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NOÇÕES DE INFORMÁTICA 1. Componentes de um computador: hardware e software................................................................................................................... 01 2. Arquitetura básica de computadores...
NOÇÕES DE INFORMÁTICA 1. Componentes de um computador: hardware e software................................................................................................................... 01 2. Arquitetura básica de computadores: unidade central, memória: tipos e tamanhos.............................................................. 01 3. Periféricos: impressoras, drivers de disco fixo, pendrive, discos opticos...................................................................................... 01 4. MS Windows 10 BR: Uso do teclado, uso do mouse, janelas e seus botões, diretórios e arquivos, uso do Windows Ex- plorer: tipos de arquivos, localização, criação, cópia e remoção de arquivos, cópias de arquivos para outros dispositivos e cópias de segurança, uso da lixeira para remover e recuperar arquivos, uso da ajuda do Windows................................ 23 5. MS Office 2016 BR (Word, Excel, Powerpoint, Outlook): conceitos, características, funcionalidades, ícones, atalhos de teclado, uso dos recursos...................................................................................................................................................................................... 33 NOÇÕES DE INFORMÁTICA MAINFRAMES 1. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR: HARDWARE E SOFTWARE. 2. ARQUITETURA BÁSICA DE COMPUTADORES: UNIDADE CENTRAL, MEMÓRIA: TIPOS E TAMANHOS. 3. PERIFÉRICOS: IMPRESSORAS, DRIVERS DE DISCO FIXO, PENDRIVE, DISCOS OPTICOS. HISTÓRICO Os primeiros computadores construídos pelo homem foram idealizados como máquinas para processar números (o que conhecemos hoje como calculadoras), porém, tudo era feito fisicamente. Existia ainda um problema, porque as máquinas pro- cessavam os números, faziam operações aritméticas, mas depois não sabiam o que fazer com o resultado, ou seja, eram simplesmente máquinas de calcular, não recebiam Os computadores podem ser classificados pelo porte. instruções diferentes e nem possuíam uma memória. Até Basicamente, existem os de grande porte ― mainframes então, os computadores eram utilizados para pouquíssi- ― e os de pequeno porte ― microcomputadores ― sen- mas funções, como calcular impostos e outras operações. do estes últimos divididos em duas categorias: desktops ou Os computadores de uso mais abrangente apareceram torres e portáteis (notebooks, laptops, handhelds e smar- logo depois da Segunda Guerra Mundial. Os EUA desen- tphones). volveram ― secretamente, durante o período ― o primei- Conceitualmente, todos eles realizam funções internas ro grande computador que calculava trajetórias balísticas. idênticas, mas em escalas diferentes. A partir daí, o computador começou a evoluir num ritmo Os mainframes se destacam por ter alto poder de pro- cada vez mais acelerado, até chegar aos dias de hoje. cessamento, muita capacidade de memória e por controlar atividades com grande volume de dados. Seu custo é bas- Código Binário, Bit e Byte tante elevado. São encontrados, geralmente, em bancos, grandes empresas e centros de pesquisa. O sistema binário (ou código binário) é uma repre- sentação numérica na qual qualquer unidade pode ser CLASSIFICAÇÃO DOS COMPUTADORES demonstrada usando-se apenas dois dígitos: 0 e 1. Esta é a única linguagem que os computadores entendem. Cada A classificação de um computador pode ser feita de um dos dígitos utilizados no sistema binário é chamado de diversas maneiras. Podem ser avaliados: Binary Digit (Bit), em português, dígito binário e representa Capacidade de processamento; a menor unidade de informação do computador. Velocidade de processamento; Os computadores geralmente operam com grupos de Capacidade de armazenamento das informações; bits. Um grupo de oito bits é denominado Byte. Este pode Sofisticação do software disponível e compatibi- ser usado na representação de caracteres, como uma letra lidade; (A-Z), um número (0-9) ou outro símbolo qualquer (#, %, Tamanho da memória e tipo de CPU (Central Pro- *,?, @), entre outros. cessing Uni), Unidade Central de Processamento. Assim como podemos medir distâncias, quilos, tama- nhos etc., também podemos medir o tamanho das infor- TIPOS DE MICROCOMPUTADORES mações e a velocidade de processamento dos computa- dores. A medida padrão utilizada é o byte e seus múltiplos, Os microcomputadores atendem a uma infinidade de conforme demonstramos na tabela abaixo: aplicações. São divididos em duas plataformas: PC (compu- tadores pessoais) e Macintosh (Apple). Os dois padrões têm diversos modelos, configurações e opcionais. Além disso, podemos dividir os microcompu- tadores em desktops, que são os computadores de mesa, com uma torre, teclado, mouse e monitor e portáteis, que podem ser levados a qualquer lugar. 1 NOÇÕES DE INFORMÁTICA DESKTOPS Sistema de Processamento de Dados São os computadores mais comuns. Geralmente dis- Quando falamos em “Processamento de Dados” trata- põem de teclado, mouse, monitor e gabinete separados mos de uma grande variedade de atividades que ocorre fisicamente e não são movidos de lugar frequentemente, tanto nas organizações industriais e comerciais, quanto na uma vez que têm todos os componentes ligados por cabos. vida diária de cada um de nós. São compostos por: Para tentarmos definir o que seja processamento de Monitor (vídeo) dados temos de ver o que existe em comum em todas es- Teclado tas atividades. Ao analisarmos, podemos perceber que em Mouse todas elas são dadas certas informações iniciais, as quais Gabinete: Placa-mãe, CPU (processador), memó- chamamos de dados. rias, drives, disco rígido (HD), modem, portas USB etc. E que estes dados foram sujeitos a certas transforma- ções, com as quais foram obtidas as informações. PORTÁTEIS O processamento de dados sempre envolve três fases essenciais: Entrada de Dados, Processamento e Saída da Os computadores portáteis possuem todas as partes Informação. integradas num só conjunto. Mouse, teclado, monitor e Para que um sistema de processamento de dados fun- gabinete em uma única peça. Os computadores portáteis cione ao contento, faz-se necessário que três elementos começaram a aparecer no início dos anos 80, nos Estados funcionem em perfeita harmonia, são eles: Unidos e hoje podem ser encontrados nos mais diferen- tes formatos e tamanhos, destinados a diferentes tipos de Hardware operações. Hardware é toda a parte física que compõe o sistema LAPTOPS de processamento de dados: equipamentos e suprimentos tais como: CPU, disquetes, formulários, impressoras. Também chamados de notebooks, são computadores portáteis, leves e produzidos para serem transportados fa- Software cilmente. Os laptops possuem tela, geralmente de Liquid Crystal Display (LCD), teclado, mouse (touchpad), disco É toda a parte lógica do sistema de processamento de rígido, drive de CD/DVD e portas de conexão. Seu nome dados. Desde os dados que armazenamos no hardware, até vem da junção das palavras em inglês lap (colo) e top (em os programas que os processam. cima), significando “computador que cabe no colo de qual- quer pessoa”. Peopleware NETBOOKS Esta é a parte humana do sistema: usuários (aqueles que usam a informática como um meio para a sua ativi- São computadores portáteis muito parecidos com o dade fim), programadores e analistas de sistemas (aqueles notebook, porém, em tamanho reduzido, mais leves, mais que usam a informática como uma atividade fim). baratos e não possuem drives de CD/ DVD. Embora não pareça, a parte mais complexa de um sis- tema de processamento de dados é, sem dúvida o People- PDA ware, pois por mais moderna que sejam os equipamentos, por mais fartos que sejam os suprimentos, e por mais inte- É a abreviação do inglês Personal Digital Assistant e ligente que se apresente o software, de nada adiantará se também são conhecidos como palmtops. São computado- as pessoas (peopleware) não estiverem devidamente trei- res pequenos e, geralmente, não possuem teclado. Para a nadas a fazer e usar a informática. entrada de dados, sua tela é sensível ao toque. É um assis- O alto e acelerado crescimento tecnológico vem apri- tente pessoal com boa quantidade de memória e diversos morando o hardware, seguido de perto pelo software. programas para uso específico. Equipamentos que cabem na palma da mão, softwares que transformam fantasia em realidade virtual não são mais SMARTPHONES novidades. Entretanto ainda temos em nossas empresas pessoas que sequer tocaram algum dia em um teclado de São telefones celulares de última geração. Possuem computador. alta capacidade de processamento, grande potencial de Mesmo nas mais arrojadas organizações, o relaciona- armazenamento, acesso à Internet, reproduzem músicas, mento entre as pessoas dificulta o trâmite e consequente vídeos e têm outras funcionalidades. processamento da informação, sucateando e subutilizando equipamentos e softwares. Isto pode ser vislumbrado, so- bretudo nas instituições públicas. 