Resumo de Produtos Turísticos PDF

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This document provides an overview of tourism products, including concepts, strategic plans, examples from Portugal, and other relevant aspects. The document also describes different types of tourism, such as nature-based tourism, rural tourism, and wellness tourism.

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Produtos Turísticos 1 Índice Conceitos Básicos.....................................................................................................4 Planos Estratégicos....................................................................................................4 Exempl...

Produtos Turísticos 1 Índice Conceitos Básicos.....................................................................................................4 Planos Estratégicos....................................................................................................4 Exemplos de Produtos Turísticos em Portugal..............................................................4 Outros Aspetos..........................................................................................................5 Conceito de Produto Turístico.....................................................................................5 Etapas no Desenvolvimento do Produto Turístico.........................................................5 Análise do Destino.....................................................................................................5 Diagnóstico: SWOT Ad Hoc.........................................................................................6 Identificação e Validação de Produtos Potenciais.........................................................6 Definição do Preço.....................................................................................................6 Plano de Marketing.....................................................................................................6 Exemplos de Produtos Turísticos.................................................................................7 Turismo de Sol e Mar..................................................................................................7 Importância para a economia portuguesa....................................................................7 Fatos sobre o Turismo de Sol e Mar em Portugal...........................................................7 Praias Acessíveis.......................................................................................................7 Atividades de Sol e Mar...............................................................................................8 Novas Diretrizes para Sol e Mar no PENT......................................................................8 Desafios do Turismo de Sol e Mar................................................................................8 Soluções para os Desafios..........................................................................................8 Turismo de Natureza e Rural.......................................................................................9 Definição e Conceitos................................................................................................9 Dados Relevantes......................................................................................................9 Objetivos e Motivações..............................................................................................9 Turismo de Bem-Estar................................................................................................9 Portugal no Turismo de Saúde................................................................................... 10 Objetivo do Curso.................................................................................................... 10 Vantagens (SWOT)................................................................................................... 10 Temáticas do Curso................................................................................................. 10 Experiências Práticas............................................................................................... 11 Benefícios............................................................................................................... 11 Turismo Residencial................................................................................................. 11 Público-Alvo............................................................................................................ 11 Localizações Populares............................................................................................ 12 Vantagens de Portugal.............................................................................................. 