Prevenção e Tratamento de Doenças Infectocontagiosas - PDF
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Polícia Militar do Estado de São Paulo Escola Superior de Soldados "Coronel PM Eduardo Assumpção"
2024
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Este documento apresenta informações sobre a saúde prisional no Brasil. Aborda a prevenção e tratamento de doenças infectocontagiosas e o sistema prisional brasileiro, incluindo dados sobre a população carcerária e a evolução das políticas públicas na saúde prisional.
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PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS SAÚDE PRISIONAL PRISÃO Tem como finalidade punir o indivíduo pelo mal causado à sociedade, prevenir a prática de novas infrações e regenerá-lo. Constitui uma sociedade dentro de outra, completamente diferente do mundo exte...
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS SAÚDE PRISIONAL PRISÃO Tem como finalidade punir o indivíduo pelo mal causado à sociedade, prevenir a prática de novas infrações e regenerá-lo. Constitui uma sociedade dentro de outra, completamente diferente do mundo externo e com muitos pontos antagônicos. Os indivíduos privados de liberdade, ao aguardarem sentença como presos preventivos ou cumprindo suas penas, têm somente sua liberdade cerceada, ficando sob a custódia do Estado. “Privados de liberdade, mas não de direitos”. saúde, alimentação, educação, trabalho, bem-estar, inclusão social. AMBIENTE PRISIONAL SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO A população carcerária em celas físicas no Brasil é de 663 mil pessoas, a grande maioria composta por homens, segundo dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais, órgão do Ministério da Justiça. Considerando não apenas as celas físicas, mas também as pessoas em prisão domiciliar ou monitoramento eletrônico, o número de pessoas com restrição de liberdade no Brasil sobe para 888 mil. A população carcerária brasileira é uma das maiores do mundo em números absolutos. Os homens presos são mais de Apenas Estados Unidos, com 1,76 milhão de presos, 634 mil, cerca de 96% dos presos. e China, com 1,69 milhão, têm mais presidiários, As mulheres são os outros 4%, segundo o World Prison Brief, levantamento mundial mais de 28 mil presas. do Institute for Crime and Justice Research e da Birkbeck University de Londres. Fonte: Senapen/Ministério da Justiça Dados do 1º semestre de 2024. EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NA SAÚDE PRISIONAL Plano Operativo Acesso ao (SES RS) Aumento Incentivo SUS 2005 Estadual 2012 1984 2003 2006 2011 2014 LEP Plano Nacional de Resoluções Política Nacional de Saúde no Sistema (SES RS) Atenção Integral à Penitenciário incentivos Saúde Pessoas município Privadas de Liberdade (Portaria Interministerial nº 1777, BRASIL, 2003) no Sistema Prisional PNAISP EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NA SAÚDE PRISIONAL COVID-19: protocolos de saúde para prevenir a disseminação da doença nas prisões. A vacinação dos presos - uma das prioridades 2022 2020 2021 O Programa Estadual 2023 2024 2025 Atualizações no Plano de Saúde no Sistema Nacional de Saúde no Penitenciário continua Sistema Penitenciário: a ser ampliado, com Desafios... novas necessidades e foco em prevenção de desafios enfrentados pela doenças crônicas, população carcerária, controle da tuberculose incluindo questões e fortalecimento do relacionadas à saúde tratamento de doenças mental e ao uso de psiquiátricas nos substâncias psicoativas. presos. “A política de saúde no sistema prisional não é uma forma de reinserir os presos na sociedade, mas de inserir, porque antes de serem presos muitos já sofriam com a privação de direitos” Martinho PRESÍDIO REGIONAL SANTO ÂNGELO UNIDADE DE SAÚDE CONSULTÓRIO MÉDICO PRISIONAL FARMÁCIA CELA ISOLAMENTO EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DA USB PRISIONAL PRSA PENITENCIÁRIA MODULADA DE MONTENEGRO EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DA UBS PENITENCIÁRIA MODULADA DE MONTENEGRO INSTITUTO PSIQUIÁTRICO FORENSE IPF Responsável pelo acolhimento de pessoas portadoras de sofrimento mental que estejam em conflito com a lei. Para estes casos, é aplicada a chamada medida de segurança, prevista no código penal. HOSPITAL VILA NOVA A pessoa presa faz parte da sociedade. Os problemas e as questões que envolvem os apenados afetam todos nós direta ou indiretamente. Uma epidemia dentro de uma unidade prisional pode se espalhar para toda a