Forjamento - Conformação Plástica - Sanguinetti PDF
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This document provides a detailed explanation of forging techniques, including free forging and die forging, for metal forming. It explores the historical context, processes, and equipment used in the forging of metals. Figures and examples illustrate various concepts.
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compressão entre rolos. Entretanto, durante a revolução industrial, final 4 do século XVU, a demanda por produtos de metais gerou um grande...
compressão entre rolos. Entretanto, durante a revolução industrial, final 4 do século XVU, a demanda por produtos de metais gerou um grande dcsenvolvimemo na forjaria. As invenções do maneio mccàruco c do maneio a vapor, cuja fonte primária de energia era o vapor, geraram um grande desenvolvimento na indú~tria da confonnação. Estas concepções sel'\~ram de base pam os sofi~ticados equipamentos de f01ja disponíveis FORJAMENTO atualmente: O martelo de forjar (eletro-mecànico) e a prensa de forjar (hidráulica) 4.1 Introdução 4.2 Modos de Forjamento O forjamento é o mais ant igo dos processos de conformação A confonnação plásticu de metais e ligas produzida 110r plástica de metais c ligas. Adornos c diferentes objctos metálicos foram forjamento pode ser executada de dois modos tradicionais. Dependendo encontrado> cm sítios arqueológicos nas terras bíblicas, evidenciando-se da forma (geometria) ~ do nlvel de precisão requerida pela pcç;1 que povos pré-históricos (8.000 anos AC) já produziam ar1cfatos em ouro (dimensões finais), o forjamento poderá ser realizado em matriz aberta ou e cobre por martelarnento. Naquela época, a trabalhabilidade destes em matri:>: fechada. Em algum tipo de forjado, as duas fonnas são materiais não-refinados era limitada apenas por suas impurezas. A arte do necessárias. onde o forjamento em matriz aberta sel'\ e como etapa refino de minérios de ouro c cobre por fusão era completamente preliminar para o forjamento cm matriz fechada. Em ambos os modos de desconhecida c. até mesmo, o conhecimento de que estel> metais forjamento. o material deve ser conformado em temperaturas superiores ã endureciam por manelamento, só surgiu muitos séculos depois. temperatura de recristaliznção pa.ra manutenção da tensão de escoamento Nessa fase da nossa pré-história, o homem, movido pela abaixo dos valores críticos. Após cada etapa de defonnação, o material necessidade de aumentar a resistência dos materiais sem comprometer a deve ser reaquecido para recristalização c. em seguida, ser novamente trnbalhabilidadc, passou a produzir ligas de cobre com estanho , dando dcfonnado. numa scqll~ncia tcrmomccãnica intermitente até que a forma início a famosa idade do bronze ( 1.300 anos AC). Um século depois, final seja obtida. A figura 4. 1 mostra de fonna esquemática o ciclo experimentos com ferro e carbono, fez surgir a idade do ferro ( 1200 anos termomecânico de um forjamento. AC). A razGo para esta distância cronológica entre o cobre e o ferro, deveu-se ao fato de que o homem ainda não conhecia a arte da fusão e refino do minério de ferro, por ocorrer em temperat uras muito mais T elevadas que as temperaturas do cobre. Os grandes mu>cus de um modo geral, purticulannente os museus do ferro na Europa. exibem em seus acel'\ os curioS8!. peças e artefatos em liga~ metálicas que os nossos antepassados de diferentes épocas ja produ7iram, em sua grande maioria, por mane lamento. Com o passar dos séculos. a moldagem de mctai; c ligas com martelo e bigorna foi gradativamente evoluindo e, já a partir do século XIII, surgiram os primeiros martelos mecânicos movidos à traçào animal ou por rodas d'água. Na idade média. inc luindo-se o período renascentista, pouca contribuição foi dada ao forjamento. Mas por outro lado. baseadas nas concepções de Leonardo da Vinci, surgiram outras Figura 4.1· Ciclo tcn11omcc6nico aplicado a um fo~jan1cn1o. máquinas ferramentas para conformação de metais c ligas por A defonnação em temperaturas abaixo da temperatura de quando se tocam, atuam como batentes ou falsas matrizes, elevando recristalização deve ser evitada para não causar danos a matriz, nem assintoticaruente o valor da carga, sem que oenhuma defonnação fissuras no material. Independentemente do modo de forjamento, a adicional seja produzida (fig. 4.3). aplicação de um lubriticante ! desmoldante se faz necessária em cada passo do processo. Tradicionalmente, uma solução aquosa com grafite em p suspensão pode ser utilizada para este tim. A pulverização desta mistura grafite/solução sobre a matriz e o punção, além de refrigerar, impede o Após o encontro dos batentes caldeamento do material com as superficies internas das ferramentas. o valor d3 carg Figuro 4.5 Modificação produzida por tratamento tcnnomccânico. 4.2.2 Forjamento em Matrizes ( lU) O f11~jamento de peças de geometria complexas é real izado em matrizes fechadas. As ferramentas, matriz e punçcio, SÜl) feitas a partir de um bloco bipartido que. quando fechado, fonna um bloco unico no qual o material fica confinado cm sua cavidade (fig. 4.6). A cavidade comum em ambas as partes deve ser cuidadosamente projetada e usinada para garamir as tolerâncias dimensionais da peça forjada. figura 4.7 Seqliêncin de lbtjnmcnto - I. U ~lU forjamento livre; I V tbrjumcnto cm matri~ fechada. A partit· do bloco (1), os ~ntalhes no bloco (li) ;cro feitos Figura 4.6 Forjamento em matriz fechada progressivamente por manclamcnto. Em seguida, o bloco entalhado ( 11) ~ forjado livremente até ''dquirir a configuração de bloco (IIJ). Finalmente, cotu A dcformaçao em matrizes exige ainda estudos reológicos pré-fo~ma (lll) é forjada cm matriz fechada (em uma ou mais etapas), preliminares para garantir o preenchimento completo do molde. sem assummdo a forma final ( IV). desperdícios de material e com o menor esforço possível do equipamento. Algumas ve7es, o projeto de foljamento de uma peça deve ser No foljamento em matriz fechada. a dificuldade de escoamento subdividido em diversas etapas, onde são produ7idas configurações do metal no seu mterior, quando gerada por imposições geométricas. intenncdiâri~ até que se chegue a forma final da peça. pode até tomar as etapas intermediárias muito mais complexas que a.~ Algumas destas configurações intenncdiúrias pod~m :.er obtidas etapas finais para o acabamento. Toda a atenção deve ser feita para que, por forjamento livre. embora o acabamento do foljado deva ser feito em durante o escoamento, n~o sejam produzidos dobramentos do metal sobre matrizes fechada.~, conforme a il ustração da figurd 4.7. si mesmo (gota fria). sem {lUC a:. superficies em contato se fundam por caldeamento. Este problema pode ocorr~r em matrizes com arrestas muito agudas, atrito elevado ou ainda resfriamento exc-essivo na região onde a ,!,farte/o de j01jar - É uma prensa mecânica (fig. 4.9) que aplica golpes gota fria foi produzida. rápidos sobre a supertlcie de um metal, promovendo seu escoamento. A dificuldade para se resolver analiticamente a rcologia Neste equipamento, as variações nas taxas de defonnação estão (condições de escoamento) de um forjado de geometria complexa é algo condicionadas às variações de velocidade do motor de acionamento ou de bastante comum no dia-a-