12 Golden Visa............................................................................................................. 12 Exemplo: Living in Alentejo........................................................................................ 12 Planeamento do Turismo Residencial........................................................................ 12 Conceitos Básicos 1. Produto Turístico: Combinação de recursos, atrações, infraestrutura, atividades, valores simbólicos, e imagens, proporcionando uma experiência turística. o Exemplo: Recurso → Atrativo → Produto → Experiência → Destino. o Recurso sem infraestrutura adequada não é um produto turístico. 2. Elementos Naturais: o Geomorfológicos: Praias, ilhas, montanhas. o Biogeográficos: Florestas, fauna rara. o Mistos: Paisagens combinadas, como oásis. 3. Elementos Culturais: o Históricos: Transmissão entre gerações, como monumentos. o Contemporâneos não comerciais: Museus, zoológicos. o Contemporâneos comerciais: Espetáculos, mercados. Planos Estratégicos PENT (Plano Estratégico Nacional de Turismo): o Primeira versão (2006-2015): Visão idealista, mas execução limitada. o Segunda versão (2013-2015): Menos abrangente. Estratégia Turismo 2027: o Foco na sustentabilidade e competitividade do destino Portugal. Exemplos de Produtos Turísticos em Portugal 1. Náutico: Veleiros, passeios marítimos. 2. Gastronomia e Vinhos: Enoturismo. 3. Saúde e Bem-Estar: Spas, termalismo. 4. Cultural e Touring Paisagístico: Roteiros históricos e culturais. 5. Natureza: Trilhos, ecoturismo. 6. Sol e Praia: Praias e resorts. 7. Golfe: Campos de golfe de renome. 8. MICE: Eventos de negócios. 9. City/Short Breaks: Férias de curta duração em cidades. Outros Aspetos Produto Turístico: Inclui componentes emocionais (hospitalidade), experienciais (eventos) e materiais (infraestruturas). Turismo de Voluntariado: Exemplo de turismo com impacto social, como o caso de Kizimkazi (Zanzibar). O segundo documento aborda o Desenvolvimento de Produtos Turísticos. Aqui está um resumo detalhado dos pontos principais para facilitar o estudo: Conceito de Produto Turístico Um produto turístico pode ser desenvolvido a partir de: Administrações Públicas: Municípios, regiões de turismo, entidades públicas e privadas. Setor Privado: Empresas existentes ou novas (startups). Outros: Associações, organizações de gestão de destinos (DMO, DMC), entidades sem fins lucrativos. Etapas no Desenvolvimento do Produto Turístico 1. Planeamento: o Reflexão estratégica e análise do destino. o Estudo de concorrência e diagnóstico (SWOT). o Conceção e desenho do produto. o Validação técnica e económica. 2. Implementação: o Execução das atividades programadas no plano de trabalho. 3. Comercialização/Marketing: o Divulgação e venda do produto ao público-alvo. Análise do Destino Objetivo: Compreender o contexto atual do destino e determinar a viabilidade do produto. Oferta: o Identificação de recursos, atrações, infraestrutura, atividades e serviços. Procura: o Perfis e exigências dos consumidores. o Identificar o que atrai visitantes, lacunas na oferta e potencial de experiências. Resultados esperados: o Identificação de mercados potenciais e reais. o Avaliação de produtos existentes (sucesso ou falhas). o Potencial para reestruturação ou criação de novos produtos. Diagnóstico: SWOT Ad Hoc Uma SWOT personalizada identifica forças, fraquezas, oportunidades e ameaças diretamente relacionadas ao desenvolvimento de produtos. Exemplo: Oportunidade: Maior conectividade aérea. Força: Reconhecimento da língua portuguesa em vários continentes. Fraqueza: Gastronomia pouco diferenciada. Ameaça: Impacto do Brexit. Identificação e Validação de Produtos Potenciais 1. Identificação: o Recolha de ideias inovadoras. 2. Validação: o Comparação com a concorrência. o Envolvimento de consumidores e intermediários (focus groups, inquéritos). o Viabilidade técnica (infraestrutura, recursos humanos, licenças) e económica. Definição do Preço Estratégias de Preço: 1. Com base nos custos (custo + margem). 2. Competitividade (benchmarking). 3. Perceção do cliente (preço psicológico). Exemplo: Um pacote de uma semana pode ser estimado com base em custos variáveis, custos fixos e margem de lucro, considerando concorrência e aceitação pelo mercado. Plano de Marketing Inclui estratégias para promover o produto e atrair os mercados-alvo, com destaque para: Definição de preço. Cronograma de ações. Orçamentos e responsáveis. Exemplos de Produtos Turísticos Temáticos/Nicho: o Caminhos portugueses a Santiago com aprendizagem de língua. o Turismo religioso ou gastronómico. Itinerários Turísticos: o Roteiros culturais, desportivos ou naturais. Turismo de Sol e Mar Focado em destinos costeiros com oferta de praias, mar, sol, atividades ao ar livre e desportos náuticos. Teve o auge nos anos 80 e 90. Atrai turistas de diferentes idades e nacionalidades, mas sofre com sazonalidade. Exemplo: Algarve, uma das regiões mais privilegiadas da Europa para este tipo de turismo. Importância para a economia portuguesa 1. Receitas do Turismo: O Turismo de Sol e Mar é uma das maiores fontes de rendimento. 