Tema 4. Adaptação de lentes de contacto hidrófilas esférica PDF

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This document is a presentation/lecture about contact lenses,specifically focusing on adapting and selecting parameters for different types of contact lenses.

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Tema 4. Adaptação de Lentes de contacto hidrófilas esféricas (LCH) Madalena Lira, PhD [email protected]...

Tema 4. Adaptação de Lentes de contacto hidrófilas esféricas (LCH) Madalena Lira, PhD [email protected] Tel. 253 604 068 Universidade do Minho Escola de Ciências, Departamento de Física MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 1 Tipos e características das LCH Esféricas Indicações e limitações das LCH Esféricas Escolha de parâmetros de teste Avaliação e diagnóstico da adaptação Tácticas de correção da adaptação MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 2 LC Hidrófilas Representam cerca de 90% das adaptações de LC Esféricas 51% INTERNATIONAL CONTACT Tóricas 28% LENS PRESCRIBING IN 2022 Multifoc 13% ais MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 3 Tipos e Características das LCH Esféricas Características técnicas das LCH Esféricas Quem fabrica? A que pacientes se destina? Que critérios de adaptação possui? Potencialidades face à concorrência Implicações económicas Limitações Fabricante UM Technologies ☺ Curva Base (mm) 8.60 (única) Marca Comercial Easy Lens ☺ Diâmetro (mm) 14.20 // ZO? Material Lusofilcon B ☺ Geometria Posterior Esférica Bicurva Hidratação 59% Geometria Anterior Esferica SA: centrifugado Grupo FDA Grupo II (não iónico/alto hidrato) Método de Fabrico SP: moldagem Tinto de visibilidade. Marcas de Dk / Dk/L 22 x 10-11 (Fatt, 35ºC) Outras Especificações inversão. Módulo, IR, Filtro UV, ângulo de Espessura central 0.14 mm (@-3.00 D) Outras propriedades contacto, coeficiente de fricção, etc Potência -0.50 a -6.00 passos de 0.25 D // -6.50 s -9.00 passos de 0.5 D 4 Tipos e parâmetros das LCH esféricas MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 5 Tipos e Características das LCH Esféricas Parâmetros Normais para LCH Esféricas ** As LCH descartáveis têm maiores limitações de parâmetros 6 Tipos e Características das LCH Esféricas REGIME DE UTILIZAÇÃO Diário / Prolongado / Contínuo REGIME DE Descartável / Convencional / SUBSTITUIÇÃO Substituição frequente Simples / Lenticular (potências DESENHO altas) Critérios de GEOMETRIA DA Monocurva / Bicurva / Asférica Classificaçã SUPERFICIE POSTERIOR o segundo TEOR DE ÁGUA Baixo / Médio / Alto PERMABILIDADE AOS Baixa (40 Barrer)* Ultrafinas (≈0.035 mm) / Finas ESPESSURA (≈0.07 mm) / Padrão (≈0.07 – 0.1 mm) / Grossas (>0.1 mm) 7 Classificação segundo a função Compensadoras: Utilizam-se para neutralizar as ametropias. Terapêuticas: Lentes que se usam para o tratamento de certas condições corneais patológicas com objeto de aliviar a dor ou ajudar a curar depois de certas cirurgias oculares. Diagnóstico: Lentes usadas como complemento para realizar observações tais como microscopia especular de contacto. Cosméticas: As que se usam para modificar artificialmente a cor da íris. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 8 Grupo da Food and Drug Administration (FDA) A FDA classificou as LCH dando a cada material um nome genérico (USAN: United States Adopted Name): Hidrogeis terminam com o sufixo filcon (balafilcon, etafilcon, nefilcon, etc); Os que não são hidrogeis terminam em focon (nem sempre) (tisilfocon, oxicon, polycon). Os materiais comercialmente disponíveis: divididos em vários grupos dependendo da sua ionicidade e do seu conteúdo em água (CA). Afeta a interação entre o material e o meio que o rodeia; A superfície da lente pode ou não ter carga electroestática, dependendo se os polímeros são iónicos ou não. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 9 Classificação da FDA (materiais de LC de hidrogel) A FDA classifica atualmente os materiais de LC em 4 grupos, baseada no CA e ionicidade: Classificação FDA Conteúdo de água Carga Grupo I Baixo Não-Iónico Grupo II Alto Não-Iónico Grupo III Baixo Iónico Grupo IV Alto Iónico Grupo V (???) Silicone-hidrogel ??? Baixo ≤50% água; Alto ≥ 50% água. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 10 Classificação da FDA As lentes iónicas são mais reativas. As lentes dos grupos I e III podem desinfetar-se com segurança e eficácia mediante sistemas térmicos, químicos ou com peróxido de hidrogénio. Alguns polímeros do grupo IV podem ter uma reação negativa com as soluções de manutenção. A formação de depósitos de proteína pode ser maior nas superfícies das lentes do grupo II e IV. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 11 Desenho da superfície posterior ✓Monocurva: uma só curva ✓Bicurva: a 2ª curva é frequentemente mais plana em 0.8-1.0mm que o RZOP e tem aprox. 0.5-0.8mm de largura. ✓ Desenho comum porque o seu desempenho clínico é satisfatório e fácil de desenhar e fabricar. ✓Curvas periféricas múltiplas (multicurvas): não é muito comum. ✓ Clinicamente a flexibilidade das LCH não requer superfícies posteriores periféricas complexas. A intenção das lentes asféricas é otimizar a relação lente/ segmento anterior. ✓Asférico: não é o mais Uma lente asférica deforma-se menos quando se pestaneja comum porque: Aplana na periferia e aproxima-se mais à forma do segmento anterior As lentes asféricas reduzem a pressão local devido à descontinuidades na curva periférica/zona de transição. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 12 Desenho da superfície anterior ✓A superfície anterior não está em contacto com a córnea e há uma tendência para a ignorar. ✓No entanto, o seu desenho não é apenas importante para a adaptação da lente e o seu comportamento sobre o olho como também, pode influenciar a comodidade (principalmente em Rx altos). ✓Depende do processo de fabricação; ✓Normalmente é bicurva, com uma curva periférica seleccionada para produzir um bordo delgado. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 13 Desenho do bordo ✓Devido ao tamanho das lentes, dá-se menos importância aos detalhes do desenho do bordo em LCH do que em RPG: ✓ O bordo está debaixo de ambas as pálpebras; ✓ O bordo tem pouco efeito sobre o conforto; ✓ O bordo é principalmente ditado por questões de durabilidade (um bordo muito fino pode romper com facilidade). MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 14 Técnicas de fabricação Centrifugadas Primeiras lentes que se utilizaram e produziram em escala industrial (primeiras LCH - Witcherle e Lim); Desenham-se em série e em cada série existem lentes de potência distinta. Fabricam-se utilizando o mesmo molde côncavo e cada uma delas tem a mesma superfície frontal esférica. Superfície posterior asférica. Produção em massa – menor custo Vantagens Boa reprodutibilidade A maior flexibilidade torna-as mais confortáveis Parâmetros limitados (ametropias altas não são contempladas) Desvantagens Menor movimento com o pestanejo Podem apresentar uma maior desidratação do material MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 15 Técnicas de fabricação Moldadas A grande maioria das LCH descartáveis fabricam-se por este método Estas lentes obtêm-se mediante 2 moldes: um com superfície convexa e outro com uma superfície concava. Polimerização faz-se entre as duas faces do molde Entre ambos os moldes introduz-se uma mistura monomérica Depois da polimerização induzida por radiação ultravioleta abrem-se os moldes e obtém-se a lente totalmente terminada. Produção em massa – menor custo Vantagens Desvantagens Parâmetros limitados (ametropias altas não são contempladas) Bordo mais imperfeito Atualmente cada empresa tem o seu próprio método mas basicamente utilizam o sistema de moldagem uma vez que a rapidez deste método permite reduzir os custos possibilitando o uso de lentes descartáveis. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 16 MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 17 Técnicas de fabricação Torneadas Torno (possibilidade de fabricar qualquer superfície) A maioria destas lentes, têm tanto a superfície anterior como a posteriores esféricas. Processos complementares de polimento e hidratação pós-fabrico Fabricam-se em estado seco de igual modo que as lentes RPG, exceto que depois de polida esta lente é hidratada com solução salina. Os parâmetros calculam-se mediante um programa de computador determinando o raio de curvatura, o diâmetro e a espessura central. Produção em massa – médio custo Vantagens Maior variedade de parâmetros (fora dos parâmetros padrão) Manuseamento pode ser mais fácil (maior espessura) Mais caras Desvantagens Processos complementares de polimento e hidratação pós- fabrico MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 18 LC de hidrogel ou hidrófilas (LCH) e silicone-hidrogel (Si-Hi) Monómeros mais utilizados: Hidroxietilmetacrilato (HEMA); etileno glicol dimetacrilato (EGDMA); Ácido metacrilico (AM); N-vinil pirrolidona; gliceroil metacrilato (GMA); siloxano, Etc. Principais Composição Arranjo dos Conteúdo em características e química monómeros água propriedades das lentes Estabilidade dimensional Flexibilidade Permeabilidade aos gases Humectabilidade Índice de refração Resistência à rotura MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 19 LC de silicone-hidrogel Desenvolvimento dos materiais: silicone-hidrogel; Introduzidas no mercado em 1999. Resolvidos os problemas de hipoxia, mas ficaram outros: efeitos mecânicos. Atualmente: 3 gerações 1ª: 2ª 3ª Baixo Maior Menor conteúdo em conteúdo em hidrofobicidade, água água Melhor Mais duras Rigidez lubricidade (maior módulo semelhante às de hidrófilas elasticidade) MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 20 LC Si-Hi atuais Acuvue Advance (Vistakon) Acuvue Oasys (Vistakon) Air Optix Aqua (CIBA vision) AirOptix Nigth & Day (CIBA vision) Avaira (Coopervision) Biofinity (Coopervision) Purevision Quantic Nano (Optiforum) …… Trueye Dailies Total 1 Todas com excelentes transmissibilidades ao oxigénio mas com diferentes composições de monómeros, conteúdos em água, tratamentos de superfície, filtros UV, etc. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 21 Propriedades dos materiais ✓Propriedades óticas: ✓Índice de refração ✓Transmitância ✓Propriedades intrínsecas: ✓Conteúdos em água ✓Transmissibilidade ao oxigénio ✓Propriedades de superfície ✓Rugosidade da superfície ✓Humectabilidade da lente ✓Dureza ✓Elasticidade ✓Etc. Isto significa que os materiais variam muito. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 22 Conteúdo em água H2O % Baixo 20-40% H2O médio 41-60% H2O alto >60% ✓ A maioria das lentes de baixo conteúdo em água são HEMA ou silicone- hidrogel. ✓ A maioria dos restantes materiais encontram-se na categoria de conteúdo de água médio. ✓ Materiais de alto conteúdo em água: menos comuns. ✓ Lentes com alto conteúdo em água perdem mais água que as lentes de baixo conteúdo. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 23 Hidratação ou conteúdo em água ≠ Conteúdos em água diferentes propriedades: Conforto > H2O: > conforto Transmissibilidade > H2O: >Dk/t) (convencionais ao oxigénio Dureza > H2O: < dureza Qualidade ótica e estabilidade > H2O: > mais frágil dimensional Adesão de depósitos > H2O: + depósitos MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 24 Obtenção de oxigénio através das LC As lentes RPG e as lentes hidrófilas transmitem oxigénio em função do Dk do material (permeabilidade), da espessura e do conteúdo em água. D= coeficiente de difusão k= coeficiente de solubilidade Permeabilidade: Dk x 10-11 (cm2 /seg x mmHg) Esta unidade de permeabilidade é conhecida como 1 barrer Quanto mais fina seja a lente e quanto maior seja a permeabilidade aos gases do material.: maior será a transmissibilidade. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 25 Transmissibilidade (Dk/t) ✓No caso das lentes hidrófilas convencionais, a permeabilidade ao oxigénio é proporcional ao conteúdo em água. ✓No caso das lentes de silicone-hidrogel, não é o conteúdo em água o responsável pela administração de oxigénio à córnea, mas sim o silicone. ✓Temos lentes a variar o Dk/t entre os 10 e os 147 unidades (barrer) (pelo menos) MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 26 Por exemplo Air Optix™ Acuvue® Quantic Nome comercial PureVision™ Acuvue® Oasys™ Air Optix™ Biofinity™ Night&Day™ Advance™ Nano Fabricante CIBA Vision Bausch & Lomb Johnson & Johnson Johnson & Johnson CIBA Vision Coopervsision Optiforum Conteúdo de água 24 36 47 38 33 48 58 (%) USAN Lotrafilcon A Balafilcon A Galyfilcon A Senofilcon A Lotrafilcon B Comfilcon A Filcon II 3 Grupo FDA I III I I I I Permeabilidade ao 140 99 60 103 110 128 86 oxigénio (Dk) Transmissibilidade 175 110 86 147 138 160 ao oxigénio (Dk/t) Espessura central 0.08 0.09 0.07 0.07 0.08 0.08 0.07 (mm) -3.00D Rigidez (MPa) 1.4 1.1 0.4 0.7 1.2 0.75 0.5 Curvas base (mm) 8.4, 8.6 8.6 8.3, 8.7 8.4 8.6 8.60 8.4, 8.8 Coeficiente de 47 17 6 3 22 -- fricção (a 15cm/s) Diâmetro Total 13.8 14.0 14.0 14.6 14.2 14.0 14.1 (mm) Ano de introdução 1999 1999 2004 2006 2004 2006 mPDMS+DMA+ EGDMA+HEMA+ mPDMS+HEMA+ DMA+TRIS+ DMA+TRIS+ Principais NVP+TPVC macromer siloxano macromero Macrómero 2 macrómeros Macromero Monómeros +NCVE+PBVC +PVP+ tinta de siloxano + siloxano+tinta de siloxano Siloxano visibilidade +UV TEGDMA + PVP visibilidade block Sem Tratamento de Revestimento de Oxidação de Sem tratamento de Sem tratamento de Revestimento de tratamento de Superfície plasma de 25nm plasma superfície superfície plasma de 25nm superfície Índice de refracção 1.43a 1.426a 1.4055a 1.42 1.42a 1.4 Método de fabrico Moldado Moldado Moldado Moldado Moldado Moldado Filtro UV Não Não Sim Sim Não Não Não Ângulo de contacto 80 95 65 68 78 --- (º) MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 27 Vantagens e desvantagens das lentes de hidrogel e silicone-hidrogel MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 28 Vantagens São inicialmente mais cómodas; Imediatamente aceites pelo paciente; Existe menor risco de distorção corneal; É difícil que saiam dos olhos; Podem utilizar-se de forma intermitente; Produzem menos reflexos, lacrimejo excessivo e sensação de corpo estranho; Podem usar-se em desportos; Se se usam como descartáveis diárias, as alterações oculares são mínimas. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 29 Desvantagens A AV pode ser instável; Duram pouco; A sua limpeza e desinfeção podem levantar problemas; As lentes não se podem retocar; Parte dos conservantes usados nas soluções de manutenção podem ficar na matriz da lente podendo causar reações oculares; Existe maior risco de desenvolver algumas alterações e infeção oculares; É difícil verificar os seus parâmetros. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 30 Indicações das LCH esféricas Situações em que as LCH esf podem ser utilizadas para a compensação visual MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 31 Indicações das LCH esféricas São fáceis de adaptar // São cómodas // Requerem pouco 01 tempo de adaptação 02 Compensação de ametropias esféricas 1ª opção 03 Astigmatismo corneal inferior a -0.50 D. Erros refrativos extremos incluindo afaquia 04 As lentes RPG em Rx extremas são difíceis de adaptar e de manter centradas 05 Astigmatismos corneais significativos mas com uma Rx esférica. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 32 LCH esféricas: Indicações E ainda Quando o conforto é o 1º objetivo: Alguns pacientes deparam com a (in)comodidade inicial de uma lente RPG como uma barreira insuperável. Rx baixas onde a comodidade das RPG não está compensada com a pequena melhoria na visão. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 33 LCH esféricas: Outras indicações Prevenção da evolução da miopia; Utilização pontual, esporádica; Compensação de astigmatismos pouco representativos face à componente esférica mediante o equivalente esférico; Base para um sistema combinado de compensação de astigmatismo irregular “piggyback”. O que é um sistema piggyback? a) LC RPG sobre uma LCH b) LC RPG de alta hidratação c) LCH sobre uma LC RPG d) LCH mais dura que o habitual 34 Qual é o equivalentes esférico de -2.00 -0.50 x 90º? a) -2.25 D b) -2.00 D c) -2.50 D d) -1.75 -0.50 x 90º 35 Selecção de parâmetros da lente de teste MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 36 Considerações sobre a escolha do tipo de lente Jovens com alterações frequentes de refração LCH descartáveis Manutenção menos exigente Pacientes com problemas relacionados com depósitos (i.e. conjuntivites frequentes) Descartáveis Utilizadores esporádicos diárias Pacientes com intolerância aos produtos de manutenção Algumas das LCH descartáveis Diâmetro: 13.50 – 14.50 mm proporcionam parâmetros limitados r0: 8.60 – 8.80 mm fora dos intervalos padrão Potência: -10.00 a +6.00 D As descartáveis mensais são as que proporcionam atualmente a melhor relação custo/benefício. 