PLANEJAMENTO EMPRESARIAL PDF

Summary

This document is a didactic material about business planning, covering introductory concepts, strategic planning, missions, visions, values, tactical and operational planning, SWOT analysis, the role of planning in business management, and the qualities of entrepreneurs. It aims to provide a comprehensive understanding of the subject.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 3 2 PLANEJAMENTO....................................................................................... 4 3 PLANEJAMENTO EMPRESARIAL: CONSIDERAÇÕES INICIAIS............ 6...

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 3 2 PLANEJAMENTO....................................................................................... 4 3 PLANEJAMENTO EMPRESARIAL: CONSIDERAÇÕES INICIAIS............ 6 3.1 Empresário........................................................................................... 9 4 O PLANEJAMENTO NAS EMPRESAS.................................................... 10 4.1 Planejamento estratégico.................................................................. 14 4.2 Missão................................................................................................ 17 4.3 Visão.................................................................................................. 19 4.4 Valores............................................................................................... 21 4.5 Planejamento tático............................................................................ 22 4.6 Planejamento operacional.................................................................. 24 5 SWOT....................................................................................................... 25 5.1 Forças e fraquezas do ambiente interno............................................ 29 5.2 Oportunidades e ameaças do ambiente externo................................ 31 6 O PLANEJAMENTO COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO EMPRESARIAL...................................................................................................................34 7 OBJETIVO DO PLANEJAMENTO............................................................ 35 8 QUALIDADES DO EMPREENDEDOR..................................................... 37 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................... 39 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 3 2 PLANEJAMENTO Fonte: pixabay.com O planejamento inclui uma importante tarefa gerencial e administrativa relacionada à preparação, organização e estrutura de metas específicas. A organização em todas as áreas da empresa, por definição, é muito importante. Como toda ciência, o planejamento tem muitos conceitos. 4 Conforme Moreira, Perrotti e Duner (2003, p.328), planejamento corresponde ao “ato ou efeito de planejar, elaborar por etapas, como bases técnicas; planificações”. Para Correa (2002, p.98), o planejamento é um “processo administrativo e sistemático para atingir um objetivo proposto”. Para Druker (apud REZENDE, 2008, p. 18), o planejamento é o processo contínuo de tomar decisões atuais que envolvam riscos, organizar sistematicamente as atividades necessárias para execução dessas decisões e medir o resultado dessas decisões em confronto com as expectativas alimentadas. Orlickas (2010, p.37) destaca que “o planejamento visa prever e minimizar os inibidores dos resultados e maximizar os facilitadores no processo de tomada de decisão, pois permitem que o gestor tome decisões mais assertivas”. O planejamento é o processo de tomada de decisões antecipadas. Por meio do plano, o gerente já sabe o que precisa fazer antes de agir. Isso porque, ao criar a estrutura e fazer planos para a aplicação de suas ideias, ele terá escolhido um caminho alternativo baseado em futuros estudos de simulação, pronto para superar as adversidades e aproveitar as oportunidades. Segundo Oliveira (2004), o planejamento consiste em identificação, análises estruturação, coordenação de missão, propósitos, objetivos, desafios, metas, estratégias, políticas internas e externas, programas, projetos e atividades, a fim de alcançar de modo mais eficiente, eficaz, efetivo o máximo do desenvolvimento possível, com a melhor concentração de esforços e recursos. Oliveira (2007, p. 6) ainda cita alguns dos principais aspectos do plano sem se preocupar em estabelecer todas as suas características básicas como um processo contínuo: a) O planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às implicações futuras de decisões presentes. Conceitos e características do planejamento. b) O planejamento não é um ato isolado e, sim, visualizado como um processo de ações inter-relacionadas e interdependentes. c) O processo de planejamento é muito mais importante que seu resultado final. Para Lopes (1976, p. 54) não tem como planejar sem definir missão, pois tem um impacto sobre o planejamento, afirma: a sofisticação tecnológica, os imensos mercados que se abriram e as maneiras de se chegar a eles, a produção em massa, a concepção de tecnoestrutura empresarial, a acirrada competição inter e intranacional exigem do administrador extraordinária atenção a necessidade de, com 5 razoável antecedência, estabelecer missões e objetivos da empresa, estudar e selecionar os caminhos alternativos, implantar a estrutura e implementar os planos e ideias escolhidas. Em outras palavras PLANEJAR O plano dá resultado porque tem um conhecimento amplo do negócio. Empresas sem plano são aquelas que abrem as portas pela manhã e ficam esperando que aconteça. Uma organização com planejamento e criatividade é uma organização que pode ser pesquisada a qualquer momento. Porém, não basta ter um planejamento, é preciso saber executá-lo. Outro ponto é reconhecer que a empresa possui diversos tipos de planos, que são importantes em seus respectivos ramos. O fato é que todos devem se integrar para atender às necessidades do negócio. 3 PLANEJAMENTO EMPRESARIAL: CONSIDERAÇÕES INICIAIS Fonte: pixabay.com O planejamento organizacional é um processo contínuo e sistemático de planejamento do futuro, que organiza as atividades necessárias à execução do plano e acompanha os resultados do plano por meio do que chamamos de marketing de feedback. Este processo deve ser contínuo, pois permitirá a qualquer organização saber para onde está indo, para onde está indo e quais estratégias adotar caso haja alguma alteração no plano do processo. Segundo Maximiano (2009, p.15) “a estratégia empresarial é o curso de ação que uma empresa adota para assegurar seus objetivos de desempenho como sua sobrevivência, o tamanho que pretende alcançar, os concorrentes que deseja enfrentar ou a posição que pretende ter no mercado”. Isso se torna particularmente importante nas organizações orientadas por valores porque existem sempre coalizões 6 de pessoas com aspirações diferentes que precisam ser integradas para que a organização progrida. A organização, portanto, é dirigida para objetivos porque é desenhada para alcançar resultados - como gerar lucros (empresas em geral) ou proporcionar satisfação social (clubes) etc. É deliberadamente estruturada pelo fato de