2. Criação de Empregos: O aumento de turistas gera novas oportunidades de trabalho, fortalecendo a economia local. 3. Desenvolvimento de Infraestruturas: Melhoria de estradas, hotéis e serviços para atender turistas. 4. Imagem de Marca: Portugal é reconhecido internacionalmente pelas suas praias, clima, surf e desportos náuticos. 5. Promoção Cultural: A cultura portuguesa é promovida junto com o turismo costeiro. Fatos sobre o Turismo de Sol e Mar em Portugal Bandeira Azul: Portugal conta com 352 praias certificadas. Extensão da Costa: 800 km no continente e 2500 km incluindo as ilhas. Praias Acessíveis: 214 praias com equipamentos para pessoas com mobilidade reduzida. Praias Acessíveis Critérios obrigatórios: Acessos sem obstáculos. Estacionamento reservado. Percursos acessíveis até zonas de banho. Sanitários adaptados e postos de primeiros socorros. Presença de nadadores-salvadores. Boas práticas recomendáveis: Equipamentos anfíbios para banho. Mapas táteis e sinalização para daltónicos. Espaços reservados para pessoas com mobilidade reduzida e cães de assistência. Atividades de Sol e Mar 1. Desportos Náuticos: Surf, vela, snorkeling, jet ski, entre outros. 2. Passeios de Barco: Observação da vida marinha ou pesca em alto-mar. 3. Caminhadas e Trilhos: Exploração das zonas costeiras. 4. Gastronomia: Riqueza em pratos de peixe e frutos do mar. 5. Bem-Estar: Serviços de spa e relaxamento. 6. Turismo Solidário: Conservação ambiental e limpeza de praias. Novas Diretrizes para Sol e Mar no PENT Upscale Exotic: Praias e alojamentos de alta qualidade. Upscale Sports: Foco em atividades desportivas. Upscale Health and Wellness: Integração com turismo de saúde e bem-estar. Desafios do Turismo de Sol e Mar 1. Sazonalidade: Dependência do verão para alta procura. 2. Concorrência: Destinos globais competem pela atenção dos turistas. 3. Infraestruturas: Necessidade de investimentos e superação de barreiras como restrições ambientais. 4. Mudanças Climáticas: Aumento do nível do mar e eventos climáticos extremos afetam a costa. Soluções para os Desafios Criar atividades fora da época alta para reduzir a sazonalidade. Melhorar a infraestrutura sustentável. Apostar em estratégias de marketing para diferenciar o destino. Implementar práticas de sustentabilidade ambiental. Turismo de Natureza e Rural Turismo de Natureza: Baseado em áreas protegidas e biodiversidade. Inclui atividades como observação de aves, trilhos e desportos ao ar livre. Turismo Rural: Ligado à cultura e estilos de vida locais. Caracterizado por baixa densidade populacional e personalização dos serviços. Exemplo de Atrações: Geoparques (ex.: Arouca), Reservas da Biosfera, Sítios Ramsar, e trilhos como a Rota Vicentina. Definição e Conceitos O turismo de saúde inclui atividades cujo objetivo principal é contribuir para a saúde física, mental e/ou espiritual dos turistas, promovendo a sua capacidade de satisfazer necessidades pessoais e funcionar melhor no ambiente social. Subdivide-se em: o Turismo médico: Envolve diagnósticos, tratamentos e reabilitação (ex.: cirurgias, terapias). o Turismo de bem-estar: Focado na prevenção e melhoria da qualidade de vida, através de práticas como alimentação saudável, ginástica, relaxamento e tratamentos estéticos. Dados Relevantes Representa cerca de 1,2% das viagens de lazer na Europa. 87% das viagens de turismo de saúde e bem-estar duram mais de 4 noites. Gasto médio diário: 100€ a 400€ por pessoa. Espanha e França são os principais concorrentes de Portugal. Objetivos e Motivações Promoção da saúde: Envolve educação e prevenção para estilos de vida saudáveis. Prevenção da doença: Tratamentos preventivos para manter o equilíbrio de vida. Cura da doença: Tratamentos realizados com acompanhamento profissional. Turismo de Bem-Estar Oferece programas voltados para a prevenção de doenças, promoção de saúde e relaxamento. Práticas incluem: o Tratamentos antisstress. o Tratamentos de emagrecimento. o Cuidados estéticos e de beleza. Realizado em locais como spas, termas, hotéis e centros de bem-estar. Portugal no Turismo de Saúde O país destaca-se como destino competitivo devido às suas termas e infraestrutura para tratamentos médicos e de bem-estar. Dados do Global Wellness Institute mostram que: o Viajantes internacionais de saúde e bem-estar gastam 53% mais do que turistas médios. o No turismo doméstico, o gasto é 178% superior ao do viajante médio. Websites úteis: o Portal Medical Tourism Portugal: medicaltourisminportugal.com o Termas de Portugal: termasdeportugal.pt Objetivo do Curso O curso é destinado a profissionais com conhecimento