2 NOÇÕES DE INFORMÁTICA POR DENTRO DO GABINETE Devido à complexidade das motherboards, da sofisti- cação dos sistemas operacionais e do crescente aumento do clock, o chipset é o conjunto de CIs (circuitos integra- dos) mais importante do microcomputador. Fazendo uma analogia com uma orquestra, enquanto o processador é o maestro, o chipset seria o resto! BIOS O BIOS (Basic Input Output System), ou sistema básico de entrada e saída, é a primeira camada de software do micro, um pequeno programa que tem a função de “iniciar” o microcomputador. Durante o processo de inicialização, o BIOS é o responsável pelo reconhecimento dos componen- Identificaremos as partes internas do computador, lo- tes de hardware instalados, dar o boot, e prover informa- calizadas no gabinete ou torre: ções básicas para o funcionamento do sistema. Motherboard (placa-mãe) O BIOS é a camada (vide diagrama 1.1) que viabiliza a Processador utilização de Sistemas Operacionais diferentes (Linux, Unix, Memórias Hurd, BSD, Windows, etc.) no microcomputador. É no BIOS Fonte de Energia que estão descritos os elementos necessários para operacio- Cabos nalizar o Hardware, possibilitando aos diversos S.O. acesso Drivers aos recursos independe de suas características específicas. Portas de Entrada/Saída MOTHERBOARD (PLACA-MÃE) É uma das partes mais importantes do computador. A motherboard é uma placa de circuitos integrados que ser- ve de suporte para todas as partes do computador. O BIOS é gravado em um chip de memória do tipo Praticamente, tudo fica conectado à placa-mãe de al- EPROM (Erased Programmable Read Only Memory). É um guma maneira, seja por cabos ou por meio de barramentos. tipo de memória “não volátil”, isto é, desligando o com- A placa mãe é desenvolvida para atender às caracte- putador não há a perda das informações (programas) nela rísticas especificas de famílias de processadores, incluin- contida. O BIOS é contem 2 programas: POST (Power On do até a possibilidade de uso de processadores ainda não Self Test) e SETUP para teste do sistema e configuração dos lançados, mas que apresentem as mesmas características parâmetros de inicialização, respectivamente, e de funções previstas na placa. básicas para manipulação do hardware utilizadas pelo Sis- A placa mãe é determinante quanto aos componentes tema Operacional. que podem ser utilizados no micro e sobre as possibilida- Quando inicializamos o sistema, um programa chama- des de upgrade, influenciando diretamente na performan- do POST conta a memória disponível, identifica dispositi- ce do micro. vos plug-and-play e realiza uma checagem geral dos com- ponentes instalados, verificando se existe algo de errado Diversos componentes integram a placa-mãe, como: com algum componente. Após o término desses testes, é Chipset emitido um relatório com várias informações sobre o har- Denomina-se chipset os circuitos de apoio ao micro- dware instalado no micro. Este relatório é uma maneira fá- computador que gerenciam praticamente todo o funciona- cil e rápida de verificar a configuração de um computador. mento da placa-mãe (controle de memória cache, DRAM, Para paralisar a imagem tempo suficiente para conseguir controle do buffer de dados, interface com a CPU, etc.). ler as informações, basta pressionar a tecla “pause/break” O chipset é composto internamente de vários outros do teclado. pequenos chips, um para cada função que ele executa. Há Caso seja constatado algum problema durante o POST, um chip controlador das interfaces IDE, outro controlador serão emitidos sinais sonoros indicando o tipo de erro en- das memórias, etc. Existem diversos modelos de chipsets, contrado. Por isso, é fundamental a existência de um alto- cada um com recursos bem diferentes. -falante conectado à placa mãe. 3 NOÇÕES DE INFORMÁTICA Atualmente algumas motherboards já utilizam chips de PROCESSADOR memória com tecnologia flash. Memórias que podem ser atualizadas por software e também não perdem seus da- dos quando o computador é desligado, sem necessidade de alimentação permanente. As BIOS mais conhecidas são: AMI, Award e Phoenix. 50% dos micros utilizam BIOS AMI. Memória CMOS CMOS (Complementary Metal-Oxide Semicondutor) é uma memória formada por circuitos integrados de bai- xíssimo consumo de energia, onde ficam armazenadas as informações do sistema (setup), acessados no momento do BOOT. Estes dados são atribuídos na montagem do mi- crocomputador refletindo sua configuração (tipo de win- chester, números e tipo de drives, data e hora, configura- O microprocessador, também conhecido como pro- ções gerais, velocidade de memória, etc.) permanecendo cessador, consiste num circuito integrado construído para armazenados na CMOS enquanto houver alimentação da realizar cálculos e operações. Ele é a parte principal do bateria interna. Algumas alterações no hardware (troca e/ computador, mas está longe de ser uma máquina com- ou inclusão de novos componentes) podem implicar na al- pleta por si só: para interagir com o usuário é necessário teração de alguns desses parâmetros. memória, dispositivos de entrada e saída, conversores de Muitos desses itens estão diretamente relacionados sinais, entre outros. com o processador e seu chipset e portanto é recomen- É o processador quem determina a velocidade de pro- dável usar os valores default sugerido pelo fabricante da cessamento dos dados na máquina. Os primeiros modelos BIOS. Mudanças nesses parâmetros pode ocasionar o tra- comerciais começaram a surgir no início dos anos 80. vamento da máquina, intermitência na operação, mau fun- cionamento dos drives e até perda de dados do HD. Clock Speed ou Clock Rate É a velocidade pela qual um microprocessador executa Slots para módulos de memória instruções. Quanto mais rápido o clock, mais instruções Na época dos micros XT e 286, os chips de memória uma CPU pode executar por segundo. eram encaixados (ou até soldados) diretamente na placa Usualmente, a taxa de clock é uma característica fixa mãe, um a um. O agrupamento dos chips de memória em do processador. Porém, alguns computadores têm uma módulos (pentes), inicialmente de 30 vias, e depois com 72 “chave” que permite 2 ou mais diferentes velocidades de e 168 vias, permitiu maior versatilidade na composição dos bancos de memória de acordo com as necessidades das clock. Isto é útil porque programas desenvolvidos para aplicações e dos recursos financeiros disponíveis. trabalhar em uma máquina com alta velocidade de clock Durante o período de transição para uma nova tecnolo- podem não trabalhar corretamente em uma máquina com gia é comum encontrar placas mãe com slots para mais de velocidade de clock mais lenta, e vice versa. Além disso, um modelo. Atualmente as placas estão sendo produzidas alguns componentes de expansão podem não ser capazes apenas com módulos de 168 vias, mas algumas compor- de trabalhar a alta velocidade de clock. tam memórias de mais de um tipo (não simultaneamente): Assim como a velocidade de clock, a arquitetura in- SDRAM, Rambus ou DDR-SDRAM. terna de um microprocessador tem influência na sua per- formance. Dessa forma, 2 CPUs com a mesma velocidade Clock de clock não necessariamente trabalham igualmente. En- Relógio interno baseado num cristal de Quartzo que quanto um processador Intel 80286 requer 20 ciclos para gera um pulso elétrico. A função do clock é sincronizar to- multiplicar 2 números, um Intel 80486 (ou superior) pode dos os circuitos da placa mãe e também os circuitos inter- fazer o mesmo cálculo em um simples ciclo. Por essa razão, nos do processador para que o sistema trabalhe harmoni- estes novos processadores poderiam ser 20 vezes mais rá- camente. pido que os antigos mesmo se a velocidade de clock fosse Estes pulsos elétricos em intervalos regulares são me- a mesma. Além disso, alguns microprocessadores são su- didos pela sua frequência cuja unidade é dada em hertz perescalar, o que significa que eles podem executar mais (Hz). 