população, por meio dos profissionais e dos familiares que frequentam esses lugares. Cuidar dessa questão é preparar um futuro mais saudável para toda a sociedade, sob diversos aspectos. PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS COVID-19 Os vírus são um desafio para a Saúde Pública; A saúde humana, a saúde animal e o estado dos ecossistemas estão intimamente ligados; De 70 - 80% das doenças infecciosas emergentes e reemergentes tem origem zoonótica (animais e humanos); O aumento da população, a mudança do clima, a urbanização aumentada e as viagens internacionais e imigração aumentam o risco do surgimento e disseminação de patógenos respiratórios. CORONAVÍRUS Os coronavírus são uma grande família de vírus que são conhecidos por causarem doenças, desde o resfriado comum até doenças mais graves como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) e a Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS). Vários coronavírus conhecidos e que circulam entre os animais ainda não infectaram humanos; Foi observada uma semelhança microscópica com uma coroa - como em latim “coroa” é chamada Corona, esses vírus receberam o nome de Coronavírus. O novo Coronavírus é chamado de COVID-19. COVID-19 Em 31 de dezembro de 2019, o escritório da Organização Mundial de Saúde na China foi informado sobre casos de pneumonia de causa desconhecida, detectada na cidade de Wuhan, na província de Hubei. Em 7 de janeiro as autoridades chinesas identificaram em exames laboratoriais que a causa era um novo tipo de coronavírus. Um vírus até então desconhecido passou a ser chamado SARS-CoV-2. Eles podem causar desde resfriados comuns até doenças respiratórias graves. Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia. Disseminação mundial de uma nova doença e o termo passa a ser usado quando uma epidemia, surto que afeta uma região, se espalha por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa. EPIDEMIOLOGIA TRANSMISSÃO O SARS-CoV-2, da mesma forma que outros vírus respiratórios, é transmitido principalmente por três modos: GOTÍCULAS exposição a gotículas respiratórias expelidas, contendo vírus, por uma pessoa infectada quando ela tosse AEROSSOL ou espirra, principalmente quando ela se encontra a menos de 1 gotículas respiratórias menores metro de distância da outra. (aerossóis) contendo vírus e que podem permanecer suspensas no ar, serem CONTATO levadas por distâncias maiores que 1 metro e por períodos mais longos contato direto com uma (geralmente horas). pessoa infectada. SINTOMAS A infecção pelo SARS-CoV-2 pode variar de casos assintomáticos e manifestações clínicas leves, até quadros moderados, graves e críticos. TOSSE FEBRE PERDA DE OLFATO FADIGA E/OU PALADAR CONGESTÃO NASAL CORIZA DOR DE GARGANTA DOR DE CABEÇA DIARREIA DIFICULDADE RESPIRATÓRIA PREVENÇÃO USO DE MÁSCARA EVITAR AGLOMERAÇÕES LAVAR AS MÃOS MANTER DISTANCIAMENTO COM FREQUENCIA USO DE ÁLCOOL NÃO COMPARTILHAR GEL 70% OBJETOS PESSOAIS CUBRIR A BOCA AO EVITE TOCAR SEUS TOSSIR E ESPIRRAR OLHOS, BOC E NARIZ USO DE MÁSCARAS No início da pandemia, a recomendação era que a população em geral fizesse uso apenas de máscaras de tecido e deixasse as industriais para os profissionais de saúde, pois havia o risco de que houvesse escassez do produto para o uso em hospitais, unidades de pronto atendimento e de atenção primária e especializada em saúde. Para os que apresentam maior exposição devem ser utilizadas máscaras com maior capacidade de proteção, como as do tipo PFF2 (equivalente a N95), vindo em seguida as máscaras cirúrgicas, TNT SMS, TNT simples e algodão multicamadas. Máscara de tecido devem ter 3 camadas, serem trocadas a cada ou 3 horas, ou antes, caso esteja úmida. IMPORTÂNCIA DO USO DA MÁSCARA A função é dupla: as pessoas ficam menos expostas à contaminação do ambiente e oferecem menor risco de transmissão caso estejam infectadas. TRATAMENTO Apesar da ocorrência de pesquisas e polêmicas sobre o possível uso de determinados medicamentos disponíveis, ainda não foi confirmado nenhum medicamento para tratar a doença. Por isso, o tratamento é padronizado e válido para qualquer “Síndrome Gripal”. VACINAÇÃO As vacinas atuam na prevenção, induzindo a criação de anticorpos por parte do sistema imunológico. São altamente eficazes na prevenção das formas graves, hospitalização e morte contra todas as cepas do vírus SARS- CoV-2, incluindo as variantes Delta e Omicron. Ferramenta crítica para colocar a pandemia sob controle. Entretanto, nenhuma vacina é 100% eficaz. VACINAÇÃO