Fármacos Anticoncepcionais e Disfunção Erétil PDF

FÁRMACOS ANTICONCEPCIONAIS E FÁRMACOS UTILIZADOS EM DISFUNÇÃO ERÉTIL Prof.: MSc. Danilo Cândido SISTEMA REPRODUTOR FEMININO A FECUNDAÇÃO  CONTROLE E LIBERAÇÃO O processo hormonal:. O estrogênio controla a fase proliferativa do endométrio e tem efeitos de retroal...

FÁRMACOS ANTICONCEPCIONAIS E FÁRMACOS UTILIZADOS EM DISFUNÇÃO ERÉTIL Prof.: MSc. Danilo Cândido SISTEMA REPRODUTOR FEMININO A FECUNDAÇÃO  CONTROLE E LIBERAÇÃO O processo hormonal:. O estrogênio controla a fase proliferativa do endométrio e tem efeitos de retroalimentação negativa na hipófise anterior; A progesterona controla a fase secretora posterior e tem efeitos de retroalimentação negativa no hipotálamo e na hipófise anterior; Se um óvulo fertilizado se implanta, o corpo lúteo continua a secretar progesterona; Após a implantação, a gonadotrofina coriônica humana do córion trona-se importante e, posteriormente, durante a gravidez, a progesterona e outros hormônios são secretados pela placenta. Estrogênio Progesterona  CONTROLE E LIBERAÇÃO Hipotálamo LEGENDA GnRH - Fator de Liberação de Gonadotropina - FSH – Hormônio Folículo Estimulante (GnRH) + LH – Hormônio Luteinizante Hipófise - FSH LH + Ovário + - Folículo de Corpo Graaf Lúteo Estrogênio Progesterona CONTROLE E LIBERAÇÃO O CICLO MENSTRUAL Hipotálamo Progesterona PROGESTÁGENOS PRODUÇÃO DE PROGESTERONA CORPO LÚTEO PLACENTA CÓRTEX DA SUPRARRENAL  USOS CLÍNICOS Usos clínicos Usos clínicos Progestágenos (contracepção): Progestágenos:  Com o estrógeno na contracepção  Combinado com estrógenos para a oral combinada; terapia de reposição de estrógenos  Com contraceptivo oral apenas com em mulheres com útero intacto, no progesterona; sentido de prevenir a hiperplasia  Para contracepção com endometrial e carcinoma. progesterona isoladamente, em forma injetável ou de implante;  Para endometriose e no carcinoma  Como parte do contraceptivo endometrial; intrauterino.  Usos menos validados incluem várias doenças menstruais. PROGESTÁGENOS DISPONÍVEIS  PROGESTÁGENOS SINTÉTICOS NORGESTIMATO GESTODENO ORIGENS DOS PROGESTÁGENOS SINTÉTICOS NOVOS PROGESTÁGENOS  FARMACOCINÉTICA DA PROGESTERONA E DOS PROGESTÁGENOS  ABSORÇÃO  LIGAÇÃO À ALBUMINA, MAS NÃO SE LIGA À GLOBULINA ACÚMULO NO TECIDO ADIPOSO METABOLIZAÇÃO: HEPÁTICA  ELIMINAÇÃO: VIA URINA  EFEITOS ADVERSOS DOS PROGESTÁGENOS Ações androgênicas; Acne; Retenção de líquido; Mudança no peso; Depressão; Mudança na libido; Desconforto na mama; Sintomas pré-menstruais; Ciclos menstruais irregulares; Sangramento inesperado; Há incidência aumentada de tromboembolia;  ATIVIDADE BIOLÓGICA DA PROGESTERONA E DOS PROGESTÁGENOS MEDICAMENTOS QUE CONTÊM APENAS PROGESTÁGENOS  DROSPIRENONA ATIVIDADE ATIVIDADE ANTIMINERALOCORTICOIDE ANTIANDROGÊNICA MELHORA Menor retenção de sódio; ACNE Menor tensão mamária; SEBORREIA Melhoras edemas; Reduz aumento do peso corpóreo; Melhora síndrome pré-menstrual. ESTROGÊNIOS PRODUÇÃO DE ESTROGÊNIOS OVÁRIOS PLACENTA CÓRTEX DA SUPRARRENAL REDUÇÃO DAS DOSAGENS  USOS CLÍNICOS 1. TERAPIA DE REPOSIÇÃO: INSUFICIÊNCIA OVARIANA PRIMÁRIA (Ex:. Síndrome de Turner); AMENORREIA PRIMÁRIA: Induzem um ciclo artificial, quando conjugados com um progestágeno; INSUFICIÊNCIA OVARIANA SECUNDÁRIA (menopausa) para o rubor, o ressecamento vaginal e para preservar a massa óssea. 