1 MHz é igual a 1 milhão de ciclos por segundo. Nor- de uma instrução por ciclo. malmente os processadores são referenciados pelo clock Como as CPUs, os barramentos de expansão também ou frequência de operação: Pentium IV 2.8 MHz. têm a sua velocidade de clock. Seria ideal que as velocida- des de clock da CPU e dos barramentos fossem a mesma para que um componente não deixe o outro mais lento. Na prática, a velocidade de clock dos barramentos é mais lenta que a velocidade da CPU. 4 NOÇÕES DE INFORMÁTICA Overclock Esses são os processadores fabricados pela INTEL, em- Overclock é o aumento da frequência do processador presa que foi pioneira nesse tipo de produto. Temos tam- para que ele trabalhe mais rapidamente. bém alguns concorrentes famosos dessa marca, tais como A frequência de operação dos computadores domésti- NEC, Cyrix e AMD; sendo que atualmente apenas essa últi- cos é determinada por dois fatores: ma marca mantém-se fazendo frente aos lançamentos da A velocidade de operação da placa-mãe, conhecida INTEL no mercado. Por exemplo, um modelo muito popular também como velocidade de barramento, que nos compu- de 386 foi o de 40 MHz, que nunca foi feito pela INTEL, cujo tadores Pentium pode ser de 50, 60 e 66 MHz. 386 mais veloz era de 33 MHz, esse processador foi obra Um multiplicador de clock, criado a partir dos 486 da AMD. Desde o lançamento da linha Pentium, a AMD foi que permite ao processador trabalhar internamente a uma obrigada a criar também novas denominações para seus velocidade maior que a da placa-mãe. Vale lembrar que processadores, sendo lançados modelos como K5, K6-2, os outros periféricos do computador (memória RAM, cache K7, Duron (fazendo concorrência direta à ideia do Celeron) L2, placa de vídeo, etc.) continuam trabalhando na veloci- e os mais atuais como: Athlon, Turion, Opteron e Phenom. dade de barramento. MEMÓRIAS Como exemplo, um computador Pentium 166 trabalha com velocidade de barramento de 66 MHz e multiplicador de 2,5x. Fazendo o cálculo, 66 x 2,5 = 166, ou seja, o proces- sador trabalha a 166 MHz, mas se comunica com os demais componentes do micro a 66 MHz. Tendo um processador Pentium 166 (como o do exem- plo acima), pode-se fazê-lo trabalhar a 200 MHz, simples- mente aumentando o multiplicador de clock de 2,5x para 3x. Caso a placa-mãe permita, pode-se usar um barramento de 75 ou até mesmo 83 MHz (algumas placas mais modernas suportam essa velocidade de barramento). Neste caso, man- tendo o multiplicador de clock de 2,5x, o Pentium 166 pode- ria trabalhar a 187 MHz (2,5 x 75) ou a 208 MHz (2,5 x 83). As frequências de barramento e do multiplicador podem ser alteradas simplesmente através de jumpers de configuração Vamos chamar de memória o que muitos autores de- da placa-mãe, o que torna indispensável o manual da mes- nominam memória primária, que é a memória interna do ma. O aumento da velocidade de barramento da placa-mãe computador, sem a qual ele não funciona. pode criar problemas caso algum periférico (como memória A memória é formada, geralmente, por chips e é uti- RAM, cache L2, etc.) não suporte essa velocidade. lizada para guardar a informação para o processador num Quando se faz um overclock, o processador passa a determinado momento, por exemplo, quando um progra- trabalhar a uma velocidade maior do que ele foi projetado, ma está sendo executado. fazendo com que haja um maior aquecimento do mesmo. As memórias ROM (Read Only Memory - Memória So- Com isto, reduz-se a vida útil do processador de cerca de mente de Leitura) e RAM (Random Access Memory - Me- 20 para 10 anos (o que não chega a ser um problema já que mória de Acesso Randômico) ficam localizadas junto à pla- os processadores rapidamente se tornam obsoletos). Esse ca-mãe. A ROM são chips soldados à placa-mãe, enquanto aquecimento excessivo pode causar também frequentes a RAM são “pentes” de memória. “crashes” (travamento) do sistema operacional durante o seu uso, obrigando o usuário a reiniciar a máquina. FONTE DE ENERGIA Ao fazer o overclock, é indispensável a utilização de um cooler (ventilador que fica sobre o processador para redu- zir seu aquecimento) de qualidade e, em alguns casos, uma pasta térmica especial que é passada diretamente sobre a superfície do processador. Atualmente fala-se muito em CORE, seja dual, duo ou quad, essa denominação refere-se na verdade ao núcleo do processador, onde fica a ULA (Unidade Aritmética e Ló- gica). Nos modelos DUAL ou DUO, esse núcleo é duplica- do, o que proporciona uma execução de duas instruções É um aparelho que transforma a corrente de eletricida- efetivamente ao mesmo tempo, embora isto não aconteça de alternada (que vem da rua), em corrente contínua, para o tempo todo. Basta uma instrução precisar de um dado ser usada nos computadores. Sua função é alimentar todas gerado por sua “concorrente” que a execução paralela tor- as partes do computador com energia elétrica apropriada na-se inviável, tendo uma instrução que esperar pelo tér- para seu funcionamento. mino da outra. Os modelos QUAD CORE possuem o núcleo Fica ligada à placa-mãe e aos outros dispositivos por quadruplicado. meio de cabos coloridos com conectores nas pontas. 5 NOÇÕES DE INFORMÁTICA CABOS São as portas do computador nas quais se conectam todos os periféricos. São utilizadas para entrada e saída de dados. Os computadores de hoje apresentam normalmente as portas USB, VGA, FireWire, HDMI, Ethernet e Modem. Veja alguns exemplos de dispositivos ligados ao compu- tador por meio dessas Portas: modem, monitor, pen drive, HD externo, scanner, impressora, microfone, Caixas de som, mou- se, teclado etc. Obs.: são dignas de citação portas ainda bastante usadas, como as portas paralelas (impressoras e scanners) e as portas PS/2(mouses e teclados). Podemos encontrar diferentes tipos de cabos dentro do MEMÓRIAS E DISPOSITIVOS gabinete: podem ser de energia ou de dados e conectam DE ARMAZENAMENTO dispositivos, como discos rígidos, drives de CDs e DVDs, LEDs (luzes), botão liga/desliga, entre outros, à placa-mãe. Memórias Os tipos de cabos encontrados dentro do PC são: IDE, SATA, SATA2, energia e som. Memória ROM DRIVERS No microcomputador também se encontram as memó- rias definidas como dispositivos eletrônicos responsáveis pelo armazenamento de informações e instruções utilizadas pelo computador. São dispositivos de suporte para mídias - fixas ou re- Read Only Memory (ROM) é um tipo de memória em que movíveis - de armazenamento de dados, nos quais a in- os dados não se perdem quando o computador é desligado. formação é gravada por meio digital, ótico, magnético ou Este tipo de memória é ideal para guardar dados da BIOS (Ba- mecânico. sic Input/Output System - Sistema Básico de Entrada/Saída) Hoje, os tipos mais comuns são o disco rígido ou HD, da placa-mãe e outros dispositivos. os drives de CD/DVD e o pen drive. Os computadores mais antigos ainda apresentam drives de disquetes, que são Os tipos de ROM usados atualmente são: bem pouco usados devido à baixa capacidade de armaze- Electrically-Erasable Programmable Read-Only Me- namento. Todos os drives são ligados ao computador por mory (Eeprom) meio de cabos. É um tipo de PROM que pode ser apagada simplesmente com uma carga elétrica, podendo ser, posteriormente, grava- PORTAS DE ENTRADA/SAÍDA da com novos dados. Depois da NVRAM é o tipo de memória ROM mais utilizado atualmente. Non-Volatile Random Access Memory (Nvram) Também conhecida como flash RAM ou memória flash, a NVRAM é um tipo de memória RAM que não perde os da- dos quando desligada. Este tipo de memória é o mais usa- do atualmente para armazenar os dados da BIOS, não só da placa-mãe, mas de vários outros dispositivos, como modems, gravadores de CD-ROM etc. É justamente o fato do BIOS da placa-mãe ser gravado em memória flash que permite realizarmos upgrades de BIOS. Na verdade essa não é exatamente uma memória ROM, já que pode ser reescrita, mas a substitui com vantagens. 