prévio de português e visa: Consolidar competências linguísticas para o ambiente de negócios em países de língua portuguesa. Melhorar a comunicação no dia a dia empresarial e em contextos como reuniões, negociações e apresentações. Integrar experiências culturais e turísticas para facilitar a aprendizagem. Vantagens (SWOT) Força da língua portuguesa: Falada em cinco continentes, fortalece as relações empresariais. Crescimento económico: Países de língua portuguesa oferecem muitas oportunidades de negócio. Experiência cultural: O curso inclui visitas ao Porto e Algarve, destacando património, gastronomia e hospitalidade. Turismo em ascensão: Portugal é referência global em turismo, com melhoria de infraestruturas e aumento de visitantes. Temáticas do Curso Gerais: Comunicação oral em empresas: apresentações, reuniões e negociações. Chamadas telefónicas e videoconferências. Correspondência eletrónica e institucional. Comunicação escrita corporativa. Específicas: Português para as finanças, marketing e turismo. Linguagem administrativa e do comércio internacional. Experiências Práticas Pack Verão: Porto Atividades culturais e turísticas complementam as aulas diárias: Cruzeiro no Douro, visitas às caves de vinho, e tour pela cidade (ex.: Torre dos Clérigos, Avenida dos Aliados). Visitas a empresas locais, Braga, e atrações como Serralves e Caminhos de Santiago. Fim de semana com dias livres para explorar a região. Pack Inverno: Algarve Inclui: Visitas a locais icónicos como Sagres, Cabo de São Vicente, Silves e Lagos. Exploração da Via Algarviana, Rota Vicentina e parques naturais como a Ria Formosa. Dias livres para desfrutar da costa e atividades ao ar livre. Benefícios Os participantes desenvolvem habilidades linguísticas em contexto prático e exploram a rica cultura e beleza natural de Portugal. Isso melhora tanto as competências profissionais quanto o enriquecimento pessoal. Turismo Residencial É um tipo de turismo que combina estadias prolongadas com experiências locais e serviços personalizados. Exemplos incluem: Arrendamento de imóveis (casas, apartamentos, vilas). Estadias em residências com serviços (limpeza, concierge). Atividades culturais e comunitárias para uma experiência autêntica. Serviços voltados para bem-estar, lazer e gastronomia. Público-Alvo Nómadas digitais: Profissionais que trabalham remotamente. Aposentados estrangeiros: Buscam qualidade de vida. Famílias expatriadas e turistas de longa duração. Pessoas interessadas em obter residência europeia em Portugal. Localizações Populares Lisboa e Porto: Centros urbanos com serviços diversificados. Algarve: Praias, clima agradável e foco em aposentados. Alentejo e Ilhas (Açores e Madeira): Áreas rurais e tranquilas. Vantagens de Portugal Fiscais: Regimes como o Estatuto Fiscal do Residente Não Habitual (20% de IRS para certas profissões e 0% para aposentados) e o Golden Visa. Oferta de qualidade: Infraestruturas como campos de golfe, serviços F&B, e proximidade a aeroportos. Demanda diversificada: Investidores de várias nacionalidades e preços competitivos. Golden Visa Programa de residência através de investimento, com requisitos como: Transferência de capitais ≥ 1,5 milhões de euros. Aquisição de imóveis ≥ 500 mil euros. Criação de pelo menos 10 empregos. Nota: Este programa foi descontinuado em 2023 para novos pedidos. Exemplo: Living in Alentejo Estadia: Casa rústica renovada, com serviços de limpeza. Atividades: o Aula de culinária alentejana. o Tour de vinícolas e degustação de vinhos. o Caminhadas guiadas por trilhas ecológicas. Serviços: o Workshop sobre cultura e história local. o Aulas básicas de português. Planeamento do Turismo Residencial Para implementar um produto de turismo residencial: 1. Conceito: Definir experiências alinhadas aos valores do destino. 2. Infraestruturas e atividades: Planeamento detalhado de acomodações, roteiros, transportes e serviços. 3. Parcerias: Identificar fornecedores, negociar com investidores e comunidades locais. 4. Cronograma e orçamento: Organizar ações, responsáveis e fases do investimento. 5. Documentação: Protocolos de serviço, licenças e análise de riscos. Marketing e Turismo de Golf 1. Definição e Relevância do Marketing Marketing é descrito como "trabalhar o mercado", ou seja, compreender e atender às necessidades dos consumidores. Divide-se em estratégico (planeamento a médio e longo prazo, identificando oportunidades) e operacional (ações de curto prazo, como promoção e vendas). 2. Golfe como Produto Turístico Portugal tem 92 campos de golfe, concentrados no Algarve, Lisboa e Porto. O Algarve destaca-se como um dos melhores destinos de golfe do mundo. Projeções indicam um crescimento significativo no mercado de golfe, podendo atingir 40 mil milhões de dólares até 2033. 