Classes Gramaticais PDF
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Este documento descreve as classes gramaticais em português. São explicados os substantivos, artigos, adjetivos, numerais, pronomes, verbos, advérbios, preposições e conjunções. Inclui exemplos e explicações.
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CLASSES GRAMATICAIS ÍNDICE 1. CLASSES GRAMATICAIS..................................................................................................3 Substantivo.................................................................
CLASSES GRAMATICAIS ÍNDICE 1. CLASSES GRAMATICAIS..................................................................................................3 Substantivo............................................................................................................................................................................. 3 Artigo..........................................................................................................................................................................................4 Adjetivo...................................................................................................................................................................................... 5 Numeral..................................................................................................................................................................................... 5 Pronome...................................................................................................................................................................................6 Verbo........................................................................................................................................................................................ 10 Advérbio.................................................................................................................................................................................. 13 Preposição............................................................................................................................................................................. 14 Conjunção.............................................................................................................................................................................. 16 Interjeição................................................................................................................................................................................17 1. Classes Gramaticais Antes de tudo, é importante ter em vista que a conceituação e separação das palavras em classes ocorrem desde a Antiguidade. Muitos dos conceitos que utilizaremos se originaram na Grécia Antiga e foram “atualizados” ao longo dos tempos, especialmente pelos Romanos. Atualmente, algumas teorias revisoras dos conteúdos “clássicos” até mesmo excluem, modificam e alteram a lista tradicional das classes gramaticais. Tenhamos em vista que a gramática não é, a gramática está – desfazendo-se e se refazendo a todo momento. É preciso distinguir a morfologia e a sintaxe. A morfologia, que estudaremos aqui, diz respeito ao estudo das palavras, de suas formas, de sua configuração, aspectos que possibilitam que sejam dividas em classes. A sintaxe dirá respeito à organização das palavras na comunicação, tratando da função sintática. Substantivo Substantivo é a classe de palavras que nomeia seres, lugares, sentimentos, estados, qualidades, ações, nomes. SUBSTANTIVO COMUM E PRÓPRIO Substantivo comum designa as coisas de uma mesma espécie de maneira genérica. Ex.: estado, homem, roda, gato, país. Substantivo próprio designa coisas de uma mesma espécie de uma forma particular. Ex.: Ribeirão Preto, Alexandre, Argentina, Brasil.. SUBSTANTIVO CONCRETO E ABSTRATO Substantivo concreto designa a coisa que existe, independentemente; enquanto o substantivo abstrato depende de outro