PAM-AULA 1_Memória Dia-a-dia_PDF 07DEZ23 by Sandra Fernandes

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Universidade de Lisboa

Sandra Fernandes

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memory cognitive psychology human memory psychology

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This document presents a lecture or presentation on memory, contrasting traditional approaches with an everyday memory perspective. It explores different types of memory, including short-term and long-term memory (MLP).

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MEMÓRIA "Memory" is a general label for different forms of MEMÓRIA acquisition, retention, and utilization of info...

MEMÓRIA "Memory" is a general label for different forms of MEMÓRIA acquisition, retention, and utilization of information, skills, and knowledge. ABORDAGEM TRADICIONAL VS. All systems have in co mm on the ability to retain, and to make MEMÓRIA DO DIA-A-DIA available for use in ongoing behavior and cognitive functioning, effects of earlier behavior and experiences. They dif fer in the kind of information they handle, and in the nature of their operations. S a n d r a F e rn an d e s (Eysenck , 1991, F P UL BLACKWELL DICTIONARY OF COGNITIVE PSYCHOLOGY) 07De z. 2023 1 2 1 2 TIPOS DE MEMÓRIA MEMÓRIA DE LONGO PRAZO (MLP ) Capacidade bastante alargada de duração “permanente” Memória de Curto Prazo Memória de Trabalho Declarativa ou Explícita Não Declarativa ou Implícita (MCP) Q pode ser acedida Q não pode ser acedida Capacidade limitada conscientemente conscientemente A term applied to the retention A memory system that Com acesso verbal Sem acesso verbal of small amounts of material underpins our capacity to Representacional Disposicional over periods of a few seconds. "keep things in mind" when performing complex tasks. Expressa por comportamentos/ações (Baddeley, Eysenck & Anderson, 2009, in Memory) 3 4 3 4 MEMÓRIA ABORDAGEM TRADICIONAL MEMÓRIA DE LONGO PRAZO (MLP ) VS. ABORDAGEM À MEMÓRIA DO DIA - A -DIA Episódica (eventos): autobiográfica, para Declarativa ou acontecimentos da própria vida. Recordar o Qualquer sistema de memória (memória humana, o Explícita momento e o local associados a um facto. disco rígido de PC, um gravador de CDs ou um arquivo Q pode ser acedida Semântica (factos): conhecimento geral conceptual de documentos) para ser eficiente precisa de articular conscientemente acerca do mundo (conh. de pessoas, lugares, 3 componentes distintos: (Tulving, 1983) significados de obj. e palavras) Procedimental: para destrezas / habilidades Codificação normalmente desempenhadas de forma automática, Não Declarativa como andar de bicicleta, nadar,… Retenção ou Implícita Sistema de representação perceptiva (e.g., priming Recuperação Q não pode ser percetivo) (recordação ou reconhecimento) acedida Aprendizagem associativa (e.g., condic. clássico) conscientemente respostas condicionadas entre dois estímulos PROCESSO TRIPARTIDO Aprendizagem Não associativa (Sensibilização/Habituação) 5 6 5 6 1 MEMÓRIA ABORDAGEM TRADICIONAL MEMÓRIA ABORDAGEM TRADICIONAL VS. VS. ABORDAGEM À MEMÓRIA DO DIA - A -DIA ABORDAGEM À MEMÓRIA DO DIA - A -DIA Primeiras investigações sistemáticas sobre memória: Codificação: Formação de novas memórias (material a aprender é estudos de Ebbinghaus, publicados apresentado aos participantes). no seu livro On Memory (1885) Retenção: Armazenamento da informação (há um intervalo de Ebbinghaus aprendeu 169 listas de tempo de retenção em que os participantes podem ou não realizar uma 13 sílabas sem qualquer significado tarefa). – fase de codificação. Seguidamente testou a capacidade de recordar essas sílabas ao longo Recuperação: Recordação da informação memorizada do tempo – fase de recuperação (participantes respondem à tarefa de memória sobre a informação Descoberta da “curva de estudada/aprendida). esquecimento”: esquecimento é com diferentes intervalos de exponencial. retenção. 