3. Segmentação do Mercado A segmentação ajuda a adaptar a oferta para diferentes grupos: o Sociodemográfica: idade, género, rendimento, etc. o Específica do turismo: motivo da viagem, duração, tipo de alojamento, etc. Exemplo de segmentação: "Peregrinação a Santiago de Compostela em bicicleta elétrica" ou "Saúde e bem-estar em Monchique". 4. Ferramentas de Marketing (Mix de Marketing) Os 4 P's: Produto, Preço, Promoção e Distribuição. Importância de ações como publicidade, relações públicas, e marketing digital para promover destinos turísticos. 5. Marketing Digital e Comunicação Online Utilização de plataformas digitais, redes sociais e publicidade online para alcançar consumidores. Vantagens: interatividade, baixo custo, medição de resultados em tempo real. Influenciadores digitais são uma ferramenta emergente para atrair público-alvo. 6. Planeamento em Marketing Um plano de marketing inclui: o Objetivos SMART (específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com prazo definido). o Planos de ação para cada componente do marketing mix. o Monitorização e avaliação contínua dos resultados. 7. Golfe e as Gerações Diferenças entre gerações: o Geração Z: prefere jogar em família e gasta menos. o Millennials: jogam mais com amigos e estão dispostos a pagar green fees mais elevados. o Geração X: joga frequentemente com membros do clube. 8. Exercício Final Desenvolver um "Mini-Plano de Marketing" para um produto, incluindo: o Objetivos SMART. o Propostas de ações offline e online. o Indicadores de monitorização e calendarização. Gastronomia e Vinhos 1. Definição de Turismo de Gastronomia e Vinhos Um segmento do turismo que valoriza experiências sensoriais e culturais relacionadas com comida e vinho. Envolve a descoberta de sabores locais, interação com chefs, enólogos e produtores, além de aprender sobre técnicas culinárias e vinícolas. 2. Situação no PENT (2006) O mercado europeu de Gastronomia e Vinhos cresceu 7% ao ano entre 2004 e 2015, com destaque para turistas franceses, holandeses e ingleses. Problemas identificados em Portugal: o Falta de produtos turísticos estruturados e adaptação das caves/museus. o Necessidade de uma identidade gastronómica mais marcante, inspirada em modelos como Espanha. 3. Características do Produto Imersão sensorial e cultural: Exploração dos sentidos através da gastronomia e vinhos. Enoturismo: Visitas a vinhas, provas de vinho, e interação com produtores. História e tradições: A ligação dos vinhos e pratos à cultura local. Sazonalidade: Algumas experiências são mais atrativas em determinadas épocas do ano. Sustentabilidade: Valorização de práticas ecológicas e produtos locais. 4. Segmentos do Produto Enoturismo: Visitas guiadas, provas e rotas de vinho. Gastronomia KM0: Promoção de alimentos produzidos localmente. Slow Food: Valorização da comida caseira, sustentável e de alta qualidade. Eventos e experiências gastronómicas: Festivais, workshops e degustações. 5. Perfil do Consumidor Tipicamente homens entre 35-60 anos, com alto poder de compra e nível de instrução elevado. Preferem hotéis de 3 a 5 estrelas ou turismo rural, sem grande influência da sazonalidade. Procuram experiências culturais adicionais, incluindo conhecer produtores, marcas e o design das etiquetas dos vinhos. As mulheres estão a tornar-se mais presentes neste segmento. 6. Oportunidades no Turismo de Gastronomia e Vinhos Novos Destinos: Expandir para regiões menos exploradas. Sustentabilidade: Enfatizar práticas sustentáveis. Marketing e Prémios: Aproveitar prémios internacionais para promover Portugal. Parcerias: Envolver produtores locais, chefs e enólogos. Produtos Locais: Foco na autenticidade e valorização do território. 7. Iniciativas e Exemplos Fins de Semana Gastronómicos: Programas turísticos dedicados a explorar os sabores locais. Rotas de Vinho: Exemplo: Rota dos Vinhos Verdes Turismo cultural 1. Turismo Cultural Definição Experiência de formas de vida diferentes, com foco em costumes, tradições, história, arquitetura e outros significados culturais únicos. Inclui património tangível (monumentos, sítios históricos) e intangível (artesanato, gastronomia, música tradicional, festivais). 2. Touring Cultural e Paisagístico O que é? Produto turístico que combina património, paisagens e estilos de vida locais. Envolve: o Descoberta de património material e imaterial. o Envolvimento com comunidades locais. o Roteiros temáticos e personalizados. o Autenticidade e valorização de recursos endógenos. Importância para Portugal Recursos Culturais Mais Procurados: o 17 locais UNESCO. o Sítios arqueológicos, como a Citânia de Briteiros (Guimarães). o Paisagens naturais, como Peneda-Gerês e Douro. o Tradições culturais: Carnaval de Podence, Marchas Populares de Lisboa, entre outras. Perfil do Consumidor Anos 2000: Turismo cultural como complemento ao lazer. 