ser para se manifestar. Mala, cadeira, televisão, são coisas que não precisam de outros elementos para serem o que são. Por isso, são substantivos concretos. Já a palavras que designam estados, qualidades, ações e sentimentos são substantivos abstratos. Exemplos: beleza, vida, rapidez, viagem, saudade, justiça. SUBSTANTIVO PRIMITIVO E DERIVADO Os substantivos primitivos não provêm de outra palavra da língua, pelo contrário, eles originam outras palavras. Exemplos: flor, pedra, ferro, Bruna. Os substantivos derivados provêm de outras palavras da língua. Exemplos: floricultura, pedreiro, ferradura, chuvoso, fofinho. www.trilhante.com.br 3 SUBSTANTIVO SIMPLES E COMPOSTOS Os substantivos simples possuem apenas UM radical. Radicais são as bases de uma palavra. Exemplo: água, pé, sal, luz. Os substantivos compostos são formados por DOIS ou MAIS radicais. Exemplo: girassol (gira + sol), cachorro-quente (cachorro + quente). SUBSTANTIVOS COLETIVOS Os substantivos coletivos expressam um conjunto de coisas da mesma espécie. Exemplos: Elenco (de atores); Boiada (de bois); Arquipélago (de ilhas); Banca (de examinadores); Cancioneiro (de poesias); Constelação (de estrelas); Falange (soldados/anjos). FLEXÃO DE GÊNERO O substantivo é variável em gênero: Biformes: apresentam duas formas - ex.: pai/mãe; aluno/aluna; menino/menina; Uniformes: apresentam uma única forma: Epicenos: tem um gênero e nomeiam animais - ex.: cobra macho/fêmea; jacaré macho/fêmea; Comum de dois gêneros: necessita-se do artigo - ex: o/a colega; o/a artista; Sobrecomuns: tem gênero fixo e nomeiam pessoas - ex.: o guaraná, o sósia, o lança-perfume, a porta, a alface, a aguardente, a criança, o dó. FLEXÃO DE GRAU O substantivo também é variável em grau: Analítico: determinado por um adjetivo: Aumentativo - ex.: menino GRANDE; Diminutivo - ex.: menino PEQUENO. Sintético: acrescentam-se sufixos: Aumentativo - ex.: meninÃO; Diminutivo - ex.: meninINHO. Artigo É uma classe de palavras que, antepostas ao substantivo, têm o papel de determiná-lo de modo preciso ou impreciso. Os artigos: Definidos: precisam o substantivo (O, OS, A, AS). Exemplos: O menino resolveu a questão; A menina contou o sonho. Indefinidos: imprecisam o substantivo (UM, UNS, UMA, UMAS). Exemplos: www.trilhante.com.br 4 Uma advogada contou um caso; Um médico realizou um sonho. Adjetivo É a palavra que caracteriza o substantivo, ou qualquer palavra que tenha valor de substantivo, para indicar qualquer atributo desse nome. Exemplo: Um homem velho tem muita sabedoria. TERMO DETERMINANTE X TERMO DETERMINADO Em geral, convenciona-se que o termo que vem primeiro determina o que vem depois. Exemplo: “Não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor”. No primeiro caso, entende- se que o autor faleceu (ele já era autor antes de falecer). No segundo, ele se tornou autor depois de falecer. LOCUÇÃO ADJETIVA A locução adjetiva possui valor de adjetivo. Ela é formada por preposição + substantivo. Exemplos: de aluno - discente; de professor - docente; de coração - cardíaco; de pai - paterno; de mãe - materno. FLEXÃO DE GRAU O grau dos adjetivos pode variar em: Superlativo: a qualidade vem ampliada - Exemplos: Aquela pessoa é lindíssima; Aquela pessoa é muito linda; Comparativo: a qualidade estabelece uma comparação- Exemplos: Esta atriz é tão talentosa quanto aquela; Este advogado é mais talentoso (do) que aquele; Esta dançarina é menos talentosa (do) que aquela. Numeral O numeral quantifica ou ordena os substantivos. É a palavra que indica a quantidade exata ou a posição que um ser ocupa em um determinado contexto. Pode ser: www.trilhante.com.br 5 Cardinal: indicam uma quantidade que é determinada. Ex.: um, dois, três, quatro... Ordinal: indica a ordem de sucessão. Varia em gênero e número, ou seja: masculino e feminino, singular e plural. Ex.: primeiro, segundo, terceiro, quarto... Multiplicativo: indicam a multiplicação dos números. Ex.: dobro, triplo, quádruplo... Quando atua em funções substantivas, o numeral multiplicativo