7 8 7 8 MEMÓRIA ABORDAGEM TRADICIONAL MEMÓRIA ABORDAGEM TRADICIONAL VS. VS. ABORDAGEM À MEMÓRIA DO DIA - A -DIA ABORDAGEM À MEMÓRIA DO DIA - A -DIA Vários fatores influenciam o modo como os eventos são Características do intervalo de retenção mais estudadas: codificados (i.e., aprendidos), incluindo:  duração do inter valo de retenção (desde alguns segundos até anos), natureza dos estímulos (ex. palavras, imagens)  natureza dos evento s que ocorrem durante a retenção. tarefas de codificação (ex. tarefas semânticas, percetivas),  Paradigma de prevenção da retenção (paradigma de Brown-  E.g., Craik & Tulving (1975): Peterson): Percetiva (estrutural/visual): A palavra está escrita em Codificação Retenção Recuperação maiúsculas? Edifício Contar para Recordar as 3 Fonológica: A palavra rima com …? Aflito trás de 3 em 3: palavras na Semântica: A palavra faz sentido na frase …? Acender 422 ordem correta estratégias adotadas pelos participantes (ex. repetição,  Paradigma de recodificação: imageabilidade, organização da informação, construção de estórias). Ganso-Pedra Ganso-Bebida Ganso - ?? 9 10 9 10 MEMÓRIA ABORDAGEM TRADICIONAL MEMÓRIA ABORDAGEM TRADICIONAL VS. VS. ABORDAGEM À MEMÓRIA DO DIA - A -DIA ABORDAGEM À MEMÓRIA DO DIA - A -DIA Cada fase de memória envolve um conjunto de operações e processos cognitivos complexos. Maior parte dos estudos de memória centra-se na investigação Estudos atuais procuram conhecer: sobre os processos de recuperação. Quais os processos envolvidos em cada fase. Vários paradigmas experimentais têm sido utilizados para explorar Ex. quais as melhores estratégias para codificar e armazenar informações novas? a natureza e a quantidade de informação disponível durante a recuperação. Como as diferentes fases interagem. Ex. será que recordar informação no mesmo contexto em que essa Ex.: informação foi estudada facilita a recuperação? Recordação com pista e recordação livre; Primação/Priming (memória implícita) ‘Retention without remembering’ (Roediger, 1990) 11 12 11 12 2 MEMÓRIA ABORDAGEM TRADICIONAL MEMÓRIA ABORDAGEM TRADICIONAL VS. VS. ABORDAGEM À MEMÓRIA DO DIA - A -DIA ABORDAGEM À MEMÓRIA DO DIA - A -DIA Recordação com pista Recordação com pista A recuperação de informação é facilitada pela apresentação de pistas. Mede-se: proporção de palavras corretamente recordadas e associadas, i.e. Participantes estudam pares de palavras, compostos por uma apresentadas anteriormente no par – memória de item e memória palavra alvo e uma palavra pista. associativa. Mais tarde, durante a recuperação, têm que recordar a palavra alvo, a partir de palavras-pista dadas. proporção de palavras corretamente recordadas, mas não associadas, i.e. palavras apresentadas anteriormente noutro par – e.g., Codificação: Banana (alvo) – caneta memória de item sem memória associativa. Recuperação: Caneta (pista) - ____________ proporção de falsos alarmes – recordação de um item que não foi apresentado. 13 14 13 14 MEMÓRIA ABORDAGEM TRADICIONAL MEMÓRIA ABORDAGEM TRADICIONAL VS. VS. ABORDAGEM À MEMÓRIA DO DIA - A -DIA ABORDAGEM À MEMÓRIA DO DIA - A -DIA Recordação livre Recordação livre Murdock (1962) apresentou a 6 grupos de participantes listas de palavras Participantes estudam um conjunto de itens e seguidamente é-lhes que continham: pedido para recordar esses itens independentemente da ordem. 