2023: o Interesse pela sustentabilidade. o Foco em experiências autênticas e interação com comunidades locais. o Geração Millennial e Z destacam-se, preocupadas com redes sociais e consumo consciente. Estratégias para Desenvolver o Produto Valorização do património. Sustentabilidade e inovação tecnológica. Marketing segmentado e parcerias locais. Promoção de eventos e festivais. 3. Turismo Transfronteiriço Definição Turismo que explora atrações em áreas próximas de fronteiras, promovendo a cooperação entre países vizinhos. Exemplo: Portugal e Espanha (fronteira hispano-portuguesa com 1.234 km). Estratégias de Sustentabilidade (2022-2024) Foco em sustentabilidade económica, social e ambiental. Promoção da competitividade, inovação, coesão e acessibilidade. Exemplos de Produtos e Destinos Rota do Românico e Rota das Fortalezas Abaluartadas da Raia. Passadiços e Caminhos de Fé. 4. Impactos Positivos do Turismo Cultural e Paisagístico Desenvolvimento cultural regional. Proteção do património. Fortalecimento das tradições locais. Redução da sazonalidade e turismo sustentável. 5. Exemplos Práticos para Municípios Promoção do Património Local: uso de eventos, festivais e tecnologia digital. Valorização de Comunidades: programas educativos e projetos inclusivos. Inovação: rotas interativas e novas tecnologias. MICE 1. Definição de Turismo de Negócios O turismo de negócios refere-se a viagens feitas por motivos relacionados com trabalho, reuniões, conferências e eventos corporativos. Este segmento é um dos mais importantes no setor turístico, pois gera receitas consistentes e impulsiona a economia local devido ao elevado gasto per capita dos participantes. 2. Estrutura do Turismo de Negócios De acordo com Swarbrooke e Horner (2001), o turismo de negócios pode ser subdividido em várias categorias: Conferências e Congressos: Reuniões formais destinadas a discutir temas relevantes para setores específicos. Viagens de Incentivo: Oferecidas por empresas como recompensa aos funcionários pelo desempenho. Eventos e Exposições: Destinados a promover produtos, serviços ou novas ideias. A organização e gestão destes eventos exigem infraestruturas específicas, como centros de convenções, hotéis e serviços de transporte. 3. Perfil do Consumidor O consumidor de turismo de negócios é, geralmente: Um profissional qualificado. Com um rendimento médio-alto. Motivado pela oportunidade de networking, desenvolvimento profissional e, em alguns casos, lazer associado à viagem. 4. Estratégia 2027 A Estratégia 2027, referida no documento, parece apontar para a implementação de políticas e práticas que: Fortaleçam a sustentabilidade ambiental e económica do setor. Promovam a inovação tecnológica. Aumentem a capacidade de atração de eventos internacionais. 5. Exemplos O documento também inclui exemplos práticos ou referências a estudos de caso específicos que ilustram as práticas e tendências no turismo de negócios. Estes exemplos ajudam a compreender como as teorias são aplicadas na prática. City and short breaks 1. Definição de City Break City Break refere-se a viagens de curta duração (1 a 6 dias) para cidades, direcionadas a turistas com diferentes perfis e motivações. Este tipo de turismo depende da oferta urbana disponível, como atrações culturais, históricas e sociais, adaptando-se às preferências dos visitantes- 2. Tipos de Consumidores de City Break Existem três categorias principais: 1. City Breaks Standard: o Turistas procuram hotéis confortáveis de 2-3 estrelas. o Focam-se em experiências acessíveis e diversificadas (cultura, história, etc.). 2. City Breaks Upscale: o Preferem serviços premium, como hotéis boutique ou de 4-5 estrelas. o Interessam-se por experiências personalizadas, como provas de vinhos e menus de degustação. 3. City Breaks Temáticos: o Visitam cidades por eventos ou experiências específicas (concertos, moda, cinema, desporto, etc.). 3. Razões para o Crescimento do Produto Fatores que impulsionam o turismo de City Break incluem: Melhoria de infraestruturas e acessibilidades. Promoção internacional eficiente. Qualidade crescente da oferta turística. Aumento da oferta de alojamento. Perceção de segurança e estabilidade. Boa relação qualidade/preço. Uso de tecnologia e inovação digital. 4. Destinos de City Break em Portugal Os destinos mais populares para City Break no país incluem: Porto. Lisboa e Área Metropolitana. Faro. Braga. Viana do Castelo, entre outros. 5. Estratégia e Resultados do PENT O Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) de 2006 destacou a importância de City Breaks. Resultados incluíram maior visibilidade internacional e diversificação da oferta turística urbana. Turismo de Natureza 1. Definição de Turismo de Natureza Produto turístico que envolve estabelecimentos, atividades e serviços realizados em áreas classificadas (como parques nacionais ou reservas naturais) reconhecidas pelo ICNF. Proporciona conexão com a natureza, promovendo a conservação ambiental e a biodiversidade, com atividades autênticas e sustentáveis. 