2. CONTRACEPÇÃO 3. CÂNCER DE PRÓSTATA E MAMA (EM DESUSO)  FARMACOCINÉTICA DOS FÁRMACOS ESTROGÊNIOS  BOA ABSORÇÃO PELO TGI ESTRÓGENOS NATURAIS – RAPIDAMENTE METABOLIZADOS ESTRÓGENOS SINTÉTICOS – LENTAMENTE DEGRADADOS  LIGAÇÃO À ALBUMINA E A UMA GLOBULINA LIGANTE ESPECÍFICA  ELIMINAÇÃO: VIA URINA EFEITOS ADVERSOS DOS FÁRMACOS ESTROGÊNIOS ESTROGÊNIOS MEDICAMENTOS QUE CONTÊM ESTROGÊNIOS PROGESTAGÊNIOS + ESTROGÊNIOS CONTRACEPÇÃO ORAL CONJUGADA  ANTICONCEPCIONAIS ORAIS COMBINADOS – MECANISMO DE AÇÃO Suprimem a ovulação Reduzem o transporte ovular nas tubas uterinas Alteram o endométrio e dificultam a nidação Tornam mais espesso o muco cervical (evitando a penetração dos espermatozóides)  PROGESTAGÊNIOS + ESTROGÊNIOS Usos clínicos:. 1. Pílulas combinadas BENEFÍCIOS: Diminuição das irregularidades menstruais e sangramentos fora do período menstrual; A anemia por deficiência de ferro e a tensão pré-menstrual são reduzidas, como também as doenças benignas da mama, a fibrose uterina e os cistos funcionais dos ovários; CONTRACEPTIVOS ORAIS COMBINADOS Progestogênio Estrogênio Método Trifásico Bifásico Monofásico Ciclo Normal 10 15 20 Dia do Ciclo ANTICONCEPCIONAIS ORAIS COMBINADOS  MONOFÁSICOS TIPOS E COMPOSIÇÃO  Combinação de estrógenos e progestágenos em concentrações iguais em todas as pílulas;  Administração ocorre por 21 dias, começando no 5º dia (caso o uso seja em repetição);  A cada 3 semanas, tem-se uma de repouso.  BIFÁSICOS TIPOS E COMPOSIÇÃO  A dose de progesterona varia duas vezes durante o ciclo artificial e o estrogênio permanece com a mesma dose durante todo o tempo de uso;  Torna o ciclo artificial mais parecido com o ciclo natural.  TRIFÁSICOS TIPOS E COMPOSIÇÃO  A dose de progesterona varia três vezes durante o ciclo artificial, enquanto o estrogênio, varia apenas uma vez;  O que melhor imita o ciclo menstrual. HORMÔNIO 5º - 10º DIA 11º - 15º DIA 16º - 25º DIA LEVONORGESTREL 50 mcg 75 mcg 125 mcg ETINILESTRADIOL 30 mcg 40 mcg 30 mcg  CONTRACEPTIVOS ORAIS COMBINADOS Efeitos adversos pílulas combinadas: Ganho de peso, retenção de fluido ou efeito anabólico, ou ambos; Pouca náusea, rubor, tontura, depressão e irritabilidade; Mudanças na pele (Ex:. acne e/ou aumento na pigmentação); Amenorreia de duração variável na cessação da ingestão da pílula. Problemas sobre a coagulação sanguínea  CONTRACEPTIVOS ORAIS COMBINADOS - CONTRAINDICAÇÕES Hipertensão e doenças cardiovasculares Tromboflebite Diabetes Hiperlipidemia Sangramento vaginal anormal  INTERAÇÕES EM CONTRACEPTIVOS TABAGISMO ANTIBIÓTICOS MEDICAMENTOS HEPATOTÓXICOS INDUTORES DO CYP450 ANTICONVULSIVANTES  INTERAÇÕES EM CONTRACEPTIVOS ANTICONCEPCIONAIS ORAIS COMBINADOS MINIPÍLULAS  MINIPÍLULAS - CARACTERÍSTICAS  Não são anovulatórias;  Não contêm estrogênio;  Administração ininterrupta de progestágeno em baixa dosagem;  Inicia-se no 1º dia do ciclo (1º dia da menstruação);  Deve ser tomado todos os dias e no mesmo horário;  Podem ser utilizados por lactantes;  Alteram a reologia do muco cervical;  Retorno imediato à fertilidade após o uso.  