6 NOÇÕES DE INFORMÁTICA Programmable Read-Only Memory (Prom) Quando executamos algum programa, por exemplo, É um tipo de memória ROM, fabricada em branco, sen- parte das instruções fica guardada nesta memória para do programada posteriormente. Uma vez gravados os da- que, caso posteriormente seja necessário abrir o programa dos, eles não podem ser alterados. Este tipo de memória é novamente, sua execução seja mais rápida. usado em vários dispositivos, assim como em placas-mãe Atualmente, a memória cache já é estendida a outros antigas. dispositivos, a fim de acelerar o processo de acesso aos dados. Os processadores e os HDs, por exemplo, já utilizam Memoria RAM este tipo de armazenamento. DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO Disco Rígido (HD) Random Access Memory (RAM) - Memória de acesso aleatório onde são armazenados dados em tempo de pro- cessamento, isto é, enquanto o computador está ligado e, também, todas as informações que estiverem sendo exe- cutadas, pois essa memória é mantida por pulsos elétricos. Todo conteúdo dela é apagado ao desligar-se a máquina, por isso é chamada também de volátil. O módulo de memória é um componente adicionado à placa-mãe. É composto de uma série de pequenos circui- tos integrados, chamados chip de RAM. A memória pode ser aumentada, de acordo com o tipo de equipamento ou O disco rígido é popularmente conhecido como HD das necessidades do usuário. O local onde os chips de me- (Hard Disk Drive - HDD) e é comum ser chamado, também, mória são instalados chama-se SLOT de memória. de memória, mas ao contrário da memória RAM, quando o A memória ganhou melhor desempenho com versões computador é desligado, não perde as informações. mais poderosas, como DRAM (Dynamic RAM - RAM dinâ- O disco rígido é, na verdade, o único dispositivo para mica), EDO (Extended Data Out - Saída Estendida Dados), armazenamento de informações indispensável ao funcio- entre outras, que proporcionam um aumento no desempe- namento do computador. É nele que ficam guardados to- nho de 10% a 30% em comparação à RAM tradicional. Hoje, dos os dados e arquivos, incluindo o sistema operacional. as memórias mais utilizadas são do tipo DDR2 e DDR3. Geralmente é ligado à placa-mãe por meio de um cabo, que pode ser padrão IDE, SATA ou SATA2. Memória Cache HD Externo Os HDs externos são discos rígidos portáteis com alta A memória cache é um tipo de memória de acesso capacidade de armazenamento, chegando facilmente à rápido utilizada, exclusivamente, para armazenamento de casa dos Terabytes. Eles, normalmente, funcionam a partir dados que provavelmente serão usados novamente. de qualquer entrada USB do computador. 7 NOÇÕES DE INFORMÁTICA As grandes vantagens destes dispositivos são: O nome do disco refere-se à cor do feixe de luz do Alta capacidade de armazenamento; leitor ótico que, na verdade, para o olho humano, apresenta Facilidade de instalação; uma cor violeta azulada. O “e” da palavra blue (azul) foi re- Mobilidade, ou seja, pode-se levá-lo para qualquer tirado do nome por fins jurídicos, já que muitos países não lugar sem necessidade de abrir o computador. permitem que se registre comercialmente uma palavra co- mum. O Blu-Ray foi introduzido no mercado no ano de 2006. CD, CD-R e CD-RW Pen Drive O Compact Disc (CD) foi criado no começo da década de 80 e é hoje um dos meios mais populares de armazenar dados digitalmente. Sua composição é geralmente formada por quatro camadas: Uma camada de policarbonato (espécie de plástico), onde ficam armazenados os dados Uma camada refletiva metálica, com a finalidade de refletir o laser Uma camada de acrílico, para proteger os dados Uma camada superficial, onde são impressos os rótulos É um dispositivo de armazenamento de dados em me- mória flash e conecta-se ao computador por uma porta USB. Na camada de gravação existe uma grande espiral que Ele combina diversas tecnologias antigas com baixo custo, tem um relevo de partes planas e partes baixas que represen- baixo consumo de energia e tamanho reduzido, graças aos tam os bits. Um feixe de laser “lê” o relevo e converte a infor- avanços nos microprocessadores. Funciona, basicamente, mação. Temos hoje, no mercado, três tipos principais de CDs: como um HD externo e quando conectado ao computador pode ser visualizado como um drive. O pen drive também é 1. CD comercial conhecido como thumbdrive (por ter o tamanho aproximado (que já vem gravado com música ou dados) de um dedo polegar - thumb), flashdrive (por usar uma me- mória flash) ou, ainda, disco removível. 2. CD-R Ele tem a mesma função dos antigos disquetes e dos (que vem vazio e pode ser gravado uma única vez) CDs, ou seja, armazenar dados para serem transportados, porém, com uma capacidade maior, chegando a 256 GB. 3. CD-RW (que pode ter seus dados apagados e regravados) Cartão de Memória Atualmente, a capacidade dos CDs é armazenar cerca de 700 MB ou 80 minutos de música. DVD, DVD-R e DVD-RW O Digital Vídeo Disc ou Digital Versatille Disc (DVD) é hoje o formato mais comum para armazenamento de vídeo digital. Foi inventado no final dos anos 90, mas só se popularizou depois do ano 2000. Assim como o CD, é composto por quatro camadas, com a diferença de que o feixe de laser que lê e grava as informa- ções é menor, possibilitando uma espiral maior no disco, o que proporciona maior capacidade de armazenamento. Assim como o pen drive, o cartão de memória é um tipo Também possui as versões DVD-R e DVD-RW, sendo R de gravação única e RW que possibilita a regravação de da- de dispositivo de armazenamento de dados com memória dos. A capacidade dos DVDs é de 120 minutos de vídeo ou flash, muito encontrado em máquinas fotográficas digitais e 4,7 GB de dados, existindo ainda um tipo de DVD chamado aparelhos celulares smartphones. Dual Layer, que contém duas camadas de gravação, cuja ca- Nas máquinas digitais registra as imagens capturadas e pacidade de armazenamento chega a 8,5 GB. nos telefones é utilizado para armazenar vídeos, fotos, ring- tones, endereços, números de telefone etc. Blu-Ray O cartão de memória funciona, basicamente, como o pen drive, mas, ao contrário dele, nem sempre fica aparente O Blu-Ray é o sucessor do DVD. Sua capacidade varia no dispositivo e é bem mais compacto. entre 25 e 50 GB. O de maior capacidade contém duas ca- Os formatos mais conhecidos são: madas de gravação. Memory Stick Duo Seu processo de fabricação segue os padrões do CD SD (Secure Digital Card) e DVD comuns, com a diferença de que o feixe de laser Mini SD usado para leitura é ainda menor que o do DVD, o que Micro SD possibilita armazenagem maior de dados no disco. 8 NOÇÕES DE INFORMÁTICA OS PERIFÉRICOS Teclado Os periféricos são partes extremamente importantes dos computadores. São eles que, muitas vezes, definem sua aplicação. Entrada São dispositivos que possuem a função de inserir da- dos ao computador, por exemplo: teclado, scanner, cane- ta óptica, leitor de código de barras, mesa digitalizadora, mouse, microfone, joystick, CD-ROM, DVD-ROM, câmera fotográfica digital, câmera de vídeo, webcam etc. Mouse É o periférico mais conhecido e utilizado para entrada de dados no computador. Acompanha o PC desde suas primeiras versões e foi pouco alterado. Possui teclas representando letras, núme- ros e símbolos, bem como teclas com funções específicas (F1... F12, ESC etc.). Câmera Digital É utilizado para selecionar operações dentro de uma tela apresentada. Seu movimento controla a posição do cursor na tela e apenas clicando (pressionando) um dos botões sobre o que você precisa, rapidamente a operação estará definida. O mouse surgiu com o ambiente gráfico das famílias Macintosh e Windows, tornando-se indispensável para a utilização do microcomputador. Touchpad Câmera fotográfica moderna que não usa mais filmes fotográficos. As imagens são capturadas e gravadas numa memória interna ou, ainda, mais comumente, em cartões de memória. O formato de arquivo padrão para armazenar as fotos é o JPEG (.jpg) e elas podem ser transferidas ao compu- tador por meio de um cabo ou, nos computadores mais modernos, colocando-se o cartão de memória diretamente no leitor. Câmeras de Vídeo Existem alguns modelos diferentes de mouse para no- tebooks, como o touchpad, que é um item de fábrica na maioria deles. É uma pequena superfície sensível ao toque e tem a mesma funcionalidade do mouse. Para movimentar o cur- sor na tela, passa-se o dedo levemente sobre a área do touchpad. As câmeras de vídeo, além de utilizadas no lazer, são também aplicadas no trabalho de multimídia. As câmeras de vídeo digitais ligam-se ao microcomputador por meio de cabos de conexão e permitem levar a ele as imagens em 9 NOÇÕES DE INFORMÁTICA movimento e alterá-las utilizando um programa de edição Há aparelhos que produzem imagens com maior ou de imagens. Existe, ainda, a possibilidade de transmitir as menor definição. Isso é determinado pelo número de pon- imagens por meio de placas de captura de vídeo, que podem tos por polegada (ppp) que os sensores fotoelétricos po- funcionar interna ou externamente no computador. dem ler. As capacidades variam de 300 a 4800 ppp. Alguns modelos contam, ainda, com softwares de reconhecimento de escrita, denominados OCR. Hoje em dia, existem diversos tipos de utilização para os scanners, que podem ser encontrados até nos caixas de supermercados, para ler os códigos de barras dos produtos vendidos. Webcam É uma câmera de vídeo que capta imagens e as trans- fere instantaneamente para o computador. A maioria delas Scanner não tem alta resolução, já que as imagens têm a finalidade de serem transmitidas a outro computador via Internet, ou seja, não podem gerar um arquivo muito grande, para que possam ser transmitidas mais rapidamente. Hoje, muitos sites e programas possuem chats (bate- -papo) com suporte para webcam. Os participantes podem conversar e visualizar a imagem um do outro enquanto conversam. Nos