Resposta Hormonal ao Exercício PDF

Summary

Este documento apresenta um resumo sobre a resposta hormonal ao exercício, incluindo conceitos de interação hormona-receptor, mecanismos de ação hormonal, e os objetivos sobre a resposta hormonal ao exercício. O documento parece ser um conjunto de apontamentos.

Full Transcript

RESPOSTA HORMONAL AO EXERCÍCIO Departamento de Ciências do Desporto, Maria Paula Gonçalves da Mota Exercício e Saúde Objectivos ¨ Descrever o conceito de interacção hormona-receptor ¨ Identificar os factores que influenciam a concentração de uma hormona no sangue....

RESPOSTA HORMONAL AO EXERCÍCIO Departamento de Ciências do Desporto, Maria Paula Gonçalves da Mota Exercício e Saúde Objectivos ¨ Descrever o conceito de interacção hormona-receptor ¨ Identificar os factores que influenciam a concentração de uma hormona no sangue. ¨ Descrever os mecanismos de acção das hormonas esteroides nas células. ¨ Descrever a hipótese de acção hormonal de “mensageiro secundário”. ¨ Descrever o papel dos factores libertados pelo hipotálamo no controlo da secreção hormonal pela glândula pituitária anterior. Objectivos ¨ Descrever a relação do hipotálamo com a secreção hormonal da glândula pituitária anterior ¨ Identificar o local de libertação, o estimulo para libertação e a acção predominante das seguintes acções: epinefrina, norepinefrina, glucagina, insulina, cortisol, aldosterona e hormona de crescimento. Objectivos ¨ Contrastar o papel das catecolaminas plasmáticas com os factores intracelulares na mobilização do glicogénio muscular durante o exercício. ¨ Discutir brevemente os mecanismos de manutenção da homeostasia da glicose sanguínea: ¤ Mobilização da glicose a partir das reservas de glicogénio hepático; ¤ Mobilização dos ácidos gordos livres no plasma no tecido adiposo, ¤ Sintese de glicose a partir dos amino-ácidos e do glicerol no fígado; ¤ Bloqueio da entrada de glicose nas células. Objectivos ¨ Descrever as alterações nas hormonas insulina, glucagina, cortisol, hormona de crescimento, epinefrina e norepinefrina durante o exercicio com intensidade crescimento e prolongado e discutir como é que estas alterações influenciam os mecanismos de manutenção da concentração de glicose sanguínea. ¨ Descrever os efeitos das alterações hormonais e níveis de substratos no sangue na mobilização de ácidos gordos livres do tecido adiposo. Sumário Neuroendocrinologia Regulação da ação Controlo hormonal da hormonal mobilização dos substratos energéticos durante o exercício Concentração sanguínea da Hipotálamo e glândula Utilização do glicogénio hormona pituitária muscular Interação hormona-receptor Glandula da Tiroide Homeostasia da glicose Glândula da paratiroide sanguínea durante o Glandula Adrenal exercício Pancreas Interacção hormona- Ovários e Testiculos substrato Neuroendocrinologia Neuroendocrinologia ¨ Sistema neuroendócrino ¤ O sistema endócrino liberta hormonas ¤ O sistema nervoso usa neurotransmissores ¨ Glândulas endócrinas ¤ Libertam hormonas directamente no sangue ¨ Hormonas ¤ Alteram a actividade dos tecidos que possuem receptores aos quais as hormonas se podem ligar ¤ Várias classes de acordo com a sua composição química: n Derivados de aminoácidos n Péptidos/proteínas n Esteróides SISTEMA ENDÓCRINO https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/multimedia/video/v27415238_pt Concentração sanguínea hormonal ¨ O efeito de uma hormona num tecido é determinado pela sua concentração plasmática ¨ Determinada pela: ¤ Taxa de secreção da hormona pela glândula endócrina n Magnitude do input (estímulo) n Input estimulador vs. Input inibidor ¤ Taxa metabólica ou excreção da hormona n No receptor e pelo fígado e rins ¤ Quantidade de proteína transportadora n Hormonas esteróides ¤ Alterações do volume plasmático Factores que influenciam a secreção