COVID NO SISTEMA PRISIONAL Triagem de sintomas gripais para ingressantes na casa prisional e orientações de prevenção da COVID-19 as pessoas autorizadas a ingressar na penitenciária. Triagem das PPL para COVID-19 no ingresso à casa prisional e atendimento de casos; Plano de Contingência da casa prisional; Ciclos de orientação e prevenção direcionados aos servidores. Reunião com representantes de galeria para orientar sobre a COVID-19. Normas de visitas e restrições. NOTA TÉCNICA 01/2020 - ORIENTAÇÕES PARA A PREVENÇÃO DO CONTÁGIO POR CORONAVIRUS – COVID-19 SEAPEN - SUSEPE DTP/Divisão de Saúde. PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS TUBERCULOSE TUBERCULOSE A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. A doença afeta prioritariamente os pulmões (forma pulmonar), embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A forma extrapulmonar, que afeta outros órgãos que não o pulmão, ocorre mais frequentemente em pessoas vivendo com HIV, especialmente aquelas com comprometimento imunológico. Importante: A forma pulmonar, além de ser mais frequente, é a principal responsável pela manutenção da cadeia de transmissão do M. tuberculosis. EPIDEMIOLOGIA O Brasil integra a lista dos 30 países com maior número de casos de TB e de casos de coinfecção TB-HIV. 1/3 de todos os casos da região das Américas SISTEMA PRISIONAL SISTEMA PRISIONAL GAÚCHO TRANSMISSÃO A transmissão da tuberculose acontece por via respiratória, pela eliminação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de uma pessoa com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea), sem tratamento. Quando outras pessoas respirarem essas partículas, há a possibilidade de se infectarem. Calcula-se que, durante um ano, em uma comunidade, uma pessoa com tuberculose pulmonar e/ou laríngea ativa, sem tratamento, e que esteja eliminando aerossóis com bacilos, possa infectar, em média, de 10 a 15 pessoas. TRANSMISSÃO A tuberculose não se transmite por objetos compartilhados. Bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e talheres dificilmente se dispersam em aerossóis e, por isso, não têm papel importante na transmissão da doença. Importante! Com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente, e em geral, após 15 dias, o risco de transmissão da doença é bastante reduzido. TRANSMISSÃO O bacilo é sensível à luz solar e a circulação de ar possibilita a dispersão das partículas infectantes. ambientes ventilados e com luz natural direta diminuem o risco de transmissão. TRANSMISSÃO PARA QUE OCORRA A TRANSMISSÃO É NECESSÁRIO: 1. Contagiosidade do doente bacilífero 2. O tipo de ambiente que ocorreu a transmissão 3. Duração da exposição 4. Imunidade As perspectivas de manutenção ou aumento da prevalência de tuberculose são alimentadas por vários fatores, dentre eles: a manutenção da pobreza; o crescimento demográfico agregado ao envelhecimento populacional, à urbanização e à migração; a associação da tuberculose com a Aids; e o aumento dos bacilos resistentes aos quimioterápicos. RISCO DE ADOECIMENTO No Brasil, assim como em outros países que possuem condições de vida semelhantes, alguns grupos populacionais têm maior vulnerabilidade para a tuberculose. RISCO DE ADOECIMENTO Estima-se que 10% das pessoas que foram infectadas pelo M. tuberculosis adoeçam: 5% nos dois primeiros anos que sucedem a infecção e 5% ao longo da vida, caso não recebam o tratamento preventivo preconizado. O risco de adoecimento por pode persistir por toda a vida. A tuberculose primária, aquela que ocorre logo após a infecção, é comum em crianças e nos pacientes com condições imunossupressoras. Habitualmente, é uma forma grave, porém com baixo poder de transmissibilidade. Em outras circunstâncias, o sistema imune é capaz de contê-la, pelo menos temporariamente RISCO DE ADOECIMENTO Os bacilos podem permanecer como latentes (infecção latente pelo M. tuberculosis – ) por muitos anos até que ocorra a reativação, produzindo a chamada pós-primária (ou secundária). Em 80% dos casos acomete o pulmão, e é frequente a presença de cavidade. A reinfecção pode ocorrer se a pessoa tiver uma nova exposição, sendo mais comum em áreas onde a prevalência da doença é alta. A infecção prévia pelo M. tuberculosis não evita o adoecimento, ou seja, o adoecimento não confere imunidade e recidivas podem ocorrer. PERÍODO DE INCUBAÇÃO Após a infecção, em média 4 a 12 semanas para a detecção das lesões primárias pulmonares. SINTOMAS A tuberculose nas suas formas iniciais apresenta-se frequentemente