Cuidados Farmacêuticos PDF
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Summary
Este documento discute cuidados farmacêuticos, incluindo assistência farmacêutica, ciclo da assistência farmacêutica e atenção farmacêutica. Aborda também os objetivos, farmacovigiliância e aspectos farmacotécnicos. Detalhes sobre problemas relacionados a medicamentos finalizam o documento.
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CUIDADOS FARMACÊUTICOS Assistência farmacêutica: conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva. *medicamento como insumo essencial, visando o acesso e ao seu uso racional. Ciclo da Assistência Farmacêutica: seleção programação aquisição arma...
CUIDADOS FARMACÊUTICOS Assistência farmacêutica: conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva. *medicamento como insumo essencial, visando o acesso e ao seu uso racional. Ciclo da Assistência Farmacêutica: seleção programação aquisição armazenamento distribuição utilização (prescrição, dispensação, uso) ATENÇÃO FARMACÊUTICA: assegurar que o uso do medicamento seja seguro e apropriado, verificando se há necessidade de educação especializada ou treinamento estruturado para isso. *erro é não orientar durante dispensação OBJETIVOS: Montar perfil farmacoterapêutico; Avaliar as prescrições; Avaliar hábitos da comunidade; Evitar reações adversas a medicamentos; Proporcionar maximização dos benefícios do medicamento. REMUME: municipal *garantia de acesso a medicamentos essenciais RENAME: estadual *formulação de políticas farmacêuticas nacionais FARMACOVIGILÂNCIA Verifica a segurança do medicamento através da intensidade das reações adversas apresentadas pelos pacientes (NOTIFICAÇÃO RAM). Promove uma atividade investigativa relacionada a medicamentos, proporcionando a maximização dos benefícios farmacológicos e a minimização de riscos FARMACÊUTICO E A ATENÇÃO FARMACÊUTICA Esclarecer de maneira clara ao paciente os riscos e benefícios de uma medicação. Elucidar para o consumidor os conceitos de eficácia e segurança dos medicamentos. Informar o paciente a via de administração Com o que administrar (com ou sem alimento, com qual ou quanto de líquido-leite, água suco de laranja) Quando (posologia) Por quanto tempo será o tratamento DEVERES DO FARMACÊUTICO: Descrever as ações farmacológicas de forma resumida Informar o tempo médio estimado de início da ação farmacológica do medicamento Indicar as advertências, contra indicações, precauções e principais interações medicamentosas (e alimentos) Descrever como usar o medicamento Detalhar a posologia para doenças específicas e situações especiais quando for o caso Descrever o aspecto físico e características organolépticas do produto Citar reações adversas mais importantes por ordem de frequência e gravidade Descrever o que fazer em caso de superdosagem Descrever cuidados específicos para guarda de medicamentos e armazenamento antes e depois da abertura da embalagem Farmácia Clínica Origem: FARMÁCIA HOSPITALAR, RELAÇÃO FARMACÊUTICO/PACIENTE Definição: atenção ao paciente com ênfase na farmacoterapia Problemas Relacionados com Medicamentos (PRM) vem enunciado no Segundo Consenso de Granada como problemas de saúde, entendidos como resultados clínicos negativos, devidos à farmacoterapia que, provocados por diversas causas, conduzem ao não alcance do objetivo terapêutico ou ao aparecimento de efeitos não desejados. farmaco- farmaco farmaco- alimento farmaco- ambiente farmaco- humano PRM se baseia em três abordagens: Necessidade (1- paciente tem problema de saúde por nao usar medicamento que necessita, 2- paciente tem problema de saúde por usar medicamento que não necessita) Efetividade (3 e 4- paciente tem problema de saúde por uma inefetividade quantitativa ou nao quantitativa da medicação) Segurança (5 e 6- paciente tem problema de saúde por insegurança quantitativa ou não quantitativa do medicamento) MÉTODO DÁDER DE SFT: para garantir que os medicamentos sejam utilizados de maneira eficaz e segura pelos pacientes 1. OFERTA DE SERVIÇO 2. PRIMEIRA ENTREVISTA 3. ESTADO DE SITUAÇÃO 4. FASE DE ESTUDO 5. FASE DE AVALIAÇÃO 6. FASE DE INTERVENÇÃO 7. NOVO ESTADO DE SITUAÇÃO 