10, 15 ou 20 palavras apresentadas durante 2 seg cada uma; Estudos de recordação livre evidenciam a existência de dois 20, 30 ou 40 palavras apresentadas efeitos: durante 1 seg cada uma. efeito de primazia: primeiros itens de uma lista melhor Em todos os casos, houve um efeito de recordados do que os itens do meio. primazia e um efeito de recência. efeito de recência: últimos itens de uma lista melhor recordados Efeitos independentes do tamanho do que os itens do meio. da lista e do tempo de codificação das palavras. 15 16 15 16 MEMÓRIA ABORDAGEM TRADICIONAL Recordação livre como função da posição serial e da VS. duração da tarefa (Glanzer & Cunitz,1966). ABORDAGEM À MEMÓRIA DO DIA - A -DIA EFEITO DE PRIMAZIA Efeito da posição serial (Glanzer & Cunitz,1966) (MLP) Grupo A – rec. imediata das plvs Evidências para distinção MCP e MLP Grupo B – rec. após 10seg das plvs Grupo C – rec. após 30seg das plvs. Evidências para distinção MCP e MLP EFEITO DE RECÊNCIA (MCP) 17 18 17 18 3 MEMÓRIA ABORDAGEM TRADICIONAL MEMÓRIA ABORDAGEM TRADICIONAL VS. VS. ABORDAGEM À MEMÓRIA DO DIA - A -DIA ABORDAGEM À MEMÓRIA DO DIA - A -DIA Priming ou primação - Paradigma de memória implícita - o participante muitas vezes não tem consciência de que está a recordar um item previamente estudado.  Tarefa de completamento de palavras (ex. lista de palavras: elevador, …). Posteriormente, preencher segmentos de palavras com qualquer palavra “que lhe venha à cabeça”. E L E _ _ _ _ _ É mais provável o participante completar E L E V A D O R do que E L E F A N T E  primação de repetição (e.g., Prime: pão- Alvo:pão)  primação semântica (e.g., Prime: pão- Alvo:manteiga)  … Estudos com os paradigmas de primação indicam que os efeitos podem envolver algum acesso consciente à memória, mas Baddeley, Eysenck, & Anderson (2009) muitas vezes envolvem memória implícita, sem acesso consciente. 19 Memory20 19 20 INVESTIGAÇÃO EM MEMÓRIA MEMÓRIA DO DIA- A-DIA Abordagem tradicional Abordagem à Mem do dia-a-dia Metáfora do ARMAZÉM Metáfora da CORRESPONDÊNCIA  Memória declarativa ou explícita nº de itens acessíveis Qualidade da adequação entre o  Memória para eventos marcantes da vida de cada um relato de um indivíduo e o evento real Materiais: Materiais: Recentes e arbitrários Memórias antigas, memórias  Investigação acerca da memória do dia-a-dia é recapituladas baseada em ações intencionais (Neisser, 1996) que: Aprendizagem mtas vezes intencional Aprendizagem mtas vezes acidental  têm um propósito Motivação: Motivação:  são influenciadas pela personalidade e outras Instruções arbitrárias Objetivos pessoais características do indivíduo Foco na precisão Foco na relevância  são influenciadas por exigências da situação Abordagem ecológica Abordagem de laboratório (representativa e generalizável) 21 22 21 22 MEMÓRIA DO DIA- A-DIA INVESTIGAÇÃO PRECISÃO E RECONTAR HISTÓRIAS A precisão não é o mais importante quando recordamos os Abordagem Abordagem à vários aspetos do dia-a-dia tradicional Mem do dia-a-dia Marsh & Tversky (2004) Recordação como Recordação com fim para atingir um base num objetivo  Pediu-se a estudantes que gravassem conversas sobre a bom desempenho pessoal sua vida, durante 4 semanas. “remembering is a form of purposeful  Para cada conversa, preencheram um formulário onde action” Neisser descreviam o acontecimento original e o seu reconto na conversa. (1996, p.204)  Classificaram o acontecimento como social, académico, profissional, etc… 23 24 23 24 4 PRECISÃO E RECONTAR HISTÓRIAS PRECISÃO E RECONTAR HISTÓRIAS Marsh & Tversky (2004) (cont.) Marsh & Tversky (2004) / Dudukovic, Marsh, & Tversky (2004)  