Fertilização e Implantação Zigótica PDF

Document Details

DurableZebra

Uploaded by DurableZebra

UNIFAGOC

Rafaela Forti

Tags

fertilization reproduction biology human reproduction

Summary

This document provides a detailed explanation and overview of fertilization and implantation of the zygote. It covers various aspects such as the process of fertilization itself, sperm capacitation, and the acrosome reaction. It also touches upon the different stages in the process, and overall it provides a comprehensive view of zygote development.

Full Transcript

GT 2 Bloco Gestação Rafaela Forti Fertilização e Implantação Zigótica FERTILIZAÇÃO...

GT 2 Bloco Gestação Rafaela Forti Fertilização e Implantação Zigótica FERTILIZAÇÃO Após alcançar o istmo, os espermatozoides se tornam menos móveis e param sua Processo no qual os gametas masculino e feminino migração. se fundem. Na oocitação, eles se tornam móveis Local: a fertilização ocorre na região novamente, talvez por causa dos ampola da tuba uterina, que é a porção mais quimiotáticos produzidos pelas células do larga da tuba próxima ao ovário. cúmulo que cercam o oócito e nadam pela ampola, onde a fertilização normalmente ocorre. Os espermatozoides não são capazes de fertilizar o oócito imediatamente após a chegada ao sistema genital feminino, em vez disso, eles devem sofrer capacitação e reação acrossômica para adquirirem essa capacidade. Capacitação: Período de condicionamento no sistema genital feminino. Dura aproximadamente 7 dias. Chegar logo à ampola não é uma vantagem, uma vez que a capacitação ainda não ocorreu e esses espermatozoides não ESPERMATOZOIDES conseguem fertilizar o oócito. A maior parte desse condicionamento Os espermatozoides podem permanecer durante a capacitação acontece na tuba viáveis no sistema genital feminino por uterina e envolve as interações epiteliais vários dias. entre os espermatozoides e a superfície Apenas 1% do esperma depositado na mucosa da tuba. vagina penetra o colo do útero, onde os Durante esse período, uma camada de espermatozoides sobrevivem por muitas glicoproteínas e proteínas plasmáticas horas. seminais é removida da membrana O movimento deles no colo do útero para a plasmática que recobre a região tuba uterina ocorre pelas contrações acrossômica do espermatozoide. musculares do útero e da tuba uterina, e Apenas os espermatozoides capacitados muito pouco por sua própria propulsão. podem passar pelas células da coroa rápida A viagem desde o colo do útero até o e sofrer a reação acrossômica. oviduto pode ocorrer rapidamente, em 30 minutos ou até 6 dias. 1 GT 2 Bloco Gestação Rafaela Forti Reação Acrossômica: em contato com a membrana plasmática do Ocorre após a ligação à zona pelúcida, é oócito. induzida por proteínas da mesma. A permeabilidade da zona pelúcida se altera Essa reação culmina na liberação das quando a cabeça do espermatozoide contata enzimas necessárias para a penetração da a superfície do oócito. Esse contato resulta zona pelúcida, incluindo substâncias na liberação das enzimas lisossomais dos semelhantes à acrosina e a tripsina. grânulos corticais que estão alinhados na membrana plasmática do oócito. Por sua vez, essas enzimas alteram as propriedades FASES DA FERTILIZAÇÃO da zona pelúcida (reação da zona), para evitar a penetração do espermatozoide e Fase 1: penetração da coroa radiada. inativar os locais de receptores específicos Fase 2: penetração da zona pelúcida. de espécies para o espermatozoide na Fase 3: fusão entre as membranas do oócito e do superfície da zona. espermatozoide. Outros espermatozoides são encontrados imersos na zona pelúcida, mas parece que apenas um é capaz de penetrar o oócito. Fase 1: penetração da coroa radiada 200 a 300 milhões de espermatozoides normalmente são depositados no sistema genital feminino. Fase 3: fusão entre as membranas do oócito e Apenas 300 a 500 espermatozoides do espermatozoide alcançam o local de fertilização, e somente A adesão inicial do espermatozoide ao 1 deles fertiliza o oócito. oócito