que o trabalho é dividido e seu desempenho é atribuído aos membros da organização. (Chiavenato, 2003, pg. 173). Nesse sentido, é fundamental que as empresas desenvolvam planos organizacionais eficazes. Para isso, além de ter objetivos consistentes, deve ter um conhecimento profundo do seu negócio e mercado, ter missão, visão e valores claros. Com essas informações em mãos, a organização fará melhor uso de seu capital para alcançar os resultados desejados. Nesse sentido para que se possa atingir os objetivos, o gestor deverá planejar como agir da melhor forma possível com os recursos da empresa. Mas para atingir estes, a participação de indivíduos e ferramentas de gestão se faz necessário, devendo ser capaz de atender às necessidades internas do tipo e porte da organização que administram. O desempenho do gerente e o tipo de plano que ele usa estão diretamente relacionados à eficiência e eficácia do estabelecimento e cumprimento de metas. De acordo com Chiavenato (2003, pg. 23), organização é "uma entidade social composta de pessoas e de recursos, deliberadamente estruturada e orientada para alcançar um objetivo comum". Ainda, considerada um organismo vivo em constante movimento, a organização é formada por um sistema de eventos com uma dinâmica própria de valores e costumes onde a integração e a relação de dependência entre os sistemas são plenas, tanto na linha vertical como na horizontal. Nesta perspectiva, o indivíduo, a sociedade, o ambiente e a organização tornam-se um conjunto indissociável e interdependente, (Lima, 2009, pg. 44). O planejamento é uma forma de os empreendedores organizarem um negócio das organizações para que possam ver os erros e obter resultados positivos para o desenvolvimento gradual da organização. Chiavenato (2002, p. 224), descreve que, “o planejamento envolve uma volumosa parcela de atividades organizacional”. Com essa citação o mesmo define que a organização não para o seu planejamento. 7 Conforme Oliveira (2001), os grandes níveis hierárquicos, o planejamento pode ser dividido em três tipos: Planejamento Estratégico, Planejamento Tático e Planejamento Operacional. Fonte: Oliveira,2001 Cada tipo de nível corresponde a um tipo de planejamento: o nível institucional também chamado de estratégico, é aquele que se localiza no ponto mais alto da hierarquia [...] O nível intermediário, também chamado de gerencial ou tático, é aquele que está hierarquicamente subordinado ao institucional, onde são formuladas as estratégias funcionais [...] Quanto ao nível operacional, ou técnico, é aquele hierarquicamente subordinado ao intermediário, incluindo as pessoas que tem como principal responsabilidade a execução das várias rotinas e tarefas. (ANDRADE, 2012, p. 12 e 13). No entanto, um plano de três níveis é estabelecido para que a organização possa seguir métodos de trabalho e ter as seguintes capacidades: Desenvolver seus processos de forma organizada para buscar a otimização dos resultados frente a muita concorrência, e sempre visando a melhoria contínua. Chiavenato (2006, p. 416) demonstra que os diferentes modelos de planejamento englobam diversificados níveis da organização, níveis de conteúdo, níveis de tempo e níveis de amplitude, como mostra o Quadro. Fonte: Chiavenato (2006, p. 416) 8 Uma vez que cada etapa do planejamento está dentro de sua jurisdição, ela visa o futuro da entidade. O plano para impor racionalidade e fornecer direção essas ações, bem como o estabelecimento de uma coordenação e integração com suas unidades, proporcionam a harmonia e sinergia necessárias para o desenvolvimento. Dependendo do porte de cada empresa, diferentes estruturas e estilos de gestão devem ser adotados. Em grandes organizações, geralmente é determinado um plano estratégico formal a ser executado e seguido por seus gerentes e parceiros. 3.1 Empresário Fonte: pixabay.com No que diz respeito ao desenvolvimento econômico, administrativo e social da empresa, a imagem do empresário está sempre em destaque. Ele é o principal responsável por seguir as diretrizes que norteiam os negócios da entidade. O Novo Código Civil Brasileiro (NCC) considera empresário aquele que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. (CÓDIGO CIVIL, art.966). Ação é o processo de desenvolvimento pelo qual os empresários farão com que as pessoas jurídicas produzam, e façam circular bens e serviços próprios e de terceiros, o que pode ser chamado de atividades comerciais. Sztajn (2004) mostra que: A atividade empresarial compreende uma série de atos e fatos, jurídicos ou materiais, que são parte de uma cadeia de acontecimentos ou são encadeados para atingir o resultado visado, específico SZTAJN (2004). 9 A imagem do empreendedor e as atividades empresariais estão interligadas, porque são complementares, uma pessoa depende das ações da outra, porque os empreendedores desempenham as suas funções através da atividade empresarial e, pela existência da imagem de empreendedores, podem ser executadas. O empreendedor geralmente pode ser definido como a pessoa que estabelece uma nova entidade por meio de atividades empresariais para fornecer produtos ou serviços ao mercado, seja com fins lucrativos ou sem objetivos claros. O empresário tem papel importante na sociedade, este e responsável pela geração de empregos e mudança de todo meio socioeconômico da sociedade, neste papel o empresário pode ser definido como empreendedor de Sociedade Empresária Limitada (Ltda.), Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli), Empresa individual, Microempreendedor Individual (MEI), Sociedade Simples (SS), Sociedade Anônima (SA). 4 O PLANEJAMENTO NAS EMPRESAS Fonte: pixabay.com Para que uma instituição possa surgir, nascer, ela deve ser planejada, após a realização dessa proposta e sua efetiva criação e abrangência no mercado, a empresa deve analisar seu desempenho no mercado, ou seja, fatores internos e externos que afetam o negócio, sua trajetória organizacional até o momento, sua gestão, estrutura e consequentes conquistas. Com esses dados, a empresa pode determinar as vantagens que deseja explorar e as áreas de melhoria. 