Avaliação Alimentar para Necessidades Especiais

Avaliação da Ingestão Alimentar em Grupos com Necessidades Especiais

• Diversos grupos com necessidades especiais requerem abordagens específicas na avaliação da ingestão alimentar.
• Incluem-se deficientes visuais, auditivos, físicos, crianças, idosos, e pessoas com patologias específicas ou iletrados.

Deficientes Visuais

• Entrevistas com material em Braille, instruções detalhadas, gravador e telefone.
• Dificuldades quantificativas podem surgir no pesar ou estimar medidas.
• Utilizam-se modelos alimentares tridimensionais ou investigadores cooperantes.
• É fundamental adaptar a metodologia às limitações.

Deficientes Auditivos

• As entrevistas podem ser mais demoradas, necessitando de auxílio de tradutores de linguagem gestual ou questionários escritos.
• Instruções e questionários devem ser claros e escritos cuidadosamente.
• Modelos alimentares ou imagens são essenciais para definir o alimento e estimar porções.
• Em caso de incapacidade de falar, são usadas respostas escritas.

Deficientes Físicos

• Realiza-se entrevista.
• Pode haver incapacidade de escrever, em que se recorre à gravação.
• O número de entrevistadores deve ser inferior ao de transcritores de audio-texto para assegurar que há recursos e software apropriado.
• O custo de equipamento terá que ser avaliado.

Crianças

• Alimentos comuns são mais fáceis de recordar e reportar.
• Sub-registos e sobre-registos, identificação imprecisa de alimentos e bebidas.
• Refeições complexas podem levar a relatos incorretos.
• A subestimação aumenta com a idade, variando de 14% aos 6 anos a 40% nos adolescentes.
• Crianças obesas tendem a subestimar mais do que as normoponderais.
• Mais dias de registos são necessários do que em adultos.

Crianças (Idade)

• Crianças de 7 a 8 anos podem responder a questionários de 24 horas sem auxílio dos pais, mas períodos mais longos exigem hábitos alimentares regulares.
• Crianças de 8 a 10 anos precisam de auxílio dos pais nos detalhes.
• Crianças com menos de 10 anos têm dificuldades em responder a questionários de frequência alimentar.
• Pais tendem a responder com acuidade sobre o consumo dos filhos.
• Pode haver sub-relatos da mãe com mais frequência, dependendo da motivação e interesse de outros cuidadores.

Crianças (Avaliação)

• Crianças com pelo menos 8 anos podem responder a questionários de 24 horas sem ajuda dos pais.
• Crianças com menos de 8 anos, idealmente a pessoa que trata da alimentação da criança deve fazer a entrevista.
• Entrevistar o adulto/pai deve ser feito em presença da criança quando necessário.
• Educadores/professores podem contribuir para as avaliações.
• É necessário identificar necessidades educativas especiais para adaptar a entrevista.

Crianças e Adolescentes (Métodos)

• Empregar métodos mais adaptados aos interesses e gostos da criança, tornando a avaliação divertida.
• Utilizar imagens e música, e tecnologias.

Idosos

• Podem apresentar dificuldades de memória (observador cooperante), precisão temporal, e acontecimentos recentes.
• É importante avaliar a capacidade cognitiva, literacia e acuidade sensorial (visão e audição).
• As doenças neuro-musculares podem influenciar na avaliação.
• Utilizar outros questionários que meçam estado cognitivo.

Idosos (Avaliação)

• Dificuldades em verbalizar, comunicar e conceptualizar exigem paciência e grande exploração por parte do inquiridor.
• Inquiridores treinados com facilidade em criar empatia, desmontando as rotinas diárias são essenciais.
• Métodos prospetivos (futuro) são os mais indicados para avaliar hábitos.
• A precisão de métodos retrospectivos (passado) depende da regularidade da rotina, podendo facilitar a avaliação.

Iletrados

• Pessoas que não sabem ler, escrever ou compreender podem apresentar incapacidades significativas na avaliação.
• É importante que a avaliação seja adaptada para as necessidades do inquiridor.
• Padronizar métodos pode ser um desafio devido à heterogeneidade dos participantes e contexto.
• Pode ser usada entrevista ou telefone.

Pessoas com Patologias Específicas

• Dificuldade em distinguir entre período pré e pós-patologia, como a sobrestimação de comportamentos que elas julgam relevantes para o surgimento da patologia, pode ser um problema.
• Dietas com restrições podem ser importantes em doenças específicas (ver rótulos, conhecer a marca).

Este quiz aborda a avaliação da ingestão alimentar em grupos com necessidades especiais, como deficientes visuais e auditivos. Serão exploradas as metodologias e adaptações necessárias para atender a essas demandas específicas, garantindo uma avaliação adequada e precisa. Venha testar seus conhecimentos sobre as melhores práticas nesse contexto.