8. ENTREVISTAS SUCESSIVAS consultorio farmaceutico: nao precisa especialização clínica (apenas CRF ativo) *CNAE 8650-0/99: farmaceutico trabalhe em várias áreas mesmo fora da farmácia tradicional RDCs: 585/13: Atribuições Clínicas do Farmacêutico, cuidado à saúde, acompanhar tratamento do paciente e sugerir ajustes medicação, orientação farmacêutica e realizar avaliações (pressão, glicemia) 586/13: autorização para farmacêutico prescrever (medicamentos isentos de prescrição) 44/99: boas praticas farmacêuticas, qualidade no atendimento, regras para venda e armazenamento de medicamentos, regula venda de controlados 720/22: regulação de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária, atualiza regras sobre registro de produtos que precisam de aprovação da ANVISA para serem vendidos no Brasil, incluindo medicamentos e outros produtos de saúde. Estratégia medicamentosa: medicamentos, suplementos Estrategia não medicamentosa: dieta, atividade *ambas sao prescrições, necessita rdc 586 REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS (RAM) qualquer efeito prejudicial ou indesejável, não intencional, que aparece após administração de um medicamento em doses normalmente utilizadas no homem para a profilaxia, o diagnóstico e o tratamento de uma enfermidade.” Reação adversa = Efeito indesejável = Doença iatrogênica Causas das RAM Dose incorreta Horário incorreto Via de administração não especificada Superdosagem (não é RAM) Classificação de acordo com a gravidade: Leve: Sem tratamento específico, sem suspensão da droga Moderada: Modificação da terapêutica (posologia,dosagem), sem suspensão Grave: Potencialmente fatal, interrupção da droga, hospital Letal: morte paciente Classificação Por mecanismo de produção: Superdosagem-relativa: doses terapêuticas em concentrações elevadas (falha de metabolismo: apagão, falta de memoria) Efeitos colaterais: efeito farmacológico esperado do medicamento Efeitos secundários: consequência do efeito desejado (tetraciclina: usado secundariamente p/ acne, porem ef. primário é para infecções) Idiossincrasia: reação nociva (fatal) por sensibilidade Hipersensibilidade alérgica: reação alérgica a fármacos específicos Tolerância: ação diminuída na mesma dose (aumento de dose) Classificação Rawlins e Thompson: Divisão em dois grandes grupos Tipo A Efeito farmacológico exagerado de um medicamento administrado na dose certa (descrito em bula, esperado) Tipo B Efeitos farmacológicos anormais e inesperados em dose habitual Tipo A: Farmacologicamente previsíveis Depende da dose (efeito máximo) Alta incidência Baixa mortalidade Trata-se ajustando a dose Superdosagem relativa, efeito colateral, citoxicidade, interação medicamentosa, alteração na forma farmacêutica Hemorragia com anticoagulantes Hipoglicemia com antidiabéticos Sonolência por ansiolíticos Hipotensão por anti-hipertensivos Sangramento gástrico (Aspirina) Boca seca, retenção urinária e má acomodação visual (anti-histamínicos, antidepressivos) Tipo B Não são farmacologicamente previsíveis Não são dose –dependente Pode ter alta mortalidade (depende reação) Tratado por suspensão do fármaco Hipersensibilidade, idiossincrasia e intolerância Alteração na formulação farmacêutica: decomposição fármaco, estabilizante, solubilizantes, corantes, excipientes Ex: Tetraciclina armazenada no calor, degradação Formação de produto tóxico Reações imunológicas: idiossincrasias como lúpus eritematoso Classificação 1999, por Wills e Brown: Propuseram uma nova classificação, considerando confusa a anterior *Reações dos tipos: A –B –C –D –E –F –G -H Tipo A Reações adversas relacionadas com a dose do medicamento Ocorrem enquanto faz uso da medicação Taquicardia por broncodilatador agonista beta não-seletivo Tipo B Reações farmacologicamente previsíveis por interação de algum constituinte do medicamento (exceto fármaco, ex excipiente) Cáries causadas pelos açúcares Tipo C Causada por características químicas e concentração do agente agressor e não por efeito farmacológico *Flebite com injetáveis, lesão gastrointestinal por irritante local Tipo D Reações em conseqüência do método de administração da droga ou natureza física da