10 Chiavenato (2003), define que, o planejamento figura como a primeira função administrativa, por ser aquela que serve de base para as demais funções. O planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente quais são os objetivos a serem atingidos e como se deve fazer para alcançá-los. Com base em análises de mercado e metas e objetivos definidos, a empresa desenvolve estratégias a partir de suas necessidades. Para que ocorram de forma eficaz, todos os departamentos devem funcionar plenamente. Para Lima (2009), O planejamento define onde a organização deseja estar no futuro e como pretende chegar lá. Significa, portanto, definir os objetivos para o desempenho futuro da organização e decidir sobre as tarefas e os recursos necessários para atingi-los. O planejamento está entre as funções do administrador, e este é responsável por constituir o processo de gestão: planejamento, organização, orientação e controle. Este processo ocorre em todo corpo da organização desde o operacional até o estratégico, sendo assim, para entender sua importância, é necessário observar abaixo o quadro: Fonte: Chiavenato (2003, pg. 168) Vale ressaltar que cada etapa do processo de gestão está relacionada à gestão da empresa, pois o trabalho realizado por meio do planejamento e controle faz parte 11 do processo de gestão adequado para o alcance dos resultados e metas esperados e neste processo, se necessário são feitas as correções. De acordo com Oliveira (2008) o planejamento formal, É um processo, previamente calculado que estrutura a organização, para que esta consiga alcançar, através da utilização dos seus recursos, uma situação futura, também previamente determinada, do modo mais eficiente, eficaz e efetivo. Este planejamento pode ser dividido em três fases: O planejamento estratégico, o planejamento tático e o planejamento operacional, OLIVEIRA (2008). Veremos abaixo as fases do planejamento formal e diagrama dos níveis de planejamento para melhor identificação. Fonte: www.treasy.com.br Fonte: estrategiaconcursos.com.br 12 Um plano abrangente entre os diversos níveis é muito importante para as atividades conjuntas, a fim de garantir que os objetivos traçados para o desenvolvimento e crescimento da organização sejam alcançados, conforme mostra a Figura abaixo. Fonte: Oliveira (2007, p.17) A falta de um planejamento empresarial acarreta em diversas situações que colocam em risco a vida da empresa, é no processo de planejamento, que os pontos fortes e fracos, bem como as oportunidades e ameaças de negócios, são analisados, pensando assim alguns fatores podem prejudicar a organização quando esse plano não ocorre. São eles:  Falta de conhecimento do público-alvo;  Despesas desnecessárias;  Preços incorretos;  Vendas são inferiores em relação ao potencial da organização;  Dificuldades em atrair e reter funcionários com boa qualidade técnica. Portanto, o planejamento é a base do trabalho de todas as empresas, pois a era do conhecimento trouxe globalização, tecnologia, competitividade e diversificação às organizações, ou seja, trouxe mudanças contínuas e significativas. Para que o plano realmente alcance resultados satisfatórios, alguns fatores devem ser considerados, como análise de cenários, análise de cultura organizacional, análise de ambiente e controle. 13 4.1 Planejamento estratégico Fonte:pixabay.com É um processo administrativo que visa fornecer suporte metodológico para estabelecer a melhor direção de desenvolvimento e otimizar a interação com fatores externos. Nesta fase, a visão é definida e representa os objetivos futuros da empresa. Os valores representam o conjunto básico de princípios, crenças e questões éticas da empresa; missão, que é a razão da existência da organização; objetivos, ou seja, os objetivos ou condições esperadas da empresa Acompanhamento e Metas, que são metas quantificadas e prazos a serem alcançados. De acordo com Sertek, 2011 o planejamento estratégico, É o controle organizacional que se concentra na monitoração e na avaliação do processo de administração estratégica no sentido de melhorá-lo, assegurando um funcionamento adequado. (Sertek, 2011, pg. 121). Chiavenato aponta as características do planejamento estratégico:  É projetado no longo prazo, tendo seus efeitos e consequências estendidos a vários anos pela frente.  Envolve a empresa como totalidade, abrange todos os recursos e áreas de atividade, e preocupa-se em atingir os objetivos em nível organizacional.  É definido pela cúpula da organização (no nível institucional) e corresponde ao plano maior ao qual todos os demais estão subordinados. (CHIAVENATO, 2004, p. 42) Para Chiavenato e Sapiro (2003, p. 39) “o planejamento estratégico é um processo de formulação de estratégias organizacionais no qual se busca a inserção da organização e de sua missão no ambiente em que ela está atuando”. De acordo 14 com Chiavenato (2003) é o nível mais amplo do planejamento e atinge toda a organização. É projetado no longo prazo, tendo seus efeitos e consequências estendidos pelo futuro. Além disso, envolve a empresa como uma totalidade, abrangendo todos os recursos e áreas de atividade, preocupando-se em atingir os objetivos em nível organizacional. Pereira (2010, p. 47) ainda acrescenta que: Planejamento estratégico é um processo que consiste na análise sistemática de pontos fortes (competências) e fracos (incompetências ou possibilidades de melhoria) da organização, e das oportunidades e ameaças do ambiente externo, com o objetivo de formular (formar) estratégias e ações estratégicas com o intuito de aumentar a competitividade e seu grau de resolutividade. Conforme Megginson et al. (1998), a palavra estratégia é derivada do termo grego strategos, que significa “general”. Representava a arte e a ciência dos generais, que eram escolhidos a fim de planejar e liderar batalhas na Grécia antiga, assim, a estratégia era o plano que tais comandantes faziam para obter as vitórias necessárias. Para Aristóteles, o objetivo da estratégia era a vitória sobre os rivais. Sloan (1965) apud Maximiano (2008, p. 330) definiu a estratégia da seguinte forma: O objetivo estratégico de uma empresa é obter retorno do capital. Se, em um caso específico, o retorno em longo prazo não for satisfatório, o defeito deve ser corrigido ou a atividade deve ser abandonada. De acordo com o estudo de Sampaio (2004), a metodologia do planejamento estratégico baseia-se em três etapas:  Filosófica: mostra a filosofia da empresa, aquilo que a organização se propõe e acredita;  Analítica: sujeita a alterações em função das turbulências do mercado, tem o propósito de mapear o ambiente interno e externo das empresas;  Decisória: é a definição de onde a organização quer chegar e quais os caminhos mais apropriados. Bateman e Snell (2009) propõem seis passos para a elaboração do planejamento estratégico: 1. Estabelecimento da missão, da visão e dos objetivos; 2. Análise das oportunidades externas e ameaças; 3. Análise de forças e fraquezas internas; 15 4. Análise strengths, weaknesses, opportunities and threats (SWOT) e formulação de estratégia; 5. Implementação da estratégia; 6. Controle estratégico. Maximiano (2008), define que o planejamento estratégico é uma sequência de análises e decisões que possuem as seguintes etapas principais:  Análise da situação estratégica presente da organização;  Análise do ambiente – ou análise externa;  Análise interna;  Definição do plano estratégico. Como uma organização é um sistema composto de partes interativas e interdependentes, essas partes juntas formam um todo unificado, portanto o plano da organização deve seguir alguns passos para torná-lo realmente uma ferramenta de otimização. O planejamento estratégico de uma organização visa orientar suas ações para o alcance de seus objetivos, de forma a atuar com eficiência, com eficácia e efetividade. De acordo com Oliveira (2008), Eficiência é fazer as coisas de maneira adequada, resolvendo os problemas, salvaguardando os recursos aplicados, e cumprindo seu dever e reduzir custos; eficácia, é fazer as coisas certas, produzindo alternativas criativas, maximizando a utilização de recursos, obtendo resultados e aumentando o lucro; e, efetividade é manter-se no mercado apresentar resultados globais positivos ao longo do tempo (permanentemente), Oliveira (2008). Por meio de um plano estratégico bem estruturado, a organização pode entender para onde ir, por que existe e a situação atual no momento em que se encontra diante do destino que se deseja alcançar, desta forma, é possível construir um caminho e tomar as medidas cabíveis para chegar ao destino, o que trará eficiência, eficácia e eficácia. Desta forma a empresa deve seguir algumas etapas. De acordo com Sertek, 2011, a primeira etapa do planejamento estratégico tem como intuito de responder as seguintes questões:  Quem somos?  