MINIPÍLULAS – BENEFÍCIOS E EFEITOS ADVERSOS 2. Pílula só com progesterona:. Os fármacos usados nas pílulas só com progesterona incluem noretisterona, levonorgestrel ou etinodiol; A pílula é tomada sem interrupção; O mecanismo de ação ocorre primariamente sobre o muco cervical, que se torna inviável para o esperma; A progesterona, provavelmente, também impede a implantação através de seu efeito sobre o endométrio, e sobre a motilidade e as secreções das tubas uterinas.  MINIPÍLULAS – BENEFÍCIOS E EFEITOS ADVERSOS Efeitos potenciais benéficos e adversos:. Os contraceptivos só com progesterona oferecem alternativa viável para a pílula combinada em algumas mulheres nas quais o estrógeno está contraindicado; E são viáveis para mulheres cuja pressão sanguínea aumenta de forma exagerada durante o tratamento com estrógeno; Entretanto, seus efeitos contraceptivos são menos confiáveis que aqueles da pílula combinada, e, perdendo-se uma dose, pode ocorrer a concepção; Alterações da menstruação (especialmente sangramento irregular) são comuns; MINIPÍLULAS - EXEMPLOS  MINIPÍLULAS – BENEFÍCIOS NÃO ANTICONCEPCIONAIS  Diminuição das cólicas menstruais;  Redução do sangramento menstrual;  Podem melhorar a anemia;  Protegem contra o câncer do endométrio;  Diminuem as doença benignas nas mamas;  Diminuem a incidência de gravidez ectópica. CONTRACEPÇÃO ORAL DE EMERGÊNCIA  INTERCEPTÍVEIS – PÓS-COITO ATUALMENTE...  Dose total = 2 comprimidos com 750 mcg de LEVONORGESTREL cada um: Pozato Uni, Diad...  INTERCEPTÍVEIS – PÓS-COITO ESQUEMA DE USO:  Em uma única dose, ou;  Em duas doses:  A primeira deve ser tomada antes de completar 72 horas (3 dias após a relação);  A segunda deve ser tomada 12 horas após a primeira dose;  MECANISMO DE AÇÃO 1 – INIBIÇÃO DA OVULAÇÃO  Se ingerida antes da ovulação, tem a mesma função da pílula anticoncepcional convencional.  Impede que o ovócito seja enviado às tubas uterinas.  MECANISMO DE AÇÃO 2 – INIBIÇÃO DA FECUNDAÇÃO  Afeta a mobilidade dos SPTZ em direção ao ovócito: a migração dos grupos de SPTZ que ficam dentro do útero de 72h após o coito, fica prejudicada.  INTERCEPTÍVEIS – PÓS-COITO Importante! A anticoncepção oral de emergência NÃO tem nenhum efeito após a implantação ter se completado.  ANTICONCEPCIONAIS INJETÁVEIS  As diferentes formulações contêm estradiol e um progestágeno sintético, enquanto os contraceptivos orais combinados possuem dois hormônios sintéticos. Percentual de falha: 0,2 a 0,4 % Falha dos injetáveis apenas de progesterona: 0,1 a 0,6% APROVADOS NO BRASIL PARA USO EM CONTRACEPÇÃO MENSAL 50 mg de enantato de noretisterona Mesigyna 5 mg de valerato de estradiol 25 mg de acetato de medroxiprogesterona Cyclofemina 5 mg de cipronato de estradiol Perlutan 150 mg de acetofenido dihidroxiprogesterona Ciclovular 10 mg de enantato de estradiol Unociclo  ANTICONCEPCIONAIS ANTICONCEPCIONAIS INJETÁVEIS Somente de progesterona: O acetato de medroxiprogesterona é método anticoncepcional injetável apenas de progestogênio, utilizado por aproximadamente 14 milhões de mulheres em todo o mundo. É um progestogênio semelhante ao produzido pelo organismo feminino, que é liberado lentamente na circulação sanguínea.  