2. Programa Nacional do Turismo de Natureza (PNTN) Objetivo: Promover áreas naturais e culturais, criando produtos e serviços inovadores e sustentáveis. As prioridades incluem: Conservação da natureza. Desenvolvimento local. Qualificação da oferta turística. Diversificação das atividades. Valorização do património cultural. 3. Segmentos do Turismo de Natureza 1. Ecoturismo e interpretação ambiental. 2. Relaxamento na natureza. 3. Observação de fauna. 4. Desportos de aventura. 5. Experiências imersivas na natureza. Segmentos Complementares: Alojamento em espaços naturais. Caça e pesca turística. Turismo de saúde e bem-estar. Touring paisagístico (circuitos). 4. Exemplos de Produtos Turísticos Roteiros de ecoturismo. Trilhos e percursos pedestres. Turismo rural. Turismo de aventura. 5. Benefícios do Turismo de Natureza Promoção de turismo sustentável. Preservação e valorização da natureza. Integração da comunidade local. Qualidade da experiência para os turistas. Visibilidade e competitividade do destino. 6. Certificação e Infraestruturas Empreendimentos reconhecidos incluem: Hotéis, pousadas, aldeamentos turísticos e resorts. Empreendimentos no espaço rural e parques de campismo. Certificações como a CETS (Carta Europeia de Turismo Sustentável) para áreas que equilibram turismo e preservação. 7. Desafios e Perfil do Consumidor Desafios: Sustentabilidade ambiental, evitar a massificação, promover a educação ambiental. Perfil do Consumidor: o Jovens e adultos (25-54 anos). o Maioritariamente classe média-alta. o Origem internacional: Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, entre outros. A diferença entre um produto turístico e um itinerário turístico reside na sua abrangência e finalidade, como explicado abaixo: Produto Turístico Definição: Um produto turístico é uma combinação integrada de recursos, atrações, infraestrutura, atividades e experiências que proporcionam ao turista um serviço ou experiência completa. É algo que pode ser adquirido como um pacote pronto, representando o destino como um todo. Exemplo: o Turismo de Sol e Mar: Inclui praias, alojamentos, restaurantes, atividades aquáticas e serviços associados. o Enoturismo: Provas de vinhos, visitas a vinhas, interação com produtores. Objetivo: Criar uma experiência integrada e emocional para o consumidor. Itinerário Turístico Definição: Um itinerário turístico é uma rota ou percurso detalhado que guia os turistas pelas atrações, atividades ou experiências de uma região ou tema específico. Está inserido dentro de um produto turístico, oferecendo um roteiro lógico e estruturado. Exemplo: o Roteiro Cultural: Visita guiada a monumentos históricos, museus e locais de património cultural numa cidade ou região. o Rota dos Vinhos Verdes: Um trajeto que liga quintas e adegas, com degustações e passeios organizados. Objetivo: Organizar e otimizar o tempo do visitante para explorar um tema ou região de forma prática e estruturada. Análise de Concorrência Definição: A análise de concorrência é o processo de estudar os concorrentes diretos e indiretos para entender as suas estratégias, produtos, serviços, preços, forças e fraquezas. Objetivo: o Avaliar como os concorrentes estão posicionados no mercado. o Identificar vantagens competitivas para diferenciar o seu produto turístico. o Antecipar tendências e adaptar estratégias. Aspectos Avaliados: 1. Produtos e Serviços: O que os concorrentes oferecem (pacotes turísticos, atividades, itinerários). 2. Preços: Estratégias de precificação (custo-benefício, premium, acessível). 3. Mercado-Alvo: Que tipo de cliente é atraído por eles (idade, origem, interesses). 4. Canais de Comercialização: Plataformas usadas (sites, agências, redes sociais). 5. Diferenciais: Elementos exclusivos, como sustentabilidade, autenticidade ou inovação. Benchmarking Definição: O benchmarking é uma técnica que compara o desempenho de uma empresa ou produto com os líderes do setor ou com os melhores exemplos do mercado. Objetivo: o Aprender com as melhores práticas. o Implementar melhorias baseadas em casos de sucesso. o Garantir a competitividade do seu produto turístico. Tipos de Benchmarking: 1. Competitivo: Comparar diretamente com os concorrentes no mesmo segmento. ▪ Exemplo: Avaliar como outros destinos promovem o turismo de enoturismo (eventos, marketing, infraestrutura). 2. Funcional: Comparar práticas específicas, mesmo que não sejam do mesmo setor. ▪ Exemplo: Adotar práticas de marketing digital de sucesso de empresas de tecnologia. 3. Interno: Comparar diferentes áreas ou produtos da sua própria empresa. ▪ Exemplo: Analisar qual dos seus produtos turísticos tem mais sucesso e replicar as estratégias. Passos no Benchmarking: 1. Identificar quem são os melhores no setor ou segmento. 