Quais são nossas habilidades?  Quais são os nossos problemas?  Quais são nossos diferenciais?  Como usaremos nossos recursos? 16  Quais serão as nossas prioridades? (Sertek, 2011, pg. 118) Segundo Sertek, 2011, a segunda etapa, visa responder as seguintes questões:  Qual é o nosso objetivo principal?  Como nos organizaremos para chegar a esse objetivo?  Quem fará o que e quando? (Sertek, 2011, pg. 118). Três categorias diferentes podem ser consideradas para classificar os tipos de planos estratégicos. São estes:  Nível organizacional  Profundidade  Abordagem Ao organizar um plano estratégico, a instituição precisa imaginar seu papel na sociedade em que vive. Portanto, uma das proposições importantes é a definição da missão e visão organizacional. De acordo com Maximiano, 2008, e Megginson et al.,1998, para se iniciar um planejamento estratégico, deve-se compreender a situação estratégica da empresa, bem como definir a missão, a visão e os valores para a empresa caso ainda não tenham sido elaboradas, MAXIMIANO (2008) E MEGGINSON ET AL.(1998). 4.2 Missão Fonte: pixabay.com A missão da empresa é a definição da razão de sua existência e como irá alcançar sua visão, como a razão de existência da empresa. Também pode-se dizer 17 que esse é o objetivo principal da organização. Porém, antes de definir, a empresa deve entender seu negócio. Andrade (2012, p. 23) define negócio como: “Às decisões relacionadas com o setor em que a empresa atua e/ou pretende atuar, focalizando a busca de oportunidades em uma área específica dentro do mesmo”. A missão é, segundo Sertek (2011), O propósito da organização, ou seja, a definição do que a empresa faz, para quem faz, como faz, quais são seus diferenciais e porque faz. De acordo com Martins (2007), A missão costuma ser a real razão de existência do negócio, apresentando um ou vários sentidos da utilidade da empresa no mercado, podendo fornecer informações sobre clientes, fornecedores, colaboradores ou comunidade envolvida. Para Oliveira (2010, p. 50), missão é a determinação do motivo central da existência da empresa, ou seja, a determinação de “quem a empresa atende” com seus produtos e serviços. Corresponde a um horizonte dentro do qual a empresa atua ou poderá atuar. Portanto, a missão representa a razão de ser da empresa. Drucker (2011), elucida que, uma empresa não se define pelo seu nome, estatuto ou produto que faz; ela se define pela sua missão. Somente uma definição clara da missão é razão de existir da organização e torna possíveis, claros e realistas os objetivos da empresa. Ao desenvolver a missão da empresa, alguns questionamentos podem ajudar a definir:  Para que existe a empresa?  O que a empresa faz?  Para quem? O estabelecer de uma missão organizacional é uma das premissas iniciais para o desenvolvimento do conceito de concentração, que trata do verdadeiro papel da empresa na sociedade e no mercado em que se pretende atuar. Pensando assim, Certo (2005), define que a missão é importante por que:  Ajuda a concentrar esforços em uma direção comum;  Ajuda a assegurar que a organização persiga propósitos conflitantes;  Serve de base para a alocação de recursos organizacionais; 18  Estabelece áreas amplas de responsabilidades por tarefa na organização;  Atua como base para o desenvolvimento de objetivos organizacionais. Missão mal planejada ou pouco clara pode causar consequências graves e até levar a organização à falência. De acordo com Kotler, (2005), uma missão bem difundida desenvolve nos funcionários um senso comum de oportunidade, direção, significância e realização. Uma missão bem explícita atua como uma mão invisível que guia os funcionários para um trabalho independente, mas coletivo, na direção da realização dos potenciais da empresa. 4.3 Visão Fonte: pixabay.com A visão de uma organização é a sua ambição de futuro, a posição que pretende ocupar no mercado e como será vista e percebida por outras pessoas e empresas ao longo do tempo. Por isso, serve como meta e guia para que os colaboradores possam conhecer e focar em alcançar os resultados desejados juntos. Ele dá a direção da execução da tarefa, podendo ser definida como uma bússola, pois pode ser usada como um guia para os objetivos de desenvolvimento futuro da empresa. Collins e Porras (1998) apud. Conte (2014) fazem a seguinte analogia para expressar o significado da visão de uma organização: Os grandes navegadores sempre sabem onde fica o norte. Sabem aonde querem ir e o que fazer para chegar a seu destino. Com as grandes empresas acontece a mesma coisa: elas têm visão. É isso que lhes permite administrar a continuidade e a mudança simultaneamente. 19 De acordo com Martins (2007), a visão pode ser considerada uma utopia autorealizável, com caráter impulsionador e motivador, sem censura racional, inspirada tanto em indivíduos quanto em outras organizações. Já, Sertek (2011, pg. 129), afirma que, a visão da empresa descreve como queremos a organização no futuro, isto é, os resultados aos quais almejamos e as características que precisamos desenvolver para chegarmos a tais resultados, proporcionando-nos inspiração e direção para estabelecermos objetivos. Sertek (2011) cita diversos benefícios que serão alcançados por uma visão clara:  Explicitar o que a organização quer ser;  Alinhar as expectativas dos stakeholders;  Direcionar;  Ajudar na comunicação;  Gerar comprometimento;  Dar sentido às ações da organização. A visão deve ajudar a responder às seguintes perguntas:  O que a empresa quer ser?  Onde estamos indo?  Em que direção devemos direcionar os esforços dos gerentes e funcionários?  Para onde os recursos de investimento levam a empresa?  O que estou ajudando a construir? Porém, a visão deve ser realista, ou seja, podendo ser concretizada em longo prazo, também deve ser pragmática, realista e visível. Em outras palavras, a visão deve mostrar a todos, a onde e quando a instituição quer chegar. Segundo Pereira (2010, p. 88) “visão é a imagem compartilhada daquilo que os gestores da organização querem que ela seja ou venha a ser no futuro”. Igualmente como a missão, a visão deve ser entendida por todos os membros da organização, desde o alto executivo até o funcionário que executa a tarefa mais simples. Valer ressaltar que visão não deve ser confundida com missão, pois inclui uma declaração de para onde a empresa quer chegar, definindo assim sua razão de existir. 