assintomática; Dependendo da resposta imunológica do hospedeiro, a gravidade dos sintomas pode ser tênue ou exuberante; De acordo com a extensão do acometimento sistêmico, pode-se encontrar tosse (geralmente por 3 semanas ou mais), expectoração, escarros sanguíneos, febre, dor torácica, suores noturnos, astenia e emagrecimento. TUBERCULOSE PULMONAR EXTRAPULMONAR Forma mais comum da doença; Sinais e sintomas dependentes dos órgãos ou sistemas acometidos; Ocorre devido a entrada do bacilo nas vias respiratórias; Sua ocorrência aumenta em pacientes coinfectados pelo HV, especialmente entre Responsável pela manutenção da cadeia de aqueles com imunocomprometimento grave. transmissão da doença; TB pleural – É a forma mais comum de Bacilo é dependente de oxigênio para o seu extrapulmonar em pessoas não infectadas metabolismo e tem seu comportamento pelo HIV; modulado pela concentração do gás no ambiente em que ele se encontra. Outros órgãos podem ser afetados: cérebro, olhos, gânglios linfáticos, garganta, ossos, rins. DIAGNÓSTICO 1. MÉTODO BACTERIOLÓGICO Pesquisa de bacilos álcool-ácido-resistentes (BAAR) no escarro - pela coloração de Ziehl- Neelsen é o método principal, sendo amplamente disponível. BACILOSCOPIA DE ESCARRO BAAR Exame 2 coletas de microscópico escarro (pesquisa direto de BAAR) Detecta 60 a 80% O volume ideal dos casos. é de 5 a 10 mL DIAGNÓSTICO 2.TESTE RÁPIDO PARA TUBERCULOSE XPERT MTB/RIF. Diagnóstico em apenas duas horas. Alta sensibilidade e especificidade, Diagnostico TB ativa resistência à rifampicina No RS, atualmente, estão disponíveis máquinas em 12 municípios de alta carga de tuberculose e são eles: Alvorada, Canoas, Charqueadas, Gravataí, Pelotas, Porto Alegre, Passo Fundo, Rio Grande, Santa Maria, São Borja, São Leopoldo e Viamão DIAGNÓSTICO 3. CULTURA. Risco de outras bactérias junto com a TB. Casos de resistência. Grupos de risco. DIAGNÓSTICO 4. RAIO-X DE TÓRAX Lesões geralmente nas partes mais altas, Mycobacterium prefere locais ricos em oxigênio; Opacidade, nódulos, calcificação, cavidade; Exame muito importante. DIAGNÓSTICO 5. PROVA DE TUBERCULINA - PPD Reação de Mantoux: reação celular desenvolvida após a inoculação intradérmica de um derivado proteico do M. tuberculosis. Terço médio da face anterior do antebraço esquerdo o PPD-RT, sendo a leitura realizada após 48 a 72 horas; O maior diâmetro transverso da área deve ser medido com régua milimetrada e a leitura registrada em mm; São consideradas reações positivas aquelas com pápula de diâmetro > a 5mm; Reações falso-positivas podem ocorrer em infecções por outras micobactérias ou em vacinados pelo BCG, principalmente se vacinados depois do primeiro ano de vida. TRATAMENTO O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). São utilizados quatro medicamentos para o tratamento dos casos de tuberculose que utilizam o esquema básico: TRATAMENTO A tuberculose é uma doença curável em praticamente todos os casos, em pessoas com bacilos sensíveis aos medicamentos antituberculose (antiTB), desde que obedecidos os princípios básicos da terapia medicamentosa e que haja a adequada operacionalização do tratamento; Em todos os esquemas de tratamento, os medicamentos deverão ser ingeridos diariamente e de uma única vez; Alto risco para toxicidade: pessoas com mais de 60 anos, em mau estado geral, alcoolistas, infectados por HIV, em uso concomitante de medicamentos anticonvulsivantes, e pessoas que manifestem alterações hepáticas; A rifampicina interfere na ação dos contraceptivos orais: orientar mulheres sobre o uso de outros métodos anticoncepcionais. Importante: Logo nas primeiras semanas do tratamento, a pessoa se sente melhor e, por isso, precisa ser orientada pelo profissional de saúde a realizar o tratamento até o final, independentemente do desaparecimento dos sintomas. É importante lembrar que o tratamento irregular pode complicar a doença e resultar no desenvolvimento de tuberculose drogarresistente. TRATAMENTO DIRETAMENTE OBSERVADO TDO uma das principais estratégias para promover a adesão ao tratamento consiste na observação da tomada do medicamento pela pessoa com tuberculose sob a observação de um profissional de saúde ou por outros profissionais capacitados, como profissionais da assistência social, entre outros, desde que supervisionados por profissionais de saúde. Esse regime de tratamento deve ser realizado, idealmente, em todos os dias úteis da semana, ou excepcionalmente, três vezes na semana. O local e o horário para a realização do TDO