Aula 3 - Lesão Celular - PDF

LESÃO CELULAR (AGENTES PATOGÊNICOS E MEIOS DIAGNÓSTICOS) Disciplina: Patologia Docente: Profa. Dra. Ana Claudia Pelizon MECANISMOS DE REGULAÇÃO Ambiente apresenta muitas variações Células = poucas variações  ADAPTAÇÃO CELULAR Adaptações em situações normais:...

LESÃO CELULAR (AGENTES PATOGÊNICOS E MEIOS DIAGNÓSTICOS) Disciplina: Patologia Docente: Profa. Dra. Ana Claudia Pelizon MECANISMOS DE REGULAÇÃO Ambiente apresenta muitas variações Células = poucas variações  ADAPTAÇÃO CELULAR Adaptações em situações normais: Gravidez (hiperplasia das glândulas mamárias) Menopausa (atrofia do endométrio) Adaptações em situações anormais: Hipertensão arterial (hipertrofia cardíaca) Estímulo intenso Capacidade adaptativa LESÃO ou prolongado célula excedida  REAÇÕES AO ESTRESSE PERSISTENTE Adaptações na tentativa de evitar a lesão celular REAÇÕES AO ESTRESSE PERSISTENTE Atrofia: Resposta adaptativa em que a célula diminui de tamanho e paralisa suas funções, reduzindo suas necessidades de energia ao mínimo REAÇÕES AO ESTRESSE PERSISTENTE Atrofia REAÇÕES AO ESTRESSE PERSISTENTE Hipertrofia: resposta aos sinais tróficos ou uma demanda funcional e gera um aumento de volume da célula e maior capacidade funcional REAÇÕES AO ESTRESSE PERSISTENTE REAÇÕES AO ESTRESSE PERSISTENTE Hiperplasia: aumento do número de células de um órgão ou tecido mediante estímulo hormonal, demanda funcional (altas altitudes), lesão celular crônica (calos) REAÇÕES AO ESTRESSE PERSISTENTE Hiperplasia REAÇÕES AO ESTRESSE PERSISTENTE Displasia: crescimento e maturação desordenados. Pertence a uma fase na evolução cancerígena como lesão pré- neoplásica, no entanto, dependendo de sua etiologia pode ter sua evolução retrocedida REAÇÕES AO ESTRESSE PERSISTENTE Displasia REAÇÕES AO ESTRESSE PERSISTENTE Metaplasia Quando uma célula adulta é substituída por outra de outro tipo celular. Uma tentativa do organismo de substituir um tipo celular exposto a um estresse a um tipo celular mais apto a suportá-lo REAÇÕES AO ESTRESSE PERSISTENTE Trato respiratório LESÃO CELULAR CONCEITO  Agressão ou injúria à células, que podem causar alterações em seu funcionamento e tardiamente mutações que podem levar ao aparecimento de diversas doenças Causas CAUSAS DA LESÃO CELULAR PRIVAÇÃO DE O2  Isquemia: interrupção do fluxo sanguíneo arterial, normalmente por um processo obstrutivo Ex: Ateroma, Trombo  Hipóxia:Baixa concentração de O2 nos tecidos Ex: Anemia falciforme, Edema pulmonar CAUSAS DA LESÃO CELULAR AGENTES FÍSICOS  Trauma mecânico  Exposição à baixas temperaturas  Exposição à altas temperaturas  Choque elétrico  Alteração da pressão atmosférica  Exposição à radiação CAUSAS DA LESÃO CELULAR AGENTES QUÍMICOS e DROGAS  Álcool  Medicamentos  Poluentes ambientais  Venenos  CAUSAS DA LESÃO CELULAR REAÇÕES AGENTES IMUNOLÓGICAS INFECCIOSOS Alergia Vírus Febre Bactérias Choque anafilático Fungos Doenças autoimunes Protozoários Helmintos Agentes patogênicos = organismo, microscópico ou não, capaz de produzir doença infecciosa em seu hospedeiro CAUSAS DA LESÃO CELULAR ANORMALIDADES GENÉTICAS  Anemia Falciforme  Hipercolesterolemia Familiar DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS  Fome  Carência nutricional  Excesso nutricional MECANISMOS MECANISMOS DE LESÃO CELULAR Depleção do ATP  Diminuição do ATP - Falhas na bomba de sódio e potássio (membranas celular) levando a entrada de Na e H2O - Edema Início falência celular Morte celular MECANISMOS DE LESÃO CELULAR Lesão Mitocondrial  Alterações morfológicas das mitocôndrias - Lesão das mitocôndrias por diversos mecanismos Diminuição da produção Morte celular de energia MECANISMOS DE LESÃO CELULAR Influxo de cálcio para o citosol e perda da homeostase do cálcio  Homeostase do cálcio é indispensável para a manutenção das funções