20 4.4 Valores Fonte: pixabay.com Os valores da empresa são chamados de princípios, que determinam como a empresa atinge seus objetivos de longo prazo - não é de admirar que a missão, a visão e os valores constituam um tripé inseparável. Os valores organizacionais podem ser definidos como princípios ou crenças que orientam a vida da empresa (TAMAYO e GONDIM, 1996). Referem-se “às crenças básicas em uma organização e representam a essência de sua filosofia para o alcance do sucesso, pois fornecem uma direção comum aos empregados e orientam o comportamento cotidiano” (DEAL e KENNEDY, 1982, apud OLIVEIRA e TAMAYO, 2004). Oliveira (2010, p. 68) afirma que: Os valores são princípios que direcionam o comportamento da empresa. São eles que transmitem a sociedade como a empresa se porta com relação a determinados assuntos. Os valores da empresa devem ter forte interação com as questões éticas e morais da empresa. E, se estes valores forem efetivamente verdadeiros, servem, também, de sustentação da vantagem competitiva da empresa. Para Tavares (2005) valores são regras de conduta que são utilizadas pelas pessoas e as conduzem em suas ações sociais e profissionais. Quando aplicados diariamente tornam-se hábitos que capacitam o indivíduo e as organizações. Ao escolher uma empresa em vez de outra, os valores podem ser vistos como um fator determinante do cliente. Então, eles devem ser muito bem planejados. Existem várias maneiras de atingir um objetivo (visão), mas precisamos ter em mente 21 quais princípios ou crenças podem nortear os comportamentos, atitudes e decisões de todas as pessoas envolvidas na busca do objetivo, para que a empresa possa concretizar seus objetivos, exerça a missão e busca realizar sua visão. 4.5 Planejamento tático Fonte:pixabay.com No planejamento tático, ao contrário de considerar o plano estratégico geral da empresa, o tático se concentra nas metas, estratégias e ações de médio prazo que afetam apenas uma parte da empresa. É o planejamento do pensamento em nível de departamento. Em outras palavras, ele traça as metas de maneira departamental para que todas as equipes da empresa possam atingir seus objetivos. Portanto, influencia diretamente as metas globais ao colocar planos específicos em ação. Oliveira (2009, p. 19) afirma que, o planejamento tático é desenvolvido pelos níveis intermediários das empresas, tendo como principal finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis para o alcance de objetivos previamente fixados, segundo uma estratégia predeterminada, bem como as políticas orientativas para o processo decisório da empresa. Oliveira (2001, p. 89), ainda acrescenta que: “O planejamento tático tem por objetivo otimizar determinada área de resultado e não toda empresa. Assim trabalha com os objetivos estabelecidos no planejamento estratégico”. O plano tático é defino mais detalhadamente, podemos dizer que este é a decomposição do plano estratégico. Ele traduz e interpreta o plano estratégico para 22 torná-lo um plano específico. Onde se desenvolve o marketing, a produção, o pessoal ou o financiamento da empresa. É importante que cada departamento entenda com precisão sua missão e como ela contribui para o bom funcionamento da organização. Além disso, é o principal fator de sucesso para atingir os objetivos gerais da empresa. O planejamento tático abrange cada um dos departamentos ou divisões da organização, é direcionado para o médio prazo e é mais detalhado do que o planejamento institucional (ANDRADE, 2012, p. 14). De acordo com Chiavenato (2002, p. 228), [...] o planejamento tático envolve uma determinada unidade organizacional: um departamento ou divisão. [...] o planejamento tático se estende pelo médio prazo, geralmente o exercício de um ano. [...] o planejamento tático é desenvolvido pelo nível intermediário. Na verdade, vários planejamentos táticos, formam o planejamento estratégico, enquanto estes se desdobram em planos operacionais para sua realização. Dessa forma, deve-se enfatizar que o planejamento tático visa otimizar uma determinada área de resultado, não toda a empresa. Descreva os objetivos, estratégias e políticas estabelecidas no plano estratégico. Charnov (2009) salienta que o tempo de duração do planejamento tático é menor que o planejamento estratégico e está voltado mais especificamente a variáveis como condições de mercado, metas financeiras e recursos necessários para executar a missão. Verifica-se que o planejamento tático é formulado no nível médio da organização e tem como objetivo principal utilizar de forma eficaz os recursos disponíveis para o alcance dos objetivos e políticas estabelecidas para o processo de tomada de decisão da empresa. A figura abaixo apresenta uma sistemática de desenvolvimento dos planejamentos táticos. Fonte: oliveira (2007) 23 4.6 Planejamento operacional Fonte:pixabay.com O nível de operação é executado pela equipe de profissionais da empresa no dia a dia. Portanto, visa colocar em prática as recomendações do planejamento tático em um curto espaço de tempo. O planejamento operacional apresenta uma formulação por meio de documentos escritos, metodologias e implantação. Representa a união de algumas partes do planejamento tático, com um detalhamento maior, em um menor prazo de acontecimentos, sendo partes do planejamento tático (OLIVEIRA, 2001). Segundo Oliveira, 2012, “O planejamento operacional inclui cada grupo de tarefas que necessitam ser executadas, é bastante detalhado e é direcionado para curto prazo”. (OLIVEIRA, 2012, p. 14). Conforme Oliveira (2009), o prazo do planejamento operacional é mais curto, sua amplitude é mais restrita, sendo assim o risco é menor. Charnov (2009) escreve que o planejamento operacional é diário que trata de cronogramas, tarefas específicas e alvos mensuráveis e envolve gerentes em cada unidade que será responsável pela realização do plano. De acordo com Chiavenato (2002), planejamento operacional é focalizado no curto prazo, e tem por objetivo abranger as tarefas ou atividades específicas, projetadas, a fim de alcançar as metas impostas pela organização. O autor ainda afirma que: 24 “O planejamento operacional é constituído de uma infinidade de planos operacionais, que se proliferam nas diversas áreas e funções dentro da organização” (CHIAVENATO, 2002, p. 231). O plano operacional geralmente é feito por um nível organizacional inferior no curto prazo, é um plano de rápida tomada de decisão, com foco principalmente no dia a dia da empresa, e deve ser preciso e de fácil manuseio. Todos os níveis da organização são envolvidos e monitorados rotineiramente para garantir que todas as tarefas e operações sejam realizadas de acordo com os procedimentos estabelecidos e com foco na obtenção de resultados específicos. 5 SWOT Fonte:pixabay.com Na gestão do desempenho empresarial, a análise SWOT também é conhecida como, análise FOFA ou matriz FOFA.É uma das ferramentas mais simples e úteis que as empresas podem usar para entender suas operações e ambiente operacional e estabelecendo bases de informações necessária para planejar o futuro. O significado de SWOT é Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats, que traduzido para o português temos a sigla FOFA com significado de Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças. Conforme afirmam Chiavenato e Sapiro (2003, p. 188) “A avaliação estratégica realizada a partir da matriz SWOT é uma das ferramentas mais utilizadas na gestão estratégica competitiva”. 