37 Considerações sobre os materiais Uma maior hidratação: Garante maior permeabilidade aos gases (exceto em LCH de silicone e hidrogel). Pode estar associada a uma maior incidência de depósitos. Lentes de menor hidratação e maior espessura ou Si-Hi devem ser utilizadas em pacientes com secura ocular para minimizar os riscos de desidratação. Lentes mais finas podem ter maior risco de aderência Espessura devido a uma camada lacrimal pós-lente mais fina. Materiais com silicone pode ser maior podendo dureza inicialmente ser menos confortáveis, principalmente em pacientes utilizadores de LCH. 38 Considerações sobre os materiais As lentes fabricadas com materiais iónicos têm maior afinidade a depósitos lacrimais (i.e. cálcio e proteínas). As LCH convencionais (de HEMA): valores de transmissibilidade aos gases inferiores a 50 unidades, sendo insuficientes para uso prolongado. As LCH silicone e hidrogel (Si-Hi) Transmissibilidade aos gases superior a 80 unidades e algumas delas superiores a 100 unidades, sendo as recomendadas pela FDA para uso contínuo durante 30 dias. Os materiais que contêm silicone na sua composição são mais hidrofóbicos estando mais predispostos a depósitos de lípidos Os utilizadores de LCH de baixa permeabilidade ( 0.15mm (obsoleto) As lentes grossas interatuam mais com as pálpebras e portanto movem- se mais com o pestanejo; As lentes grossas podem ter como resultado maior descentramento; As lentes muito finas tendem a mover-se menos pela menor interacção com as pálpebras e também pela película lacrimal post- lente que é muito fina devido á grande flexibilidade da lente; As lentes finas centram melhor e são mais cómodas. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 48 Considerações para a espessura central: ✓Série de lentes negativas: ✓ -6.00 D podem ter um DZOP reduzido para diminuir a espessura periférica. ✓Série de lentes positivas: ✓ O desenho das lentes positivas continua a ser um desafio para os fabricantes e as dificuldades fazem com que estas lentes sejam menos populares; ✓ A espessura central depende muito da PVP e o fabricante não pode fazer nada para alterar esta situação. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 49 Fatores de desenho que afetam o desempenho das LC ✓Ainda que o raio da zona ótica posterior e anterior sejam importantes para determinar a Rx, ✓outros raios definem o desenho físico da lente que também podem afetar o seu comportamento. Curvatura ✓Neste momento com a grande utilização de lentes descartáveis, há uma tendência a reduzir os Rc disponíveis. ✓O desenho anterior da lente é importante porque afeta: Desenho ✓ Comodidade ✓ Espessura ✓ Durabilidade ✓ Facilidade de fabricação. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 50 Filosofia geral de adaptação das LCH esféricas MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 51 Estas lentes devem: Ficar centradas no olho; Contornar o segmento anterior do olho; Mover-se adequadamente; Cobrir a córnea em todas as posições do olho; Fornecer uma estável e boa AV; Criar mínimos distúrbios fisiológicos; Serem confortáveis. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 52 Procedimento Geral de Adaptação ANAMNESE PARÂMETROS OCULARES REFRACÇÃO E QUERATOMETRÍA EXAME CLÍNICO E GRADUAÇÃO DE EXTERNOS SINAIS Pré-adaptação SELECÇÃO Escolha de parâmetros DA Ensaio LENTE DE TESTE 10-20’ Avaliação CONFORTO AVALIAÇÃO Iluminação difusa CLÍNICA Tamanho LC/DHIV-DVIV COBERTURA CORNEAL PRELIMINAR Cobertura córnea-limbo-esclera Em todas as posições do olhar CENTRAMENTO Sobre-Rx ½ -1 HORA Push-up MOBILIDADE AVALIAÇÃO Diagnóstico CLÍNICA Conforto SOBRE-RX DEFINITIVA Movimento LC Definitivas Centramento Sistema de Manutenção Cobertura Prescrição INSPECÇÃO E ENTREGA DAS LC DEFNITIVAS Entrega Aprendizagem/ensino INSTRUÇÕES E HORÁRIO DE USO Pós-adaptação Curto prazo CALENDÁRIO PÓS – ADAPTAÇÃO Longo prazo 1DIA (Uso Prolongado) -1SEMANA-1MÊS-3 MESES-CADA 6 MESES (UP) – ANUALMENTE (UD) 53 Diâmetro total (DT) Medir o DHIV; Adicionar 2mm ao DHIV e selecionar nas lentes de prova o diâmetro mais próximo; DHIV + 2-3mm Ou Seguir as recomendações do fabricante e seleccionar o DT sugerido. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 54 Diâmetro total (DT) Intervalos de DT: Ф=13-15mm DT mais comuns: Ф=13.8-14.2mm Os diâmetros fora do intervalo comum são usados em indivíduos com aberturas palpebrais e DHIV pouco comuns. Diâmetros grandes são normalmente necessários em Rx altas para melhorar a adaptação e centragem da lente. Em casos de lentes de alto conteúdo em água (>60%): Contar que a lente pode encolher no olho devido à perda de água. Ajuda à estabilidade e centragem da adaptação. Um aumento no diâmetro da lente ajustará a adaptação se todos os outros fatores permanecerem inalterados. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 55 Para manter a adaptação da lente Pode acontecer que: a lente, tendo um bom comportamento quanto ao movimento e centragem, tenha um diâmetro muito grande ou muito pequeno Nesse caso pode alterar-se o diâmetro, mas tendo em consideração que se deve realizar a correspondente alteração no raio de curvatura da lente para manter a relação de equivalência da adaptação para LCH: Equivalências na alteração de parâmetros para manter o valor sagital ±0.50 mm ØT ≈ ±0.20 mm RCB LCH MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 56 Exemplo: RZOP= 8.60mm, DT= 13.5mm DT desejado = 14.0mm Que RC deverá ter a lente para manter o seu movimento? a) 8.80 mm b) 9.00 mm c) 8.40 mm d) 8.60 mm MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 57 Diâmetro da zona ótica (DZOP) Normalmente entre 8-11mm; Em PVP altos é necessário manter o DZOP tão pequeno quanto possível (fator limitante: tamanho da pupila nos diferentes níveis de iluminação) MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 58 Raio de curvatura Medir os raios de curvatura corneal e calcular o K