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Manejo de Bacias Hidrográficas - Unidade I e II.pdf

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MANEJO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS PROF. MS. FELIPE CORDEIRO Manejo de Bacias Hidrográficas Curso: BACHARELADO EM AGRONOMIA Turma: 2021.1 (A) Componente Curricular: Manejo de Bacias Hidrográficas Carga Horária: 40h Professor Formador Responsável: Prof. Me. Felipe Cordeiro de Lima Ementa...

MANEJO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS PROF. MS. FELIPE CORDEIRO Manejo de Bacias Hidrográficas Curso: BACHARELADO EM AGRONOMIA Turma: 2021.1 (A) Componente Curricular: Manejo de Bacias Hidrográficas Carga Horária: 40h Professor Formador Responsável: Prof. Me. Felipe Cordeiro de Lima Ementa Conceito de bacias hidrográficas. Bacia hidrográfica. Morfometria de bacias hidrográficas. Princípios de Hidrologia. Escoamento superficial. Estudo da vazão de cursos d’água. Legislação aplicada ao manejo de bacias hidrográficas. Conservação do solo e água em bacias hidrográficas. Uso da terra e manejo de bacias hidrográficas. Planejamento de bacias hidrográficas para fins de produção de água em quantidade e qualidade. Estudos de caso. Objetivo da disciplina Oferecer aos discentes um enfoque multidisciplinar sobre recursos hídricos, geotécnicos e preservação de ecossistemas nativos no manejo de ambientes. Planejar ações preventivas e mitigatórias em bacias hidrográficas. Conteúdo programático UNIDADE 1 - Bacias Hidrográficas UNIDADE 2 - Ferramentas Empregadas Em 1 Conceito de bacias hidrográficas Manejo De Bacias Hidrográficas 2 Principais bacias hidrográficas brasileiras Política Nacional Dos Recursos Hídricos 3 Fundamentos hidrológicos em bacias hidrográficas Uso Racional Dos Recursos Da Bacia 4 Características físicas Hidrográfica/ Gestão De Recursos Hídricos 5 Estudo da vazão de cursos d’água Educação Ambiental No Contexto Da Bacia 6 Efeitos da vegetação na conservação da água e do solo Hidrográfica Como Unidade De Gestão 7 Erosão e sedimentologia em bacias Estudos De Caso. hidrográficas/Qualidade de água e poluição ambiental BIBLIOGRAFIA Valente, O. F.; Gomes, M. A. Conservação de Nascentes: Hidrologia e Manejo de Bacias Hidrográficas de Cabeceiras. Viçosa: Aprenda Fácil, 2011. SCHIAVETTI, Alexandre; et al. Conceitos de Bacias Hidrográficas : Teorias e Aplicaçàes. Bahia: Editus, 2002. SILVA, Alexandre Marco da, SCHULZ, Harry Edmar. Erosão e Hidrossedimentologia em Bacias Hidrográficas. 2º ed. São Carlos: RIMA, 2007. TUNDISI, José Galizia. Recursos Hídricos no século XXI. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. 328p. SCHIEL, Dietrich; MASCARENHAS, Sérgio; VALEIRAS, Nora; SANTOS, Silvia A M. O estudo de bacias hidrográficas: uma estratégia para educação ambiental. [S.l: s.n.], 2003 Avaliações N1 26/06/2023 AI (Atividade Integrada) – 10 questões objetivas N2 27/06/2023 APS (Atividade Prática Supervisionada) N3 Continuas AP (Atividade Prática) – Atividades realizadas em sala de aula N4 01/07/2023 AF (Avaliação Final) Unidade 1. Bacias hidrográficas Bacias hidrográficas? ” A bacia hidrográfica é a área de captação natural dos fluxos de água originados a partir da precipitação, que faz convergir os escoamentos para um único ponto de saída, seu exutório”. (COLLISCHONN e TASSI, 2008) Elementos das bacias hidrográficas Divisor de águas: ponto mais alta da bacia hidrográfica. Define o limite da bacia hidrográfica. Rio principal: rio coletor que faz a drenagem de todos os afluentes (rios secundários), e também do escoamento de sub-superfície. Afluentes: coletor do escoamento superficial e de rios sub afluentes despeja água no rio principal. Sub afluentes: coleta o escoamento superficial e despeja água em um rio Afluente. Bacias hidrográficas Bacias hidrográficas Bacias hidrográficas Bacias hidrográficas Bacias hidrográficas A - seção principal Delimitação da Drena toda a água que escoa superficialmente por gravidade bacia Sistema fluvial para a seção principal; O divisor de água subterrâneo pode ser diferente do superficial. Efeito maior para bacias pequenas A Bacias hidrográficas Superfícies vertentes: terreno sobre o qual escoa a água precipitada. Rede de drenagem: formada por cursos d’água que confluem até resultar um leito único no exutório. Bacias hidrográficas Definida por uma seção de rio; Representa toda a área de contribuição superficial que a água escoa por gravidade até a seção do rio; A bacia hidrográfica do escoamento subterrâneo pode ser diferente. O erro pode diminuir com o aumento da bacia ou a escala da informação; Delimitação gráfica ou através de geoprocessamento; Bacias hidrográficas Classificação das bacias hidrográficas As sub-bacias são áreas de drenagem dos tributários do curso d’água principal. Possuem áreas maiores que 100 km² e menores que 700 km² (FAUSTINO, 1996). A microbacia possui toda sua área com drenagem direta ao curso principal e uma sub-bacia, várias microbacias formam uma sub-bacia. Possuem a área inferior a 100 km2 (FAUSTINO, 1996). Bacias hidrográficas Classificação das bacias hidrográficas A área da microbacia depende do objetivo do trabalho que se pretende realizar (não existe consenso sobre qual o tamanho ideal). PEREIRA (1981) sugere: a) para verificação do efeito de diferentes práticas agrícolas nas perdas de solo, água e nutrientesÆ área não deve exceder a 50 ha. b) estudo do balanço hídrico e o efeito do uso do solo na vazão Æ áreas de até 10.000 ha. c) estudos que requerem apenas a medição de volume e distribuição da vazão Æ bacias representativas com áreas de 10 a 50 mil ha. Balanço hídrico de algumas regiões hidrográficas do Brasil Balanço hídrico de algumas regiões hidrográficas do Brasil Região Hidrográfica Amazônica: constituída pela bacia hidrográfica do Amazonas, sendo esta a mais extensa rede hidrográfica da Terra. Sua nascente localiza-se nos Andes Peruanos e sua foz, no Oceano Atlântico. É uma bacia hidrográfica que se estende pelo Brasil (63%), Peru (17%), Bolívia (11%), Colômbia (5,8%), Equador (2,2%), Venezuela (0,7%) e Guiana (0,2%). Segundo a Agência Nacional das Águas, as maiores demandas de uso ocorrem nas sub-bacias dos rios Madeira, Tapajós e Negro e seu principal uso é a irrigação. Balanço hídrico de algumas regiões hidrográficas do Brasil Região Hidrográfica do Tocantíns- Araguaia: esta região abrange os estados de Goiás (26,8%), Tocantins (34,2%), Pará (20,8%), Maranhão (3,8%), Mato Grosso (14,3) e Distrito Federal (0,1%). Sua maior demanda de uso é irrigação, correspondendo a 66% do total. Balanço hídrico de algumas regiões hidrográficas do Brasil Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental: situada no Maranhão e Pará, sua principal demanda de uso está relacionada com consumo humano, 64% do total. Região Hidrográfica do Paraíba: segunda região mais importante do nordeste, ocupa os estados do Piauí (99%), Maranhão (19%) e Ceará (10%) Balanço hídrico de algumas regiões hidrográficas do Brasil Região Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental: região que se estende pelos estados do Ceará (46%), Rio Grande do Norte (19%), Paraíba (20%), Pernambuco (10%), Alagoas (5%) e Piauí (1%). Nesta região hidrográfica pode-se observar uma evolução da ação antrópica sobre a vegetação nativa, bastante significativa. Balanço hídrico de algumas regiões hidrográficas do Brasil Região Hidrográfica do São Francisco: abrange os estados da Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, e Goiás, e também o Distrito Federal. Esta região possui a maior quantidade e diversidade de peixes de água doce da região nordeste. Balanço hídrico de algumas regiões hidrográficas do Brasil Região hidrográfica do Atlântico Leste: região que ocupa os estados da Bahia (66,8%), Minas Gerais (26,2%), Sergipe (3,8%) e Espírito Santo (3,2%). Região Hidrográfica do Paraguai: inclui a região do Pantanal, que é uma das maiores extensões úmidas continuas da Terra. Abrange os países de Brasil (33%), Argentina, Bolívia e Paraguai. Balanço hídrico de algumas regiões hidrográficas do Brasil Região Hidrográfica do Paraná: é a região com o maior desenvolvimento econômico do Brasil. Esta região se estende pelos estados de São Paulo (25%), Paraná (21%), Mato Grosso do Sul (20%), Minas Gerais (18%), Goiás (14%), Santa Catarina (1,5%) e Distrito Federal (0,5%). Região Hidrográfica do Sudeste: sua característica social principal é a elevada concentração populacional e a presença de indústrias em seu território. Seus principais rios são o Paraíba do Sul e o Doce. Balanço hídrico de algumas regiões hidrográficas do Brasil Bacia Hidrográfica do Uruguai: ocupa os territórios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Esta região tem importância devido às atividades de agroindústria e o potencial hidrelétrico. Região Hidrográfica do Atlântico Sul: abrange 4 estados da União, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Caracteriza-se pela importância no turismo e desenvolvimento econômico. Balanço hídrico de algumas regiões hidrográficas do Brasil Classificação bacias hidrográficas a) exorreicas: quando o escoamento da água se faz de modo contínuo até o mar, isto é, quando as bacias deságuam diretamente no mar; Classificação bacias hidrográficas b) endorreicas: quando as drenagens são internas e não possuem escoamento até o mar, desembocando em lagos, ou dissipando-se nas areias do deserto ou perdendo-se nas depressões cársicas; Classificação bacias hidrográficas c) arreicas: quando não há qualquer estruturação em bacias, como nas áreas desérticas; Deserto do Atacama, Chile Classificação bacias hidrográficas d) criptorreicas: quando as bacias são subterrâneas, como nas áreas cársicas. Classificação dos Cursos d’água Método de Strahler - Cursos d’água de 1a Ordem: são todos os canais sem tributários, mesmo que corresponda à nascente dos cursos d’água principais; - Cursos d’água de 2a Ordem: são formados pela união de 2 ou mais cursos de 1a ordem, podendo ter afluentes de 1a; - Cursos d’água de 3a Ordem: são formados pela união de 2 ou mais cursos de 2a ordem, podendo receber cursos d’água de 2a e 1a ordens. Bacias hidrográficas De grande importância no estudo das BH é o conhecimento do sistema de drenagem. Classificação dos cursos d’água a)Perenes: contém água durante todo o tempo. b)Intermitentes: em geral, escoam durante as estações de chuvas e secam nas de estiagem. c) Efêmeros: existem apenas durante ou imediatamente após os períodos de precipitação e só transportam escoamento superficial. Características bacias hidrográficas Caracterização sócio-econômica: Produtor, propriedade, uso atual da terra, benfeitorias, associativismo, práticas de manejo, produção animal e vegetal problemas de utilização da terra, estrutura fundiária. Caracterização fisiográfica: localização e descrição da área, Levantamento de solos, caracterização climática, cobertura vegetal, caracterização hidrológica, forma relevo, rede de drenagem, declividade. Características bacias hidrográficas Área de drenagem Comprimento da drenagem principal Declividade Forma Cobertura vegetal e uso do solo Características bacias hidrográficas Área de drenagem - A área da bacia (A) corresponde a sua área de drenagem. A vazão de um rio depende da área da bacia? Volume precipitado de água, para uma certa lâmina de precipitação pede ser estimado pela expressão: Volume precipitado = lâmina precipitada x área da bacia Características bacias hidrográficas  Comprimento da drenagem principal: é um indicador da característica da bacia e indiretamente da área Os comprimentos da bacia e do rio principal são importantes para a estimativa do tempo que a água leva para percorrer a bacia. Características bacias hidrográficas Declividade Diferença de altitude entre o início e o fim da drenagem dividida pelo comprimento da drenagem. Tem relação com a velocidade com a qual ocorre o escoamento. Características bacias hidrográficas O comprimento do curso principal e a declividade média da bacia e do curso d’água principal afeta diretamente o tempo de viagem da água ao longo do sistema; Características bacias hidrográficas O tempo de viagem da gota de água da chuva que atinge a região mais remota da bacia até o momento em que atinge o exutório é chamado de tempo de concentração da bacia. Características bacias hidrográficas A equação de Kirpich, apresentada abaixo, pode ser utilizada para estimativa do tempo de concentração de pequenas bacias: onde tc é o tempo de concentração em minutos; L é o comprimento do curso d’água principal em km; e ∆h é a diferença de altitude em metros ao longo do curso d’água principal. Características bacias hidrográficas Forma Função da delimitação da área da bacia e tem influência no tempo transcorrido entre a ocorrência da precipitação e o escoamento no exutório. Características bacias hidrográficas Indicativos da forma da bacia: Fator de forma Kf  A L 2 A área da bacia e L comprimento do curso principal O fator de forma pode assumir os seguintes valores: 1,00 – 0,75.: sujeito a enchentes 0,75 – 0,50.: tendência mediana < 0,50.: menor tendência a enchentes Características bacias hidrográficas Indicativos da forma da bacia: Índice de compacidade Relação entre o perímetro da bacia e o perímetro que a bacia teria se fosse circular. Kc = 0,28 P / A0.5 mede mais ou menos a mesma coisa que o fator de forma Características bacias hidrográficas Indicativos da forma da bacia: Índice de compacidade Quanto mais próximo da unidade for este coeficiente, mais a bacia se assemelha a um círculo. Assim, pode-se interpretá-lo da seguinte forma: 1,00 – 1,25 = bacia com alta propensão a grandes enchentes 1,25 – 1,50 = bacia com tendência mediana a grandes enchentes > 1,50 = bacia com menor propensão a grandes enchentes Características bacias hidrográficas Indicativos da forma da bacia: Índice de compacidade Quanto mais próximo da unidade for este coeficiente, mais a bacia se assemelha a um círculo. Assim, pode-se interpretá-lo da seguinte forma: 1,00 – 1,25 = bacia com alta propensão a grandes enchentes 1,25 – 1,50 = bacia com tendência mediana a grandes enchentes > 1,50 = bacia com menor propensão a grandes enchentes Características bacias hidrográficas Cobertura vegetal e uso do solo  Florestas: maior interceptação; maior profundidade de raízes.  Maior interceptação = escoamento demora mais a ocorrer.  