25 Criada por Kenneth Andrews e Roland Cristensen, professores da Harvard Business School, e posteriormente aplicadas por inúmeros acadêmicos, a análise SWOT estuda a competitividade de uma organização segundo quatro variáveis: Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Oportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). Através destas quatro variáveis, poderá fazer-se a inventariação das forças e fraquezas da empresa, das oportunidades e ameaças do meio em que a empresa atua. Quando os pontos fortes de uma organização estão alinhados com os fatores críticos de sucesso para satisfazer as oportunidades de mercado, a empresa será por certo, competitiva no longo prazo (RODRIGUES, et al., 2005). Para Pereira (2010, p. 114), a análise SWOT tem como objetivo: “reunir todos os itens considerados como Pontos Fortes e relacioná-los com os Pontos Fracos, Oportunidades e Ameaças”. Veja logo abaixo figura envolvendo as variáveis internas e externas do meio ambiente. Fonte: www.inesul.edu.br De acordo com Mccreadie, 2008, É uma ferramenta usada para a realização de análise de ambiente e serve de base para planejamentos estratégicos e de gestão de uma organização. 26 A SWOT serve para posicionar ou verificar a situação e a posição estratégica da empresa no ambiente em que atua (MCCREADIE, 2008). Segundo Chiavenato e Sapiro (2003), sua função é cruzar as oportunidades e as ameaças externas à organização com seus pontos fortes e fracos. A avaliação estratégica realizada a partir da matriz SWOT é uma das ferramentas mais utilizadas na gestão estratégica competitiva. Tratasse de relacionar as oportunidades e ameaças presentes no ambiente externo com as forças e fraquezas mapeadas no ambiente interno da organização. As quatro zonas servem como indicadores da situação da organização. Como mostra a figura abaixo. Fonte: edisciplinas.usp.br Andreuzza (2008) coloca os seguintes passos para que uma matriz SWOT seja elaborada em determinada empresa, são eles: a) Criar uma lista de executivos e funcionários base; b) Desenvolver entrevistas individuais; c) Organizar as informações; d) Priorização das questões; Encontrar uma gestão corporativa excelente é como estar em um jogo, como em qualquer jogo, entender as regras e os recursos disponíveis é essencial para decidir qual a melhor jogada a ser tomada. Nesse sentido, a análise SWOT é a ferramenta ideal para a organização, pois completa o mapeamento e ", deixando a 27 empresa com uma visão mais ampla dos procedimentos a serem tomados. Para Martins (2006), a análise SWOT é uma das práticas mais comuns nas empresas voltadas para o pensamento estratégico e marketing, é algo relativamente trabalhoso de produzir, contudo a prática constante pode trazer ao profissional uma melhor visão de negócios, afinal de contas, os cenários onde a empresa atua estão sempre mudando. A matriz SWOT avalia uma organização nos seus pontos fortes e fracos e considerando os fatores dentro e fora da organização. De acordo com Daychouw, 2007, A análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análises de cenário (ou análises de ambiente), sendo usada como base para a gestão e o planejamento estratégico de uma organização. É um sistema simples para posicionar ou verificar a posição estratégica da empresa no ambiente em questão (DAYCHOUW, 2007). Tabelas de fatores (internos e externos), forças e fraquezas. Fonte: medium.com 28 Fonte: havea.com.br Para a constatação de forças e fraquezas, oportunidades e ameaças advêm sempre dos resultados de uma análise combinada, na qual as condições internas devem ser sobrepostas e confrontadas com as situações do ambiente de negócios da empresa (YANAZE, 2007). A análise SWOT agrega grande valor a qualquer negócio, tornando sua estratégia e plano de ação mais robustos e focados. 5.1 Forças e fraquezas do ambiente interno Fonte:pixabay.com 29 O ambiente interno é onde os pontos fortes e fracos da organização podem ser citados. As empresas podem criar diferenciação competitiva neste ambiente, como forma de ultrapasse os concorrentes e ganhe novos clientes. Para Certo e Peter (2010, p. 34), o ambiente interno é: “aquele que está dentro da organização e que normalmente tem implicação imediata e especifica em sua administração... são os componentes que estão mais facilmente perceptíveis e controláveis. Angeloni e Mussi (2008, p. 92), definem ambiente interno como sendo aquele que “aborda os aspectos administrativos, as áreas de marketing, finanças, pessoas, produção e operação”. Simultaneamente à análise do ambiente externo deve ocorrer a análise do ambiente interno, que tem como objetivo a identificação dos pontos fortes e fracos da organização (MAXIMIANO, 2008). De acordo com Kotler e Keller (2007, p. 51) “uma coisa é perceber oportunidades atraentes, outra é ter capacidade de tirar o melhor proveito delas. ” Portanto, as empresas devem aproveitar não só as oportunidades pelos recursos de que dispõem, mas também aquelas oportunidades que requerem maior desenvolvimento de suas forças e maior coesão da equipe. Segundo Maximiano, 2008, Para isso, a empresa pode realizar uma análise de suas principais áreas: marketing, finanças, produção, pessoas, entre outras, e verificar sua estrutura organizacional e suas políticas internas, considerados aspectos organizacionais relevantes, além de realizar um estudo de seu desempenho (MAXIMIANO, 2008). Para Oliveira; Silva, 2006, a estrutura organizacional deve estar de acordo com as exigências do mercado, atender as necessidades da organização e promover a eficiência, e as políticas internas devem ser compatíveis, pertinentes à organização e atualizadas (OLIVEIRA; SILVA, 2006). Consideram-se como pontos fortes, todos os fatores internos que levam à competitividade de uma empresa e, portanto, ao seu sucesso. É aí que entra a força da empresa e do proprietário, onde ambos possuem um diferencial no mercado que os dá uma vantagem, como por exemplo um atendimento personalizado. Para Andrade (2012, p. 38): [...] os pontos fortes se referem aos aspectos e/ou fatores positivos (internos) da empresa que atuam como facilitadores de sua capacidade para atender às suas finalidades. Tais fatores, geralmente, põem a empresa em uma situação privilegiada, quando comparada com a concorrência, uma vez que 30 os mesmos podem ser utilizados como fonte de diferenciação e de vantagem competitiva. A organização deve procurar eliminar suas fraquezas que são os fatores internos controláveis que dificultam de alguma forma o seu desenvolvimento, colocando a empresa em certa desvantagem perante suas concorrentes, como forma de exemplificação, podemos citar a falta de qualificação profissional no ambiente da empresa. Pereira (2010, p. 110) define como: “[...] incompetência da organização ou possibilidades de melhoria”. Pereira (2010, p. 110) ainda acrescenta que: “Os pontos fracos são as características ou limitações da organização que dificultam a obtenção do resultado”. Kotler e Keller (2007) ainda citam alguns fatores internos da empresa que devem ser verificados ao se realizar uma análise de forças e fraquezas. Entre eles, estão a reputação da empresa, a eficiência na determinação do preço, a cobertura geográfica, a estabilidade financeira, as instalações, a capacidade de produção e a liderança. No final da análise do ambiente externo e interno, a SWOT será concluída. 