formulação *Infecção no local de uma injeção Tipo E Reações que ocorrem após retirada da medicação (suspensão ou ajuste de dose) Reintrodução da droga melhora sintomas *ex viciados em droga *alteração química: abstinência *via dopaminérgica e farmacológica *Opióides, benzodiazepínicos, antidepressivos, nicotina, beta-bloqueadores Tipo F Reações em indivíduos geneticamente susceptíveis Retirada do medicamento melhora Hemólise por sulfonamidas (antibióticos) Tipo G Reações adversas genotóxicas causadas por medicamentos que promovem danos irreversíveis *paciente nao precisa ser suscetivel, apenas ter contato Talidomida (focomelia) Sedativo e hipnótico Enjôos matinais de gestantes Tipo H Reações decorrentes da ativação do sistema imune Não previsíveis Não relacionadas a dose Choque anafilático por penicilina Tipo I Reações adversas não classificadas em nenhum dos outros grupos Mecanismos não entendidos Distúrbios de paladar, náuseas e vômitos após anestesia Fatores que predispõe a RAM Alguns grupos são mais susceptíveis as RAM, Divisão em 7 grupos: Grupo I – Extremos de idade Grupo II – Gênero Grupo III – Gestantes Grupo IV – Patologias Grupo V –Hipersensibilidade Grupo VI – Variação genética Grupo VII – Polimedicação Grupo I- Extremos de idade: Neonatos e crianças Drogas podem afetar padrões de crescimento e desenvolvimento (ósseo por tetraciclina e corticóides) Erros do metabolismo Idosos: menor funções enzimáticas, menor saúde intestinal, mais células senescentes Não obediência ao tratamento Terapia de múltiplas drogas Reações de hipersensibilidade Alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas Grupo II- Gênero: Mulheres mais susceptíveis a reações Complicações obstétricas Dismenorréia que precisa de medicação Uso de contraceptivos por muitos anos Mais tecido adiposo (depósito) Fatores hormonais Grupo III- Gestantes: Uso de medicamentos deve ser avaliado considerando-se variações farmacocinéticas durante gravidez,alterações fisiológicas e possíveis efeitos sobre o feto Aumento do volume sanguíneo em 50% Metabolismo alterado (hormônios) Aumento excreção urinária Diuréticos: diminui volume placenta atrasando desenvolvimento fetal Grupo IV-Patologias: Insuficiência Renal Alterações de distribuição e excreção (metabolismo) Retenção de água e sódio Hiperpotassemia Considerar: Biodisponibilidade Margem de segurança Via de eliminação Atividade dos metabólitos Grupo IV-Patologias: Insuficiência Hepática Funções metabólicas alteradas Mudanças farmacocinéticas Grupo V-Hipersensibilidade: Variação da reatividade resultante da exposição a um alérgeno (droga intacta ou fragmento) Formação do complexo Droga – Imunoglobulina (IgE) Reconhece-se por: Exposição anterior ao agente Independência da dose administrada Recorrência Reação não associada a atividade da droga Sintomas característicos Grupo VI-Variabilidade genética: Respostas anormais a medicamentos incidentes em uma população específica Alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas Grupo VII- Polimedicação: Reações adversas causadas por interações medicamentosas Pacientes hospitalizados Doentes crônicos Disfunções renais e hepáticas Idosos OTC’s Automedicação Produtos naturais Tratamento das RAM Depende do efeito farmacológico e gravidade Suspensão da administração do medicamento Redução da dose Adm. de outros medicamentos (p/efeitos) Acelerar eliminação do medicamento Tratamento das RAM Depende do efeito farmacológico e gravidade Tratamento dos sinais e sintomas Submeter paciente a hemodiálise Adm. de antagonista específico Medidas de suporte (sinais de vida) Prevenção RAM dose-dependentes podem ser evitadas pelo uso de menores doses possíveis, considerando o quadro do paciente (função renal, hepática, etc...) Monitoramento de sinais após contato com o medicamento (P.A. após anti-hipertensivos) Monitoramento plasmático Anamnese (hipersensibilidade) MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOS DE VENDA LIVRE = MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO (MIP) Regulamentação da Prescrição Farmacêutica Resolução 586/2013: regula a prescrição farmacêutica farmacêutico habilitado pelo cff; documenta