Maior profundidade de raízes = água consumida pela evapotranspiração pode ser retirada de maiores profundidades do solo. Características bacias hidrográficas Cobertura vegetal e uso do solo Substituição de florestas por lavoura/pastagens  Urbanização: telhados, ruas, passeios, estacionamentos e até pátios de casas  Modificação dos caminhos da água Aumento da velocidade do escoamento (leito natural rugoso x leito artificial com revestimento liso) Encurtamento das distâncias até a rede de drenagem (exemplo: telhado com calha) Características bacias hidrográficas Agricultura = compactação do solo Redução da quantidade de matéria orgânica no solo Porosidade diminui Capacidade de infiltração diminui Raízes mais superficiais: Consumo de água das plantas diminui Características bacias hidrográficas Tipos de Solos  Solos arenosos = menos escoamento superficial  Solos argilosos = mais escoamento superficial  Solos rasos = mais escoamento superficial  Solos profundos = menos escoamento superficial Características bacias hidrográficas Tipos de Solos  Solos arenosos = menos escoamento superficial  Solos argilosos = mais escoamento superficial  Solos rasos = mais escoamento superficial  Solos profundos = menos escoamento superficial Manejo de Bacias Hidrográficas “Uso racional dos recursos naturais de uma bacia visando produção de água em quantidade e qualidade.” Manejo de Bacias Hidrográficas “Uso racional dos recursos naturais de uma bacia visando produção de água em quantidade e qualidade.” Manejo de Bacias Hidrográficas Tem por objetivo mostrar: - A influência do uso terra sobre a produção de água. - As enchentes; - Processos erosivos. Manejo de Bacias Hidrográficas Balanço Hídrico O manejo de pequenas bacias é feito com base no processo hidrológico: Chuvas (P) Evapotranspiração (EP) Superfície da Bacia Enxurrada (ES) Curso d’água (Qv) Lençóis Nascentes (Qn) Manejo de BACIAS HIDROGRÁFICAS Balanço hídrico Balanço entre entradas e saídas de água em uma bacia hidrográfica Principal entrada  precipitação Saídas  evapotranspiração e escoamento. A equação abaixo tem que ser satisfeita: ΔV  P E  Q Δt Onde: V  variação do volume de água armazenado na bacia (m3) t  intervalo de tempo considerado (s) P  precipitação (m3.s-1) E  evapotranspiração (m3.s-1) Q  escoamento (m3.s-1) Balanço hídrico Balanço hídrico Intervalos de tempo longos (como um ano ou mais)  variação de armazenamento pode ser desprezada na maior parte das bacias P EQ Reescrita em unidades de mm.ano-1, o que é feito dividindo os volumes pela área da bacia As unidades de mm são mais usuais para a precipitação e para a evapotransipiração. Uma lâmina 1 mm de chuva corresponde a um litro de água distribuído sobre uma área de 1 m2. Balanço hídrico Percentual da chuva que se transforma em escoamento Q C P O coeficiente de escoamento tem, teoricamente, valores entre 0 e 1. Na prática os valores vão de 0,05 a 0,5 para a maioria das bacias. Atividade Prática – Parte 01 Os grupos devem discutir os seguintes pontos:  Localização e extensão da bacia hidrográfica.  Principais características físicas (topografia, geologia, solo).  Principais usos do solo e cobertura vegetal.  Problemas ambientais e de manejo identificados na bacia. Após a análise, cada grupo deverá identificar ao menos um problema principal na sua bacia hidrográfica e discutir possíveis soluções. Precipitação Precipitação: água da atmosfera depositada na superfície da terrestre. chuva, granizo, neve, orvalho, neblina ou geada. Nosso maior interesse está na precipitação em forma de chuva; Variabilidade temporal e espacial. introdução A água existente na atmosfera encontra-se predominantemente na forma de vapor. A quantidade de vapor no ar é limitada; Ar a 20º C - 20 gramas por metro cúbico > condensação; Tamanho das gotas nuvem: 0,02 mm chuva: 0,5 a 2 mm Formação e classificação das chuvas Evaporação Precipitação Vapor de água Condensação Gotas se formam (Temperatura do ar aumenta) Variáveis características As variáveis que caracterizam a chuva são: Duração é o período de tempo durante o qual a chuva cai, em min ou h. A altura é a espessura média da lâmina de água que cobriria a região atingida se esta região fosse plana e impermeável, em mm. 1 mm de chuva = 1 litro de água distribuído em 1 metro quadrado. Intensidade é a altura precipitada dividida pela duração da chuva, e é expressa, normalmente, em mm.hora-1. Frequência é a quantidade de ocorrências de eventos iguais ou superiores ao evento de chuva considerado. Formação e classificação das chuvas Diferentes mecanismos agindo no sentido de causar a referida ascensão do ar úmido e, conforme o tipo de mecanismo, as precipitações são classificadas em: Chuva frontais; Chuvas orográficas; Chuvas convectivas. Formação e classificação das chuvas Chuva frontais Interação entre massas de ar quentes e frias; Grande duração, grandes áreas e intensidade média; No Brasil as chuvas frontais são muito frequentes na região Sul. Formação e classificação das chuvas Chuvas orográficas Ventos em barreiras montanhosas; Baixa intensidade, grande duração e pequenas Brasil são especialmente importantes ao longo da Serra do Mar áreas. Formação e classificação das chuvas Chuvas convectivas Brusca ascensão local de ar aquecido no solo; Curta duração, grande intensidade e ocorre em pequenas extensões Brasil; Problemas de inundação em áreas urbanas estão, muitas vezes, relacionados às chuvas convectivas. Formação e classificação das chuvas Chuvas convectivas Instrumentos de medição Radar Pluviômetros Pluviógrafos Instrumentos de medição Pluviômetros Variabilidade espacial da chuva Variabilidade sazonal da chuva Um dos aspectos mais importantes do clima e da hidrologia de uma região é a época de ocorrência das chuvas; Existem regiões com grande variabilidade sazonal da chuva, com estações do ano muito secas ou muito úmidas; Na maior parte do Brasil o verão é o período das maiores chuvas. Variabilidade sazonal da chuva Chuvas médias mensais A variabilidade sazonal da chuva é representada por gráficos com a chuva média mensal Chuvas médias mensais A variabilidade sazonal da chuva é representada por gráficos com a chuva média mensal Porto Alegre Cuiabá Na maior parte do Brasil  verão com as maiores chuvas. Chuvas anuais Uma das variáveis mais importantes na definição do clima de uma região; Influencia fortemente a vegetação existente e as atividades humanas que podem ser exercidas numa região: Muitas regiões da Amazônia -> mais do que 2000 mm por ano. Região do Semi-Árido do Nordeste -> áreas com menos de 600 mm anuais. Chuvas anuais Chuvas totais anuais Chuvas anuais A Figura apresenta um histograma de frequências de chuvas anuais de um posto localizado no interior de Minas Gerais, no período de 1942 a 2001. ESCOAMENTO Superficial ESCOAMENTO O escoamento em uma bacia é, normalmente, estudado em duas partes: Geração de escoamento e propagação de escoamento; O escoamento tem origens diferentes dependendo se está ocorrendo um evento de chuva ou não. ESCOAMENTO Superfícies vertentes: terreno sobre o qual escoa a água precipitada. Rede de drenagem: formada por cursos d’água que confluem até resultar um leito único no exutório. ESCOAMENTO Durante as chuvas intensas, a maior parte da vazão que passa por um rio é a água da própria chuva que não consegue penetrar no solo e escoa imediatamente, atingindo os cursos d’água e aumentando a vazão. Desta forma que são formados os picos de vazão e as cheias ou enchentes. O escoamento rápido que ocorre em consequência direta das chuvas é chamado de escoamento superficial. ESCOAMENTO superficial A parcela da chuva que se transforma em escoamento superficial é chamada chuva efetiva. O escoamento superficial é a fase que trata da ocorrência e transporte da água na superfície terrestre. ESCOAMENTO Existem dois principais processos reconhecidos na formação do escoamento superficial: precipitação de intensidade superior à capacidade de infiltração; e precipitação sobre solos saturados. Se uma chuva com intensidade de 30 mm/h atinge um solo cuja capacidade de infiltração é de 20 mm/h, uma parte da chuva (10 mm/h) se transforma em escoamento superficial. TIPOS DE ESCOAMENTO BACIA Superficial Sub-superficial Subterrâneo ESCOAMENTO Chuva, infiltração, escoamento superficial ESCOAMENTO Chuva, infiltração, escoamento superficial, escoamento subterrâneo Camada saturada ESCOAMENTO Escoamento sub-superficial ESCOAMENTO Depois da chuva: Escoamento sub-superficial e escoamento subterrâneo Camada saturada ESCOAMENTO Estiagem: apenas escoamento subterrâneo Camada saturada ESCOAMENTO Estiagem: apenas escoamento subterrâneo Camada saturada ESCOAMENTO Estiagem: apenas escoamento subterrâneo Camada saturada ESCOAMENTO Estiagem muito longa = rio seco Rios intermitentes Camada saturada ESCOAMENTO superficial