médio; Para permitir que a lente se adapte ao contorno da córnea/esclera deve ser sempre maior que a córnea e com um RZOP mais plano. Implica que nas lentes hidrófilas o incremento de adaptação (I.A) seja suficiente para que a curvatura da LC se adapte à curvatura dessa área (perilimbal). O I.A é o valor que se soma ao raio de curvatura corneal médio (km); O seu valor é dependente de vários fatores como: geometria da lente, diâmetro, método de fabrico, material, etc. Habitualmente, os fabricantes fazem recomendações para cada tipo de lente. https://youtu.be/JMJ8m9gRdIs MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 59 Raio de curvatura A lente de prova também pode ser selecionada segundo a seguinte tabela como guia de adaptação (válida para um grande nº de LCH com Ø entre 13.80 e 14.20 mm) (Contactologia, Gonzalez-Meijome) Classificação Raio Corneal I.A Raio de Qualitativa da Médio Curvatura Córnea Km= (K1+K2) Posterior da LC /2 Extremamente 8.50 - 9.30 ou Plana personalizada MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 60 Escolha dos Parâmetros de Ensaio Não existe norma universal Seguir instruções do fabricante Métodos possíveis: Em função do diâmetro total Em função do raio posterior Em função da profundidade sagital Equivalências Mudanças de 0,20 mm no raio base podem ser compensadas com mudanças de 0,50 mm no diâmetro total ±0.50 mm (ØT) ≈ ±0.20 mm (r0) 61 Caixas de ensaio Normalmente, as caixas de ensaio das LCH convencionais possuem lentes com os seguintes raios de curvaturas: 8.10, 8.40, 8.70, 9.00 e 9.30mm. Em alguns casos particulares podem ser realizadas lentes mediante encomenda com qualquer raio de curvatura (preços mais altos). Com a grande utilização atual das lentes descartáveis, o conceito de caixas de ensaio é “um pouco diferente”. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 62 Notas Nas lentes de alta hidratação pode-se aplicar um I.A menor (por terem maior capacidade de se adaptar à superfície corneal). Lentes mais grossas devem ser adaptadas mais planas e as lentes mais finas podem ser adaptadas mais apertadas sem risco de interferir tanto com a superfície corneal. Vários desenhos de stock, especialmente as lentes descartáveis, podem abastecer cerca de 80% ou mais da população com apenas um RZOP. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 63 Potência vértice posterior (PVP) STEP 1 STEP 2 STEP 3 STEP 4 Selecionar a PVP Se apenas está Se a Rx é alta e Se há uma mais próxima da disponível só está grande Rx (corrigir ±3.00D, usar o disponível uma diferença entre distância de tipo apropriado lente de prova lente de prova e vértice para (isto é, positivo com baixa Rx, Rx, lembrar de potências ou negativo) tentar conseguir corrigir a superiores a ± uma lente de distância vértice 4D) prova mais na sobre- apropriada refração. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 64 Prescrição empírica RX KS DISTÂNCIA VERTEX OUTROS PARÂMETR OS DHIV OCULARES Dados do paciente MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 65 Prescrição empírica Vantagens Desvantagens As exceções existem Simples e rápido para o profissional Os pacientes não experimentam o Não são necessárias lentes de prova: uso das lentes antes da entrega Mais barato para o fabricante; Não necessita manutenção e conservação por parte do profissional; O profissional não pode observar a resposta do paciente às lentes Não existem problemas de saúde pública com lentes de prova reutilizadas; Apenas a experiência indicará se as expectativas do paciente e do Usa a experiência do fabricante (base de profissional são alcançadas com dados) como vantagem este método MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 66 Se no exame subjetivo a Rx encontrada for de -5.50, qual o valor da LC de prova a escolher (se possível)? a) -5.25 D b) -5.50 D c) -4.75 D d) -5.00 D MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 67 Se no exame subjetivo a Rx encontrada for de +6.00, qual o valor da LC de prova a escolher (se possível)? a) +6.25 D b) +6.50 D c) +6.00 D d) +5.75 D MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 68 Técnicas e critérios de avaliação da adaptação de LCH Esféricas MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 69 Adaptação com lentes de prova Considerada por alguns como essencial Permite o “sentir” a lente que está a ser testada Agora mais fácil e mais segura: lentes descartáveis A reação do paciente é avaliada Reação na inserção pH e osmolaridade– se não corresponder, podem causar ardência / hiperemia Período de adaptação Temperatura para ajustar Encolhimento - não iónico// iónico MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 70 Período de estabilização Depois de um período de 5-10 minutos (normalmente suficiente para uma adaptação não complicada); O tempo de estabilização pode depender do conteúdo em água, PVP, e química do material. As lentes de alto conteúdo em água e potências altas requerem mais tempo para estabilizar provavelmente. Por vezes, pode ser necessário um tempo de estabilização maior para avaliar a adaptação das lentes. Isto pode ser feito depois de 3-4 horas. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 71 Avaliação e Diagnóstico da Adaptação 1. Cobertura corneal: Cobertura completa Cobertura mas com descentramento para o limbo Cobertura incompleta 2. Atraso na posição superior do olhar “LAG”: não há movimento (lente muito fechada) 1,5mm 3. Resistência ao movimento no “push-up test” 0% recuperação rápida e precisa da posição 50% recuperação precisa mas lenta 100% não há movimento Young G, Holden B, Cooke G. Influence of soft contact lens design on clinical performance. Optom Vis Sci. 1993; 70: 394-403. 