Reprodução Feminina: Abordagem Sobre Anatomia e Semi-ologias (PDF)

SEMIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR LILIAN PAMELA SEMIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO ANATOMIA GERAL BÁSICA O sistema reprodutivo das fêmeas constitui: - ovários - ovidutos - cornos - corpo uterino  Cérvix Vagina Vestíbulo Vulva  ANATOMIA GERAL BÁ...

SEMIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR LILIAN PAMELA SEMIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO ANATOMIA GERAL BÁSICA O sistema reprodutivo das fêmeas constitui: - ovários - ovidutos - cornos - corpo uterino  Cérvix Vagina Vestíbulo Vulva  ANATOMIA GERAL BÁSICA Ovários => as medidas variam de acordo com a idade, raça,número de partos, estado nutricional é fase do ciclo reprodutivo. Nas gatas os ovários => têm formato e forma que lembram um grão de arroz. Nas cadelas=> o tamanho varia de acordo com o ciclo estral, localizando-se próximo aos rins., recobertos pela gordura periovárica.  ANATOMIA GERAL BÁSICA As tubas ou oviduto=> podem ser divididos em quatro segmentos funcionais=> fímbrias, infundibulo, ampola e istmo. Útero => composto por dois cornos, um corpo e uma cérvix, com forma, comprimento e diâmetro. O útero apresenta ampla capacidade de distensão, permitindo a gestão, contrai-se fortemente no momento do parto facilitando a expulsão do filhote. ANATOMIA GERAL BÁSICA Cérvix=> caracteriza pela espessa parede ligando o fundo vaginal ao corpo do útero. O espaço vaginal e uma estrutura tubular de comprimento variável=>órgão copulatório e via fetal mole no momento do parto. Na porção ventral do vestíbulo abre-se o meato urinário externo. O genital feminino exterior e composto pela vulva, glândulas vestibulares e clitoris. ANATOMIA GERAL BASICA Funções do cervix; - Facilitar o transporte espermático - Atuar como reservatório de espermatozóides Agir na seleção de espermatozoides viáveis. SINAIS REVELADORES DE PROBLEMAS DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO. A fisiopatologia da reprodução dos animais domésticos é muito rico. Os sinais são exibidos isoladamente ou envolvendo outros sistemas orgânicos. De forma geral quando o proprietario observa alguma das seguintes anormalidade,  anestro prolongado, ciclos irregulares, ninfomania, estros curtos, comportamento masculinizado, defeitos anatômicos da genitália externa, aumento de volume no períneo, projecções anormais exteriorizadas pela vulva, distensão abdominal, dor, contrações e esforços expulsivos, crostas aderidas na cauda e períneo, corrimento vaginal sanguinolento, folículo ovariano persistente, tumores ovarianos produtores de estrógenos, tumor venéreo transmissível, cistite, laceracao vaginal, coagulopatias, corpo estranho vaginal, descolamento placentário durante a gestação;  Outras secreções vaginais incluem corrimento verde escuro (puerpério inicial e cães), secreção marrom fétida (morte com decomposição fetal), secreção serossanguinolenta, secreções purulentas (infecções), secreção marrom ou enegrecida (mumificação fetal). Cuidados especiais com hemorragias. SINAIS PROBLEMAS DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO Distúrbios locais e aqueles de ordem metabólica podem influenciar as manifestações do aparelho reprodutor feminino. Polidipsia e políuria são sinais mais relatados nos casos de piometra em pequenos animais. MATERIAL BÁSICO NECESSÁRIO PARA EXAME DO APARELHO REPRODUTOR Luva plástica descartável Lubrificante Água e sabão ou detergente neutro Papel toalha Faixa para forrar a cauda Solução fisiológica Espéculo metálico ou descartável Bandeja metálica estéril Pinça de biópsia uterina  Aparelho para coleta de amostra para microbiologia Escovas para coleta de citologia Lanterna Meios de transporte e fixação de amostras Seringas Pipetas Alcool Fósforo Solução anti-séptica. EXAME CLÍNICO DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO Identicicação e ou resenha=> raça, espécie, idade e eventuais particularidades. Anamnese=> Primípara, plurípara  EXAME FISICO - GERAL Condição nutricional Corrimento Coloração de mucosas linfonodos Parametros vitais; temperatura corpórea, FC, FR.  