terapias farmacológicas ou não farmacológicas; pode prescrever medicamentos que não exija prescrição medica (industrializados, magistrais, alopaticos e dinamizados, plantas medicinas, drogas vegetais, Regulamentação dos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP RDC Nº 98, 1º agosto de 2016: Dispõe sobre os critérios e procedimentos para o enquadramento de medicamentos como isentos de prescrição, e o reenquadramento como medicamentos sob prescrição, e dá outras providências. *MIPS não tem tarja CRITÉRIOS PARA O ENQUADRAMENTO Art. 3° Para um medicamento ser enquadrado como isento de prescrição, é necessário que comprove os critérios estabelecidos a seguir: I- Tempo minimo de comercialização do principio ativo ou da associação de princípios ativos, com as mesmas indicações, via de administração e faixa terapêutica de: a) 10 (Dez) anos sendo, no mínimo, 5 (cinco) anos Brasil como medicamento sob prescrição ou; b) 5 (cinco) anos no exterior como medicamento isento de prescrição cujos critérios para seu enquadramento sejam compatíveis com os estabelecidos nesta Resolução. II- Segurança, segundo avaliação da causalidade, gravidade e frequência de eventos adversos e intoxicação, baixo potencial de causar dano à saúde quando obtido sem orientação de um prescritor, considerando sua forma farmacêutica, princípio ativo, concentração do princípio ativo, via de administração e posologia, devendo o produto apresentar: a) Reações adversas com causalidades conhecidas e reversíveis após suspensão de uso do medicamento; b) Baixo potencial de toxicidade, quando reações graves ocorrem apenas com a administração de grande quantidade do produto, além de apresentar janela terapêutica segura; c) Baixo potencial de interação medicamentosa e alimentar, clinicamente significante. III- Indicação para o tratamento, prevenção ou alívio de sinais e sintomas de doenças não graves e com evolução inexistente ou muito lenta, sendo que os sinais e sintomas devem ser facilmente detectáveis pelo paciente, seu cuidador ou pelo farmacêutico, sem necessidade de monitoramento laboratorial ou consulta com o prescritor; IV- Utilização por curto período de tempo ou por tempo previsto em bula, exceto para os de uso preventivo, bem como para os medicamentos específicos e fitoterápicos indicados para doenças de baixa gravidade; V- Ser manejável pelo paciente, seu cuidador, ou mediante orientação pelo farmacêutico; VI- Baixo potencial de risco ao paciente, nas seguintes condições: a) Mau uso com a utilização do medicamento para finalidade diferente da preconizada em bula; b) Abuso com a utilização do medicamento em quantidade superior ao preconizado ou por período superior ao recomendado; e c) Intoxicação. VII- Não apresentar potencial dependência, ainda que seja utilizado conforme preconizado em bula. Parágrafo Único. Para fitoterápicos, o tempo de uso conforme previsto no inciso I, poderá ser demonstrado para a droga ou derivado vegetal específico que se pretende registrar. Art. 4° Não são passíveis de enquadramento como medicamentos isentos de prescrição: I- As apresentações do medicamento cuja via de administração seja a parenteral; II- As apresentações que tenham indicação sob prescrição. Interações farmacológicas dos MIP “O fácil acesso e a isenção da prescrição destes medicamentos contribuem ao consumo excessivo e inadequado dos mesmos favorecendo a automedicação e consequentemente podem ocasionar reações adversas e/ou em reações toxicológicas. Estas reações são manifestadas em pacientes que apresentam hipersensibilidade aos ativos do fármaco, ou que apresentaram alguma reação adversa anterior, ou principalmente aos pacientes tolerantes, os quais fazem o uso de uma dose superior à recomendada tendendo a um quadro de toxicidade.” 586-13 como farmacêutico deve agir para dispensar/aviar um medicamento *responsável pela farmacoterapia (estratégias medicamentosas) *estratégia medicamentosa:envolve droga, preparações medicamentosas, suplementos e atenção farmacêutica medicamentos uso crônico: essencial p/ paciente, patologia que necessita controle, graves uso agudo: pelos sinais e sintomas, p/ envolver um problema autolimitado