devem ser acordados com a pessoa e com o serviço de saúde - a observação das tomadas de medicação devem ser registradas no cartão de TDO A pessoa com tuberculose necessita ser orientada, de forma clara, quanto às características da doença e do tratamento (duração e esquema do tratamento, recomendações sobre a utilização dos medicamentos, eventos adversos). MEDIDAS DE CONTROLE VACINA A vacina BCG (bacilo Calmette-Guérin), ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS), protege a criança das formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a tuberculose meníngea. A vacina está disponível nas salas de vacinação das unidades básicas de saúde e em algumas maternidades. Importante: Essa vacina deve ser ministrada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até os quatro anos, 11 meses e 29 dias. DETECÇÃO DE CASOS DE TUBERCULOSE NO SISTEMA PRISIONAL O controle da TB nas prisões segue as recomendações gerais nacionais, contemplando essencialmente os aspectos específicos ao contexto carcerário. No ambiente superpopuloso e confinado das prisões, é de crucial importância identificar e tratar, o mais precocemente possível, os casos de TB. MEDIDAS DE CONTROLE DETECÇÃO DE CASOS DE TUBERCULOSE NO SISTEMA PRISIONAL BUSCA ATIVA DE SINTOMÁTICO RESPIRATÓRIO Realizada no momento do ingresso no sistema prisional (dentro de, no máximo, 7 dias) e entre os BUSCA PASSIVA contatos. Rastreamento em massa (“campanha”), idealmente A partir da demanda espontânea (quando a duas vezes ao ano. PPL demanda por serviço de saúde), a equipe Se apresentar tosse, deve ser encaminhado para a de saúde deve investigar a TB; realização do exame diagnóstico, sendo preconizado o bacteriológico de escarro com cultura como exame inicial. Nas unidades prisionais, todas as pessoas da mesma cela que a pessoa infectada são consideradas como contato e, por isso, deve ser realizada a busca ativa. Notificação da Tuberculose no Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN Todos os casos de TB identificados devem ser notificados através da ficha do SINAN, mencionando a origem prisional do caso, uma vez que se trata de uma doença de notificação compulsória em todo território nacional. Município e UF de Notificação: da casa prisional; Município e UF de Residência: da casa prisional (para fins de cálculos de indicadores); Endereço do paciente (campos “logradouro” e “ponto de referência”): nesse caso é o endereço de residência do paciente (para fins de Busca Ativa em caso de soltura do mesmo). PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS ESCABIOSE (SARNA) ESCABIOSE A escabiose ou sarna é uma doença parasitária; Causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei; É uma doença contagiosa transmitida pelo contato direto interpessoal ou através do uso de roupas contaminadas; O parasita escava túneis sob a pele onde a fêmea deposita seus ovos que eclodirão em cerca de 7 a 10 dias dando origem a novos parasitas; Não é doença de notificação compulsória; Surtos. TRANSMISSÃO E SINTOMAS As formas de contágio da sarna incluem o contato direto de pessoa para pessoa ou o contato da pessoa com roupas ou objetos contaminados. A fêmea do Sarcoptes scabiei penetra na pele, criando uma espécie de túnel Esse processo provoca lesões na forma de vesículas, pápulas ou pequenos sulcos avermelhados, onde ela deposita os ovos, que eclodem posteriormente. Prurido (coceira) nos punhos, entre os dedos, mamilos, axilas, abdômen e nádegas, geralmente piorando à noite; Em áreas quentes; Formação de crostas típicas. TRANSMISSÃO E SINTOMAS ESCABIOSE HUMANA: animais não transmitem; ESCABIOSE SARCÓPTICA: transmitido de cães, gatos, roedores, coelhos, equinos, ovino, caprinos e bovinos para pessoas, através do contato direto; ESCABIOSE CROSTOSA/NORUEGUESA: formas mais graves das doenças, como ocorre em pacientes transplantados e com HIV. DIAGNÓSTICO CLÍNICO: localização das crostas, prurido intenso a noite LABORATORIAL: visualização de formas jovens de sarna MEDIDAS DE CONTROLE Tratamento do acometido e pessoas ao redor; Lavar as roupas de banho e de cama 55 º C; Busca de casos e tratá-los o mais breve possível (raramente caso isolado). Para evitar a doença não usar roupas pessoais, roupas de cama ou toalhas emprestadas, evitar aglomerações ou contato íntimo com pessoas de hábitos higiênicos duvidosos. Em pessoas com bons hábitos higiênicos, a sarna pode ser confundida com outras doenças que causam coceira, devendo o diagnóstico correto ser realizado por um médico