Avaliação da Ingestão Alimentar em Grupos com Necessidades Especiais PDF

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Universidade do Porto, Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação

claudiaafonso

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nutrition food intake special needs assessment

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This document presents an evaluation of food intake in groups with special needs, covering different aspects such as visual and auditory impairments, physical disabilities, children, the elderly, and individuals with specific medical conditions. It also provides insights into the challenges and approaches to evaluation.

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Avaliação da ingestão alimentar em grupos com necessidades especiais [email protected] Avaliação da ingestão alimentar em grupos com necessidades especiais ▪ Deficientes visuais ▪ Deficientes auditivos ▪ Deficientes físicos ▪ Crianças ▪ Idosos ▪...

Avaliação da ingestão alimentar em grupos com necessidades especiais [email protected] Avaliação da ingestão alimentar em grupos com necessidades especiais ▪ Deficientes visuais ▪ Deficientes auditivos ▪ Deficientes físicos ▪ Crianças ▪ Idosos ▪ Iletrado ▪ Pessoas com patologias específicas [email protected] Avaliação da ingestão alimentar em grupos com necessidades especiais ▪ Capacidade de ver ▪ Capacidade de recordar (memória) ▪ Capacidade de falar (discurso coerente) ▪ Capacidade de escrever Uma ou mais incapacidades. [email protected] Avaliação da ingestão alimentar em grupos com necessidades especiais Alternativas ▪ Pessoas que comem com aqueles cuja alimentação pretendemos estudar; ▪ Quem prepara as refeições dessas pessoas. [email protected] Avaliação da ingestão alimentar em grupos com necessidades especiais Algumas dificuldades - Em organizar ideias e transmitir informação, - Em operacionalizar o conceito de frequência, - Em precisar a informação no tempo, - Em validar e/ou complementar informação com outras pessoas/cuidadores, - Em identificar as respostas de “desejabilidade social” dos cuidadores. [email protected] Avaliação da ingestão alimentar em grupos com necessidades especiais Algumas dificuldades - Em objetivar conceitos como “bife tamanho de um prato”, “carne de leão”,… - Em ajudar a “desmontar” a vida das pessoas de forma a obtermos a informação necessária, - Em criar empatia, ter sensibilidade e saber se colocar no lugar do outro , - Em distinguir entre o que se come e o que se gosta de comer. [email protected] Avaliação da ingestão alimentar em grupos com necessidades especiais Deficientes visuais - Entrevista - Material todo preparado em Braille com instruções detalhadas - Gravador - Telefone - Dificuldades na quantificação: em pesar ou estimar medidas (modelos alimentares tridimensionais ou presença investigador ou um cooperante) - Assumir no estudos as limitações da aplicação da metodologia [email protected] Avaliação da ingestão alimentar em grupos com necessidades especiais Deficientes auditivos - Entrevistas (difícil e moroso; auxílio de instruções e questionários escritos ou tradutor para linguagem gestual) - Instruções escritas e questionários cuidadosamente preparados - Modelos alimentares ou imagens para definir alimentos/pratos e estimar porções - Na incapacidade de falar, usar respostas escritas [email protected] Avaliação da ingestão alimentar em grupos com necessidades especiais Deficientes físicos - Entrevista - Incapacidade de escrever (gravar) < nº entrevistadores > nº de transcritores audio-texto / software apropriado > custo equipamento [email protected] Avaliação da ingestão alimentar em grupos com necessidades especiais Crianças - Alimentos habituais do dia a dia, são mais fáceis de recordar e reportar - Sub registo e sobre registo, identificação imprecisa de alimentos e bebidas - Refeições complexas conduzem a reportes incorretos - Aumento de subestimativa com o aumentar da idade (14% aos 6 anos, 25% aos 1º anos e 40% nos adolescentes) ₋ Crianças com obesidade subestimam mais do que as normoponderais ₋ A substimativa está associada aos métodos de avaliação de consumo alimentar em causa ₋ São necessários mais dia de registos que nos adultos [email protected] Avaliação da ingestão alimentar em grupos com necessidades especiais Crianças ₋ 7 a 8 anos – podem responder a questionários às 24h anteriores sem auxilio dos pais e/ou cuidadores. Períodos mais longos só para quem tem hábitos alimentares regulares. ₋ 8 a 10 anos – reportam com a mesma acuidade que os pais, ainda que estes devam auxiliar nos detalhes ₋ < 10 anos – dificuldade em responder aos QFA ₋ Os pais respondem com acuidade o consumo dos filhos em casa ₋ Mães subreportam mais frequentemente ₋ Outros cuidadores variável, depende na motivação e interesse [email protected] Avaliação da ingestão alimentar em grupos com necessidades especiais Crianças ₋ ≥ 8 anos → 24 horas anteriores ₋ < 8 anos → pessoa responsável pela sua alimentação (encarregados de educação) ₋ 4-8 anos → idealmente entrevistar o encarregado de educação, na presença da criança ₋ Educadores, professores, outros cuidadores: partilhar o preenchimento dos questionários -Identificação de crianças com necessidades educativas especiais: adaptar a entrevista [email protected] Avaliação da ingestão alimentar em grupos com necessidades especiais Crianças e adolescentes ₋ Métodos mais adaptados aos interesses e gostos do grupo alvo, divertidos e agradáveis ₋ Recurso a imagens e música ₋ Recurso a tecnologias [email protected] Avaliação da ingestão alimentar em grupos com necessidades especiais Idosos - Memória (observador; cooperante) – dificuldades de memória a acontecimentos recentes, de precisão temporal - Capacidade cognitiva - Literacia - Acuidade sensorial (visão, audição) - Doenças neuro-musculares - Iniciar o questionário fazendo aplicando um outro questionário que permita rastrear o estado cognitivo, ex. Mini Mental State Examination [email protected] Avaliação da ingestão alimentar em grupos com necessidades especiais Idosos - Dificuldade em verbalizar, em comunicar, em conceptualizar - Exige muita paciência e grande exploração por parte do inquiridor: inquiridores treinados - com facilidade em criar empatia, em “desmontar” as rotinas diárias, gerir aspetos emocionais - Métodos prospetivos os mais indicados: literacia e outros comprometimentos poderão comprometer a sua aplicação - Métodos retrospetivos de passado recente: quando existe uma rotina mais rígida, poderá ser facilitador [email protected] Avaliação da ingestão alimentar em grupos com necessidades especiais Iletrados - Incapacidade de ler, escrever ou compreender - Exige maior capacidade de exploração por parte do inquiridor - Dificuldade em padronizar procedimentos pela heterogeneidade dos participantes, muito relacionado com os contextos onde vivem e pela sua história de vida - Entrevista ou telefone [email protected] Avaliação da ingestão alimentar em grupos com necessidades especiais Pessoas com patologias específicas - Dificuldade em distinguir período pré e pós patologia – sobrestimação de comportamentos alimentares que os próprios consideram relevantes para o surgimento da patologia em causa. Por este motivo pode também ser importante o reforço com pessoas que tenham acompanhado a vida da pessoa em causa - Dietas com redução determinados nutrimentos ou substâncias podem ser importantes em determinadas doenças (ver rótulos, saber marcas) [email protected]

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