celulares  A falência na bomba de cálcio promove sua entrada para a célula e acúmulo no citoplasma  Ativação de diversas enzimas que atuam na inativação de ATP, lise de membranas, lise de proteínas e fragmento da cromatina MECANISMOS DE LESÃO CELULAR Acúmulo de radicais livres do oxigênio  Metabolismo celular normal – radicais livres → danos à célula - Células possuem mecanismos contra o dano causado pelos radicais livres (Ex: Vitamina C) Desequilíbrio Lesão celular MECANISMOS DE LESÃO CELULAR Defeitos na permeabilidade das membranas  Permite a entrada ou escape de substâncias  Pode ser causada por falta de energia ou lesão direta por toxinas, vírus, subst. químicas, etc.  Mecanismos bioquímicos envolvidos: disfunção mitocondrial, perda de fosfolipídeos das membranas, anormalidade do citoesqueleto, radicais livres. TIPOS DE LESÃO CELULAR REVERSÍVEL Célula agredida pelo estímulo nocivo, tendo alterações funcionais e morfológicas, mantendo-se viva e recuperando-se quando o estímulo nocivo é retirado ou cessa. IRREVERSÍVEL Célula incapaz de se recuperar depois de cessada a agressão até a morte celular LESÃO CELULAR REVERSÍVEL  É um processo adaptativo  A célula ainda tem a possibilidade de voltar ao normal  Pode ser causada pela falta ou diminuição da demanda de oxigênio celular Exemplos: Edema celular: incapacidade de a célula manter seu equilíbrio iônico, acumulando água e Ca+ no meio intracelular Esteatose: agressão por toxinas ou alterações metabólicas, formando vacúolos de gordura no citoplasma  Hipóxia: dano às células por diminuição de O2 no sangue Comprometimento da mecânica pulmonar e consequente comprometimento na difusão dos gases Dificuldade no carreamento de moléculas de O2 no sangue  LESÃO CELULAR REVERSÍVEL Pode levar ao acúmulo de água no interior das células (edema) ou ao acúmulo de gordura no interior da célula (esteatose) LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL Ocorre quando a célula não consegue voltar a homeostase após a lesão celular reversível A partir desse momento, a célula não consegue mais voltar ao normal Seguindo para sua morte LESÃO IRREVERSÍVEL MORTE CELULAR NECROSE APOPTOSE NECROSE Alterações que ocorrem após a morte celular. Inicialmente microscópicas até serem totalmente macroscópicas. As membranas das células necróticas perdem sua integridade, com extravasamento de substâncias intracelulares ao meio extracelular TIPOS DE NECROSE Coagulante (isquêmica) Perda da nitidez dos elementos nucleares com manutenção do contorno celular devido à permanência de proteínas coaguladas no citoplasma Liquefação Comum em infecções bacterianas, o tecido necrótico fica limitado à uma região, encapsulando um quantidade de neutrófilos e outras células inflamatórias (pus). Observadas em abcessos e lesões cerebrais.  Necrose por liquefação Caseosa Tecido esbranquiçado, granuloso e amolecido Ex: sífilis  Necrose caseosa Fibrinóide Lesão com aspecto translúcido Ex: aterosclerose  Necrose fibrinóide Gangrenosa Pode ser isquêmica ou por ação microbiana. Ex: Gangrena  Necrose gangrenosa Enzimática Liberação desordenada de enzimas nos tecidos. Ocorre geralmente no pâncreas  Necrose enzimática Hemorrágica Presença de hemorragia no tecido necrosado APOPTOSE  Morte celular programada – ocorrendo a degradação do material genético (DNA e RNA) e das proteínas celulares. Não há vazamento de proteínas para o meio extracelular. Fagocitose dos restos Apoptose LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL  FATORES QUE DERTEMINAM A MORTE CELULAR Tipo de Agressão ou Injúria Tempo e Intensidade da lesão:  Tempo de Agressão: curtos períodos sem oxigênio – morte celular Célula nervosa: 2 a 5 minutos Miócito: 60 minutos Hepatócito: 120 minutos  FATORES QUE DETERMINAM A MORTE CELULAR Adaptabilidade Estado Metabólico Alterações Bioquímicas