dermatologista que indicará o tratamento ideal para cada caso. TRATAMENTO PERMETRINA 5% - uso tópico Faz-se a remoção do produto, no banho, 8 a 14 horas após a aplicação; Repetir a aplicação em 1 semana; IVERMECTINA 200mcg/Kg - uso via oral Repetir dose de 7 a 10 dias. RESUMO PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS PEDICULOSE (PIOLHO) PEDICULOSE (PIOLHO) Subordem Anoplura Pediculus capitis (cabeça) Pediculus humanos (corpo) Pthirus púbis (pubiano) PIOLHO DE CABEÇA Mais comum em meninas de 5 a 11 anos; Transmitido de pessoa para pessoa; Menos comum em negros; Cosmopolita; Não está associado a má higiene ou baixo status status socioeconômico; Se alimentam exclusivamente de sangue; Ocorrem na forma de surtos acometendo famílias, comunidades, escolas; Prefere ambientes quentes, úmidos, escuros para depositar seus ovos Lêndeas são os ovos do piolho; Fêmeas eliminam 5 a 6 ovos dia; Ciclo de vida 40 dias; Se aderem a base dos fios de cabelo, por meio de uma substância semelhante a cola; O calor acelera a eclosão das lêndeas e o ciclo de vida do inseto. TRANSMISSÃO E SINAIS transmitido por meio de contato direto Coceira na cabeça , atrás das orelhas e nuca com uma pessoa infectada ou pelo Presença de piolhos e lêndeas compartilhamento de objetos pessoais MEDIDAS DE CONTROLE Evitar o contato com pessoas infestadas; Higiene pessoal, lavagem dos cabelos por esfregação; Não compartilhar itens que tocam a cabeça. TRATAMENTO PERMETRINA 1% LOÇÃO OU CREME PARA OS CABELOS Lavar os cabelos e aplicar ainda quando molhados, atrás das orelhas e na nuca; Lavar em 10 minutos; Pode repetir em 7 dias se forem vistas lêndeas vivas (lêndeas a menos de 0,6 cm do couro cabeludo). PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS HEPATITES VIRAIS HEPATITES VIRAIS Estrutura Conteúdo de ácidos nucléicos Tipos de vírus: A,B,C,D,E Vias de transmissão Evolução clínica HEPATITES VIRAIS Segunda principal causa infecciosa de morte em nível mundial – com 1,3 milhão de mortes por ano, o mesmo que a tuberculose, uma das principais causas infecciosas de morte. Novos dados de 187 países mostram que o número estimado de mortes por hepatite viral aumentou de 1,1 milhão em 2019 para 1,3 milhão em 2022; Destas, 83% foram causadas pela hepatite B e 17% pela hepatite C; Todos os dias, 3.500 pessoas morrem em todo o mundo devido a infecções por hepatite B e C. A taxa de mortalidade da hepatite C, por exemplo, pode ser comparada ao HIV e tuberculose. HEPATITES VIRAIS São infecções que atingem o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. Na maioria das vezes são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, quando presentes, podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia. HEPATITE A (HAV) A Hepatite A é uma infecção causada pelo vírus A (HAV) da hepatite, também conhecida como “hepatite infecciosa”. Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno, contudo o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade. A transmissão da hepatite A é fecal-oral (contato de fezes com a boca); A doença tem grande relação com alimentos ou água inseguros, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal; Outras formas de transmissão são o contato pessoal próximo (intradomiciliares, pessoas em situação de rua ou entre crianças em creches) e contato sexual. HEPATITE A (HAV) Geralmente, quando presentes, os sintomas são inespecíficos, podendo se manifestar inicialmente como: fadiga, mal-estar, febre, dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de sintomas gastrointestinais como: enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia. A presença de urina escura ocorre antes do início da fase onde a pessoa pode ficar com a pele e os olhos amarelados (icterícia). Os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses. HEPATITE A (HAV) DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Não há nenhum tratamento específico para O diagnóstico da infecção atual ou hepatite A. recente é realizado por exame de sangue, no qual se pesquisa a O mais importante é evitar a automedicação para presença de anticorpos anti-HAV IgM alívio dos sintomas, vez que, o uso de (infecção inicial), os quais podem medicamentos desnecessários ou que são tóxicos permanecer detectáveis por cerca de ao fígado podem piorar o quadro. seis meses. O médico saberá prescrever o medicamento mais adequado para melhorar o conforto e garantir o balanço nutricional adequado, incluindo a reposição de fluidos perdidos pelos vômitos e diarreia. HEPATITE A (HAV) Medidas de higiene adequadas - lavar aos mãos Lavar com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos; Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los; Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras; PREVENÇÃO Usar instalações sanitárias; Medidas de higiene adequadas; Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto; Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios; Uso de preservativos HEPATITE A (HAV) VACINA A vacina contra a hepatite A é altamente eficaz e segura e é a principal medida de prevenção contra a hepatite A. Atualmente, faz parte do calendário infantil, no esquema de 1 dose aos 15 meses de idade (podendo ser utilizada a partir dos 12 meses até 5 anos incompletos – 4 anos, 11 meses e 29 dias). HEPATITE B (HBV) Entre 2000 e 2023, 36,8% dos casos confirmados de hepatites virais no Sinan são referentes à hepatite B. Trata-se da segunda maior causa de morte entre as hepatites virais, tendo sido responsável por 21,7% dos óbitos relacionados à essas doenças entre 2000 e 2022 (Boletim Epidemiológico, 2024). Na maioria dos casos não apresenta sintomas e muitas vezes é diagnosticada décadas após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado, como cansaço, tontura, enjoo/vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados; A principal forma de prevenção é por meio da vacinação; A vacina para hepatite B está sendo indicada para todas as pessoas que ainda não tenham sido vacinadas, de todas as idades; HEPATITE B (HBV) TRANSMISSÃO A hepatite B pode ser transmitida da mãe para o filho durante a gestação ou durante o parto - transmissão vertical. pode implicar em uma evolução desfavorável para o bebê, que apresenta maior chance de desenvolver a hepatite B crônica. A investigação para hepatite B deve ser feita em todas as gestantes a partir do primeiro trimestre ou quando do início do pré-natal (primeira consulta), sendo que o exame pode ser feito por meio laboratorial e/ou testes rápidos. Relações sexuais sem preservativo com uma pessoa infectada; Compartilhamento de material (seringas, agulhas, cachimbos); ○ lâminas de barbear e depilar, escovas de dentes, alicates de unha; Procedimentos como: ○ tatuagem e colocação de piercings; ○ odontológicos ou cirúrgicos que não atendam biossegurança. HEPATITE B (HBV) SINTOMAS DIAGNÓSTICO Na maioria dos casos, a Hepatite B não O teste de triagem para Hepatite B é realizado apresenta sintomas; através da pesquisa do antígeno do HBV (HBsAg), que pode ser feita por meio de teste Muitas vezes a doença é diagnosticada laboratorial ou teste rápido; décadas após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado Caso o resultado seja positivo, o diagnóstico (cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, deve ser confirmado com a realização de dor abdominal, pele e olhos amarelados), que exames complementares para pesquisa de costumam manifestar-se apenas em fases outros marcadores, que compreende a detecção mais avançadas da doença. direta da carga viral. HEPATITE B (HBV) TRATAMENTO PREVENÇÃO A principal forma de prevenção da infecção pelo vírus 90% dos casos a cura é espontânea; da hepatite B é a vacina, que está disponível no SUS para todas as pessoas não vacinadas, Hepatite Aguda: independentemente da idade. ○ Tratamento de suporte; Para crianças, a recomendação é que se façam quatro ○ Evitar agressão hepatocelular (não doses da vacina, sendo: ao nascer, aos 2, 4 e 6 meses consumir álcool e relações sexuais); de idade (vacina pentavalente). Já para a população adulta, via de regra, o esquema Hepatite Crônica: completo se dá com aplicação de três doses. ○ Tenofovir, Adenofovir, Lamivudina, alfa Uso de preservativos todas as relações sexuais e não interferon; compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de ○ Se hepatite fulminante, internação; barbear e depilar, escovas de dente, material de ○ Se AgHBe positivo (replicação viral), manicure e pedicure, equipamentos para uso de cirrose hepática, transaminases elevadas drogas, confecção de tatuagem e colocação de (TGO/TGP). piercings. No caso de infecção pelo vírus, deve-se receber uma injeção de imunoglobulina humana anti hepatite-B e uma dose da vacina de hepatite B em até 72 horas após o contágio, pode-se evitar o desenvolvimento da doença. HEPATITE C (HCV) Relação sexual: não é a principal via de contaminação; Silenciosa, em média de 20 a 30 anos para aparecer os sintomas; Não há imunização por vacina; Há tratamento; É a de maior mortalidade; Principal forma de