é mediada parcialmente pela Acredita-se que outros espermatozoides interação entre integrinas do oócito e seus ajudam o fertilizador a penetrar as barreiras ligantes, desintegrinas, no espermatozoide. que protegem o gameta feminino. Após a adesão, as membranas plasmáticas Os espermatozoides capacitados do espermatozoide e do oócito se fundem. atravessam livremente as células da coroa. Como a membrana plasmática que cobre a cabeça acrossômica desaparece durante a Fase 2: penetração da zona pelúcida reação acrossômica, a fusão de fato é A zona pelúcida é uma camada de alcançada entre a membrana do oócito e a glicoproteínas que cercam o oócito, facilita membrana que recobre a região posterior da e mentem a ligação do espermatozoide e cabeça do espermatozoide. induz a reação acrossômica. Tanto a cabeça quanto a cauda do Tanto a ligação quanto a reação espermatozoide entram no citoplasma do acrossômica são mediadas pelo ligante oócito, mas a membrana plasmática é ZP3, uma proteína da zona. deixada para trás, na superfície do oócito. A liberação das enzimas acrossômicas (acrosia) possibilita que os espermatozoides penetrem a zona, entrando 2 GT 2 Bloco Gestação Rafaela Forti Espermatozoide entra no oócito e responde de opostos, fornecendo às duas primeiras três maneiras: células do zigoto a quantidade diploide de 1- Reação cortical e de zona: como resultado cromossomos e de DNA. dos grânulos corticais dos oócitos, que Conforme as cromátides-irmãs se movem contêm enzimas lisossomais, a membrana para polos opostos, aparece um sulco no oócito se torna impermeável a outros profundo na superfície da célula, dividindo espermatozoides, e a zona pelúcida altera o citoplasma gradualmente em duas partes. sua estrutura e sua composição para evitar a ligação e penetração do espermatozoide. Essa reação evita a poliespermia RESULTADOS DA FERTILIZAÇÃO (penetração de um ou mais espermatozoides no oócito). Restauração da quantidade diploide de 2- Continuação da segunda divisão cromossomos, metade do pai e metade da meiótica: o oócito termina sua segunda mãe. Assim, o zigoto contém uma nova divisão meiótica imediatamente após a combinação cromossômica diferente de entrada do espermatozoide. Uma das ambos os pais. células-filhas, que recebe pouco ou nenhum Determinação do sexo do novo indivíduo. citoplasma, é conhecido como segundo Um espermatozoide carregando um X corpúsculo polar, a outra é o oócito produz um embrião feminino (XX), e um definitivo ou óvulo. Seus cromossomos (22 espermatozoide carregando um Y produz mais X) se dispõem em um núcleo vesicular um embrião masculino (XY). Assim, o sexo conhecido como pró-núcleo feminino. cromossômico do embrião é determinado 3- Ativação metabólica do óvulo: o fator de na fertilização. ativação provavelmente é carregado pelo Início da clivagem. Sem a fertilização, espermatozoide. A ativação inclui eventos geralmente o oócito degenera 24h após a moleculares e celulares associados ao início oocitação. da embriogênese. Enquanto isso, o espermatozoide se move CLIVAGEM para frente até que fique próximo do pró- núcleo feminino. Uma vez que o zigoto tenha alcançado o Seu núcleo se torna aumentado e forma o estágio de duas células, ele passa por uma pró-núcleo masculino. série de divisões mitóticas, aumentando o A cauda do espermatozoide se desprende e número de células. Essas células, se tornam degenera. menores a cada divisão de clivagem, são Morfologicamente, os pró-núcleos conhecidos como blastômeros. masculino e feminino não são distinguíveis e, por fim, ficam em contato íntimo e perdem deus envelopes nucleares. Durante o crescimento dos pró-núcleos masculino e feminino (ambos haploides), cada pró-núcleo deve replicar seu DNA. Se isso não ocorrer, cada célula do zigoto no estágio de duas células terá apenas metade da quantidade normal de DNA. Até o estágio de oito células, elas formam Imediatamente após a síntese de DNA, os um grupo sem associação entre si. cromossomos se organizam no fuso em Entretanto, após a terceira