das hormonas Concentração plasmática de aminoácidos Concentração plasmática de glicose Neurónios simpáticos INSULINA Neurónios parassimpáticos Epinefrina plasmática Outras hormonas Interações hormona-receptor ¨ As hormonas apenas afetam os tecidos com receptores específicos Interações hormona-receptor ¨ A magnitude do efeito depende de: ¤ Concentração da hormona ¤ Número de receptores na célula ¤ Afinidade do receptor para a hormona ¨ Adaptação negativa ¤ Diminuição do número de receptores em resposta à elevada concentração da hormona ¨ Adaptação positiva ¤ Aumento do número de receptores em resposta à baixa concentração da hormona. Fluxo hormonal para os tecidos Ligação da hormona à Ligações não específicas Estado do receptor enzima que catalisa a às hormonas celular sua degradação Biotransformação da hormona Ligações especificas às hormonas Efeito oposto ou sinérgico de outra regulação Efeito metabólico Situação metabólica da hormona da célula Factores que R Factores Influenciam E Moduladores Duração do exercício S P Stress emocional O Intensidade do exercício S Temperatura ambiente T A Volume da Carga Disponibilidade de oxigénio H Massa muscular solicitada O Influência de feedbacks R Adaptação ao exercício M Disponibilidade de hidratos de O carbono N A Fadiga Necessidades homeostáticas L Mecanismos de ação hormonal ¨ Alteração do transporte na membrana ¤ Insulina ¨ Alteração da actividade do DNA modificando a síntese proteica ¤ Hormonas esteróides ¨ Ativação de mensageiros secundários via proteína G ¤ AMP ciclico ¤ Ca2+ ¤ Inositol trifosfato (I3P) ¤ Diacilglicerol ¨ Tirosina quinase ¤ Insulina e hormona de crescimento Mecanismo de ação das hormonas esteróides Mecanismo do “mensageiro secundário” AMP cíclico Mecanismos secundários de mensagem Ca2+ e fosfolipase C Receptor da Insulina Resumo ¨ A interação hormona-receptor determina o evento na célula; a alteração da concentração da hormona, o número de receptores celulares, ou a afinidade do receptor para a hormona vão influenciar a magnitude do efeito. ¨ As hormonas exercem a sua influencia modificando o transporte de substancias na membrana, activando/suprimindo genes que aceleram a síntese proteica, e activando mensageiros secundários (AMP cíclico, Ca2+, inositol trifosfato, e diacilglicerol). Regulação da ação hormonal Controlo hormonal da mobilização dos substratos energéticos durante o exercício. Efeitos do treino. Hormonas: regulação e ação ¨ As hormonas são secretadas pelas glândulas endócrinas ¤ Pâncreas ¤ Glândula Adrenal ¤ Hipotálamo e pituitária ¤ Testículos e ovários Hormonas de ação rápida ¨ Insulina ¤ Captação e armazenamento de glicose e ácidos gordos livres ¤ A concentração plasmática diminui durante o exercício ¤ A resposta da insulina diminui após o treino ¨ Glucagina ¤ Mobilização de glicose e ácidos gordos livres ¤ A concentração plasmática aumenta durante o exercício ¤ A resposta diminui após o treino ¨ A secreção de insulina e de glucagina é influenciada pelas catecolaminas Pancreas ¨ Tem funções exócrinas e endócrinas ¨ Segrega: ¤ Insulina (pelas células β) n Promove as reservas de glicose, amino-ácidos, e gordura n À falta de insulina chama-se diabetes mellitus Pâncreas ¤ Glucagina (pelas células α) n Promove a mobilização dos ácidos gordos e da glicose ¤ Somatostatina (pelas célualas δ) n Controla a velocidade de entrada de nutrientes na circulação ¤ Enzimas digestivas e bicarbonato n No intestino delgado Homeostasia da glicose sanguínea durante o exercício ¨ A glicose plasmática é mantida à custa de 4 processos: ¤ Mobilização de glicose a partir das reservas de glicogénio no fígado ¤ Mobilização de ácidos gordos livres a partir do tecido adiposo n Poupa a glicose sanguínea ¤ Neoglucogénese a partir dos aminoácidos, lactato e glicerol ¤ Bloqueio da entrada de glicose nas células