laptops e notebooks mais modernos, a câ- mera já vem integrada ao computador. Saída São dispositivos utilizados para saída de dados do computador, por exemplo: monitor, impressora, projetor, É um dispositivo utilizado para interpretar e enviar à me- caixa de som etc. mória do computador uma imagem desenhada, pintada ou fotografada. Ele é formado por minúsculos sensores fotoelé- Monitor tricos, geralmente distribuídos de forma linear. Cada linha da imagem é percorrida por um feixe de luz. Ao mesmo tempo, É um dispositivo físico (semelhante a uma televisão) os sensores varrem (percorrem) esse espaço e armazenam a que tem a função de exibir a saída de dados. quantidade de luz refletida por cada um dos pontos da linha. A qualidade do que é mostrado na tela depende da A princípio, essas informações são convertidas em car- resolução do monitor, designada pelos pontos (pixels - Pic- gas elétricas que, depois, ainda no scanner, são transforma- ture Elements), que podem ser representados na sua su- das em valores numéricos. O computador decodifica esses perfície. números, armazena-os e pode transformá-los novamente Todas as imagens que você vê na tela são compostas em imagem. Após a imagem ser convertida para a tela, pode de centenas (ou milhares) de pontos gráficos (ou pixels). ser gravada e impressa como qualquer outro arquivo. Quanto mais pixels, maior a resolução e mais detalhada Existem scanners que funcionam apenas em preto e será a imagem na tela. Uma resolução de 640 x 480 signi- branco e outros, que reproduzem cores. No primeiro caso, fica 640 pixels por linha e 480 linhas na tela, resultando em os sensores passam apenas uma vez por cada ponto da ima- 307.200 pixels. gem. Os aparelhos de fax possuem um scanner desse tipo A placa gráfica permite que as informações saiam do para captar o documento. Para capturar as cores é preciso computador e sejam apresentadas no monitor. A placa de- varrer a imagem três vezes: uma registra o verde, outra o termina quantas cores você verá e qual a qualidade dos vermelho e outra o azul. gráficos e imagens apresentadas. 10 NOÇÕES DE INFORMÁTICA Os primeiros monitores eram monocromáticos, ou Impressora Jato de Tinta seja, apresentavam apenas uma cor e suas tonalidades, mostrando os textos em branco ou verde sobre um fun- do preto. Depois, surgiram os policromáticos, trabalhando com várias cores e suas tonalidades. A tecnologia utilizada nos monitores também tem acompanhado o mercado de informática. Procurou-se re- duzir o consumo de energia e a emissão de radiação eletro- magnética. Outras inovações, como controles digitais, tela plana e recursos multimídia contribuíram nas mudanças. Nos desktops mais antigos, utilizava-se a Catodic Rays Tube (CRT), que usava o tubo de cinescópio (o mesmo prin- cípio da TV), em que um canhão dispara por trás o feixe de Atualmente, as impressoras a jato de tinta ou inkjet luz e a imagem é mostrada no vídeo. Uma grande evolu- (como também são chamadas), são as mais populares do ção foi o surgimento de uma tela especial, a Liquid Crystal mercado. Silenciosas, elas oferecem qualidade de impres- Display (LCD) - Tela de Cristal Líquido. são e eficiência. A tecnologia LCD troca o tubo de cinescópio por mi- A impressora jato de tinta forma imagens lançando a núsculos cristais líquidos na formação dos feixes de luz até tinta diretamente sobre o papel, produzindo os caracteres a montagem dos pixels. Com este recurso, pode-se aumen- como se fossem contínuos. Imprime sobre papéis espe- tar a área útil da tela. ciais e transparências e são bastante versáteis. Possuem Os monitores LCD permitem qualidade na visibilidade fontes (tipos de letras) internas e aceitam fontes via soft- da imagem - dependendo do tipo de tela ― que pode ser: ware. Também preparam documentos em preto e branco Matriz ativa: maior contraste, nitidez e amplo cam- e possuem cartuchos de tinta independentes, um preto e po de visão outro colorido. Matriz passiva: menor tempo de resposta nos mo- vimentos de vídeo Impressora Laser Além do CRT e do LCD, uma nova tecnologia esta ga- nhando força no mercado, o LED. A principal diferença en- tre LED x LCD está diretamente ligado à tela. Em vez de células de cristal líquido, os LED possuem diodos emissores de luz (Light Emitting Diode) que fornecem o conjunto de luzes básicas (verde, vermelho e azul). Eles não aquecem para emitir luz e não precisam de uma luz branca por trás, o que permite iluminar apenas os pontos necessários na tela. Como resultado, ele consume até 40% menos energia. A definição de cores também é superior, principalmen- te do preto, que possui fidelidade não encontrada em ne- nhuma das demais tecnologias disponíveis no mercado. Sem todo o aparato que o LCD precisa por trás, o LED As impressoras a laser apresentam elevada qualidade também pode ser mais fina, podendo chegar a apenas uma de impressão, aliada a uma velocidade muito superior. Uti- polegada de espessura. Isso resultado num monitor de de- lizam folhas avulsas e são bastante silenciosas. sign mais agradável e bem mais leve. Possuem fontes internas e também aceitam fontes via Ainda é possível encontrar monitores CRT (que usavam software (dependendo da quantidade de memória). Algu- o tubo de cinescópio), mas os fabricantes, no entanto, não mas possuem um recurso que ajusta automaticamente as deram continuidade à produção dos equipamentos com configurações de cor, eliminando a falta de precisão na im- tubo de imagem. pressão colorida, podendo atingir uma resolução de 1.200 Os primeiros monitores tinham um tamanho de, geral- dpi (dots per inch - pontos por polegada). mente, 13 ou 14 polegadas. Com profissionais trabalhando com imagens, cores, movimentos e animações multimídia, Impressora a Cera sentiu-se a necessidade de produzir telas maiores. Hoje, os monitores são vendidos nos mais diferentes Categoria de impressora criada para ter cor no impres- formatos e tamanhos. As televisões mais modernas apre- so com qualidade de laser, porém o custo elevado de ma- sentam uma entrada VGA ou HDMI, para que computado- nutenção aliado ao surgimento da laser colorida fizeram res sejam conectados a elas. essa tecnologia ser esquecida. A ideia aqui é usar uma su- blimação de cera (aquela do lápis de cera) para fazer im- pressão. 11 NOÇÕES DE INFORMÁTICA Plotters Na verdade existe barramento em todas as placas de produtos eletrônicos, porém em outros aparelhos os téc- nicos referem-se aos barramentos simplesmente como o “impresso da placa”. Barramento é um conjunto de 50 a 100 fios que fazem a comunicação entre todos os dispositivos do computador: UCP, memória, dispositivos de entrada e saída e outros. Os sinais típicos encontrados no barramento são: dados, clock, endereços e controle. Os dados trafegam por motivos claros de necessidade de serem levados às mais diversas porções do computador. Os endereços estão presentes para indicar a localiza- ção para onde os dados vão ou vêm. O clock trafega nos barramentos conhecidos como síncronos, pois os dispositivos são obrigados a seguir uma sincronia de tempo para se comunicarem. Outro dispositivo utilizado para impressão é a plotter, que O controle existe para informar aos dispositivos en- é uma impressora destinada a imprimir desenhos em grandes volvidos na transmissão do barramento se a operação em dimensões, com elevada qualidade e rigor, como plantas ar- curso é de escrita, leitura, reset ou outra qualquer. Alguns quitetônicas, mapas cartográficos, projetos de engenharia e sinais de controle são bastante comuns: grafismo, ou seja, a impressora plotter é destinada às artes Memory Write - Causa a escrita de dados do barra- gráficas, editoração eletrônica e áreas de CAD/CAM. mento de dados no endereço especificado no barramento Vários modelos de impressora plotter têm resolução de de endereços. 