clivagem, os preparo para a divisão mitótica normal. blastômeros maximizam seus contatos uns Os 23 cromossomos maternos e os 23 com os outros, formando uma bola paternos (duplicados) separam-se compacta de células mantidas unidas por longitudinalmente no centrômero, e as junções de oclusão. cromátides-irmãs se movem para os polos 3 GT 2 Bloco Gestação Rafaela Forti Gradualmente, esse espaço intracelular se torna confluentes e, finalmente, é formada uma única cavidade, a blastocele. Entretanto, após a terceira clivagem, os blastômeros maximizam seus contatos uns com os outros, formando uma bola compacta de células mantidas unidas por junções de oclusão. Nesse período, o embriago é denominado blastocisto. As células da massa celular interna, chamada agora de embrioblasto, estão em um polo, e as massas celulares externas, ou trofoblasmto, achatam-se e formam a parede epitelial do blastocisto. A zona pelúcida desaparece, possibilitando que a implantação comece. As células trofoblásticas sobre o polo do embrioblasto começam a penetrar entre as células epiteliais da mucosa uterina por do Esse processo, a compactação, segrega as sexto dia. células internas, que se comunicam intensamente por junções comunicantes, das células externas. Aproximadamente 3 dias após a fertilização, as células do embrião compactado se dividem novamente, formando uma mórula de 16 células (que lembram uma amora). As células internas da mórula constituem a massa celular interna, e as células circunjacentes compõem a massa celular externa. O ÚTERO NO MOMENTO DA IMPLANTAÇÃO A massa celular interna origina os tecidos do embrião em si e a massa celular externa A parede uterina consiste em três camadas: forma o trofoblasto, que mais tarde 1. Endométrio ou mucosa que reveste a contribui para formação da placenta. parede interna. 2. Miométrio, camada espessa de músculos FORMAÇÀO DO BLASTOCISTO liso. 3. Perimétrio, o peritônio que reveste a Por volta do período em que a mórula entra parede externa. na cavidade uterina, um fluido começa a penetrar os espaços intracelulares da massa celular interna através da zona pelúcida. 4 GT 2 Bloco Gestação Rafaela Forti Fase proliferativa: começa no final da fase menstrual, está sob a influência do estrogênio e acompanha o crescimento dos folículos ovarianos. A fase secretora: começa aproximadamente 2 ou 3 dias após a oocitação, em resposta à progesterona produzida pelo corpo lúteo. Mestruação: se a fertilização não ocorrer, o sangramento do endométrio (camada Durante a puberdade (11 a 13 anos de idade) até a esponjosa e compacta) marca o início da menopausa (45 a 50 anos de idade), o endométrio fase mesntrial. sofre variações em um ciclo de aproximadamente Obs: se a fertilização ocorrer, o endométrio 28 dias sob o controle hormonal dos ovários. ajuda na implantação e contribui para a Durante o ciclo menstrual, o endométrio uterino formação da placenta. Mais tarde, na passa por três estágios: gestação, a placenta assume o papel da produção hormonal, e o corpo lúteo 1. Fase folicular ou proliferativa degenera. 2. Fase secretória ou progestacional Durante a implantação, a mucosa uterina 3. Fase mestrual está na fase secretora, período no qual as glândulas e artérias uterinas se tornam espiraladas e o tecido fica espessado. Como resultado, podem ser reconhecidas no endométrio três camadas distintas: o Camada compacta: superficial. o Camada esponjosa: intermediária. o Camada basal: fina Normalmente, o blastocisto humano se implanta no endométrio ao longo da parede anterior ou posterior do corpo uterino, onde ele fica encaixado entre as aberturas das glândulas. Se o oócito não for fertilizado, as vênulas e os espaços sinusoides gradualmente se tornam repletos de células sanguíneas, e é observada significativa diapedese de leucócitos do sangue para o tecido uterino. Quando começa a fase menstrual, o sangue escapa das artérias superficiais, e o estroma e as glândulas uterinas se fragmentam. Durante 3 ou 4 dias seguintes, as camadas compactas e esponjosa são expelidos do útero e a camada basal é a única parte do endométrio que fica retida. Essa camada, que tem suas próprias artérias, as artérias basais, funcionam como uma camada regenerativa para a reconstrução das glândulas e das artérias na fase proliferativa. 