2. Estudar os processos, estratégias e resultados dessas empresas. 3. Adaptar e implementar as práticas observadas no seu contexto. A conceção do produto ocorre antes da validação, no processo de desenvolvimento de um produto turístico. Aqui está o motivo e a sequência lógica: Ordem do Processo 1. Conceção do Produto: o Nesta fase, é realizada a reflexão estratégica para criar o conceito do produto. Isso inclui: ▪ Identificação de ideias inovadoras. ▪ Definição dos objetivos do produto. ▪ Estruturação de atividades, experiências, serviços e infraestrutura necessários. ▪ Criação de um design inicial do produto, incluindo a proposta de valor. o O foco está em transformar os recursos disponíveis (naturais, culturais, etc.) em algo atrativo para os turistas. 2. Validação do Produto: o Após a conceção, o produto precisa ser validado para garantir a sua viabilidade técnica, económica e comercial. Isso envolve: ▪ Comparação com produtos da concorrência (benchmarking). ▪ Testes com grupos de consumidores (focus groups, inquéritos). ▪ Análise de viabilidade (infraestrutura, licenças, recursos humanos). o O objetivo é garantir que o produto tenha mercado, seja sustentável e atenda às expectativas dos turistas. Exemplo Prático 1. Conceção: o Criar um roteiro de enoturismo na região do Douro, incluindo visitas a quintas, provas de vinho e passeios de barco. o Definir os parceiros (adegas, restaurantes) e o público-alvo (casais, grupos de amigos). 2. Validação: o Comparar o roteiro com outros destinos enoturísticos (como Napa Valley ou Rioja). o Realizar testes-piloto com turistas para recolher feedback. o Avaliar a viabilidade financeira e operacional, como custos e disponibilidade de guias. Resumo A conceção é o momento criativo de planeamento e estruturação do produto, enquanto a validação assegura que o produto é viável, competitivo e desejado pelos turistas. Sem uma conceção sólida, não há base para a validação; sem validação, o produto corre o risco de falhar no mercado. O que é o PENT? O PENT é o Plano Estratégico Nacional de Turismo, um documento estratégico desenvolvido em Portugal para definir as orientações, prioridades e metas para o desenvolvimento sustentável e competitivo do setor turístico no país. É uma ferramenta essencial para alinhar esforços públicos e privados, promovendo o crescimento equilibrado do turismo. Principais Características do PENT 1. Objetivo Geral: o Fomentar o crescimento sustentável do turismo em Portugal, promovendo o país como um destino de excelência a nível internacional. 2. Foco Principal: o Tornar Portugal mais competitivo, sustentável e atrativo para diferentes segmentos turísticos. o Adaptar o setor às mudanças globais e às necessidades do mercado. 3. Abrangência: o Inclui estratégias para vários segmentos do turismo, como sol e mar, natureza, cultura, enoturismo, bem-estar, e turismo de negócios. 4. Público-Alvo: o Turistas internacionais e nacionais, com foco em captar diferentes perfis de viajantes. Evolução do PENT 1. Primeira Versão (2006-2015): o Visão idealista, com metas ambiciosas para posicionar Portugal como um dos principais destinos turísticos da Europa. o Limitação: A execução foi considerada limitada, especialmente em relação a algumas metas de sustentabilidade e inovação. 2. Segunda Versão (2013-2015): o Ajustes feitos com base na experiência da primeira versão. o Enfoque mais pragmático, com objetivos mais restritos e específicos. 3. Substituição pelo Turismo 2027: o A partir de 2017, o PENT foi integrado na Estratégia Turismo 2027, que deu continuidade aos seus princípios, mas com maior foco na sustentabilidade e na adaptação às novas tendências globais. Metas e Prioridades do PENT Promoção de Portugal: Posicionar o país como um destino autêntico e diferenciado. Sazonalidade: Combater a dependência do turismo apenas nos meses de verão. Sustentabilidade: Integrar práticas ecológicas e promover o turismo responsável. Descentralização: Desenvolver destinos além das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, promovendo regiões como Alentejo e Centro. Inovação e Competitividade: Aumentar a digitalização e a qualificação dos serviços turísticos. Resultados e Impacto Aumento de Visibilidade: Portugal tornou-se um destino premiado e reconhecido internacionalmente. Diversificação da Oferta: Desenvolvimento de novos produtos turísticos (ex.: enoturismo, turismo de aventura). Desafios Identificados: Apesar dos avanços, o setor enfrenta desafios como sazonalidade, massificação e impacto ambiental. O PENT foi um marco no planeamento turístico de Portugal, servindo como base para estratégias atuais, como a Estratégia Turismo 2027, que dá continuidade ao objetivo de consolidar o país como líder global no turismo sustentável e inovador.

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