Grau de Participação do Observador: Participante e Não Participante PDF
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Summary
Este documento discute o grau de participação do observador em estudos, abordando tanto a observação participante como a não participante. A observação participante implica a imersão do observador no ambiente estudado enquanto a não participante mantém uma distância. Ambos os tipos de observação possuem suas vantagens e desvantagens, tendo em conta o grau de envolvimento e a estruturação da pesquisa.
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**Grau de participação do observador: Participante e Não Participante** A observação é um método de recolha de dados que permite recolher dados no ambiente natural de forma muito completa, pois permite uma análise profunda e realista sobre determinados comportamentos, escolhas, ações, reações, inte...
**Grau de participação do observador: Participante e Não Participante** A observação é um método de recolha de dados que permite recolher dados no ambiente natural de forma muito completa, pois permite uma análise profunda e realista sobre determinados comportamentos, escolhas, ações, reações, interações, entre outros. O tipo de observação varia consoante o grau de envolvimento do investigador e o grau de estruturação. Ambos devem ser escolhidos tendo em conta o objetivo do seu estudo, a natureza do que está a ser estudado e considerações éticas. Começando pelo [grau de envolvimento do observador] este pode ser **participante** ou **não participante**. Dizemos que um observador é participante quando este emerge no ambiente que pretende observar, participando nas atividades em estudo. Por exemplo, se o objetivo do estudo investigador for a compreensão determinada cultura e as suas práticas sociais, poderá optar por viver determinado tempo com a comunidade em estudo, tendo assim uma observação participante. Este tipo de observação traz vantagens, como a profundidade de conhecimento e acesso a informação privilegiada. A participação ativa do investigador dá-lhe uma compreensão mais rica e detalhada dos comportamentos, bem como acesso a informações e experiências que só são acessíveis experienciando. Contudo, também levanta alguns problemas como, por exemplo, enviesamento do investigador. Este pode perder o discernimento de investigador e começar a ver as situações como os sujeitos, ou determinadas questões éticas também podem ser postas em causa, existindo uma linha muito tênue entre a observação e a intervenção. Em oposição, na observação não participante, o investigador mantém-se distanciado da sua amostra em estudo. O seu papel era observar sem qualquer interação ou participação. A observação não participante permite a redução de enviesamento, uma vez que existe uma maior distância entre o investigador e a amostra, permitindo uma análise imparcial e reduzindo o risco de enviesamento. A observação também varia consoante o [grau de estruturação da observação]. Na **observação estruturada**, um investigador especifica detalhadamente o que deve ser observado e como devem ser registadas as observações, enquanto na **observação não estruturada,** o observador monitoriza todos os aspetos que lhe parecem ser relevantes para a questão de investigação. Este tipo de observação permite uma maior liberdade naquilo que deve ser observado e como deve ser observado. O grau de envolvimento e de estruturação estão frequentemente relacionados. Por norma, observação não participante implica uma observação mais formal e estruturada, enquanto a observação participante permite um tipo de observação mais informal e menos estruturado. Concluindo, a observação pode variar quanto ao grau de participação do observador e quanto ao grau de estruturação. A observação participante proporciona uma compreensão mais rica e detalhada, mas pode implicar enviesamento e questões éticas. A observação não participante, por outro lado, oferece maior objetividade e não interfere tanto nos comportamentos dos participantes. Relativamente à estruturação da observação, uma observação estrutural implica uma seleção, registo e codificação exaustiva com um conjunto de categorias previamente definidas, sendo todas as restantes ignoradas, enquanto observação não estruturada há um registo livre que permite que qualquer detalhe que pareça relevante seja registado.