5 GT 2 Bloco Gestação Rafaela Forti RESUMO: A cada ciclo ovariano, alguns folículos Após os pró-núcleos replicarem seus primários começam a crescer, mas, em DNAs, os cromossomos paterno e materno geral, somente um alcança a maturidade se misturam, dividem-se plena e apenas um oócito é liberado no longitudinalmente e passam por uma oocitação. Na oocitaçào, o oócito está em divisão mitótica, dando ogigem ao estágio metáfase na segunda divisão meiótica e de duas células. Os resultados da está cercado pela zona pelúcida e por fertilização são: algumas células granulosas. O movimento Restauração do número diploide das fímbrias tubais carrega o oócito para a de cromossomos. tuba uterina. Determinação do sexo cromossômico. Antes que o espermatozoide possa Início da clivagem. fertilizar o oócito, têm de passar por: Capacitação: período no qual uma capa de glicoproteínas e de proteínas plasmáticas seminais é removida da cabeça do OITAVO DIA espermatozoide. Reação acrossômica: durante a No oitavo dia do desenvolvimento, o qual são liberadas substâncias blastocisto está parcialmente encaixado no semelhantes à acrosina e à estroma endometrial. tripsina, para penetrar a zona Na área sobre o embrioblasto, o trofoblasto pelúcida. se diferenciou em duas camadas: 1. Uma interna, de células mononucleares, Durante a fertilização, o espermatozoide o citotrofoblasto: que prolifera ativamente. precisa penetrar na: 2. Uma externa multinucleada sem limites Coroa radiada celulares distintos, o sinciciotrofoblasto: Zona pelúcida que invade os tecidos maternos. Membrana celular do oócito As células mitóticas são encontradas no Logo que o espermatozoide penetra no citotrofoblasto, mas não no oócito: sinciciotrofoblasto. O oócito termina sua segunda Assim, as células do citotrofoblasto se divisão meiótica e forma o pró- dividem e migram para o núcleo feminino. sinciciotrofoblasto, no qual se fusionam e A zona pelúcida se torna perdem suas membranas celulares individuais. impenetrável a outros espermatozoides. As células da massa celular interna (ou A cabeça do espermatozoide se embrioblasto) também se diferenciam em separa da cauda, incha e forma o duas camadas: pró-núcleo masculino. 1. Uma de pequenas células cuboides adjacentes à cavidade blastocística: camada hipoblástica. 2. Uma de células colunares altas adjacentes à cavidade amniótica: camada epiblástica. Juntas, essas camadas formam um disco achatado. 6 GT 2 Bloco Gestação Rafaela Forti Ao mesmo tempo, aparece uma pequena cavidade no epiblasto, que aumenta para se tornar a cavidade amniótica. As células epiblásticas adjacentes ao citotrofoblasto são chamadas de amnioblastoS. Junto com o resto do epiblasto, eles se alinham na cavidade amniótica. O estroma endometrial adjacente ao sítio de implantação é edematoso e bastante vascularizado. As glândulas grandes e tortuosas secretam glicogênio e muco abundantes. NONO DIA Desenvolvem-se lacunas no sinciciotrofoblasto. O blastocisto está alojado mais profundamente no endométrio, e o orifício deixado por sua penetração na superfície do epitélio é fechado por um coágulo de fibrina. O trofoblasto apresenta um progresso considerável no desenvolvimento, particularmente no polo embrionário, onde aparecem vacúolos no sincício. Ao se fusionarem, esses vacúolos formam grandes lacunas em uma fase do desenvolvimento do trofoblasto conhecida como estágio lacunar. Enquanto isso, no polo embrionário, as células achatadas, originadas provavelmente do hipoblasto, formam uma membrana fina, a membrana exocelômica (de Heuser), que está alinhada na superfície interna do citotrofoblasto. Essa membrana com o hipoblasto forma o revestimento da cavidade exocelômica, ou vesícula vitelínica primitiva. 7

Use Quizgecko on...
Browser
Browser