transmissão: instrumentos cortantes ou perfurantes, sem esterilização; Pacientes submetidos a hemodiálise; privados de liberdade; usuários de drogas; portadores de HIV. Aproximadamente 70% (55-85%) dos casos agudos se tornam crônicos e, entre os casos crônicos, o risco de desenvolvimento de cirrose varia entre 15% a 30% em 20 anos. HEPATITE C (HCV) Contato com sangue Procedimentos Relações sexuais sem contaminado, agulhas, hospitalares sem os o uso de preservativos seringas, materiais de devidos cuidados de (menos comum); manicure; biossegurança; Reutilização ou falha de PRINCIPAIS FORMAS Transmissão de mãe esterilização de DE TRANSMISSÃO para o filho durante a equipamentos médicos/ gestação ou parto odontológicos; (menos comum). OBSERVAÇÃO: A hepatite C não é transmitida pelo leite materno, comida, água ou contato casual, como abraçar, beijar e compartilhar alimentos ou bebidas com uma pessoa infectada. HEPATITE C (HCV) PROGRESSÃO DA PATOLOGIA HEPATITE C (HCV) TRATAMENTO Não há imunização; Medicamentos como antivirais de ação direta (DAA), com até 95% de sucesso; 8 a 12 semanas de tratamento medicamentoso; Todas as pessoas com infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) podem receber o tratamento pelo SUS. Hepatites B e C podem evoluir para casos mais graves HEPATITES VIRAIS DIAGNÓSTICO 1. Testes sorológicos: 2. Testes de biologia molecular: Marcadores imunológicos; Confirmação diagnóstica; Enzimaimunoensaio (ELISA); Detecção do genoma dos vírus; Quimioluminescência; Hibridação; Radioimunoensaio. Amplificação da sequência alvo (PCR) 3. Testes bioquímicos: Avaliam o comprometimento hepático; Avaliação de enzimas hepáticas; Indicadores da evolução da infecção; Monitorar a eficácia do tratamento. HEPATITES VIRAIS DIAGNÓSTICO – TESTES RÁPIDOS (HBsAG) HEPATITES VIRAIS DIAGNÓSTICO – TESTES RÁPIDOS (HCV) TATUAGEM E O RISCO DE INFECÇÃO Durante o processo de tatuagem, apele é perfurada de 80 a 150 vezes por segundo para injetar pigmentos coloridos. O vírus da hepatite sobrevive por até 72 horas na tinta utilizada em tatuagens Cuidados: Estúdio deve ter autorização da Vigilância Sanitária - material esterilizado em 1 hora a 170º em autoclave - uso de materiais descartáveis e esterilizado. PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS HIV Vírus da Imunodeficiência Humana - Foi isolado em 1983. Caracterizado pela ação gradativa de deteriorização do sistema imunológico (Linfócitos T CD4+). Ataca o sistema imunológico, podendo tornar insuficiente para que o próprio corpo se defenda e responda a doenças oportunistas. Ao contrário de outros vírus, o corpo humano não consegue se livrar do HIV, visto sua constante mutação; A infecção com o HIV não tem cura, mas tem tratamento; O tratamento evita que a pessoa chegue ao estágio mais avançado de presença do vírus no organismo, desenvolvendo, assim, a síndrome conhecida como AIDS. AIDS: é o nome dado à síndrome HIV: é o vírus causador da AIDS causada pelo HIV, sendo um estágio mais que tem como alvo principal o avançado das consequências da infecção sistema imunológico. do HIV sobre o sistema imunológico, Com o tratamento adequado ele surgindo quando a pessoa já se encontra pode não se desenvolver. doente, favorecendo o desenvolvimento de doenças oportunistas. COMO O VÍRUS ATUA NO ORGANISMO Queda do CD4 Carga viral HIV entra na corrente sanguínea, utiliza Quantidade de vírus circulante no sangue. especialmente os linfócitos CD4 (células de defesa) para se multiplicar, em um processo Tratamento antirretroviral é eficaz na que leva à morte desses linfócitos; redução da carga viral. Ocorre diminuição dessas células no Sucesso do tratamento é sinônimo de carga organismo, baixa imunidade; viral indetectável. Com o tratamento, o CD4 volta a aumentar. DOENÇAS OPORTUNISTAS TUBERCULOSE HERPES PNEUMONIA TOXOPLASMOSE FUNGOS (PELE, BOCA, GARGANTA) CRIPTOCOCOSE (POMBA) NEUROSÍFILIS CITOMEGALOVÍRUS SARCOMA DE KAPOSI MENINGITE ESTÁGIOS DO HIV INFECÇÃO PRIMÁRIA OU AGUDA Primeiros sintomas muito parecidos com os de uma gripe, como febre, mal-estar, diarreia crônica, suores noturnos, emagrecimento, cefaléia, fadiga, dor de garganta, manchas vermelhas no corpo. O organismo leva cerca de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. EXAME FALSO NEGATIVO ESTÁGIOS DO HIV INFECÇÃO CRÔNICA OU “LATÊNCIA CLÍNICA” Geralmente não apresenta sinais e sintomas, embora o HIV esteja se multiplicando no organismo. A duração dessa fase é em média de 8 a 10 anos, podendo variar de pessoa para pessoa.