300 dpi, mas alguns podem chegar a 1.200 pontos por pole- Memory Read - Causa dados de um dado endereço gada, permitindo imprimir, aproximadamente, 20 páginas por especificado pelo barramento de endereço a ser posto no minuto (no padrão de papel utilizado em impressoras a laser). barramento de dados. Existe a plotter que imprime materiais coloridos com lar- I/O Write - Causa dados no barramento de dados se- gura de até três metros (são usadas em empresas que impri- rem enviados para uma porta de saída (dispositivo de I/O). mem grandes volumes e utilizam vários formatos de papel). I/O Read - Causa a leitura de dados de um dispositivo de I/O, os quais serão colocados no barramento de dados. Projetor Bus request - Indica que um módulo pede controle do barramento do sistema. É um equipamento muito utilizado em apresentações multimídia. Reset - Inicializa todos os módulos Antigamente, as informações de uma apresentação eram impressas em transparências e ampliadas num retro- Todo barramento é implementado seguindo um con- projetor, mas, com o avanço tecnológico, os projetores têm junto de regras de comunicação entre dispositivos conhe- auxiliado muito nesta área. cido como BUS STANDARD, ou simplesmente PROTOCOLO Quando conectados ao computador, esses equipamen- DE BARRAMENTO, que vem a ser um padrão que qualquer tos reproduzem o que está na tela do computador em di- dispositivo que queira ser compatível com este barramen- mensões ampliadas, para que várias pessoas vejam ao mes- to deva compreender e respeitar. Mas um ponto sempre é mo tempo. certeza: todo dispositivo deve ser único no acesso ao bar- ramento, porque os dados trafegam por toda a extensão Entrada/Saída da placa-mãe ou de qualquer outra placa e uma mistura de São dispositivos que possuem tanto a função de inserir dados seria o caos para o funcionamento do computador. dados, quanto servir de saída de dados. Exemplos: pen drive, Os barramentos têm como principais vantagens o fato modem, CD-RW, DVD-RW, tela sensível ao toque, impresso- de ser o mesmo conjunto de fios que é usado para todos os ra multifuncional, etc. periféricos, o que barateia o projeto do computador. Outro ponto positivo é a versatilidade, tendo em vista que toda IMPORTANTE: A impressora multifuncional pode ser placa sempre tem alguns slots livres para a conexão de no- classificada como periférico de Entrada/Saída, pois sua prin- vas placas que expandem as possibilidades do sistema. cipal característica é a de realizar os papeis de impressora A grande desvantagem dessa idéia é o surgimento de (Saída) e scanner (Entrada) no mesmo dispositivo. engarrafamentos pelo uso da mesma via por muitos perifé- ricos, o que vem a prejudicar a vazão de dados (troughput). BARRAMENTOS – CONCEITOS GERAIS Dispositivos conectados ao barramento Ativos ou Mestres - dispositivos que comandam o Os barramentos, conhecidos como BUS em inglês, são acesso ao barramento para leitura ou escrita de dados conjuntos de fios que normalmente estão presentes em to- Passivos ou Escravos - dispositivos que simplesmente das as placas do computador. obedecem à requisição do mestre. 12 NOÇÕES DE INFORMÁTICA Exemplo: Componente PCI ou PCI master - CPU ordena que o controlador de disco leia ou escre- Funciona como uma ponte entre processador e barra- va um bloco de dados. mento PCI, no qual dispositivos add-in com interface PCI A CPU é o mestre e o controlador de disco é o escravo. estão conectados. Barramentos Comerciais - Add-in cards interface Possuem dispositivos que usam o protocolo PCI. São Serão listados aqui alguns barramentos que foram e gerenciados pelo PCI master e são totalmente programáveis. alguns que ainda são bastante usados comercialmente. AGP – Advanced Graphics Port ISA – Industry Standard Architeture Foi lançado em 1984 pela IBM para suportar o novo PC-AT. Tornou-se, de imediato, o padrão de todos os PC- -compatíveis. Era um barramento único para todos os com- ponentes do computador, operando com largura de 16 bits Esse barramento permite que uma placa controladora e com clock de 8 MHz. gráfica AGP substitua a placa gráfica no barramento PCI. O Chip controlador AGP substitui o controlador de E/S do PCI – Peripheral Components Interconnect barramento PCI. O novo conjunto AGP continua com fun- ções herdadas do PCI. O conjunto faz a transferência de dados entre memória, o processador e o controlador ISA, tudo, simultaneamente. Permite acesso direto mais rápido à memória. Pela por- ta gráfica aceleradora, a placa tem acesso direto à RAM, eliminando a necessidade de uma VRAM (vídeo RAM) na própria placa para armazenar grandes arquivos de bits como mapas e textura. O uso desse barramento iniciou-se através de placas- -mãe que usavam o chipset i440LX, da Intel, já que esse chipset foi o primeiro a ter suporte ao AGP. A principal van- tagem desse barramento é o uso de uma maior quantidade de memória para armazenamento de texturas para objetos tridimensionais, além da alta velocidade no acesso a essas texturas para aplicação na tela. O primeiro AGP (1X) trabalhava a 133 MHz, o que pro- PCI é um barramento síncrono de alta performance, porciona uma velocidade 4 vezes maior que o PCI. Além indicado como mecanismo entre controladores altamen- disso, sua taxa de transferência chegava a 266 MB por se- te integrados, plug-in placas, sistemas de processadores/ gundo quando operando no esquema de velocidade X1, e memória. a 532 MB quando no esquema de velocidade 2X. Existem Foi o primeiro barramento a incorporar o conceito plu- também as versões 4X, 8X e 16X. Geralmente, só se en- g-and-play. contra um único slot nas placas-mãe, visto que o AGP só Seu lançamento foi em 1993, em conjunto com o pro- interessa às placas de vídeo. cessador PENTIUM da Intel. Assim o novo processador realmente foi revolucionário, pois chegou com uma série de inovações e um novo barramento. O PCI foi definido com o objetivo primário de estabelecer um padrão da in- dústria e uma arquitetura de barramento que ofereça baixo custo e permita diferenciações na implementação. 13 NOÇÕES DE INFORMÁTICA PCI Express PCI-SIG (composto por companhias como IBM, AMD e Microsoft) aprovou as primeiras especificações do 3GIO. Entre os quesitos levantados nessas especificações, es- tão os que se seguem: suporte ao barramento PCI, possibili- dade de uso de mais de uma lane, suporte a outros tipos de conexão de plataformas, melhor gerenciamento de energia, melhor proteção contra erros, entre outros. Esse barramento é fortemente voltado para uso em subsistemas de vídeo. Interfaces – Barramentos Externos Os barramentos circulam dentro do computador, co- brem toda a extensão da placa-mãe e servem para conectar as placas menores especializadas em determinadas tarefas Na busca de uma solução para algumas limitações dos bar- do computador. Mas os dispositivos periféricos precisam ramentos AGP e PCI, a indústria de tecnologia trabalha no bar- comunicarem-se com a UCP, para isso, historicamente fo- ramento PCI Express, cujo nome inicial era 3GIO. Trata-se de um ram desenvolvidas algumas soluções de conexão tais como: padrão que proporciona altas taxas de transferência de dados serial, paralela, USB e Firewire. Passando ainda por algumas entre o computador em si e um dispositivo, por exemplo, entre soluções proprietárias, ou seja, que somente funcionavam a placa-mãe e uma placa de vídeo 3D. com determinado periférico e de determinado fabricante. A tecnologia PCI Express conta com um recurso que permite o uso de uma ou mais conexões seriais, também chamados de Interface Serial lanes para transferência de dados. Se um determinado disposi- Conhecida por seu uso em mouse e modems, esta in- tivo usa um caminho, então diz-se que esse utiliza o barramento terface no passado já conectou até impressoras. Sua carac- PCI Express 1X; se utiliza 4 lanes , sua denominação é PCI Express terística fundamental é que os bits trafegam em fila, um por 4X e assim por diante. Cada lane pode ser bidirecional, ou seja, vez, isso torna a comunicação mais lenta, porém o cabo do recebe e envia dados. Cada conexão usada no PCI Express tra- dispositivo pode ser mais longo, alguns chegam até a 10 balha com 8 bits por vez, sendo 4 em cada direção. A freqüência metros de comprimento. Isso é útil para usar uma barulhen- usada é de 2,5 GHz, mas esse valor pode variar. Assim sendo, ta impressora matricial em uma sala separada daquela onde o PCI Express 1X consegue trabalhar com taxas de 250 MB por o trabalho acontece. segundo, um valor bem maior que os 132 MB do padrão PCI. As velocidades de comunicação dessa interface variam Esse barramento trabalha com até 16X, o equivalente a 4000 MB de 25 bps até 57.700 bps (modems mais recentes). Na parte por segundo. A tabela abaixo mostra os valores das taxas do PCI externa do gabinete, essas interfaces são representadas por Express comparadas às taxas do padrão AGP: conectores DB-9 ou DB-25 machos. AGP PCI Express AGP 1X: 266 MB por PCI Express 1X: 250 MB segundo por segundo AGP 4X: 1064 MB por PCI Express 2X: 500 MB segundo por segundo AGP 8X: 2128 MB por PCI Express 8X: 2000 MB segundo por segundo PCI Express 16X: 4000 MB por segundo É importante frisar que o padrão 1X foi pouco utilizado e, devido a isso, há empresas que chamam o PC I Express 2X de Interface Paralela PCI Express 1X. Assim sendo, o padrão PCI Express 1X pode representar tam- Criada para ser uma opção ágil em relação à serial, essa bém taxas de transferência de dados de 500 MB por segundo. interface transmite um byte de cada vez. Devido aos 8 bits A Intel é uma das grandes precursoras de inovações tecno- em paralelo existe um RISCo de interferência na corrente lógicas. elétrica dos condutores que formam o cabo. Por esse moti- No início de 2001, em um evento próprio, a empresa mos- vo os cabos de comunicação desta interface são mais cur- trou a necessidade de criação de uma tecnologia capaz de tos, normalmente funcionam muito bem até a distância de substituir o padrão PCI: tratava-se do 3GIO (Third Genera- 1,5 metro, embora exista no mercado cabos paralelos de tion I/O – 3ª geração de Entrada e Saída). Em agosto desse até 3 metros de comprimento. A velocidade de transmissão mesmo ano, um grupo de empresas chamado de desta porta chega até a 1,2 MB por segundo. 