n Força a utilização de ácidos gordos como substrato ¨ Controlada por hormonas ¤ Permissivas ou de ação lenta ¤ De ação rápida Efeitos da Insulina e da Glucagina Efeito da E e NE na secreção de insulina e glucagina Efeito do SNS na mobilização de substratos Alteração da insulina plasmática durante o exercício Percentagem do VO2máx Minutos Alteração da glucagina plasmática durante o exercício Minutos Glândulas Supra-renais Medula Adrenal ¨ Segrega as catecolaminas ¤ Dopamina, Epinefrina (E, ~80%) e norepinefrina (NE) n Hormonas de actuação rápida n Parte da resposta “luta ou fuga” 1.Tirosina hidroxilação DOPA 2.DOPA descarboxilação DOPAMINA 3. transporte da dopamina para as vesículas 4.Dopamina hidroxilação NOREPINEFRINA 5. 80% norepinefrina EPINEFRINA Medula Adrenal ¤ Liga-se a receptores adrenérgicos: alfa (α) e beta (β) ¤ O efeito depende da hormona e do tipo de receptor Epinefrina e Norepinefrina ¨ Hormonas de ação rápida ¨ Mantêm a glicose sanguínea durante o exercício ¤ Mobilizam o glicogénio muscular ¤ Aumentam a mobilização do glicogénio no fígado ¤ Aumentam a mobilização de ácidos gordos livres ¤ Interferem com a captação de glicose ¨ A E e NE plasmática aumentam durante o exercício ¤ Também aumentam a FC e a pressão sanguínea durante o exercício ¨ A E e NE plasmática diminui nos treinados Papel das Catecholamines na mobilização dos substratos Alteração da E e NE plasmática durante o exercício Concentração de epinefrina plasmática durante o Epinefrina (nmoles /l) exercício Tempo (min) Controle da utilização do glicogénio muscular ¨ A degradação do glicogénio muscular está sob um duplo controlo: ¤ Epinefrina-AMPcíclico n Via receptores β- adrenérgicos n Ca2+-calmodulina ¤ Aumenta durante o exercício devido à libertação de Ca2+ pelo reticulo sarcoplasmático Utilização do glicogénio muscular ¨ A Glicogenólise está relacionada com a intensidade do exercício ¤ Exercício de grande intensidade resulta num esgotamento mais rápido do glicogénio ¨ A epinefrina plasmática é um potente estimulador da glicogenólise ¤ O exercício intenso induz aumento significativo da epinefrina no plasma exercício durante o glicogénio Esgotamento de Esgotamento de glicogénio (mmoles unidades de glicose/kg peso seco) Tempo (min) Resposta das catecolaminas ao exercício com o treino Efeitos do treino na resposta das catecolaminas ao exercício Hipertrofia da medula adrenal; Aumento das reservas de epinefrina e norepinefrina; Treino Aumento da actividade das enzimas (especialmente o treino responsáveis pela síntese muito intenso) ­ norepinefrina e epinefrina de catecolaminas receptores b AMPciclico glicogénio fosforilase a ­ lactato glicólise G-6-P Resumindo ¨ A medula adrenal segrega as catecolaminas epinefrina (E) e norepinefrina (NE) ¨ E é a principal secreção da medula adrenal (80%), enquanto que a NE é principalmente secretada pelos neurónios adrenergicos do sistema nervoso simpático. ¤ A E e a NE ligam-se a receptores α e β adrenérgicos produzindo alterações na actividade celular (e.g., a FC aumenta, mobilização dos ácidos gordos do tecido adiposo) via mensageiros secundários. Resumo ¨ A degradação de glicogénio no musculo está sob o controlo da apeniefrina-AMPciclico e Ca2+- calmodulina. Este último aumenta durante o exercício devido à libertação do Ca2+ pelo retículo sarcoplasmático. Neste sentido o aumento do substrato (glicose) ocorre em simultâneo com a activação da contração muscular. Hormonas de ação lenta ¨ Hormona de Crescimento ¨ Cortisol Hipotálamo ¨ Estimula a libertação de hormonas da glândula pituitária anterior ¤ Liberta hormonas ou factores ¨ Liberta hormonas para a libertação da glândula pituitária posterior. Glândula Pituitária Anterior ¨ Hormona Adrenocorticotrofina (ACTH) ¤ Estimula a libertação de cortisol pelas glândulas adrenais ¨ Hormona de Crescimento