5.2 Oportunidades e ameaças do ambiente externo Fonte:pixabay.com O objetivo da análise externa é estabelecer uma semelhança entre a empresa e seu ambiente. Chiavenato e Sapiro (2003, p. 80) afirmam que, o diagnóstico 31 estratégico externo – também denominado análise ambiental ou auditoria de posição – é uma maneira como a organização faz o mapeamento ambiental e a análise das forças competitivas que existem no ambiente. Andrade (2012, p. 57) define análise externa como: [...] consiste no desenvolvimento de uma sistemática de análise do ambiente externo com a finalidade de buscar o máximo de informações possível a respeito das condições ambientais externas que constituem o cenário no qual a organização está inserida e o relacionamento entre ambos (organização – ambiente). As organizações devem estar atentas ao ambiente externo, pois ele afeta diretamente os fatores internos da organização. Isso é muito importante porque os gerentes podem identificar oportunidades e ameaças por meio de análise e desenvolver estratégias para aproveitar as oportunidades e minimizar ou superar as ameaças da empresa. Para a análise do ambiente externo deve-se avaliar por exemplo, a mudança de hábitos do consumidor, surgimentos de novos mercados, diversificação, entrada de novos concorrentes, produtos substitutos (CHIAVENATO e SAPIRO, 2003). De acordo com Cobra (2003), O ambiente externo envolve uma análise das forças macro ambientais (demográficas, econômicas, tecnológicas, políticas, legais, sociais e culturais) e dos fatores micro ambientais (consumidores, concorrentes, canais de distribuição, fornecedores). Procura identificar duas coisas: oportunidades e ameaças, COBRA (2003). Ferrell e Hartline, 2009, afirma que, oportunidades e ameaças existem fora da empresa, independente de forças e fraquezas. Oportunidades e ameaças ocorrem tipicamente dentro dos ambientes competitivo, do consumidor, econômico, político/legal, tecnológico e/ou sociocultural (FERRELL e HARTLINE, 2009). Segundo Daychouw (2010) O ambiente externo pode representar oportunidades ou ameaças ao desenvolvimento do plano estratégico de qualquer organização. As duas variáveis estão presentes a todo momento no mercado em que as empresas estão inseridas, sendo assim Callaes, Bôas, Gonzales, 2006, definem oportunidades como “situações, tendências ou fenômenos externos, atuais ou potenciais, que podem contribuir para a concretização dos objetivos estratégicos” (CALLAES, BÔAS, GONZALES, 2006). 32 Martins (2006) considera as oportunidades como chances que uma empresa tem para atender seus clientes, suprindo uma ou mais necessidades não satisfeitas pelo mercado, analisando as possibilidades de êxito do novo negócio. As oportunidades estão ligadas a lucratividade da empresa, pois podem ampliar sua receita. Segundo Pereira (2010. p. 102): Em resumo, as oportunidades são fatores externos que facilitam o cumprimento da missão da organização ou mesmo as situações do meio ambiente que a organização pode aproveitar para aumentar sua competitividade. No entanto, uma oportunidade conhecida e não aproveitada pode até se tornar uma ameaça à medida que o concorrente aproveite. Callaes, Bôas, Gonzales, 2006, ainda acrescentam que, “as ameaças são situações ou fenômenos externos, atuais ou potenciais, que podem prejudicar a execução de objetivos estratégicos” (CALLAES, BÔAS, GONZALES, 2006). Na visão de Martins (2007), ameaças: são atividades que podem levar a empresa para uma redução de receita ou até mesmo a seu desaparecimento. Estão ligadas aos concorrentes e novos cenários, desafiando a atual estratégia do empreendimento. Para evita-las devem ser analisados seus graus de possibilidade de ocorrerem e níveis de gravidade. Para Pereira (2010, p. 103): As ameaças são os elementos negativos, ou seja, continuam sendo uma força incontrolável pela organização e criam obstáculos à sua estratégia, no entanto, poderão ou não ser evitadas quando conhecidas em tempo suficiente para serem administradas. São fatores externos que dificultam o cumprimento da missão da organização ou as situações do meio ambiente que colocam a organização em risco. As oportunidades demonstram a realidade externa da instituição e devem ser observadas porque afetam o ambiente externo e interno da organização, por outro lado as ameaças são fatores do ambiente externo, e estas afetam diretamente a empresa, e não podendo ser controladas, acarretando assim em dificuldade de desenvolvimento da instituição, o que culmina com a perda de clientes, fornecedores e visibilidade no mercado. Portando faz se necessário uma análise das ameaças no momento de formação do planejamento estratégico empresarial. 33 6 O PLANEJAMENTO COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO EMPRESARIAL Fonte:pixabay.com A gestão empresarial é uma estratégia para desenvolver os negócios com melhor desempenho e tem como ponto de partida as ações que envolvem a organização dos processos, o controle financeiro, a gestão dos recursos humanos e materiais e tudo o que é necessário para mantê-los. E é aí que entra o planejamento empresarial voltado para o direcionamento da empresa na busca pela excelência nos negócios. O plano traz uma vantagem real para a empresa, pois ajuda a garantir seu desenvolvimento, acelera o ritmo das mudanças e facilita ações eficazes. Deve-se considerar também que o planejamento não é uma ferramenta cara, complexa e muito formal, podendo ser realizado de forma mais modesta com o auxílio dos colaboradores, apenas observando o dia a dia da empresa, utilizando informações e conhecimentos para garantir uma visão mais ampla para a empresa no futuro. Para Chiavenato (2004), o planejamento consiste na tomada antecipada de decisões sobre o que fazer, antes de a ação ser necessária sob o aspecto formal, planejar consiste em simular o futuro desejado e estabelecer previamente os cursos de ação necessários e os meios adequados para atingir os objetivos. Caso contrário, algumas decisões devem ser tomadas com antecedência, pois podem interferir no crescimento do negócio. Por exemplo, uma empresa que está crescendo em todas as áreas e tem produtos escassos deve aumentar sua rede durante a fase de planejamento, fornecedores e ter tempo para usar esta ferramenta 34 de planejamento para pesquisa e negociação, para que a mesma possa manter a competitividade e atingir seus objetivos. 