O contexto social modela a forma de contar as histórias de  Classificação emocional do acontecimento quanto: vida:  à valência – positivo, neutro, ou negativo  à intensidade – intenso, algo intenso, nada intenso  Alteram-se as histórias para diferentes audiências  Exageramos para entreter e simplificamos para informar  Classificaram a precisão de cada reconto – preciso / não preciso  Indicavam se tinha ou não ocorrido algum dos 4 tipos de  GRÁFICO distorção  Exagero – amplificar ou embelezar a verdade  Minimização – redução da verdade  Seletividade – eliminar um detalhe importante  Adição – incluir detalhes ou acontecimentos que não ocorreram 25 26 25 26 Burianova, McIntosh, & Grady (2010) Same pictorial stimuli, but manipulated retrieval demands to extract autobiographical, episodic, or semantic memories (“Think of the last time you went camping”; “In the picture, which you have just seen, what is the colour of the tent?”; “Are there more than 100 camping grounds in Algonquin Park?” MEMÓRIA AUTOBIOGRÁFICA Memória para os acontecimentos da vida de cada um. Common neural network underlies the retrieval of declarative memories regardless of memory content. 27 27 28 MEMÓRIA AUTOBIOGRÁFICA, MEMÓRIA AUTOBIOGRÁFICA E EPISÓDICA SEMÂNTICA E EPISÓDICA Ambas relacionadas: recordação de eventos pessoais grande sobreposição MAS PODEM DISTINGUIR-SE Pode haver memória episódica sem memória autobiográfica (Nelson, 1993) Baddeley, Eysenck, & Anderson (2009) 29 30 29 30 5 MEMÓRIA AUTOBIOGRÁFICA E EPISÓDICA MEMÓRIA AUTOBIOGRÁFICA E EPISÓDICA Memória autobiográfica Memória episódica Memória autobiográfica Memória episódica  Memórias relacionadas com a  Experiências pessoais  Gilboa (2004)  Gilboa (2004) nossa experiência passada e que acontecem num  Associada à ativação do  Associada à ativação do das pessoas que nos são determinado momento e córtex prefrontal córtex médio-dorsolateral importantes num local específico ventromedial esquerdo direito  Relaciona-se com eventos  Acontecimentos triviais  Monitorização da precisão  Monitorização da pessoais significativos relacionada com o auto- precisão para evitar Ajuda a definir a identidade conhecimento erros e baseia-se em objetivos  Abrange apenas algum  Burianova & Grady (2007)  Burianova & Grady (2007) pessoais tempo (minutos,  Associa-se exclusivamente à  Associa-se  Abrange anos e décadas horas…) atrás ativação frontal medial exclusivamente à passadas  De âmbito mais ativação frontal medial  Memórias complexas limitado 31 direita 32 31 32 MEMÓRIAS AUTOBIOGRÁFICAS  As memórias autobiográficas de eventos do dia-a-dia dependem de vários fatores:  Emoções: frequentemente associadas a acontecimentos com conteúdo emocionalmente rico.  Relevância pessoal: referem-se a episódios com significado para o próprio.  Construção do Eu/da identidade: baseiam-se nos nossos objetivos pessoais, constroem-se com base na interação com os outros e permitem o conhecimento acerca de nós (Gilboa, 2004) próprios. 34 33 34 MEMÓRIAS EMOCIONAIS MEMÓRIAS EMOCIONAIS AUTOBIOGRÁFICAS Estudos de Dolcos et al. (2005, 2012) sobre memória para imagens AUTOBIOGRÁFICAS emocionais vs. neutras Memórias autobiográficas envolvem conteúdo emocional rico e detalhes sensoriais vívidos. Participantes estudaram um conjunto de imagens do IAPS com valência emocional Estudo de Dolcos, LaBar, &Cabeza (2005) positiva/negativa ou neutra. Importância da intensidade (arousal) e da valência das emoções. Memória para imagens do IAPS (International Affective Picture Um ano depois viram as mesmas System) com manipulação de valência (positiva, neutra, negativa) e imagens, misturadas com imagens novas