Cortisol ¨ Manutenção da glicose plasmática ¤ Promove a degradação proteica para a neoglucogénese ¤ Estimula a mobilização dos ácidos gordos livres ¤ Estimula a síntese de glicose hepática ¤ Bloqueia a captação celular de glicose n Promove a utilização de ácidos gordos livres como substrato ¨ Estimulada pelo: ¤ Stress, via ACTH n Parte do Sindrome Geral de Adaptação ¤ Exercício Produção de cortisol segundo a fase do dia em animais de hábitos diurnos. A linha vermelha representa a libertação de cortisol ou hormonas de stress, e a azul a libertação de melatonina ou hormonas reparadoras e de crescimento. Fonte: http://danlempriere.com/articles.php?id=2 Produção de cortisol segundo a fase do dia em animais de hábitos diurnos em stress sistémico. A linha vermelha representa a libertação de cortisol ou hormonas de stress. Fonte: http://danlempriere.com/articles.php?id=2 A concentração sanguínea de cortisol aumenta em várias situações de stress (influência do meio ambiente, estado emocional, exercício, traumatismo, infecção, envenenamento, intoxicação, estado debilitados) induzindo uma resposta metabólica de adaptação. Cortisol liga-se a receptores específicos localizados no citoplasma Os efeitos do cortisol são retardados, ­ Síntese RNAm nalguns casos superior a 30 min ¨ Estimula a neoglucogénese hepática ¨ Estimula o ciclo da glicose-alanina (­ as desaminases hepáticas) Efeitos do cortisol: ¨ Diminui a utilização de glicose pelas células (inibe a oxidação do NADH; inibe a síntese de transportadores de glicose nas células, excepto nas hepáticas) ¨ Reduz as reservas celulares de proteínas excepto nas células hepáticas ¨ Aumenta a concentração de aminoácidos livres e sua utilização no metabolismo energético ¨ Aumenta a mobilização de ácidos gordos do tecido adiposo ¨ Estimula a eritropoiese ¨ Influencia o comportamento ¨ Efeitos anti-inflamatórios Controle da secreção de Cortisol Papel do Cortisol na manutenção da glicose sanguínea Alterações plasmáticas de cortisol durante o exercício ¨ Principalmente o exercício intenso e prolongado induz alterações significativas do cortisol. ¨ Quando há ingestão de hidratos de carbono durante o exercício, não há variação significativa do cortisol. ¨ No exercício com intensidade supramáxima (30” a 175%, 90” a 135% do VO2máx), o cortisol aumenta após 30’ de recuperação. Resumo ¨ O cortex adrenal segrega aldosterona (mineralocorticoide), cortisol (glucocorticoide), e estrogeneos e androgeneos (hormonas sexuais esteroides). ¨ A Aldosterona regula o equilíbrio do Na+ e do K+. A secreção de Aldosterona aumenta no exercício intenso, devido ao sistema renina-angiostensina. ¨ O Cortisol responde a vários estímulos de stress, incluindo o exercício, para assegurar a disponibilidade de substratos (glicose, aminoácidos e ácidos gordos livres), e para disponibilizar aminoácidos para a reparação tecidual. Hormona de Crescimento (GH) ¨ Estimula a libertação de factores de crescimento tipo insulínico (IGFs) ¤ No músculo, o IGF-1 é responsável pelo crescimento celular ¨ Essencial para o crescimento de todos os tecidos ¤ Facilita a captação de amino-ácidos e síntese proteica ¤ Crescimento dos óssos longos ¨ Poupa a glicose sanguínea ¤ Reduz a utilização de glicose plasmática ¤ Aumenta a neoglucogénese ¤ Mobiliza os ácidos gordos do tecido adiposo Regulação da hormona de crescimento (GH) Hormona de Crescimento e Performance ¨ A GH aumenta a síntese proteica nos músculos e óssos longos ¤ Utilizada em crianças com dwarfismo ¤ Também utilizado por atletas, idosos e em cosmética ¨ Tem mais efeitos adversos do que benefícios ¤ Parece ter efeitos secundários na hipersecreção da GH endógena, estando associada a 50% da mortalidade aos 50 anos e 89% aos 60 anos. ¨ Não há evidências de que a GH promova ganhos de força ¤ Aumenta a síntese de colagénio e não