ANTICONCEPCIONAIS ADESIVOS TRANSDÉRMICOS Combinação de progestogênio e estrogênio, liberado de forma contínua (ex. sete dias, embalagens com três unidades), através de adesivos cutâneos. A absorção cutânea é muito eficiente e garante nível contínuo de hormônios com alta eficácia.  ANTICONCEPCIONAIS Nádegas, abdome, parte superior externa do braço ou parte superior do dorso, em local onde não haja fricção por roupas justas. Para evitar irritação, aplique cada novo adesivo em um local diferente.  CRLA (CONTRACEPTIVOS REVERSÍVEIS DE LONGA AÇÃO)  Dispositivo de plástico em forma de T, contendo levonorgestrel; Liberação lenta e constante por 5 anos; Continua ovulando; A mulher pode engravidar após 1 mês da retirada; Índice de falha: 0 a 0,2 %.  CRLA (CONTRACEPTIVOS REVERSÍVEIS DE LONGA AÇÃO) A categoria de CRLAs inclui DIU (cobre versus Mirena - à base de progestina), injeções de hormônio (à base de progesterona) e implantes subcutâneos, como Implanon (à base de progestina). Uma vantagem de CRLAs sobre a pílula contraceptiva oral (PCO) é que eles não têm de ser tomados diariamente pela paciente e, como tal, com frequência resultam em maior eficácia no uso típico.  CRLA (CONTRACEPTIVOS REVERSÍVEIS DE LONGA AÇÃO)  CRLA (CONTRACEPTIVOS REVERSÍVEIS DE LONGA AÇÃO) FÁRMACOS UTILIZADOS EM DISFUNÇÃO ERÉTIL Prof.: MSc. Danilo Cândido  DISFUNÇÃO ERÉTIL  SIGNIFICADO: Incapacidade de manter a ereção e realizar a atividade sexual com sucesso. CAUSAS: Doenças vasculares, diabetes, medicamentos, depressão... INCIDÊNCIA: 30 milhões de homens nos EUA. TRATAMENTOS OBSOLETOS: Injeções intrapenianas de alprostadil, implantes.  DISFUNÇÃO ERÉTIL TRATAMENTO ATUAL: Inibidores da 5-PDE (5- FOSFODIESTERASE) Fármacos disponíveis: Sildenafila (Viagra®), Tadalafila (Cialis®) e Vardenafila (Helleva®) COMO E POR QUE ACONTECE A EREÇÃO? FÁRMACOS QUE AGEM NA DISFUNÇÃO ERÉTIL – MECANISMO DE AÇÃO FARMACOCINÉTICA DOS INIBIDORES DA 5-PDE ABSORÇÃO: Alimentos só não interferem na absorção da TADALAFILA; Formas farmacêuticas desintegrantes elevam a Biodisponibilidade do fármaco; BIOTRANSFORMAÇÃO: Hepática - Via enzima CYP450 3A4 EFEITOS ADVERSOS DOS INIBIDORES DA 5-PDE VASODILATAÇÃO EM OUTROS LEITOS VASCULARES Cefaleia Rubor Dispepsia Congestão nasal Distúrbios na visão colorida  CONTRA-INDICAÇÕES DO INIBIDORES DA 5-PDE Doenças degenerativas hereditárias da retina – Inibição da 6-PDE; Pacientes com patologias cardiovasculares ou que possuem risco; Usuários de nitratos orgânicos – derivados da nitroglicerina, isossorbida.  INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS COM INIBIDORES DA 5-PDE Nitratos orgânicos; Antagonistas α-adrenérgicos – elevação do efeitos hipotensor; Indutores enzimáticos – Carbamazepina, Rifampicina e Barbitúricos; Inibidores enzimáticos – Cimetidina, Antibióticos macrolídeos, Imidazois antifúngicos, Ritonavir.