72 Avaliação e Diagnóstico da Adaptação 4. Aceitação global: 1- É necessário modificar a adaptação 2- Aceitável com possíveis intolerâncias a meio prazo 3- Prescrever com atenção e rever a adaptação frequentemente 4- Ligeiramente aberta ou fechada sem risco de intolerância pela adaptação 5- Adaptação ótima 5. Conforto: 1 – muito desconfortável 10 – muito confortável 6. Outros parâmetros (medidos em mm) Quantidade do descentramento vertical Quantidade do descentramento horizontal Amplitude de movimento com o pestanejo Young G, Holden B, Cooke G. Influence of soft contact lens design on clinical performance. Optom Vis Sci. 1993; 70: 394-403. 73 Avaliação e Diagnóstico da Adaptação Atraso na posição Resistência ao Cobertura movimento no corneal superior do olhar “LAG” “push-up test” Cobertura completa 0% recuperação rápida e Não há movimento Cobertura mas com 1 1,5mm. 3 6 Outros Conforto Aceitação global parâmetros 1- É necessário modificar 1 – muito a adaptação Descentramento desconfortável vertical 5 5 – muito 4 2- Aceitável com possíveis intolerâncias a Descentramento confortável meio prazo horizontal Amplitude de. 3- Prescrever com movimento com o alterações e rever a pestanejo adaptação 4- Adaptação ótima 74 Centragem Em posição primária de olhar, são aceites descentramentos de 0.2 - 0.7 mm. Uma lente que está demasiado larga, geralmente move-se excessivamente e não se centrará bem. É provável que ao olhar para cima a lente deslize quase completamente para fora da córnea. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 75 Autor vídeo: Professor Jose Manuel González Méijome MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 76 Como está adaptada esta LC? a) Subida b) Centrada c) Descida 77 Cobertura corneal Aproximadamente 1mm simétrico de excesso; Necessidade ótica Uma lente descentrada pode afetar o rendimento ótico. Necessidade mecânica: para prevenir traumas da córnea, limbo e conjuntiva. Comodidade: uma lente descentrada, principalmente se tiver muito movimento, pode ser menos confortável. Necessidade fisiológica Exposição corneal: incomodidade. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 78 O movimento da lente depende: Positiva ou negativa Tipo de lente Potência alta ou baixa Espessura, DZOP, desenho da Desenho da lente superfície posterior, etc. Movimento Propriedades físicas do material Rigidez, conteúdo em água, etc Relação de adaptação Ótima, fechada, plana Fatores das pálpebras Forma, posição e ângulo Topografia corneal MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 79 Avaliação do movimento Avaliado e/ou medido com a lâmpada de fenda com oculares de retículos graduados. Resultante do pestanejo: Posição primária: 0.5mm é o mais comum A olhar em frente, o paciente é instruído a manter a posição dos seus olhos. A posição da lente (descentramento) é anotada usando qualquer dos sistemas de registo. Olhar lateral: dirigir a fixação lateralmente pode revelar muito acerca do comportamento da adaptação das lentes. Um movimento excessivo demasiado larga ou plana. A ausência de movimento da lente lente demasiadamente apertada. Olhar para cima (até 1.5mm é aceitável) Pre-blink Immediately post-blink MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 80 Movimentos oculares Movimentos oculares laterais rápidos e extremos (até 1.5mm é aceitável); A adaptação das lentes pode ser avaliada pela extensão com que a lente segue o olho; Com olhar lateral, a lente centra-se ou é deslocada significativamente? Depois de várias oscilações dos olhos, as lentes seguem de perto e recentram-se rapidamente quando o olho regressa à sua posição primária de olhar? Se este comportamento não é consistente, ou o seu recentrado é incerto, a adaptação pode estar demasiado larga. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 81 Autor vídeo: Professor Jose Manuel González Méijome MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 82 Movimentos oculares Com os olhos para cima, o paciente é instruído a manter a posição dos seus olhos e não pestanejar (observar a centragem); Se a lente desliza para baixo da córnea apesar da supraversão do olho, é razoável assumir que a adaptação está boa ou A avaliação pode ser repetida várias plana. vezes. Se não existe movimento aparente, então deverá ser usado um push-up teste com a pálpebra inferior para “deslocar” a lente e repetir a avaliação. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 83 Push-up teste O que se pretende: deslocamento fácil da lente sobre a córnea enquanto o olho está na posição primária. Uma vez que a manipulação da pálpebra acaba, espera-se que a lente rapidamente e de maneira segura se recentre na córnea. Quando se realiza este exame é importante manter a margem posterior da pálpebra contra o globo de tal maneira que a lente possa ser “empurrada” adequadamente. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 84 Avaliação e Diagnóstico da Adaptação “Push-up” 85 Avaliação e Diagnóstico da Adaptação Quando se aplica a pressão do dedo no centro da pálpebra inferior, há uma tendência natural da pálpebra inferior se virar para fora do globo, tornando o exame difícil. Se a lente: Tem dificuldades em deslocar-se; Demora a recentrar-se pode assumir-se que a adaptação tem tendência para fechada. Se a lente não consegue regressar por completo, então a adaptação está muito fechada. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 86 Avaliação e Diagnóstico da Adaptação “LAG” Adaptação Fechada 87 Avaliação e Diagnóstico da Adaptação Observar um movimento fácil da lente desde a sua posição estática Velocidade de recentragem seguida a um deslocamento intencional Observar a qualidade de recentragem depois do deslocamento. O movimento da lente deverá ser de forma que o bordo da lente não cruze o limbo. Lente plana ou larga MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 88 Avaliação e Diagnóstico da Adaptação “LAG” Adaptação Plana 89 Avaliação e Diagnóstico da Adaptação Adaptação Plana 90 Avaliação e Diagnóstico da Adaptação Push-up test -> adaptação plana https://www.youtube.com/watch? v=Ib5OxBlpFac 91 Avaliação e Diagnóstico da Adaptação Push-up test -> adaptação fechada https://www.youtube.com/watch? v=aHL2baw5cMo 92 Avaliação e Diagnóstico da Adaptação Push-up test -> Boa adaptação https://www.youtube.com/watch?v=87_Qp5CwJHs 93 Avaliação e Diagnóstico da Adaptação Anotações 94 Exames suplementares durante a avaliação da lente de prova MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 95 Avaliação dos reflexos corneais Analisada a qualidade da imagem das miras do queratómetro e do retinoscópio durante um ciclo completo de pestanejo. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 96 Regularidade das miras do queratómetro: Avaliação da qualidade da imagem das miras durante um pestanejo completo: Lente fechada: miras aceitáveis depois do pestanejo; Lente larga: miras aceitáveis antes do pestanejo (regularidade da lente antes que esta se descentre e se torne menos regular); Se uma lente está apenas ligeiramente plana ou fechada então pode apresentar uma pequena diferença na visão da qualidade das miras. Regularidade dos reflexos retinoscópicos Similarmente para a alteração da qualidade do reflexo retinoscópico. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 97 Efeito do pestanejo na estabilidade da AV Demasiado apertada: A visão aclara imediatamente após o pestanejo e apresenta rapidamente uma visão de menor qualidade. Demasiado larga: A visão é geralmente boa na posição primaria do olhar mas fica enevoada imediatamente depois do pestanejo (tem tendência a descentrar-se) e depois regressa à qualidade visual prévia. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 98 MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 99 Avaliação subjetiva do conforto Durante o período de estabilização, o conforto do paciente deve ser quantificado numa escala de 1 (intolerável) a 5 ou 10 (muito confortável, não sente a lente). MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 100 Avaliação e Diagnóstico da Adaptação 101 Parâmetros suscetíveis de alteração e táticas de intervenção MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 102 Correção da adaptação Raio base Hidratação Diâmetro Aumentar se for Aumentar para dar Aumentar para fechada conforto e maior centrar a LC permeabilidade Diminuir se for Diminuir ser for excessivamente plana Diminuir para grande reduzir desidratação Lente pequena e larga ⇔ diâmetro maior Lente grande e fechada ⇔ diâmetro menor Altura sagital 103 Altura sagital: determinada por Curvatura central corneal Grau de asfericidade corneal Diâmetro corneal Curvatura da esclera/ conjuntiva paralimbal MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 104 Diâmetro A asfericidade corneal influencia na altura sagital do segmento anterior do olho mais do que a curvatura corneal. O diâmetro é o parâmetro que maior influência tem. A altura sagital de uma lente pode ser alterada mudando o RZOP, o diâmetro total ou ambos MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 105 Altura sagital Para alterar a relação de adaptação de uma lente entre a altura sagital e o segmento anterior do olho, a LC deve alterada. Para ajustar a adaptação: Para aplanar a adaptação: A altura da lente deve ser A altura deve ser menor maior que a do segmento que a normal. anterior do olho. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 106 Correção da adaptação Outras táticas de intervenção Descentramento ⇔ diâmetro maior Descentramento de LC centrifugadas-moldadas ⇔ bicurva torneada Desidratação e aperto ⇔ LC mais grossa e < H2O Lesões limbais superiores ⇔ maior diâmetro // menor módulo Desidratação inferior ⇔ melhorar o pestanejo // materiais com menor desidratação Desconforto ⇔ maior diâmetro, menor espessura ou > H2O 107 Distância Vertex? 108 Exemplo 1 Exemplo 3 Potência em óculos: -9.00 Potência em LC: -5.00 Distancia vertex: 12mm Distancia vertex: 12mm Potência LC= ?? Potência óculos= ?? Exemplo 2 Exemplo 4 Potência em óculos: +9.00 Potência em LC : +3.5 Distancia vertex: 12mm Distancia vertex: 12mm Potência LC= ?? Potência óculos = ?? MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 109 MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 110 O que não é aceitável Bordo da lente enrugado Indentação conjuntival 1 Lente demasiado larga. 2 Adaptação demasiado fechada. Descentramento Movimento excessivo excessivo 3 Induz exposição corneal 4 Produz distúrbios visuais Ausência de movimento Distúrbios visuais 5 impossibilidade dos movimentos das pálpebras e dos olhos para 6 Adaptação que resulta em distúrbios visuais associados produzir algum movimento na lente. com o pestanejo. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 111 O que dita a adaptação de uma lente? A relação entre as alturas sagitais da lente e o segmento anterior; A topografia do segmento anterior; As propriedades físicas da lente: Material, Rx, espessura e desenho da lente; Características do pestanejo e interacção pálpebra/lente. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 112 Efeito do desenho da lente Assumindo que: Todos os outros factores são idênticos Lentes que têm a mesma altura sagital e diâmetro total não exibirão necessariamente um comportamento similar se os desenhos da superfície posterior são diferentes. Difícil basear as expetativas do comportamento de uma lente nas características de adaptação relativamente a uma outra marca de lente. Portanto, o desenho da cara posterior da lente é determinante no seu comportamento no olho. Os fatores a ser considerados incluem: Forma esférica ou asférica Nº de curvas periféricas Raio de curvatura e amplitude das curvas MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 113 Igual Sag, igual diâmetro, mas… Diferente desenho Diferente comportamento MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 114 Sobre-refração Depois de conseguir uma adaptação aceitável da lente sobre o olho: Determina-se a sobre-refração ocular, isto é, a adição necessária para obter a melhor AV. Soma-se ao Obtém-se valor da desta forma a Adição esférica potência da potência final lente de prova da LC Se a melhor AV se consegue É aceitável determinar a potência com definitiva tendo em conta o equivalente esférico sempre que a adição do componente cilíndrico não Adição esfero- seja superior a 0.50D cilíndrica Se é maior, terá que se pensar numa lente hidrófila tórica ou RPG MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 115 Sobre-refração Sobrerefração Lente Teste (Potência) P lente a pedir? -1,00 D LCHE (-2,00 D) +2,00 D LCHE (-2,00 D) -10,00 D LCHE (-4,00 D) +6,00 D LCHE (+2,00 D) MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 116 Descrições de adaptação Boa, ótima, ideal Fechada, ajustada Plana, larga MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 117 Boa, ótima, ideal Apresenta conforto desde o início; Boa cobertura; Movimento entre 0.50 e 1.0mm quando pestaneja em olhar superior; Visão igual ou superior aos óculos e estável durante o pestanejo; Miras queratométricas estáveis e claras durante o ciclo de pestanejo; Sobre-refração neutra ou inferior a 0.50D. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 118 Fechada, ajustada Conforto inicialmente bom (piora com o tempo); Bem centrada; Boa cobertura; Movimento mínimo com o pestanejo em olhar superior e nas posições extremas do olhar; A visão melhora imediatamente depois do pestanejo e piora mais tarde; Miras do queratómetro claras depois do pestanejo e distorcem mais tarde; Sobre-refração mais negativa do que a esperada. Adaptação fechada: aumentar o raio de curva base, diminuir o diâmetro ou ambos. MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 119 Plana, larga Maior sensação de desconforto (parece que a lente toca nas pálpebras); Descentrada superior ou temporal; Má cobertura em alguma área dependendo do descentramento; Movimento excessivo com o pestanejo; A visão piora imediatamente após o pestanejo e melhora quando a lente volta a estabilizar; Miras do queratómetro distorcidas imediatamente após o pestanejo melhorando mais tarde até novo pestanejar; Sobre-refração mais positiva do que esperada. Adaptação plana: diminuir o raio de curva base, aumentar o diâmetro ou ambos. 120 MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 Para treinar MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 121 O QUE ESTÁ BEM OU O QUE ESTÁ MAL? MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 122 O QUE ESTÁ BEM OU O QUE ESTÁ MAL? MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 123 O QUE ESTÁ BEM OU O QUE ESTÁ MAL? MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 124 O QUE ESTÁ BEM OU O QUE ESTÁ MAL? MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 125 MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 126 1. Qual é a percentagem que 2. A maioria das lentes hidrófilas representam atualmente as adaptadas são: adaptações de LCH? a) Convencionais diárias a) 90% b) Silicone-hidrogel mensais b) 20% c) 50% c) Convencionais uso prolongado d) 70% d) Silicone-hidrogel diárias 3. Os parâmetros/propriedades 4. Qual destas propriedades das LCH de LC são normalmente está mais relacionada com o conforto? referenciados para a potência a) Transmissibilidade ao oxigénio a) -3.00D b) Transmitância b) +3.00D c) Conteúdo em água c) Potência neutra d) Qualidade ótica d) Depende dos fabricantes MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 127 5. O diâmetro de uma LCH 6. O raio de curvatura de uma LCH normalmente varia entre:90% normalmente varia entre: a) 10.50 – 12.50 mm a) 7.60 – 7.80 mm b) 8.50 – 10.50 mm b) 8.00 – 9.00 mm c) 12.50 – 15.50 mm c) 8.60 – 8.80 mm d) 13.80 – 14.50 mm d) 9.00 – 9.80 mm 7. Numa lente hidrófila convencional:: a) A água não interfere na transmissibilidade ao oxigénio b) Quanto maior o conteúdo em água, maior a transmissibilidade ao oxigénio c) Quanto maior o conteúdo em água, maior a dureza da lente d) Quanto maior o conteúdo em água, menor a adesão de depósitos MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 128 8. A maioria das lentes descartáveis 9. A espessura normal de uma lente têm potências a variar entre: hidrófila varia entre: a) -10.00 a +10.00 a) 0.07- 0.10mm b) -10.00 a +6.00 b) 0.035- 0.06 mm c) -20.00 a +20.00 c) 0.06 -0.07mm d) -6.00 a +6.00 d) 0.10- 0.15mm 10. Quantos grupos 11. Numa adaptação fechada devemos existem da FDA a) Aumentar o diâmetro a) 4 b) Diminuir o raio de curvatura b) 3 c) Trocar a marca da lente c) 2 d) Aumentar o raio de curvatura d) 1 MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 129 12. Numa adaptação plana devemos 13. O diâmetro de uma LCH deve ser aproximadamente: a) Diminuir o raio de curvatura a) 2 mm menor que a íris visível b) Diminuir o diâmetro b) 2 mm maior que a íris visível c) Aumentar o raio de curvatura c) Do mesmo tamanho que a iris d) Trocar a marca da lente visível d) 4 mm maior que a íris 14. Se obtivermos uma sobrefração de -2.00D e a lente de teste era de -2.00D, a lente final será a) -2.00D b) 0.00D c) -4.00D d) +2.00D MLira, Fundamentos de Contactologia 24-25 130

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