14 NOÇÕES DE INFORMÁTICA Nos gabinetes dos computadores essa porta é encon- trada na forma de conectores DB-25 fêmeas. Nas impres- soras, normalmente, os conectores paralelos são conheci- dos como interface centronics. Símbolo para dispositivos USB 3.0 Mas o USB 3.0 também se destaca pelo fator “alimen- tação elétrica”: o USB 2.0 fornece até 500 miliampéres, en- quanto que o novo padrão pode suportar 900 miliampéres. Isso significa que as portas USB 3.0 podem alimentar dis- positivos que consomem mais energia (como determina- dos HDs externos, por exemplo, cenário quase impossível com o USB 2.0). É claro que o USB 3.0 também possui as caracterís- USB – Universal Serial Bus ticas que fizeram as versões anteriores tão bem aceitas, como Plug and Play (plugar e usar), possibilidade de co- A tecnologia USB surgiu no ano de 1994 e, desde en- nexão de mais de um dispositivo na mesma porta, hot-s- tão, foi passando por várias revisões. As mais populares são wappable (capacidade de conectar e desconectar disposi- as versões 1.1 e 2.0, sendo esta última ainda bastante utili- tivos sem a necessidade de desligá-los) e compatibilidade zada. A primeira é capaz de alcançar, no máximo, taxas de com dispositivos nos padrões anteriores. transmissão de 12 Mb/s (megabits por segundo), enquanto que a segunda pode oferecer até 480 Mb/s. Conectores USB 3.0 Como se percebe, o USB 2.0 consegue ser bem rápido, afinal, 480 Mb/s correspondem a cerca de 60 megabytes Outro aspecto no qual o padrão USB 3.0 difere do 2.0 por segundo. No entanto, acredite, a evolução da tecno- diz respeito ao conector. Os conectores de ambos são bas- logia acaba fazendo com que velocidades muito maiores tante parecidos, mas não são iguais. sejam necessárias. Não é difícil entender o porquê: o número de conexões Conector USB 3.0 A à internet de alta velocidade cresce rapidamente, o que faz com que as pessoas queiram consumir, por exemplo, ví- Como você verá mais adiante, os cabos da tecnologia deos, músicas, fotos e jogos em alta definição. Some a isso USB 3.0 são compostos por nove fios, enquanto que os ao fato de ser cada vez mais comum o surgimento de dis- cabos USB 2.0 utilizam apenas 4. Isso acontece para que positivos como smartphones e câmeras digitais que aten- o padrão novo possa suportar maiores taxas de transmis- dem a essas necessidades. A consequência não poderia ser são de dados. Assim, os conectores do USB 3.0 possuem outra: grandes volumes de dados nas mãos de um número contatos para estes fios adicionais na parte do fundo. Caso cada vez maior de pessoas. um dispositivo USB 2.0 seja utilizado, este usará apenas os Com suas especificações finais anunciadas em novem- contatos da parte frontal do conector. As imagens a seguir bro de 2008, o USB 3.0 surgiu para dar conta desta e da mostram um conector USB 3.0 do tipo A: demanda que está por vir. É isso ou é perder espaço para tecnologias como o FireWire ou Thunderbolt, por exem- plo. Para isso, o USB 3.0 tem como principal característica a capacidade de oferecer taxas de transferência de dados de até 4,8 Gb/s (gigabits por segundo). Mas não é só isso... O que é USB 3.0? Como você viu no tópico acima, o USB 3.0 surgiu por- que o padrão precisou evoluir para atender novas neces- sidades. Mas, no que consiste exatamente esta evolução? O que o USB 3.0 tem de diferente do USB 2.0? A principal característica você já sabe: a velocidade de até 4,8 Gb/s (5 Gb/s, arredondando), que corresponde a cerca de 600 me- gabytes por segundo, dez vezes mais que a velocidade do USB 2.0. Nada mal, não? Estrutura interna de um conector USB 3.0 A 15 NOÇÕES DE INFORMÁTICA Conector USB 3.0 A Você deve ter percebido que é possível conectar dis- positivos USB 2.0 ou 1.1 em portas USB 3.0. Este último é Conector micro-USB 3.0 B - imagem por USB.org compatível com as versões anteriores. Fabricantes também podem fazer dispositivos USB 3.0 compatíveis com o pa- Para facilitar a diferenciação, fabricantes estão adotan- drão 2.0, mas neste caso a velocidade será a deste último. do a cor azul na parte interna dos conectores USB 3.0 e, E é claro: se você quer interconectar dois dispositivos por algumas vezes, nos cabos destes. Note, no entanto, que é USB 3.0 e aproveitar a sua alta velocidade, o cabo precisa essa não é uma regra obrigatória, portanto, é sempre con- ser deste padrão. veniente prestar atenção nas especificações do produto antes de adquiri-lo. Conector USB 3.0 B Sobre o funcionamento do USB 3.0 Tal como acontece na versão anterior, o USB 3.0 tam- bém conta com conectores diferenciados para se adequar Como você já sabe, cabos USB 3.0 trabalham com 9 a determinados dispositivos. Um deles é o conector do tipo fios, enquanto que o padrão anterior utiliza 4: VBus (VCC), B, utilizado em aparelhos de porte maior, como impresso- D+, D- e GND. O primeiro é o responsável pela alimentação ras ou scanners, por exemplo. elétrica, o segundo e o terceiro são utilizados na transmis- Em relação ao tipo B do padrão USB 2.0, a porta USB são de dados, enquanto que o quarto atua como “fio terra”. 3.0 possui uma área de contatos adicional na parte supe- No padrão USB 3.0, a necessidade de transmissão de rior. Isso significa que nela podem ser conectados tantos dados em alta velocidade fez com que, no início, fosse dispositivos USB 2.0 (que aproveitam só a parte inferior) considerado o uso de fibra óptica para este fim, mas tal quanto USB 3.0. No entanto, dispositivos 3.0 não poderão característica tornaria a tecnologia cara e de fabricação ser conectados em portas B 2.0: mais complexa. A solução encontrada para dar viabilidade ao padrão foi a adoção de mais fios. Além daqueles uti- lizados no USB 2.0, há também os seguintes: StdA_SSRX- e StdA_SSRX+ para recebimento de dados, StdA_SSTX- e StdA_SSTX+ para envio, e GND_DRAIN como “fio terra” para o sinal. O conector USB 3.0 B pode contar ainda com uma va- riação (USB 3.0 B Powered) que utiliza um contato a mais para alimentação elétrica e outro associado a este que ser- ve como “fio terra”, permitindo o fornecimento de até 1000 miliampéres a um dispositivo. Conector USB 3.0 B - imagem por USB.org Quanto ao tamanho dos cabos, não há um limite defi- nido, no entanto, testes efetuados por algumas entidades Micro-USB 3.0 especialistas (como a empresa Cable Wholesale) recomen- dam, no máximo, até 3 metros para total aproveitamento O conector micro-USB, utilizado em smartphones, por da tecnologia, mas esta medida pode variar de acordo com exemplo, também sofreu modificações: no padrão USB 3.0 as técnicas empregadas na fabricação. - com nome de micro-USB B -, passou a contar com uma No que se refere à transmissão de dados em si, o USB área de contatos adicional na lateral, o que de certa forma 3.0 faz esse trabalho de maneira bidirecional, ou seja, entre diminui a sua praticidade, mas foi a solução encontrada dispositivos conectados, é possível o envio e o recebimen- para dar conta dos contatos adicionais: to simultâneo de dados. No USB 2.0, é possível apenas um tipo de atividade por vez. O USB 3.0 também consegue ser mais eficiente no con- trole do consumo de energia. Para isso, o host, isto é, a má- quina na qual os dispositivos são conectados, se comunica com os aparelhos de maneira assíncrona, aguardando estes 16 NOÇÕES DE INFORMÁTICA indicarem a necessidade de transmissão de dados. No USB Novo conector “tipo C”: uso dos dois lados 2.0, há uma espécie de “pesquisa contínua”, onde o host necessita enviar sinais constantemente para saber qual de- Em dezembro de 2013, a USB.org anunciou outra no- les necessita trafegar informações. vidade para a versão 3.1 da tecnologia: um conector cha- Ainda no que se refere ao consumo de energia, tanto mado (até agora, pelos menos) de tipo C que permitirá que o host quanto os dispositivos conectados podem entrar você conecte um cabo à entrada a partir de qualquer lado. em um estado de economia em momentos de ociosidade. Sabe aquelas situações onde você encaixa um cabo ou Além disso, no USB 2.0, os dados transmitidos acabam pendrive de um jeito, nota que o dispositivo não funcionou indo do host para todos os dispositivos conectados. No e somente então percebe que o conectou incorretamente? USB 3.0, essa comunicação ocorre somente com o dispo- Com o novo conector, este problema será coisa do passado: sitivo de destino. qualquer lado fará o dispositivo funcionar. Trata-se de um plugue reversível, portanto, semelhante Como saber rapidamente se uma porta é USB 3.0 aos conectores Lightning existentes nos produtos da Apple. Tal como estes, o conector tipo C deverá ter também dimen- Em determinados equipamentos, especialmente lap- sões reduzidas, o que facilitará a sua adoção em smartpho- tops, é comum encontrar, por exemplo, duas portas USB nes, tablets e outros dispositivos móveis. 