constituídos por glicerol, dois ácidos graxos, um grupo fosfato e um grupo polar, formando uma estrutura complexa.

Enzimas que quebram ligações éster nos fosfolípidos, desempenhando funções importantes na remodelagem de membranas e transdução de sinal.

Tipo de fosfolípide que contém esfingosina, um amino-álcool de cadeia longa, e um ácido graxo ligado, formando a ceramida.

Esfingolípidos que contém um grupo fosfato ligado à ceramida, com a cabeça polar sendo fosfatidilcolina ou fosfatidiletanolamina.

Molécula orgânica cíclica, derivada do colesterol, que desempenha funções importantes em diversos processos, como a estrutura e função das membranas celulares.

Moléculas orgânicas que possuem uma estrutura de cinco carbonos repetida várias vezes, com diferentes arranjos e ramificações.

Classe de isoprenóides com diferentes funções, incluindo a formação de pigmentos em plantas e animais.

Moléculas complexas compostas por lípidos e proteínas, que transportam lípidos no sangue e linfa. São essenciais para o metabolismo lipídico.

Tipo de lipoproteína que transporta triglicéridos da dieta (exógenos) do intestino delgado para o fígado.

Lipoproteína rica em colesterol que é produzida no fígado e transporta colesterol para as células do corpo.

Lipoproteína que transporta colesterol e ésteres de colesterol de volta para o fígado, removendo o excesso de colesterol do sangue.

Lipoproteína produzida no fígado que transporta triglicéridos endógenos (sintetizados no fígado) para as células.

Proteínas que compõem as lipoproteínas, responsáveis por diferentes funções, como a ligação a recetores e a atividade de algumas enzimas.

O movimento livre de lípidos e outras moléculas na membrana celular. Esta capacidade permite a mudança de forma e a interação com outras células.

A membrana celular é composta por uma bicamada lipídica. As moléculas dentro da membrana podem mover-se livremente, dando à membrana flexibilidade e adaptação.