Dermatopatias Infecciosas e Parasitárias - Aulas PDF
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CESMAC
Régia Ribeiro
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Apresenta um resumo das dermatopatias infecciosas e parasitárias. Inclui tópicos como impetigo, SSSS e outras condições dermatológicas.
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DERMATOPATIAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS PARTE I Profa. Régia Ribeiro Dermatologista INFECÇÕES BACTERIANAS DA PELE PIODERMITES Impetiginização = infecção por bactéria PRÓPRIA da pele Infecção Secundária = infecção por bactér...
DERMATOPATIAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS PARTE I Profa. Régia Ribeiro Dermatologista INFECÇÕES BACTERIANAS DA PELE PIODERMITES Impetiginização = infecção por bactéria PRÓPRIA da pele Infecção Secundária = infecção por bactéria que NÃO é própria da pele São processos infecciosos, primariamente cutâneos Por impetiginização ou infecção secundária, quando a pele estiver previamente lesada Etiologia Estafilocócica Estreptocócica Pele normal é rica em bactérias Residentes permanentes – colonizam/difícil remoção S. epidermidis, Propionibacterium, Corynebacterium, fungos... Varia qualitativa e quantitativamente de acordo com idade, sexo, local, raça, umidade Residentes transitórias – tempo variável/fácil remoção/perda da integridade S. aureus, S. pyogenes Oportunismo CLASSIFICAÇÃO DAS PIODERMITES DE ACORDO COM A PROFUNDIDADE NA PELE Infecção superficial da pele Impetigo SSSS Infecção da epiderme e derme Ectima Infecção mais profunda Erisipela Celulite Infecção mais profunda com tendência à supuração Abscesso Infecção superficial do folículo piloso Foliculite superficial Infecção do folículo piloso juntamente com sua glândula sebácea Furúnculo Carbúnculo Mais comum na face e em MMII IMPETIGOS Infecções piogênicas primárias da pele Contagiosas Superficiais Estafilococos e estreptococos Face e mmss – disseminação por autoinoculação Impetiginização Estafilococos Crianças Mais comum em crianças e no calor Calor Estado de portador Pacientes com dermatite atópica tem mais chances de apresentar impetigo Mais comum em torno do nariz e boca, e pode acontecer nas extremidades. CLÍNICA Qualquer trauma que acabe com a integridade da nossa pele é uma "solução de continuidade prévia" Impetigo não bolhoso 70% S. aureus x S. pyogenes Em torno do nariz e boca, extremidades Solução de continuidade prévia – pequenos traumas Mácula eritematosa que evolui p bolha/vesícula efêmera, resultando em crosta melicérica Em geral, assintomático Linfadenite satélite pode ocorrer Sem elevação de ASLO “queimadura de cigarro” Tem formato típico de queimadura de cigarro Nesse caso não precisa de lesão de CLÍNICA continuidade Impetigo bolhoso Apenas por S. aureus Não necessita solução de continuidade Mais em RN e também e crianças Vesículas se transformam em bolhas grandes que sofrem pustulização Crostas finas e acastanhadas, podendo ter aspecto circinado Face, períneo, nádegas e extremidades IMPETIGO Diagnóstico Clínico Diagnóstico é geralmente clínico, mas o médico pode solicitar exames Bacterioscopia e cultura Tratamento Antibiótico Tópicos Sistêmicos Sistêmicos a depender da extensão da lesão e dos sintomas sistêmicos do paciente Limpeza Se poucas lesões, higienização na hora do banho com sabonte neutro. Se lesões extensas recomenda-se o uso de sabonetes antisépticos Antissépticos Retirada das crostas Desaconselhado a retirada das crostas, exceto se forem muito grossas. Se muito grossas usa-se emoliente para "amolecer" as crostas. CLASSIFICAÇÃO DAS PIODERMITES DE ACORDO COM A PROFUNDIDADE NA PELE Infecção superficial da pele Impetigo SSSS Infecção da epiderme e derme Ectima Infecção mais profunda Erisipela Celulite Infecção mais profunda com tendência à supuração Abscesso Infecção superficial do folículo piloso Foliculite superficial Infecção do folículo piloso juntamente com sua glândula sebácea Furúnculo Carbúnculo SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILOCÓCICA (SSSS) Doença bolhosa superficial produzida pela toxina esfoliativa (esfoliatina) do Staphylococcus Crianças Curso benigno Rara no adulto, alta mortalidade (60%) Grande produção de toxinas ou deficiência na sua eliminação Realiza-se uma fricção na pele, numa área íntegra próximo CLÍNICA a área lesionada, se houver descolamento de pele o sinal é positivo (Sinal de Nikolsky +) Infecção primária inicia-se na conjuntiva, nasofaringe, ouvido, TU ou pele Rash eritematoso escarlatiniforme, mais intenso nas flexuras Bolhas flácidas em 24 a 48h – flexuras e periorificiais Áreas exulceroexsudativas (grande queimado) Sinal de nikolsky + Raro acometer mucosa Descamação de base eritematosa, de rápida cicatrização Febre e irritabilidade DIAGNÓSTICO 3 critérios: Clínica Eritrodermia Descamação Formação de bolhas Isolamento de S. aureus produtor de esfoliatina Locais a distância Testes sorológicos Histopatologia característica TRATAMENTO Internamento Antibiótico Erradicar foco da infecção Penicilina EV Penicilina penicilinase-resistente em casos mais graves Controle hidroeletrolítico Doença de base Compressas e cremes de barreira Bom prognóstico em crianças CLASSIFICAÇÃO DAS PIODERMITES DE ACORDO COM A PROFUNDIDADE NA PELE Infecção superficial da pele Impetigo SSSS Infecção da epiderme e derme Ectima Infecção mais profunda Erisipela Celulite Infecção mais profunda com tendência à supuração Abscesso Infecção superficial do folículo piloso Foliculite superficial Infecção do folículo piloso juntamente com sua glândula sebácea Furúnculo Carbúnculo ECTIMA Etiologia estreptocócica ou estafilocócica Inicia como pústula que se aprofunda, originando lesão ulcerada recoberta por crosta espessa e muito aderida Localização preferencial nas pernas Cicatriz Atinge a derme, por isso a cicatriz Única ou várias lesões Higiene local Antissépticos Antibióticos tópicos ou sistêmicos CLASSIFICAÇÃO DAS PIODERMITES DE ACORDO COM A PROFUNDIDADE NA PELE Infecção superficial da pele Impetigo SSSS Infecção da epiderme e derme Ectima Infecção mais profunda Erisipela Celulite Infecção mais profunda com tendência à supuração Abscesso Infecção superficial do folículo piloso Foliculite superficial Infecção do folículo piloso juntamente com sua glândula sebácea Furúnculo Carbúnculo ERISIPELA Infecção aguda da derme Importante comprometimento linfático Predominantemente estreptocócica – Grupo A* Inicia após perda da barreira cutânea Tinha do pé, insuficiência venosa, DM, tromboflebite,