2.0 e uma USB 3.0. Quando não houver nenhuma des- Tamanha evolução tem um preço: o conector tipo C não crição identificando-as, como saber qual é qual? Pela cor será compatível com as portas dos padrões anteriores, ex- existente no conector. ceto pelo uso de adaptadores. É importante relembrar, no Pode haver exceções, é claro, mas pelo menos boa entanto, que será possível utilizar os conectores já existentes parte dos fabricantes segue a recomendação de identi- com o USB 3.1. ficar os conectores USB 3.0 com a sua parte plástica em A USB.org promete liberar mais informações sobre esta azul, tal como informado anteriormente. Nas portas USB novidade em meados de 2014. 2.0, por sua vez, os conectores são pretos ou, menos fre- quentemente, brancos. Firewire USB 3.1: até 10 Gb/s O barramento firewire, também conhecido como IEEE 1394 ou como i.Link, é um barramento de grande volume Em agosto de 2013, a USB.org anunciou as especifica- de transferência de dados entre computadores, periféricos e alguns produtos eletrônicos de consumo. Foi desenvolvido ções finais do USB 3.1 (também chamado deSuperSpeed inicialmente pela Apple como um barramento serial de alta USB 10 Gbps), uma variação do USB 3.0 que se propõe a velocidade, mas eles estavam muito à frente da realidade, oferecer taxas de transferência de dados de até 10 Gb/s ainda mais com, na época, a alternativa do barramento USB (ou seja, o dobro). que já possuía boa velocidade, era barato e rapidamente in- Na teoria, isso significa que conexões 3.1 podem al- tegrado no mercado. Com isso, a Apple, mesmo incluindo cançar taxas de até 1,2 gigabyte por segundo! E não é esse tipo de conexão/portas no Mac por algum tempo, a exagero, afinal, há aplicações que podem usufruir desta realidade “de fato”, era a não existência de utilidade para elas velocidade. É o caso de monitores de vídeo que são co- devido à falta de periféricos para seu uso. Porém o desenvol- nectados ao computador via porta USB, por exemplo. vimento continuou, sendo focado principalmente pela área Para conseguir taxas tão elevadas, o USB 3.1 não faz de vídeo, que poderia tirar grandes proveitos da maior velo- uso de nenhum artefato físico mais elaborado. O “segre- cidade que ele oferecia. do”, essencialmente, está no uso de um método de codi- ficação de dados mais eficiente e que, ao mesmo tempo, Suas principais vantagens: não torna a tecnologia significantemente mais cara. São similares ao padrão USB; Vale ressaltar que o USB 3.1 é compatível com conec- Conexões sem necessidade de desligamento/boot do tores e cabos das especificações anteriores, assim como micro (hot-plugable); com dispositivos baseados nestas versões. Capacidade de conectar muitos dispositivos (até 63 Merece destaque ainda o aspecto da alimentação por porta); elétrica: o USB 3.1 poderá suportar até de 100 watts na Permite até 1023 barramentos conectados entre si; transferência de energia, indicando que dispositivos mais Transmite diferentes tipos de sinais digitais: vídeo, áu- exigentes poderão ser alimentados por portas do tipo. dio, MIDI, comandos de controle de dispositivo, etc; Monitores de vídeo e HDs externos são exemplos: não Totalmente Digital (sem a necessidade de conversores seria ótimo ter um único cabo saindo destes dispositivos? analógico-digital, e portanto mais seguro e rápido); A indústria trabalha com a possiblidade de os primei- Devido a ser digital, fisicamente é um cabo fino, flexí- ros equipamentos baseados em USB 3.1 começarem a vel, barato e simples; chegar ao mercado no final de 2014. Até lá, mais detalhes Como é um barramento serial, permite conexão bem serão revelados. facilitada, ligando um dispositivo ao outro, sem a necessida- de de conexão ao micro (somente uma ponta é conectada no micro). 17 NOÇÕES DE INFORMÁTICA A distância do cabo é limitada a 4.5 metros antes de haver distorções no sinal, porém, restringindo a velocida- de do barramento podem-se alcançar maiores distâncias de cabo (até 14 metros). Lembrando que esses valores são para distâncias “ENTRE PERIFÉRICOS”, e SEM A UTILIZAÇÃO DE TRANSCEIVERS (com transceivers a previsão é chegar a até 70 metros usando fibra ótica). O barramento firewire permite a utilização de dispo- sitivos de diferentes velocidades (100, 200, 400, 800, 1200 Mb/s) no mesmo barramento. O suporte a esse barramento está nativamente em Macs, e em PCs através de placas de expansão específicas ou integradas com placas de captura de vídeo ou de som. Conector e placa de vídeo com conexão VGA Os principais usos que estão sendo direcionados a essa interface, devido às características listadas, são na área de multimídia, especialmente na conexão de dispositivos de Conector DVI (Digital Video Interface) vídeo (placas de captura, câmeras, TVs digitais, setup bo- xes, home theather, etc). Os conectores DVI são bem mais recentes e proporcio- nam qualidade de imagem superior, portanto, são considera- dos substitutos do padrão VGA. Isso ocorre porque, conforme indica seu nome, as informações das imagens podem ser tra- tadas de maneira totalmente digital, o que não ocorre com o padrão VGA. INTERFACE DE VIDEO Conector VGA (Video Graphics Array) Os conectores VGA são bastante conhecidos, pois estão presentes na maioria absoluta dos “grandalhões” monitores CRT (Cathode Ray Tube) e também em alguns modelos que usam a tecnologia LCD, além de não ser raro encontrá-los em placas de vídeos (como não poderia deixar de ser). O co- nector desse padrão, cujo nome é D-Sub, é composto por Conector DVI-D três “fileiras” de cinco pinos. Esses pinos são conectados a um cabo cujos fios transmitem, de maneira independente, infor- Quando, por exemplo, um monitor LCD trabalha com co- mações sobre as cores vermelha (red), verde (green) e azul nectores VGA, precisa converter o sinal que recebe para digital. (blue) - isto é, o conhecido esquema RGB - e sobre as fre- Esse processo faz com que a qualidade da imagem diminua. quências verticais e horizontais. Em relação a estes últimos Como o DVI trabalha diretamente com sinais digitais, não é aspectos: frequência horizontal consiste no número de linhas necessário fazer a conversão, portanto, a qualidade da ima- da tela que o monitor consegue “preencher” por segundo. gem é mantida. Por essa razão, a saída DVI é ótima para ser Assim, se um monitor consegue varrer 60 mil linhas, dize- usada em monitores LCD, DVDs, TVs de plasma, entre outros. mos que sua frequência horizontal é de 60 KHz. Frequência É necessário frisar que existe mais de um tipo de conec- vertical, por sua vez, consiste no tempo em que o monitor tor DVI: leva para ir do canto superior esquerdo da tela para o can- DVI-A: é um tipo que utiliza sinal analógico, porém ofere- to inferior direito. Assim, se a frequência horizontal indica a ce qualidade de imagem superior ao padrão VGA; quantidade de vezes que o canhão consegue varrer linhas DVI-D: é um tipo similar ao DVI-A, mas utiliza sinal digital. por segundo, a frequência vertical indica a quantidade de ve- É também mais comum que seu similar, justamente por ser zes que a tela toda é percorrida por segundo. Se é percorrida, usado em placas de vídeo; por exemplo, 56 vezes por segundo, dizemos que a frequên- DVI-I: esse padrão consegue trabalhar tanto com DVI-A cia vertical do monitor é de 56 Hz. como com DVI-D. É o tipo mais encontrado atualmente. É comum encontrar monitores cujo cabo VGA possui Há ainda conectores DVI que trabalham com as especifica- pinos faltantes. Não se trata de um defeito: embora os co- ções Single Link e Dual Link. O primeiro suporta resoluções de nectores VGA utilizem um encaixe com 15 pinos, nem to- até 1920x1080 e, o segundo, resoluções de até 2048x1536, dos são usados. em ambos os casos usando uma frequência de 60 Hz. 18 NOÇÕES DE INFORMÁTICA O cabo dos dispositivos que utilizam a tecnologia DVI Muitas placas de vídeo oferecem conexão VGA ou DVI é composto, basicamente, por quatro pares de fios trança- com S-Video. Dependendo do caso, é possível encontrar os dos, sendo um par para cada cor primária (vermelho, verde três tipos na mesma placa. Assim, se você quiser as