Precipitação que atinge áreas impermeáveis ESCOAMENTO superficial Precipitação intensa que atinge áreas de capacidade de infiltração limitada ESCOAMENTO superficial Precipitação que atinge áreas saturadas Precipitação Infiltração ESCOAMENTO superficial Precipitação que atinge áreas saturadas Precipitação Solo saturado ESCOAMENTO superficial Precipitação que atinge áreas saturadas Precipitação Escoamento Solo saturado ESCOAMENTO superficial Hidrograma: Representação gráfica da vazão ao longo do tempo HIDROGRAMA Hidrograma HIDROGRAMA 2 Hidrograma HIDROGRAMA 3 Hidrograma HIDROGRAMA 4 Hidrograma HIDROGRAMA 5 Hidrograma HIDROGRAMA 6 Hidrograma HIDROGRAMA 7 Hidrograma HIDROGRAMA 8 Hidrograma HIDROGRAMA 9 Hidrograma HIDROGRAMA 10 Hidrograma HIDROGRAMA 11 Hidrograma HIDROGRAMA 12 Hidrograma HIDROGRAMA 13 Hidrograma HIDROGRAMA 14 Hidrograma HIDROGRAMA 15 Hidrograma HIDROGRAMA 16 Formação do Hidrograma HIDROGRAMA 1 – Início do escoamento superficial 2 – Ascensão do hidrograma 3 3 – Pico do hidrograma 4 – Recessão do hidrograma 5 – Fim do escoamento superficial 6 – Recessão do escoamento subterrâneo 2 4 Superficial e 5 Sub-superficial 6 1 Escoamento subterrâneo Forma do Hidrograma ESCOAMENTO superficial Bacia montanhosa Q Bacia plana tempo Forma do Hidrograma ESCOAMENTO superficial Bacia urbana Q Bacia rural tempo Obras de drenagem tornam o escoamento mais rápido Forma da bacia x hidrograma ESCOAMENTO superficial Bacia circular Q Bacia alongada tempo Forma da bacia x hidrograma ESCOAMENTO superficial ESCOAMENTO superficial Fatores que influenciam no escoamento superficial: Físicas como área, relevo, taxa de impermeabilização, capacidade de infiltração, entre outros; Hidrológicas como distribuição, duração e intensidade de precipitação; ESCOAMENTO superficial Fatores que influenciam no escoamento superficial: Vegetativas devido à parte da chuva que fica interceptada pela vegetação e pela própria dificuldade de transporte da água no solo vegetado; Condições iniciais de umidade do solo, principalmente nos escoamentos gerados por precipitações de pequeno volume e de média a alta intensidade. ESCOAMENTO Volume de escoamento: método SCS SCS - Consiste em duas etapas: (a) separação do escoamento; (b) cálculo do hidrograma. Simples; Valores de CN tabelados para diversos tipos de solos e usos do solo; Utilizado principalmente para projeto em locais sem dados de vazão. ESCOAMENTO Volume de escoamento: método SCS SCS - Consiste em duas etapas: (a) separação do escoamento; (b) cálculo do hidrograma. Simples; Valores de CN tabelados para diversos tipos de solos e usos do solo; Utilizado principalmente para projeto em locais sem dados de vazão. Método SCS ESCOAMENTO Método SCS (Separação do escoamento) Q P  Ia 2 quando P  Ia Q = escoamento em mm (Pef) P  Ia  S  P = chuva acumulada em mm Ia = Perdas iniciais S = parâmetro de armazenamento Q0 quando P  Ia S em que CN é o número da curva, cujo valor pode variar Ia  5 entre 1 e 100, e depende do uso e manejo da terra, grupo de solo, condição hidrológica e umidade 25400 antecedente. S  254 CN Método SCS ESCOAMENTO Método SCS (Separação do escoamento) Tipos de solos do SCS: A – arenosos e profundos B – menos arenosos ou profundos C – argilosos D – muito argilosos e rasos Valores de CN: ESCOAMENTO superficial 1) Qual é a lâmina escoada superficialmente durante um evento de chuva de precipitação total P = 70 mm numa bacia com solos do tipo B e com cobertura de florestas? ESCOAMENTO superficial 1) Qual é a lâmina escoada superficialmente durante um evento de chuva de precipitação total P = 70 mm numa bacia com solos do tipo B e com cobertura de florestas? CN =63 S = 149,17 Q = 8,5mm Ia = 29,83 S 25400  254 Ia  149,17 Q 70  29,83 2 70  29,83  149,17  63 5 ESCOAMENTO superficial 2) O que ocorreria com o escoamento no problema anterior caso as florestas fossem substituídas por plantações? Método SCS ESCOAMENTO Método SCS (Separação do escoamento) Tipos de solos do SCS: A – arenosos e profundos B – menos arenosos ou profundos C – argilosos D – muito argilosos e rasos Valores de CN: Solo A: Produz baixo volume de ES e apresenta alta infiltração. Solo arenoso profundo com pouco silte e argila. Solo B: Menos permeável do que o anterior. Solo arenoso menos profundo do que o tipo A e com permeab. superior à média. Solo C: Gera volume de ES acima da média e com capac. de infiltração abaixo da média, contendo % considerável de argila. Pouco profundo. Solo D: Contém argilas expansivas. Pouco profundo, com muito baixa capacidade de infiltração. Método SCS ESCOAMENTO Valores de CN: Produtividade de água Relacionar as vazões com as respectivas áreas da bacia hidrográfica, determinando por exemplo, a produção em litros por minuto e por hectare. Exemplo: Bacia 1 – produtividade 1,8l/min.ha Bacia 2 - produtividade 3,2l/min.ha Produtividade de água Relacionar as vazões com as respectivas áreas da bacia hidrográfica, determinando por exemplo, a produção em litros por minuto e por hectare. Exemplo: + 77,78% Bacia 1 – produtividade 1,8l/min.ha Bacia 2 - produtividade 3,2l/min.ha Interceptação Interceptação Retenção de parte da precipitação acima da superfície do solo, o que pode ocorrer devido à vegetação ou outras formas de obstrução (PAZ, 2004). Interceptação Retenção de parte da precipitação acima da superfície do solo, o que pode ocorrer devido à vegetação ou outras formas de obstrução (PAZ, 2004). Ciclo Hidrológico precipitação transpiração evaporação (interceptação) evaporação infiltração escoamento superficial zona de aeração ou percolação fluxo zona não saturada ascendente lençol freático escoamento zona saturada sub-superficial rocha de origem Interceptação Caindo sobre uma superfície coberta com vegetação, parte da chuva fica retida nas folhas. Quando as folhas não são mais capazes de armazenar água, continuando a chuva, ocorre a drenagem para o solo. A intercepção é eventual, isto é, ocorre quando há chuva e vegetação para interceptá-la. Interceptação Este processo interfere no balanço hídrico da bacia hidrográfica: funciona como um reservatório que armazena uma parcela da precipitação; Tende a reduzir a vazão média e a variação da vazão ao longo do ano, retardando e reduzindo o pico das cheias frequentes. Q (vazão) = P (precipitação) – E (evapotranspiração) Interceptação 1. Inicia a chuva 2. a água molha a superfície das folhas e armazena devido às concavidades, retendo certa lâmina precipitada; 3. Se continuar (a chuva) a capacidade de interceptação é ultrapassada; 4. Toda a água que chega às folhas e caules escoa; 5. Evaporação (simultânea à interceptação) à partir das folhas úmidas; 6. O vento acelera o processo de evaporação, aumentando as perdas por interceptação. Se for muito intenso (o vento), pode provocar reprecipitação 7. A precipitação atinge o solo: 1. atravessando a vegetação (em média 85% da precipitação); 2. através dos troncos (1 a 2% precipitação). 