e intensidade (baixa, alta). tiveram que decidir se as imagens tinham sido vistas antes ou não. Imagens emocionais melhor recordadas do que neutras. Adaptado de Dolcos et al. (2005) 35 36 35 36 6 MEMÓRIAS EMOCIONAIS AUTOBIOGRÁFICAS Estudos de Dolcos et al. (2005, 2012) sobre memória para imagens MEMÓRIAS EMOCIONAIS emocionais vs. neutras AUTOBIOGRÁFICAS A recordação de imagens emocionais, relativamente a imagens neutras,  Papel do olfato na recordação de envolveu maior ativação: memórias autobiográficas Amígdala: associada ao processamento  Fenómeno de Proust (Marcel Proust, de eventos emocionais. 1871-1922): Hipocampo (e córtex entorrinal): fundamentais para o sucesso na recordação Odores como pistas para a e para memórias duradouras. recordação de memórias pessoais/autobiográficas muito Os dados de fMRI confirmam a antigas, vívidas e emocionais. importância da interação entre processos de memória e emoções na recuperação de informação. Dolcos et al. (2012) 37 38 37 38 MEMÓRIAS EMOCIONAIS MEMÓRIAS EMOCIONAIS AUTOBIOGRÁFICAS AUTOBIOGRÁFICAS  Papel do olfato na recordação de memórias  Papeldo olfato na recordação de memórias autobiográficas (Chu & Downes, 2000): autobiográficas (Chu & Downes, 2000): …“dar uma breve descrição sobre qualquer evento que lhe  pistas olfativas => venha à cabeça em resposta a uma pista, mas limitar-se pico de recordação do tanto qto possível a um único evento específico” período entre os 6–10 anos  pistas verbais => Pico entre 11–25 anos  pistas visuais (Willander & Larsson, 2006) => pico entre 11-20 anos) Adaptado de Chu & Downes (2000) Adaptado de Chu & Downes (2000) 39 40 39 40 MEMÓRIAS EMOCIONAIS MEMÓRIA AO LONGO DA VIDA AUTOBIOGRÁFICAS Rubin, Wetzler, & Nebes (1986):  Porquê o olfato?  Amnésia Infantil R  Quase total ausência de memórias pessoais dos 3  Doop et al. (2006) primeiros anos de vida  Proximidade anatómica e  Alto de Reminiscência AR funcional entre o bolbo  Nº de memórias AI olfativo e o hipocampo surpreendentemente elevado surge do período entre os 10-30  olfato ligado diretamente ao anos, especialmente entre os 15- sistema límbico, que inclui o 25 hipocampo.  Recência  Mais memórias do passado recente 41 42 41 42 7 AMNÉSIA INFANTIL AMNÉSIA INFANTIL: REPRESSÃO?  Desenvolvimento incompleto do cérebro  Freud (1915/1957) Várias partes do Hipocampo não totalmente desenvolvidas antes dos 2-8 anos  Propôs que a amnésia infantil ocorria através do Córtex pré-frontal fenómeno de repressão, com pensamentos  Densidade sinática aumenta até aos 24 meses relacionados com ameaça:  Maturação completa é atingida até ~20 anos  Banindo-os para o inconsciente  No entanto, as crianças formam memórias de longo  Transformando-os em memórias inócuas prazo Fivush, Gray, e Fromhoff (1987)  Problemas com a teoria:  Crianças (méd. idade = 33 meses) e pais entrevistados  Sem evidência de apoio sobre acontecimentos recentes e distantes  As crianças foram capazes de responder > 50% de ambos  Não explica o facto de adultos não recordarem os tipos de acontecimentos acontecimentos positivos e neutros ocorridos na infância 43 44 43 44 TEORIA SOCIO-CULTURAL DA AMNÉSIA AMNÉSIA INFANTIL E O EU COGNITIVO INFANTIL FIVUSH & NELSON (2004)  A linguagem e a cultura são centrais para o Howe & Courage (1997) desenvolvimento da memória autobiográfica:  As memórias anteriores à aquisição da linguagem são difíceis de expressar posteriormente através da linguagem  O desenvolvimento do sentido de identidade (sense  As crianças cujos pais têm um estilo elaborativo depois relatam mais e mais completas memórias de infância of self) é necessário para formar memórias  Harley & Reese (1999) autobiográficas:  Elaboração  Fornece oportunidades para a recapitulação (rehearse)  Desenvolve-se por volta dos 2 anos  Mais comum com mães de culturas ocidentais (Leichtman,  Indexado pelo reconhecimento visual do eu Wang, & Pillemer, 2003)  Culturas orientais têm mais tarde a primeira memória  Reconhecimento da própria imagem no espelho autobiográfica (Han et al., 1998)  Mas... também diferenças na tendência para relatar experiências pessoais 45 46 45 46 ALTO DE REMINISCÊNCIA ALTO DE REMINISCÊNCIA  Maior número de memórias para eventos passados entre os 10 Os acontecimentos positivos ocorridos no início da e os 30 anos, em especial entre os 15-25 anos idade adulta são especialmente memoráveis  Consistentem ente observado em pesso as com m ais de 40 ano s. Muitos destes acontecimentos ocorrem durante o período Rubin et al. (1998) do alto de reminiscência  Novidade (Rubin et al., 2009):  Mais esforço na atribuição de significado  Apaixonar-se  Relativa falta de interferência proativa (interferência da aprendizagem anterior)  Entrar na faculdade  Produz memórias distintivas  Casar  Estabilidade  Ter filhos  Eventos de um período estável da vida servem, mais provavelmente como modelos para eventos futuros  Fornece uma estrutura cognitiva de apoio a uma organização estável dos eventos 47 48 47 48 8 ALTO DE REMINISCÊNCIA E CONTROLO ALTO DE REMINISCÊNCIA E CONTROLO PERCEBIDO PERCEBIDO Glück & Bluck (2007) Glück e Bluck (2007): Resultado s: Amostra: Alto de Reminiscência  3541 eventos de vida de 659 participantes encontrado apenas para as memórias com idade entre os 50–90 anos positivas com elevada sensação de controlo Tarefa:  Classificar memórias com base em: Co nclusão: Memórias  Valência emocional (escala de negativa a autobiograficas deste positiva) período são importantes para Distribuição de memórias de participantes com  Importância pessoal criação de uma mais de 40 anos de idade narrativa positiva de  Sensação de controlo sobre o acontecimento vida. 49 50 49 50 RECÊNCIA ALTO DE REMINISCÊNCIA Imaginando a vida pessoal futura… Maior recordação do passado recente (diários). “…. a narrativa de vida cultural (cultural life scripts) constitui um princípio organizacional global para Esta tendência é mediada por: memórias autobiográficas e representações futuras ao longo da vida.”  Importância dos episódios recentes e envolvimento emocional. “…o alto de reminiscência parece ser guiado pelo modo como as pessoas  recapitulação e partilha de episódios da vida com os organizam a sua história de vida para seguirem as linhas orientadoras da narrativa de vida cultural, não por processos de memória per si.” outros (“contar a nossa história”).  A narrativa cultural de vida explica o alto de reminiscência nos adultos (passado) e nas crianças (futuro), mais do que os processos de memória per si Bohn & Berntsen (2011) 51 52 51 52 PROCESSAMENTO AUTO-REFERENCIAL PROCESSAMENTO AUTO-REFERENCIAL UM C O MPONENTE F UNDAMENTAL DA M EMÓRIA AUTOBIOGRÁFICA. Estudo de Cabeza et al. (2004): participantes tiravam fotografias de locais específico s. Dias mais tarde, tinham que identificar Estudo de Cabeza et al. (2004): quais as fotografias tiradas por si próprio vs. pelo outro. O reconhecimento das fotos tiradas pelo próprio (em relação às fotos dos outros) envolveu maior ativação do córtex pré-frontal medial, uma região muito associada ao processamento auto-referencial. Refletir sobre si próprio ajuda na recuperação de informação. Reconhecimento Fotos próprio > Fotos outro Adaptado de Cabeza et al. (2004) 53 Adaptado de Cabeza et al. (2004) 54 53 54 9 PROCESSAMENTO AUTO-REFERENCIAL PROCESSAMENTO