EXAME FISICO ESPECIFICO Distenção e tensão abdominal Forma e dilatação da vulva Aumento de volume Exame retal  EXAMES COMPLEMENTARES Dosagem hormonal exames microbiológicos Exames citológicos e histológicos Rx US. PROTOCOLO DE EXAME GINECOLÓGICO E OBSTÉTRICO Identificação=> espécie, raça, nome, idade, sexo, peso,eventuais particularidades. Anamnese=> pode ser inquiridora ou espontânea, procurando resgatar todo o histórico reprodutivo do animal, alimentação, utilização de medicamentos e condições de outro animais. PROTOCOLO DE EXAME GINECOLÓGICO E OBSTÉTRICO Exame geral=> temperatura retal, linfonodos, pele e anexos, mucosas, exames convencionais dos outros sistemas e glândula mamária. Exame específico externo=> baseia-se principalmente na inspeção e palpação externa. Avaliar a distensão e a tensão abdominal, examinar a região da vulva, perineal e glândula mamária=> verificando edema, quantidade e qualidade, odor e cor das secreções. PROTOCOLO DE EXAME GINECOLÓGICO E OBSTÉTRICO Glândula mamaria=> merece um exame semiológico especial, o exame externo deve ater-se ao tamanho, forma do ubere e dos teto, pele, coloração e presença de nódulos; PROTOCOLO DE EXAME GINECOLÓGICO E OBSTÉTRICO Exame específico interno=> nos animais em trabalho de parto, deve-se realizar por via vaginal pelo toque digital. Observar, a) vias fetais=> abertura e grau de lubrificação b) bolsas fetais=> ruptura, cor, odor e quantidade de líquidos. c) feto=> viabilidade, tamanho e apresentação, posição e atitude.  PROTOCOLO DE EXAME GINECOLÓGICO E OBSTÉTRICO Para um exame ginecológico rotineiro empregado para animais não gestantes, sadios ou com problemas reprodutivos=> palpação abdominal, vaginoscopia. Exames complementares como Rx, Us, Endoscopia, dosagem hormonal, exames hematológicos e bioquímicos.  EXAME VAGINAL Nos cães utiliza-se o toque digital munido de luvas especialmente para palpar possíveis tumores vaginais. Nas cadelas, espéculo tubulares metálicos, plásticos ou tipo bico de pato são empregados rotineiramente. Em poucos segundos utilizando boa iluminação é possível realizar a vaginoscopia.  EXAME VAGINAL Deve-se qualificar e quantificar a secreção e atentar aderências e cicatrizes, defeitos anatômicos, aumento de volume , forma e posição de cervix.  DIAGNOSTICO DE GESTAÇÃO Deve ser realizado o mais precocemente possível. Utilização de US é possível detectar a gestação entre 18 a 20 dias. Devemos lembrar, que os equipamentos não substituem os métodos semiológicos e a capacidade do médico veterinário. DIAGNOSTICO DE GESTAÇÃO Para pequenos animais dóceis, de abdome flácido e sem obesidade=> palpação abdominal em decúbito lateral utilizando as mãos uma de cada lado do abdome, permite contornar as vesículas fetais a partir de 25-30 dias de prenhez. Rx=> empregado entre 40-45 dias pois a calcificação esquelética permite quantificar o n de filhotes. US=> altamente seguro e pouco invasivo, excelente para observar a viabilidade fetal.  EXAMES COMPLEMENTARES Dosagem hormonal=> pode ser utilizado o soro, o plasma, exame eficiente como método diagnostico de um estado fisiológico ou distúrbio endócrino. O material coletado devidamente acondicionado, identificado e preservado deverá ser encaminhado ao laboratório. O resultado sempre deve ser associado aos achados clínicos para estabelecer as suspeitas diagnosticas. EXAMES COMPLEMENTARES Exame microbiológicos e sorológicos=> quando houver suspeita de um processo infeccioso, feita pelo cultivo e antibiograma do material, principalmente infecções graves não responsivas ao tratamento. Para coleta o máximo de assepsia, o antibiograma indicará a sensibilidade ou resistência bacteriana ao princípio da droga, fundamental para a terapia proposta. EXAMES COMPLEMENTARES Exame citológico e histológico=> as características descamativas do epitélio vaginal acompanhada das mudanças hormonais do ciclo estral fizeram do esfregaço vaginal um excelente meio complementar de diagnostico. As células são obtidas por meio de cotonetes escova ginecológica ou lavado vaginal=> fixadas com corante e examinadas ao microscópio. EXAMES COMPLEMENTARES O aparelho de endoscopia (vaginoscopia) tem sido utilizado em exames ginecológicos, permitindo a visualização interna da vagina e do útero.