é invariável tanto em gênero quanto em número. Ex: Comi o dobro do que ele comeu, fiz o triplo das coisas que me manda- ram fazer; Quando atua em funções adjetivas, o numeral se flexiona em gênero e número. Ex.: Comi a porção dobrada do que ela comeu, fiz quantidades triplas das coisas que me mandaram fazer). Fracionário: indicam a fração. Ex.: meio, um quarto, um quinto... Pronome É a palavra variável em gênero, número e pessoa e representa ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso ou situando-o no espaço e no tempo. Exemplo: Encomendei o livro. O livro chegou no prazo > Encomendei o livro e ELE chegou no prazo. Os pronomes são palavras fóricas, isto é, possuem a propriedade de fazer referências, garantindo a coesão textual. Dependendo da posição no texto, os pronomes podem ser: Anafórico: retoma o que vem antes - Ex.: Os sonhos são dádivas, ELES existem para nos mover; Catafórico: refere-se ao elemento que vem depois - Ex.: Só desejo ISTO: sonhar e realizar. A palavra mesmo não pode, jamais, ser usada como pronome anafórico, retomando e substituindo algum termo do texto! Quer dizer que frases como: Antes de subir no elevador, verifique se o mesmo está no andar. É necessário o uso de mochila. Garanta que a mesma está pronta para irmos. Pegue o guarda-chuva! Pode ser que tenhamos que fazer uso do mesmo. Estão todas erradas. Corrigindo-as: Antes de subir no elevador, verifique se ele está no andar. É necessário o uso de mochila. Garanta que ela está pronta para irmos. Pegue o guarda-chuva! Pode ser que tenhamos que fazer uso dele. Os pronomes podem ser pessoais, possessivos, demonstrativos, quantificadores indefinidos, reflexivos e relativos. PRONOMES PESSOAIS Representam as pessoas do discurso: www.trilhante.com.br 6 1ª pessoa: aquele que fala; 2ª pessoa: com quem fala; 3ª pessoa: aquela (ou aquilo) de quem se fala. A tabela a seguir indica todos os pronomes pessoais: RETOS ÁTONOS TÔNICOS 1ª Pessoa eu me mim/comigo SINGULAR 2ª Pessoa tu te ti/contigo 3ª Pessoa ele/ela o/a/lhe ele/ela 1ª Pessoa nós nós nós/conosco PLURAL 2ª Pessoa vós vós vós/convosco 3ª Pessoa eles/elas os/as/lhes eles/elas A tabela deve ser usada para garantir a uniformidade de tratamento, ou seja, todos os pronomes na frase devem ser escritos na mesma pessoa. Exemplos: Quero te ajudar, mas não lhe adianto nada (errado); Quero te ajudar, mas não te adianto nada (correto). Com verbos, só use pronomes pessoais retos. Ex.: O dinheiro deu para eu comprar a passagem. Todos os pronomes de tratamento são conjugados na 3ª pessoa. Ex.: Vossa Excelência tem razão. PRONOMES POSSESSIVOS São aqueles que indicam posse: www.trilhante.com.br 7 1ª Pessoa Meu (s) / Minha (s) SINGULAR 2ª Pessoa Teu (s) / Tua (s) 3ª Pessoa Seu (s) / Sua (s) 1ª Pessoa Nosso (s) / Nossa (s) PLURAL 2ª Pessoa Vosso (s) / Vossa (s) 3ª Pessoa Seu (s) / Sua (s) Sempre se lembre da uniformidade de tratamento. Exemplos: Eu vendi meus álbuns; Você vendeu sua casa? “Seu” e flexões podem causar ambiguidade. Exemplos: O eletricista arrumou seu chuveiro (seu de quem? da pessoa ou do eletricista?) O eletricista arrumou o chuveiro dele; ou O eletricista arrumou o teu chuveiro. PRONOMES DEMONSTRATIVOS São aqueles que situam no tempo e no espaço as pessoas do discurso. PRONOMES PESSOA ESPAÇO TEMPO próximo do isto / este (s) / esta (s) 1ª presente real emissor próximo do isso / esse (s) / essa (s) 2ª passado ou futuro receptor longe dos aquilo / aquele (s) / aquela (s) 3ª passado vago interlocutores Exemplos: Esta caneta que está comigo; www.trilhante.com.br 8 Este dia está bom para nadar; Essa caneta está com você; Esse mês de maio foi lindo; Aquela caneta perto dele; Aquele ano da Revolução Francesa. Lembrando, ainda, que os pronomes demonstrativos podem ser catafóricos (isto) ou anafóricos (isso). Por exemplo: Espero isto: paz (catafórico - refere-se a um elemento que vem depois); Eles me ajudaram a conseguir isso (anafórico - retoma o que veio antes). PRONOME RELATIVO Pronome relativo é aquele que retoma um