AUTO-REFERENCIAL (SELF-MEMORY SYSTEM MODEL) Conway & Pleydell-Pearce (2000) TEORIA DA MEMÓRIA AUTOBIOGRÁFICA 1) O conhecimento autobiográfico de base contém informação (Conway & Pleydell-Pearce, 2000; Conway, 2005) pessoal a três níveis de especificidade:  Períodos de vida 1) O conhecimento autobiográfico de base  Intervalos de tempo longos definidos por situações/objetivos/atividades gerais em curso (ex. anos na universidade) 2) Working self (construção do Eu/identidade)  Conhecimento temático e temporal Modo a partir do qual o conhecimento autobiográfico é  Eventos gerais acumulado e usado  Eventos únicos ou repetidos ao longo da vida (ex. férias num determinado ponto) 1 e 2 em interação …  Eventos específicos  Conhecimento de detalhes relacionados com eventos gerais (ex. 55 Imagens, sentimentos). Organizados numa ordem temporal. 56 55 56 PROCESSAMENTO PROCESSAMENTO AUTO-REFERENCIAL AUTO-REFERENCIAL Estruturas de Conhecimento 2) The Working Self (Conway, 2005): Memórias autobiográficas da Memória autobiogáfica como definidoras do eu (Conway (2005) Modelo desenvolvido a partir  Conjunto de objetivos e auto-imagens do de Conway and Pleydell-  Compostos por: Pierce (2000)  Auto-conhecimento conceptual Aspetos adicionais  Detalhes pessoais (minha ocupação, minha família,...)  História de vida:  Objetivos profissionais conhecimento geral factual e avaliativo sobre si mesmo  Em parte construídos socialmente por:  Temas: principais domínios  Contexto familiar da vida (por exemplo, trabalho)  Pares  Educação  Mitos e estereótipos 58 57 58 PROCESSAMENTO AUTO-REFERENCIAL PROCESSAMENTO AUTO-REFERENCIAL ACESSO ÀS MEMÓRIAS AUTOBIOGRÁFICAS  Um working self eficaz será provido de: Recuperação Gerativa Recuperação Direta  Construção deliberada  Recuperação  Coerência: estabelecer um conhecimento de base de memórias involuntária, ativada sobre o Eu, criar uma história de vida integrada e autobiográficas por pistas específicas coerente (a longo-prazo)  Combina recursos do (ex., estar no mesmo  A coerência tende a dominar ao longo do tempo working self com informação do local em que aconteceu o (coerência com os objetivos e crenças) conhecimento evento recordado) autobiográfico de base  Requer menos  Correspondência à realidade: realização de  Produz memórias esforço/envolvimento ativo relacionadas com  Não envolve o working objetivos e atividades com precisão, minimizar a objetivos pessoais self repetição de ações (a curto-prazo). 59 60 59 60 10 TEORIA DO EVIDÊNCIA NEUROPSICOLÓGICA PROCESSAMENTO AUTO-REFERENCIAL Amnésia retrógrada envolve défice para a Pontos fortes Limitações recordação de eventos específicos, mas a  Teoria compreensiva da  A memória autobiográfica pode envolver mais processos do recordação de eventos gerais e períodos da vida memória autobiográfica que os assumidos está geralmente menos prejudicada  É necessário mais detalhe na  Várias das suas hipóteses explicação de: são apoiadas pela  Como o working self interage  Patient KC (Rosenbaum et al., 2005) investigação, evidência com o conhecimento neuropsicológica e de autobiográfico de base  Sem memória episódica, mas capaz de recordar neuroimagem  Distinção entre recuperação conhecimento autobiográfico geral gerativa e direta muito simplificada (e.g., Barzykowski & Staugaard, 2016) … 61 62 61 62 MEMÓRIAS FLASHBULB Detailed, long-lasting, and vivid memories of the personal circumstances in which people first heard about an unexpected, consequential, and emotion- arousing event. Similar to photographs in their level of perceptual vividness. (Brown and Kulik, 1977) 63 63 11

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