8. A diferença é a interceptação. Interceptação Interceptação A intercepção vegetal depende de vários fatores: Características da precipitação (altura, duração, intensidade); Condições climáticas (ventos); Área > Maior a área, maior o volume da interceptação. Tipo e densidade da vegetação > maior o tamanho das folhas, maior a capacidade de armazenamento; Período do ano (ocorre durante o período chuvoso e onde tem vegetação). Interceptação Tipo e densidade de vegetação Caracteriza a quantidade de gotas que cada folha pode reter; A densidade de folhas pode indicar o volume retido numa superfície de bacia. Interceptação Tipo e densidade de vegetação As folhas geralmente interceptam a maior parte da precipitação, mas a disposição dos troncos contribui significativamente. Interceptação Tipo e densidade de vegetação Espécie e espaçamento; Floresta Nativa. Interceptação Tipo e densidade de vegetação Interceptação As perdas por intercepção vegetal podem chegar até a 25% da precipitação anual em áreas muito vegetadas (florestas). Evapotranspiração Evapotranspiração? Evapotranspiração Evaporação (E) Processo pelo qual se transfere água do solo e das massas líquidas para a atmosfera. No caso da água no planeta Terra ela ocorre nos oceanos, lagos, rios e solo. Evapotranspiração Evaporação Ocorre quando o estado da água é transformado de líquido para gasoso devido à energia solar; Moléculas da água líquida rompem a barreira da superfície. Evapotranspiração Evaporação O ar atmosférico é uma mistura de gases; A quantidade de vapor de água que o ar pode conter é limitada, e é denominada concentração de saturação. Evapotranspiração Evaporação para ocorrer a evaporação são necessárias duas condições: A água líquida esteja recebendo energia; O ar acima da superfície líquida não esteja saturado de vapor de água. Evapotranspiração As grandezas características da evaporação: perda por evaporação – quantidade de água evaporada por unidade de área horizontal, geralmente expressa em mm; intensidade de evaporação – velocidade com que se processa a perda por evaporação, geralmente expressa em mm/dia ou mm/mês. Evapotranspiração Fatores que afetam a Evaporação Umidade do ar Temperatura do ar Velocidade do vento Radiação solar Evapotranspiração Medição da Evaporação Tanque Classe A Construído em aço ou ferro galvanizado; leitura efetuada às 9 horas de cada dia Evapotranspiração Medição da Evaporação Tanque Classe A efetuar a leitura, do dia ou horário, do nível d’água no tanque (ea); comparar com a leitura anterior, do dia ou horário (ed); e1 = ed – ea; Evapotranspiração Medição da Evaporação Tanque Classe A Duas possibilidades podem ainda ocorrer, ter ou não ter ocorrido chuva no intervalo entre as duas leituras, assim: não houve chuva, então E = e1 houve chuva, com altura pluviométrica h1 então E = e1 + h1 Evapotranspiração Transpiração (T) A transpiração envolve a retirada da água do solo pelas raízes das plantas, o transporte da água através da planta até as folhas e a passagem da água para a atmosfera através dos estômatos da folha. Evapotranspiração Transpiração Os fatores intervenientes na transpiração são praticamente os mesmos associados à evaporação (vento, temperatura e umidade); Evapotranspiração Evapotranspiração (ET) Processo simultâneo de transferência de água para a atmosfera através da evaporação (E) e da transpiração (T). Evaporação (E) + Transpiração (T) Evapotranspiração Evapotranspiração (ET) Evapotranspiração é o processo pelo qual a água retorna à atmosfera, sob a forma de vapor, por evaporação das superfícies líquidas ou da umidade do solo ou por transpiração da vegetação. É o conjunto evaporação do solo mais transpiração das plantas. Evapotranspiração Medição da Evapotranspiração Lisímetro Precipitação no solo > drenagem para o fundo do aparelho > água é coletada e medida; O depósito é pesado diariamente, assim como a chuva e os volumes escoados de forma superficial e que saem por orifícios no fundo; Evapotranspiração Medição da Evapotranspiração Evapotranspiração Medição da Evapotranspiração Lisímetro ET calculada por balanço hídrico entre 2 dias subsequentes: ET = P - Qs – Qb – ΔV E evapotranspiração P chuva (medida num pluviômetro) Qs escoamento superficial (medido) Qb é o escoamento subterrâneo (medido no fundo do tanque) ΔV variação de volume de água (medida pelo peso) Infiltração Infiltração Importante para: crescimento da vegetação; abastecimento dos aquíferos (mantém vazão dos rios durante as estiagens); reduzir escoamento superficial, cheias, erosão. Infiltração É um fenômeno que depende: Água disponível para infiltrar; Natureza do solo; Estado da superfície; Quantidades de água e ar, inicialmente presentes no solo. Infiltração O processo de infiltração define a entrada de água no solo; Já o movimento da água dentro do perfil é comumente referido como percolação. Infiltração A infiltração da água no solo pode ser considerada como sendo a sequência das três seguintes fases: A entrada da água pela superfície; A percolação da água através do perfil do solo; A relação da capacidade de armazenamento da água no solo. Infiltração Capacidade de infiltração é a quantidade máxima de água que um solo em determinadas condições pode absorver. Ela varia no decorrer da chuva. Se uma precipitação atinge o solo com a uma intensidade menor que a capacidade de infiltração toda a água penetra no solo, provocando uma progressiva diminuição da própria capacidade de infiltração, já que o solo está se umedecendo. Infiltração Quando cessa a infiltração, parte da água no interior do solo propaga-se para camadas mais profundas no solo e parte é transferida para a atmosfera por evaporação direta ou por transpiração dos vegetais. Esse processo faz com que o solo vá recuperando sua capacidade de infiltração, tendendo a um limite superior à medida que as camadas superiores do solo vão se tornando mais secas. Infiltração Infiltração Normalmente analisada do ponto de vista do diâmetro das partículas que compõe o solo: Classificação das partículas adotada pela Sociedade Internacional de Ciência do Solo, de acordo com seu diâmetro. Infiltração Textura do solo Infiltração Condutividade hidráulica SOLO ARENOSO: 23,5 CM/HORA SOLO SILTOSO: 1,32 CM/HORA SOLO ARGILOSO: 0,06 CM/HORA Infiltração Fatores que influenciam na infiltração Permeabilidade do solo; Infiltração Fatores que influenciam na infiltração Cobertura vegetal; Infiltração Fatores que influenciam na infiltração Inclinação do terreno; Infiltração Fatores que influenciam na infiltração Tipo de chuva; Infiltração Fatores que influenciam na infiltração Umidade do Solo. Infiltração Infiltração da água nos solos Inicialmente não saturados; Preenchimento dos poros garante alta taxa de infiltração; A medida que o solo vai sendo umedecido, a taxa de infiltração diminui; Equações empíricas. Infiltração Medição da infiltração Dois anéis concêntricos de chapa metálica, cravados verticalmente no solo (com ajuda de marreta); Aplica-se água em ambos os cilindros, mantendo-se uma lâmina de água de 5 a 10 cm; Anéis concêntricos Infiltração Medição da infiltração Anota-se o volume de água aplicado e o nível de água em intervalos de tempo (com régua graduada) no cilindro interno; O teste termina quando a taxa de infiltração permanecer constante. https://www.youtube.com/watch?v=3Uce1t 8d5Cw Anéis concêntricos Infiltração Medição da infiltração https://www.youtube.com/watch?v=vc0f_A_FfZI&t=251s Infiltração Infiltração Grupo A – Solos arenosos profundos; tem alta capacidade de infiltração e geram pequenos escoamentos; Grupo B – Solos franco arenosos pouco profundos; tem menor capacidade de infiltração e geram maiores escoamentos do que o solo A; Grupo C – Solos franco argilosos; tem menor capacidade de infiltração e geram maiores escoamento do que A e B. Grupo D – Solos argilosos expansivos; tem baixa capacidade de infiltração e geram grandes escoamentos. Águas subterrâneas Águas subterrâneas? Águas subterrâneas? Do ponto de vista hidrológico, a água encontrada na zona saturada do solo é dita subterrânea; Águas subterrâneas Em geral, exige menos tratamento antes do consumo do que a água superficial, em função de uma qualidade inicial melhor. Em regiões áridas e semiáridas pode ser o único recurso disponível para consumo. Águas subterrâneas Fatores limitantes porosidade do subsolo: a presença de argila no solo diminui sua permeabilidade, não permitindo uma grande infiltração; cobertura vegetal: um solo coberto por vegetação é mais permeável do que um solo desmatado; inclinação do terreno: em declividades acentuadas a água corre mais rapidamente, diminuindo a possibilidade de infiltração; tipo de chuva: chuvas intensas saturam rapidamente o solo, ao passo que chuvas finas e demoradas têm mais tempo para se infiltrarem Águas subterrâneas Águas subterrâneas No Brasil As reservas de água subterrânea são estimadas em 112.000 km3 (112 trilhões de m3) e a contribuição multianual média à descarga dos rios é da ordem de 2.400 km3/ano (2 % do volume); Nem todas as formações geológicas possuem características hidrodinâmicas que possibilitem a extração econômica de água subterrânea para atendimento de médias e grandes vazões pontuais; As vazões já obtidas por poços variam, no Brasil, desde menos de 1 m3/h até mais de 1.000 m3/h. Águas subterrâneas A exploração de água subterrânea está condicionada a fatores quantitativos, qualitativos e econômicos: Quantidade: intimamente ligada à infiltração e ao armazenamento dos terrenos Qualidade: influenciada pela composição das rochas e condições climáticas e de renovação das águas Econômico: depende da profundidade do aquífero e das condições de bombeamento. O que é um aquífero? Derivado do Latim, a palavra aquífero quer dizer: “ carregar água”. Unidades rochosas ou de sedimentos, porosas e permeáveis, que armazenam e transmitem volumes significativos de água subterrânea passível de ser explorada. Principais Aquíferos Tipos de aquífero Tipos de aquífero Aquífero poroso ou sedimentar É aquele formado por rochas sedimentares consolidadas, sedimentos inconsolados ou solos arenosos, onde a circulação da água se faz nos poros formados entre os grãos de areia, silte e argila de granulação variada Aquífero fraturado ou fissural Formado por rochas ígneas, metamórficas ou cristalinas, duras e maciças, onde a circulação da água se faz nas fraturas, fendas e falhas, abertas devido ao movimento tectônico Ex.: basalto, granitos, filões de quartzo, etc.. Poços perfurados nessas rochas fornecem poucos metros cúbicos de água por hora Aquífero cárstico (Karst) Formado em rochas calcárias ou carbonáticas, onde a circulação da água se faz nas fraturas e outras descontinuidades que resultaram da dissolução do carbonato pela água. Essas aberturas podem atingir grandes dimensões, criando, nesse caso, verdadeiros rios subterrâneos Tipos de aquíferos Livres  são aqueles cujo o topo é demarcado pelo nível freático, estando em contato com a atmosfera. Normalmente ocorrem a profundidades de alguns metros a poucas dezenas de metros da superfície Confinados  ocorre quando um estrato permeável (aquífero) está confinado entre duas unidades pouco permeáveis ou impermeáveis Tipos de aquíferos Suspensos  são acumulações de águas sobre aquicludes, na zona insaturada, formando níveis lentiformes de aquíferos livres acima do nível freático principal. AQUICLUDE para definir unidades geológicas que apesar de saturadas e com grande quantidade de água absorvida lentamente, são incapazes de transmitir um volume significativo de água Tipos de aquíferos POÇO TUBULAR PROFUNDO Obra de engenharia geológica de acesso a água subterrânea, executada com Sonda Perfuratriz mediante perfuração vertical com diâmetro de 4” a 36” e profundidade de até 2000 metros, para captação de água. POÇO RASO, CISTERNA, CACIMBA OU AMAZONAS Poços de grandes diâmetros (1 metro ou mais), escavados manualmente e revestidos com tijolos ou anéis de concreto. Captam o lençol freático e possuem geralmente profundidades na ordem de até 20 metros Tipos de Poços Nascente afloramento natural do lençol freático que apresenta perenidade e dá início a um curso d’água. LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012. Atividade N3 – parte 2 1. Qualidade da água para atividades agrícolas 2. Uso e reuso da água na agricultura 3. Tratamento de efluentes no meio rural 4. Produção de água em microbacias 5. Geoprocessamento para controle da erosão e recuperação de matas ciliares 6. Recuperação de matas ciliares Unidade II. Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas Área de proteção ambiental Área de proteção ambiental área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012. Áreas de Preservação Permanente Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei: I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura; b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura; d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros; Áreas de Preservação Permanente Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei: II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de: a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros; b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas; Áreas de Preservação Permanente Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei: IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45º , equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive; VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; VII - os manguezais, em toda a sua extensão; Áreas de Preservação Permanente Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei: IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45º , equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive; VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; VII - os manguezais, em toda a sua extensão; Áreas de Preservação Permanente § 6º Nos imóveis rurais com até 15 (quinze) módulos fiscais, é admitida, nas áreas de que tratam os incisos I e II do caput deste artigo, a prática da aquicultura e a infraestrutura física diretamente a ela associada, desde que: I - sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e água e de recursos hídricos, garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo com norma dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente; II - esteja de acordo com os respectivos planos de bacia ou planos de gestão de recursos hídricos; III - seja realizado o licenciamento pelo órgão ambiental competente; IV - o imóvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural - CAR. Áreas de Preservação Permanente As áreas topo de morro e faixa ciliar são suficientes para o bom funcionamento de uma pequena bacia hidrográfica? ACD – Área de contribuição dinâmica Tecnologias aplicáveis à conservação de lençóis, nascentes e cursos d’água Métodos de controle de erosão O controle da erosão requer a identificação das causas e o conhecimento dos processos envolvidos. As práticas conservacionistas em áreas florestais envolvem: medidas preventivas (planejamento); práticas mecânicas; práticas vegetativas. medidas preventivas (planejamento) São as mais eficazes no controle da erosão (antecedem os problemas), podem ser: Faixas de proteção ao longo de rios Estradas com o mínimo declive possível Drenagem adequada de estradas e caminhos Planos de corte de jusante para montante Proteção do leito de estradas depois da estação de corte práticas mecânicas São complementares às medidas preventivas e às práticas vegetativas na redução da erosão: Canais Escoadouros: - Necessários para a drenagem de terraços em gradiente. - Cobertura permanente (grama) é importante para a evitar a erosão no canal. práticas mecânicas Controle da erosão em Voçorocas: Deve-se diminuir ou eliminar os processos responsáveis pelo voçorocamento, através de: - Construção de terraços divergentes nas cabeceiras. - Construção de diques no interior da voçoroca. - Suavização dos taludes. - Revegetação. práticas mecânicas Controle da erosão em Voçorocas: Deve-se diminuir ou eliminar os processos responsáveis pelo voçorocamento, através de: - Construção de terraços divergentes nas cabeceiras. - Construção de diques no interior da voçoroca. - Suavização dos taludes. - Revegetação. práticas vegetativas Tem como objetivos: corte