proteína contráctil Hormona de Crescimento ¨ Hormona de ação lenta ¨ Efeitos: ¤ Suporta a ação do cortisol n Diminui a captação de glicose pelos tecidos n Aumenta a mobilização de ácidos gordos livres n Aumenta a neoglucogénese no fígado ¨ Efeitos do Exercício ¤ Aumenta com a intensidade do exercício ¤ Maior resposta nos corredores treinados Papel da hormona de crescimento na manutenção da glicose plasmática Alterações na hormona de crescimento plasmática durante o exercício Percentagem do VO2máx Minutos Resumo ¨ O hipotálamo controla a actividade das glândulas pituitária anterior e posterior. ¨ A GH é libertada pela glândula pituitária anterior e é essencial para o crescimento normal. ¨ A GH aumenta durante o exercício para mobilizar ácidos gordos livres do tecido adiposo e para ajudar a manter a glicose sanguínea. Resumo ¨ As hormonas cortisol e hormona de crescimento atuam de uma forma permissiva para suportar as ações de outras hormonas durante o exercício. ¨ A hormona de crescimento e o cortisol também têm uma ação lenta no metabolismo dos hidratos de carbono e lípidos durante o exercício Sumário da resposta hormonal ao exercício Percentagem do VO2máx Minutos Resumo ¨ A manutenção da glicose no plasma durante o exercício deve-se ao aumento da mobilização do glicogénio no fígado, maior utilização de ácidos gordos livres no plasma, aumento da neoglucogénese e diminuição da captação de glicose pelos tecidos. ¨ A diminuição da insulina no plasma e aumento da E, NE, GH, glucagina e cortisol durante o exercício controlam estes mecanismos para manter a concentração de glicose. ¨ A captação de glicose é 7 a 20 vezes mais rápida durante o exercício do que em repouso mesmo quando os níveis plasmáticos de insulina diminuem. ¨ O aumento do Ca2+ intracelular e outros factores associados com o aumento do nº de transportadores de glicose na membrana aumentam a captação de glicose. ¤ O treino diminui a resposta da E, NE, glucagina, e insulina durante o exercício. Regulação hormonal da pressão arterial Sistema Renina-Angiostensina-Aldosterona Hormona vasopressina ou Antidiurética (ADH) Cortex Adrenal ¨ Segrega hormonas esteroides (derivadas do colesterol): ¤ Mineralocorticoides n – Aldosterona : manutenção do Na+ and K+ Aldosterona ¨ Controla a reabsorção de Na+ e excreção de K+ ¤ Equilibrio Na+/H2O ¨ Regula o volume de sangue e a pressão sanguínea ¤ Parte do sistema renina-angiotensina-aldosterona ¤ As 3 hormonas aumentam durante o exercício ¨ É estimulada por: ¤ Aumento da concentração de K+ ¤ Diminuição do volume plasmático Sistema Renina-angiostensina-aldosterona Actividade Simpática Reabsorção tubular de Superfície do endotélio Na+ Cl- e excreção de pulmonar e renal K+. Retenção de H2O ACE Córtex Adrenal Angiostensiogénio Angiostensina I Angiostensina II Secreção de Retenção de H2O e Aldosterona Na+. Aumento do Renina volume na circulação. ↓da perfusão Aumento da perfusão renal (aparelho Vasocronstrição do aparelho justaglomerolar arteriolar. ↑ a justaglomerolar pressão sanguínea Arteríola Secreção de ADH Pituitária Posterior Tubos colectores: absorção de H2O Alteração da renina, angiostensina II e aldosterona durante o exercício Glândula Pituitária Posterior ¨ Oxitocina ¨ Hormona Antidiurética (ADH) ¤ Reduz a perda de água e mantém o volume plasmático ¤ Favorece a reabsorção de água pelos tubulos renais para os capilares ¤ A libertação é estimulada pela osmolaridade ou baixo volume plasmático ¤ Aumento da ADH deve-se à transpiração sem reposição de água ¤ Aumenta durante o exercício acima de 60% do VO2máx. para manter o volume plasmático. Alteração da ADH durante o exercício Hormonas Sexuais Testículos e Ovários ¨ Estrogéneos e Progesterona ¤ Libertada pelos ovários ¤ Estabelece e mantém a função reprodutora ¤ Os níveis variam com o ciclo menstrual ¨ Testosterona ¤ Libertada pelos testículos ¤ Esteróides anabolizantes n Promove o crescimento muscular n Aumenta a performance ¤ Esteróide androgéneo n Promove os caratéres masculinos Controle da secreção de Estrogénios Alterações da FSH, LH, Progesterona e Estradiol durante o exercício VO2máx (%) VO2máx (%) Controle da secreção de Testosterona Esteróides anabolizantes e performance ¨ Os estudos iniciais não encontraram benefícios para o crescimento da massa muscular ¤ Contrasta com as descrições dos atletas ¤ Os “Sujeitos” usam 10 a 100 vezes a dose recomendada ¤ Tomam mais do que um esteróide em megadoses ¨ Tem efeitos secundários negativos ¤ Reverte ao normal depois de deixar de tomar (…) ¨ É Considerado doping Treino de Força Força máxima Hipertrofia Força Resistência Repetições 120 < 90 30 a 60 Séries 4 a 10 >3 2a3 Intensidade 90 a 100% 75% 60 a 65% Resposta hormonal e treino de força ¨ Produção de energia ¤ Com o treino de força há um aumento imediato da epinefrina e norepinefrina n Aumentam a glicose sanguínea, a produção de força, velocidade de contração muscular, e produção de energia. n Aumenta a captação de glicose devido ao aumento do Ca2+ e transportadores GLUT4, pelo que o treino de força aumenta a sensibilidade a insulina. Kraemer, W.J., and Ratamess, N.A. (2005) Hormonal responses and adaptations to resistance exercise and training. Sports Medicine, 35, (4), 339-61 Resposta hormonal e treino de força ¨ Volume do treino Volume = Nº de repetições x séries x peso ¤ Efeitos crónicos n Marx et al. (2001): 6 meses de treino de força em mulheres; baixo volume (circuito) vs. grande volume. n O treino com grande volume aumenta a testosterona, IGF-1 e diminui os níveis de cortisol comparativamente ao treino em circuito. n Mais ganhos de força muscular, potência e velocidade no treino com grande volume. Resposta hormonal e treino de força ¤ Efeitos agudos do nº de séries na testosterona, cortisol, e hormona de crescimento (11 homens activos) n Protocolo de força máxima (5 rep a 88% de 1RM, 3-min repouso) e n Protocolo para hipertrofia muscular (10 rep a 75% de 1RM, 3-min repouso) com 2, 4 e 6 séries de cada exercício. n Protocolo de força resistencia (15 rep a 60% de 1RM, 1 min repouso), com 2 e 4 séries. n Resultados: n Protocolo de força máxima: o nº de séries não alterou o perfil hormonal. n Protocolo para hipertrofia muscular e de força resistência: houve um aumento do cortisol e da hormona de crescimento quando foram feitos 4 séries comparativamente com 2 séries. n Não houve aumento da testosterona em qualquer uma das condições Smilios et al. (2003) Marx, J.O., Ratamess, N.A., Nindl, B.C., Gotshalk, L.A., Volek, J.S., Dohi, K., Bush, J.A., Gomez, A.L., Mazzetti, S.A., Fleck, S.J., Hakkinen, K., Newton, R.U., and Kraemer, W.J. (2001, April) Low-volume circuit versus high-volume periodized resistance training in women. Medicine and Science in Sports and Exercise, 33(4), 635-43. ¨ Aplicação prática ¤ Os estudos sobre os efeitos agudos e crónicos revelam que os programas de treino de força com grande volume tendem a induzir uma maior resposta hormonal. Resposta hormonal e treino de força ¨ Treino até à exaustão vs. Sem exaustão ¤ Aplicação prática: n Levar cada série até à exaustão parece não ser um factor tão importante como se pensa, quando se pretende aumentar a força e a potência muscular, assim como a resposta hormonal. n Levar o treino à exaustão pode tornar o sujeito mais susceptível de overtraining, diminuição da resposta hormonal e potência muscular. Resposta hormonal e treino de força ¨ Treino até à exaustão vs. Sem exaustão ¤ Izquierdo et al. (2006) analisou a resposta hormonal num programa de treino de força de 11 semanas A resistência muscular aumentou Treino de força mais, o IGF-1 11 semanas máxima e diminuiu potência + aumentos de Treino sem exaustão 