7 OBJETIVO DO PLANEJAMENTO Fonte:pixabay.com Qualquer empresa que deseja coordenar adequadamente as práticas anuais e o planejamento estratégico de suas operações pode planejar e determinar os fatores e ações de sucesso para o próximo período. Porém, ao fazer planos para uma empresa, muitas pessoas se perdem na análise e nos relatórios, e ao fazer os planos estratégicos, esquecem-se dos objetivos reais. De acordo com Oliveira (2009, p.46), o planejamento é uma das funções principais do processo administrativo, possui conceitos mais amplos do que simplesmente organizar os números e adequar as informações, passando a ser um instrumento de administração estratégica, incorporando o controle de turbulências ambientais e possibilitando que a empresa conquiste mais competitividade e mais resultados organizacionais, pois é a função que indica a direção a ser consolidada pela empresa. De uma forma geral, pode-se dizer que o objetivo do planejamento estratégico é orientar a empresa e ajustar seus rumos para buscar melhores resultados, considerando a análise do passado, presente e futuro. Dentro da organização, o processo de planejamento é tão importante quanto o processo de produção, justamente porque ele estimula os membros da empresa a pensar sobre o que está 35 acontecendo, e o que vai acontecer. Nesse sentido, Lacombe (2009, p. 28) afirma que, planejamento é a determinação da direção a ser seguida para se alcançar um resultado desejado. É a determinação consciente de cursos de ação e engloba decisões com base em objetivos, em fatos e estimativa do que ocorreria em cada alternativa disponível. Lacombe (2009, p. 70) considera que: “O planejamento é um poderoso instrumento de intervenção na realidade e que, se bem utilizado, constitui ferramenta fundamental para o desenvolvimento das organizações”. Ele ainda define que em muitos casos é necessário planejamento que não seja incerto, às vezes chamada de Plano B, é o segundo plano usado quando o plano principal deve ser alterado devido a mudanças em variáveis ambientais externas ou internas. Hoje em dia, o planejamento é essencial para uma organização manter uma posição competitiva em qualquer ambiente, pois pode fornecer uma análise do ambiente da organização e ajudar a construir percepções de oportunidades, ameaças e vantagens. Baseado no planejamento segue abaixo alguns objetivos:  Garanta uma tomada de decisão ágil;  Avaliação do concorrente;  Definição das forças e fraquezas, e ameaças e oportunidades da empresa;  Definição da Defina a identidade e o posicionamento da empresa;  Desenvolvimento do plano de ação  Integração e motivação da empresa aliado a otimização de recursos. Nesse sentido, a empresa possui uma boa base e é importante definir claramente o seu objetivo. O objetivo é expressar o desejo da organização de ser e agir como a principal motivação, abrangendo missão, visão, princípios e valores da empresa, podendo assim, otimizar a relação da empresa com o ambiente externo. A importância do planejamento reside no ajuste estratégico entre objetivos organizacionais, habilidades e recursos. Cavalcanti (2001, p.75) assinala que na Era do Conhecimento, ter um plano não é suficiente, é preciso ter um plano com estratégia e que gere pressão constante nas organizações para que as pessoas pensem até coletivamente, em grupo, dentro da organização e que em verdade, desenvolvam a capacidade de pensamento dentro 36 das organizações, aprendendo e passando a viver pensando por si e no lugar do outro. Sendo assim, planejar as atividades da empresa é de suma importância, pois através do planejamento a organização se torna mais forte, unindo os colaboradores e direcionando todos a um mesmo pensamento comum, o crescimento empresarial. 8 QUALIDADES DO EMPREENDEDOR Fonte:pixabay.com As várias definições de empreendedores são o resultado de pesquisas em uma variedade de ciências, como: administração, psicologia, sociologia e economia. Esses estudos têm como objetivo investigar as características da imagem do empreendedor e onde essas pessoas atuam. Chér (2008) afirma que empreendedores podem surgir de inúmeras maneiras e sob diversas influências. O empreendedor, na forma descrita por Schumpeter (1982), tem um sonho, como o de fundar um império pessoal. É uma pessoa de vontade forte, deseja conquistar espaços e domínios; ser bem-sucedido. O empreendedor, continua esse autor, é um lutador, que tem a alegria de criar e realizar coisas, de empregar a própria energia com novos empreendimentos; enfrenta dificuldades, procura mudar e tornar possível a transformação, busca o sucesso. Esse tipo de personalidade, para o autor, é inata ao indivíduo. Essa forma de apresentar o empreendedor pode dar a entender que é um ser superior ou quase divino, o que, na realidade, não pode ser assim considerado. 37 Segundo Filion (1991), o empreendedor é, geralmente, o indivíduo que possui experiência administrativa, capacidade de diferenciar-se da concorrência, intuição, tenacidade representada pela motivação por reconhecimento, tolera incertezas, usa bem os recursos disponíveis, é imaginativo, orienta-se para resultados, aproveita as oportunidades, é inovador, líder, estabelece e cumpre metas e faz uso de redes de contatos. A criatividade, afirma Degen (1989), desempenha papel importante para o empreendedor, uma vez que ela permitirá as associações que gerarão novos negócios e novos empreendimentos. Degen (1989), identifica as características que melhor exploram o uso do conhecimento empreendedor: 1. Atenção às oportunidades do ambiente, conhecimento a respeito dos clientes, concorrentes e do ambiente externo; 2. Análise constante dos dados, importância dada ao estudo das novas opções obtidas em respostas ao que aprendeu; 3. Suporte a novos projetos, importância dada ao desenvolvimento de novos projetos e a quantidade de tempo destinada a testes e inovações; 4. Tolerância ao risco, desenvolvimento de novas ideias, estimulando as pessoas a dar sugestões e a correr riscos sem medo de consequências pessoais. Dolabela, 1999, afirma que: Uma pessoa com tendência a apresentar as frequentes características encontradas em um empreendedor de sucesso possui maior capacidade de empreender, entretanto, esta afirmação não passa de um senso comum, pois é inconsistente dizer que aquele que não tem um perfil pré-estabelecido como o de um empreendedor, não possa vir a atingir sucesso em sua empreitada. (DOLABELA, 1999) Apesar de elencar as características e as competências que o empresário deve assumir para ser um empreendedor de sucesso, não se pode estabelecer uma relação absoluta da causa e efeito. Ou seja, não se pode afirmar que uma pessoa dotada de tais características irá necessariamente alcançar o sucesso como empreendedor. O que se pode dizer é que, se determinada pessoa apresenta as características e aptidões mais comumente encontradas nos empreendedores, mais chances terá de ser bem-sucedida. (DOLABELA, 1999). 38 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A utilização da Matriz Swot como Ferramenta Estratégica – um Estudo de Caso em uma Escola de Idioma de São Paulo. [S. l.], 2010. Disponível em: https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos11/26714255.pdf. Acesso em: 29 out. 2020. ANÁLISE DE SWOT: UMA FERRAMENTA NA CRIAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL. [S. l.], 2015. Disponível em: http://www.unisalesiano.edu.br/simposio2015/publicado/artigo0138.pdf. Acesso em: 29 out. 2020. ANÁLISE SWOT: O que é, como fazer e as vantagens para sua empresa. [S. l.], 2017. Disponível em: https://medium.com/@julcenei/an%C3%A1lise-swot-o-que- %C3%A9-como-fazer-e-as-vantagens-para-sua-empresa-5939fdf35936. 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