seletivo e planejado, ao invés de corte raso; derrubada planejada, com replantio imediato; revegetação de áreas degradadas / erodidas (voçorocas, etc). práticas vegetativas Plantio em nível PLANTIO DIRETO FAIXA DE RETENÇÂO práticas vegetativas SISTEMA LAVOURA-pecuária e agrossilvopastoril Recuperação de matas ciliares A composição de matas ciliares deve partir de um planejamento prévio, considerando os seguintes fatores Recuperação de matas ciliares Área O planejamento deve ser feito ao nível de microbacias hidrográficas, de modo que se tenha controle sobre os fatores físicos que possam interferir na área a ser plantada. Recuperação de matas ciliares nascentes Os plantios de recomposição devem ser iniciados pelas cabeceiras dos cursos d'água, protegendo as nascentes. Recuperação de matas ciliares Faixa de Preservação Permanente A área de plantio deve considerar, no mínimo, a preservação permanente estabelecida por lei, a saber: 30 m para cada lado do rio, para rios com até 10m de largura; 50 m de cada lado, para rios com 10 a 50 m de largura; 150 m de cada lado, para cursos d'água com largura entre 50 e 100 m de largura; 150 m de cada lado, para rios entre 100 e 200 m de largura; igual à distância entre as margens para rios acima de 200 m de largura. Recuperação de matas ciliares Características Físicas Locais O projeto de recomposição basear-se-á nas características físicas da bacia, a saber: Solo: fertilidade, erodibilidade, profundidade e umidade. Hidrologia: extensão das áreas inundáveis e duração média dos períodos de inundação. Topografia: declividade. Em vales com secção em V ou U, recomenda-se o reflorestamento de toda a encosta, já que a alta declividade agrava a erosão e as atividades agropecuárias são contra-indicadas nessas áreas. Recuperação de matas ciliares Erosão O plantio às margens dos corpos d'água só deve ser iniciado quando estiver controlada a erosão do solo em toda a microbacia hidrográfica. Há regiões de solos arenosos, com bacias totalmente assoreadas onde o reflorestamento ciliar dificilmente subsistirá ao acúmulo de sedimentos que ocorre anualmente com as inundações, caso não haja controle de erosão. Recuperação de matas ciliares Escolha de espécies As espécies a serem plantadas em cada local devem ser aquelas que ocorrem naturalmente em condições de clima, solo e umidade semelhantes às da área a ser reflorestada. Quanto ao solo, estabeleceram-se dois grupos básicos: espécies que ocorrem em regiões onde a vegetação original era mata (solos férteis, não muito ácidos); espécies que ocorrem em regiões onde a vegetação original era cerrado (solos ácidos, de baixa fertilidade). Recuperação de matas ciliares Escolha de espécies Em relação à umidade do solo, destacaram-se as espécies tolerantes ao encharcamento ou inundação periódica. As restantes só deverão ser plantadas em áreas com solo bem drenado e não inundáveis. Recuperação de matas ciliares Escolha de espécies A - áreas encharcadas permanentemente. B - áreas sujeitas a inundação temporária. C - áreas bem drenadas, não inundáveis: Política Nacional de Recursos Hídricos Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos: I - a água é um bem de domínio público; II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico; III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais; IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas; V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades. Política Nacional de Recursos Hídricos Art. 5º São instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos: I - os Planos de Recursos Hídricos; II - o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água; III - a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos; IV - a cobrança pelo uso de recursos hídricos; V - a compensação a municípios; VI - o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos. Política estadual de Recursos Hídricos LEI COMPLEMENTAR Nº 255, DE 25 DE JANEIRO DE 2002. Institui a Política, cria o Sistema de Gerenciamento e o Fundo de Recursos Hídricos do Estado de Rondônia e dá outras providências. Política estadual de Recursos Hídricos LEI COMPLEMENTAR Nº 255, DE 25 DE JANEIRO DE 2002. Art. 18. São instrumentos de gestão dos recursos hídricos estaduais: I – o Plano Estadual de Recursos Hídricos – PRH/RO; II – os Planos de Bacias Hidrográficas; III – a outorga dos direitos de uso das águas; IV – a cobrança pela utilização das águas; V – o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os seus usos preponderantes; e VI – o Sistema de informações sobre Recursos Hídricos. Política estadual de Recursos Hídricos LEI COMPLEMENTAR Nº 255, DE 25 DE JANEIRO DE 2002. Art. 18. São instrumentos de gestão dos recursos hídricos estaduais: I – o Plano Estadual de Recursos Hídricos – PRH/RO; http://coreh.sedam.ro.gov.br/plano-estadual-de-recursos-hidricos/ Política estadual de Recursos Hídricos LEI COMPLEMENTAR Nº 255, DE 25 DE JANEIRO DE 2002. Art. 18. São instrumentos de gestão dos recursos hídricos estaduais: III – a outorga dos direitos de uso das águas; A outorga de direito de uso dos recursos hídricos é o instrumento administrativo que possibilita o controle qualitativo e quantitativo da água, tendo como objetivo garantir aos usuários o acesso à água, visando ao seu uso múltiplo. Outorgas emitidas em 2020 e 2021 no vale do jamari Outorgas emitidas em 2020 e 2021 no vale do jamari Outorgas emitidas em 2020 e 2021 no vale do jamari Outorgas emitidas em 2020 e 2021 no vale do jamari Outorgas emitidas em 2020 e 2021 no vale do jamari Outorgas emitidas em 2020 e 2021 no vale do jamari Outorgas emitidas em 2020 e 2021 no vale do jamari Outorgas emitidas em 2020 e 2021 no vale do jamari Política estadual de Recursos Hídricos LEI COMPLEMENTAR Nº 255, DE 25 DE JANEIRO DE 2002. Art. 19. Os Planos de Recursos Hídricos são planos diretores de longo prazo, que visam à concretização das diretrizes definidas pela Política de Recursos Hídricos do Estado, elaboradas por bacia ou sub-bacia hidrográfica. Plano de bacia hidrográfica Programas de Duração Continuada (PDC) Plano de bacia hidrográfica Instrumento que estabelece as referências para gestão dos recursos hídricos, definindo sua melhor forma de utilização, de modo a garantir a disponibilidade e a qualidade adequadas para atender aos diferentes tipos de uso, e estabelecer medidas para sua proteção e conservação. Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas O manejo integrado de bacias hidrográficas visa tornar compatível produção com preservação ambiental, buscando adequar a interveniência antrópica às características biofísicas dessas unidades naturais, sob gestão integrativa e participativa, de forma que sejam minimizados impactos negativos e se garanta o desenvolvimento sustentado (Souza & Fernandes, 2000). Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas Unidade de planejamento Microbacia Microbacia 2 1 A unidade de planejamento passa a ser a bacia hidrográfica. Microbacia Os trabalhos de manejo de 3 bacias hidrográficas devem ser iniciados, preferencialmente, Bacia A Microbacias nas bacias de menor porte, inseridas no município. Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas Enfoque Hidro-Agrícola Agricultura X Aspecto hídrico Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas Enfoque Hidro-Agrícola As medidas de manejo integrado de bacias hidrográficas devem transcender o enfoque puramente agrícola, refletindo em garantia de abastecimento hídrico, tanto em quantidade quanto em qualidade, para a população urbana, processamentos industriais e vida útil de reservatórios, para geração de energia e fonte de lazer. Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas Enfoque Hidro-Agrícola Produtor de água recuperação de 25 hectares de nascentes e matas ciliares Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas Capacidade de Suporte Ambiental As medidas de manejo integrado de bacias hidrográficas devem transcender o enfoque puramente agrícola, refletindo em garantia de abastecimento hídrico, tanto em quantidade quanto em qualidade, para a população urbana, processamentos industriais e vida útil de reservatórios, para geração de energia e fonte de lazer. Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas Capacidade de Suporte Ambiental Envolve: -Identificação dos ecossistemas, evidenciando suas potencialidades e limitações para as atividades econômicas, tais como: agropecuária, turismo e mineração. - Identificação de mananciais para abastecimento público. - Identificação de áreas para recuperação ambiental. - Fundamentos para a elaboração do plano de uso do espaço rural. Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas Sistemas Sustentáveis de Manejo A agricultura sustentável se baseia no conceito de sustentabilidade, o qual diz que devemos produzir para o presente sem comprometer a habilidade de gerações futuras de seguir usando os recursos naturais. Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas Sistemas Sustentáveis de Manejo “Um sistema de produção sustentável é aquele que satisfaz as necessidades do agricultor (competitividade) e preserva o meio ambiente (preservação), enfatizando sempre a interação entre recursos naturais e aspectos socioeconômicos (cadeia agroalimentar), visando a sustentabilidade da agricultura e o bem- estar da sociedade em geral, para esta geração e as que se seguirem”. Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas Visão Multissetorial do Espaço Rural O meio rural deve ser encarado não como uma simples sustentação geográfica de um setor (a agricultura), mas como a base de um conjunto diversificado de atividades e de atores (Abramovay, 2003). Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas Visão Multissetorial do Espaço Rural O desenvolvimento rural dentro de uma bacia hidrográfica deve ser um conceito espacial e multissetorial e a agricultura, como parte dele. A unidade de análise não são os sistemas agrários nem os sistemas alimentares, mas economias regionais. Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas Gestão Participativa É imprescindível que, em todas as etapas do planejamento e do gerenciamento de bacias hidrográficas, haja a participação e o envolvimento dos atores sociais, de maneira que esses usuários dos recursos naturais possam negociar e acatar as normas e diretrizes de uso, de apropriação, de conservação e desenvolvimento de seu território de forma sustentada. Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas Gestão Participativa Participação implica envolver, ativa e democraticamente, a população local em todas as fases do planejamento e gestão (diagnóstico, implementação das soluções, avaliação dos resultados, etc.). Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas Gestão Participativa Participação implica envolver, ativa e democraticamente, a população local em todas as fases do planejamento e gestão (diagnóstico, implementação das soluções, avaliação dos resultados, etc.). Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas Gestão Participativa Os Comitês de Bacia Hidrográfica, entes do Sistema Nacional de Gestão dos Recursos Hídricos, constituem o “Parlamento das Águas”, espaço em que representantes da comunidade de uma bacia hidrográfica discutem e deliberam a respeito da gestão dos recursos hídricos compartilhando responsabilidades de gestão com o poder público. Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas Gestão Participativa Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas Planejamento de uma Bacia Hidrográfica O gerenciamento eficaz de bacias hidrográficas requer, antes de tudo, um processo de planejamento sócioeconômico e ambiental dessas unidades, a fim de buscar soluções que se enquadrem dentro dos limites da capacidade de suporte ambiental delas. Roteiro Para Elaboração do Projeto Técnico Executivo de Caracterização e Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas Apresentação Justificativa Objetivos Procedimentos (Processos) Metodológicos Caracterização Ambiental Mapa de Uso Sustentado da Sub-bacia Hidrográfica Recomendações / Intervenções Orçamentação Metas de Resultados Monitoramento Roteiro Para Elaboração do Projeto Técnico Executivo de Caracterização e Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas Apresentação Justificativa Objetivos Procedimentos (Processos) Metodológicos Caracterização Ambiental Mapa de Uso Sustentado da Sub-bacia Hidrográfica Recomendações / Intervenções Orçamentação Metas de Resultados Monitoramento Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas Plano Diretor da Bacia São definidas as questões prioritárias para a bacia e as principais intervenções propostas, geradas a partir das caracterizações, da integração das análises que envolvem as dimensões ambientais, sociais e econômicas. Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE Muitas tecnologias contribuem para criar uma agricultura mais sustentável e as técnicas empregadas podem variar com as condições ambientais e socioeconômicas, com o tipo de exploração e também com o tempo. ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE 1 - Adequação ambiental e sócio-econômica 2. Conservar Solo e Água 3. Agrodiversidade 4 - Reduzir o Uso de Insumos 5 - Uso Racional da Água 6 - Adequação de Estradas 7 - Tratamento de Esgotos ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE 1 - Adequação ambiental e sócio-econômica As características da agricultura como atividade econômica são definidas por condicionantes de ordem ambiental e socioeconômica, que interagem no espaço agrícola. ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE 2. Conservar Solo e Água Métodos de conservação de solo e água. A decisão quanto à escolha cabe aos objetivos: redução da velocidade da enxurrada; aumento da capacidade de armazenamento de água; liberação do excesso de água no solo. ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE 3. Agrodiversidade A agrodiversidade (diversidade de uso da terra) é o grau de diversificação de sistemas de produção na paisagem, incluindo pecuária e sistemas agroflorestais. Integração Lavoura/Pastagens Integração Suinocultura/Lavoura/Pastagens Sistemas Agrossilvopastoris ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE 3. Agrodiversidade Integração Suinocultura/Lavoura/Pastagens https://www.youtube.com/watch?v=nOgdvsPzYPw ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE 4 - Reduzir o Uso de Insumos Tem crescido o interesse em alternativas que possibilitem a redução do uso de insumos, como, por exemplo, a agricultura orgânica, o controle biológico e o manejo integrado de pragas e doenças. ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE 5 - Uso Racional da Água ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE 6 - Adequação de Estradas As obras para correção da erosão nas estradas das bacias incluem: retificação, acostamentos, correção de leitos, obras de drenagem, canais divergentes, etc. ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE 7 - Tratamento de Esgotos Todas as águas servidas são também denominadas esgotos ou águas residuárias, por possuírem em sua composição resíduos sólidos, tanto em suspensão como dissolvidos. São de origem doméstica, agroindustrial e agrícola. Essas águas, quando lançadas diretamente sem qualquer tratamento, poderão afetar de maneira adversa as microbacias, o solo, os lençóis subterrâneos, os corpos d’água receptores, etc.

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