5 semanas força, potência, + testosterona em Ganhos idênticos no 1RM, repouso, - cortisol Potência muscular, nº máx. de repetições Izquierdo, M., Ibanez, J., Gonzalez-Badillo, J.J., Hakkinen, K., Ratamess, N.A., Kraemer, W.J., French, D.N., Eslava, J., Altadill, A., Asiain, X., and Gorostiaga, E.M. (2006). Differential effects of strength training leading to failure versus not to failure on hormonal responses, strength, and muscle power gains. Journal of Applied Physiology, 100 (5), 1647-1656. Resposta hormonal e treino de força ¨ Intervalo de recuperação ¤ Ahtiainen et al. (2005) compararam intervalos de recuperação: Não foram encontradas 2 minutos 6 meses de treino de força: diferenças na força, 2 sessões de treino intenso por massa muscular ou perfil semana para os membros inferiores hormonal (testosterona, Mesmo volume para ambos os grupos cortisol e hormona de crescimento) ¤ Aplicação prática n Um estudo anterior (Kraemer et al. 1990) demonstrou o menor intervalo de recuperação (um minuto vs. três minutos) induzia maior resposta hormonal aguda; n Neste estudo de Ahtiainen et al. (2005) não houve diferenças hormonais significativas entre 2 minutos vs. 5 minutos. Ahtiainen, J.P., et al. (2005). Short vs. long rest period between the sets in hypertrophic resistance training: influence on muscle strength, size, and hormonal adaptations in trained men. Journal of Strength and Conditioning Research, 19 (3), 572-82. Kraemer, W.J., et al. (1990). Hormonal and growth factor responses to heavy resistance exercise protocols. Journal of Applied Physiology. 69(4):1442-1450. Resposta hormonal e treino de força ¨ Treino concêntrico vs. Excêntrico ¤ Nas adaptações ao treino e à resposta hormonal, as contrações musculares concêntricas produzem aumentos mais significativos da hormona de crescimento do que as excêntricas (Durand et al., 2003) para a mesma carga absoluta. ¤ Mas se considerarmos a mesma carga relativa, ambas as contrações produzem resposta semelhante da hormona de crescimento e testosterona (Kraemer et al., 2006). ¤ Deve-se variar os protocolos de treino de força de modo a incluir protocolos de treino concêntrico e excêntrico. Durand, R.J., Castracane, V.D., Hollander, D.B., Tryniecki, J.L., Bamman, M.M., O'Neal, S., Hebert, E.P., and Kraemer, R.R. (2003). Hormonal responses from concentric and eccentric muscle contractions. Medicine and Science in Sports and Exercise, 35 (6), 937-943. Kraemer, R.R., Hollander, D.B., Reeves, G.V., Francois, M., Ramadan, Z.G., Meeker, B., Tryniecki, J.L., Hebert, E.P., and Castracane, V.D. (2006) Similar hormonal responses to concentric and eccentric muscle actions using relative loading. European Journal of Applied Physiology, 96 (5), 551-557. Resposta hormonal e treino de força ¨ Repetições forçadas vs. repetição máxima ¤ Repetição forçada: realizar repetições depois da exaustão (implica a ajuda de um parceiro - halterofilistas) ¤ Repetição máxima: repetição até à exaustão n A resposta hormonal (testosterona, hormona de crescimento, cortisol) aumenta da mesma forma em ambos os protocolos de treino, mas os níveis de testosterona aumentam mais no protocolo com repetições forçadas. ¤ Os protocolos de treino de força com repetições forçadas apenas deverão ser incorporados periodicamente porque a sua utilização sistemática pode ter efeitos negativos nos músculos. Resposta hormonal e treino de força ¨ Ordem dos exercícios ¤ Exercícios que utilizam mais massa muscular estimula uma maior resposta metabólica do que os exercícios que utilizam pequenos grupos musculares ¤ Ex. treino do bíceps n Após squat jump levou a um aumento da resposta hormonal (hormona de crescimento) e de 31% na força máxima. n Isolado não foi acompanhado por alterações hormonais, e teve um ganho de 10% na força máxima.

Use Quizgecko on...
Browser
Browser