nome da oração anterior (o antecedente) e o projeta em outra oração. Exemplo: Não conhecemos o aluno. O aluno saiu. > Não conhecemos o aluno que saiu. Dentre os pronomes relativos, temos: QUE: retoma pessoas ou coisas - ex.: Não conheço o rapaz que saiu; O QUAL (e afins): substituem o “que” - ex.: Escrevi sobre Rosa e Machado, os quais tenho facilida- de; QUEM: retoma apenas pessoas - ex.: Não conheço a garota de quem você gosta; CUJO: quando indicar relações de posse - ex.: A aluna cujo exame foi analisado; QUANTO: sempre vem acompanhado das palavras “tudo” e “tanto” - ex.: Falou tudo quanto que- ria; ONDE: equivalente a lugar físico - ex.: Esta casa é onde eu moro; COMO: exprime modo - ex.: Não entendo a maneira como ele se comporta. A regência do verbo deve vir antes do pronome relativo. Exemplos: Este é o autor a cuja obra me refiro; Este é o autor de cuja obra gosto; São opiniões a que sou favorável. PRONOMES QUANTIFICADORES INDEFINIDOS Indicam quantidade, mas sem precisão. Exemplos: algum, nenhum, muitas, poucas, penca. www.trilhante.com.br 9 Verbo Verbos são palavras que podem sem conjugadas, ou seja, podem ser flexionadas em modo, tempo, pessoa. Diz-se que indicam ação, mas nem sempre é verdade. Restar, por exemplo, não indica ação. Em geral, um verbo indica acontecimentos representados no tempo: pode ser uma ação, um estado, um processo ou um fenômeno. Toda comunicação gira em torno dos verbos. Observe como todos os elementos do enunciado estão ligados ao verbo, no caso, correr. Maria correu. Correu da escola. Correu para casa. Assim, podemos dizer que o verbo é o núcleo da informação do enunciado. Saber reconhecer o verbo é imprescindível e importante ferramenta para a interpretação de texto. Portanto, sempre fique atento ao verbo. Em uma questão de prova, você pode até mesmo grifar os verbos para facilitar o raciocínio. Os verbos podem indicar: Ação (correr); Estado (sentir); Fenômeno da natureza (chover). Na formação dos verbos, temos as seguintes estruturas: O radical, que é a parte invariável. Exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical: fal-). O tema, que é o radical + vogal temática, que indica a conjugação a que pertence o verbo. (Fala-r). São três as conjugações: www.trilhante.com.br 10 1ª - Vogal Temática - A: Ex.: falar. 2ª - Vogal Temática - E: Ex.: vender. 3ª - Vogal Temática - I: Ex.: partir. Qualquer verbo na Língua Portuguesa seguirá alguma dessas conjugações. O verbo pôr, assim como seus derivados (compor, repor, depor, etc.), pertence à 2ª conjugação, pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc. Também é importante que saibamos observar a desinência modo-temporal que designa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo. Falávamos (indica o pretérito imperfeito do indicativo.) Falasse (indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.) A Desinência número-pessoal designa a pessoa do discurso (1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou plural). Por exemplo: Falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) Falavam (indica a 3ª pessoa do plural.) MODOS VERBAIS 1. Indicativo, cuja função é indicar, apontar. Exemplo: Eu leio. O verbo ler indica a ação. 2. Subjuntivo, que está ligado à condição, hipótese. Exemplo: Se eu jogasse melhor. O verbo jogar está relacionado a uma hipótese. O subjuntivo necessita das partículas QUE/ SE. 3. Imperativo, cuja função principal é ordenar, aconselhar, pedir, mandar etc. Exemplos: Seja feliz! Pare! Desculpe. Pense bem. TEMPOS VERBAIS Uma ação pode ocorrer no passado, no presente ou no futuro. Os tempos verbais indicam o momento em que ocorre essa ação. Ação no passado (pretérito): ocorreu antes do momento da fala. Ação no presente: ocorre no momento da fala. Ação no futuro: ocorrerá depois do momento da fala. Os tempos verbais podem ser simples ou compostos e se encontram inseridos nos modos verbais: o modo indicativo, o modo subjuntivo e o modo imperativo. www.trilhante.com.br 11 Tempos verbais do modo indicativo expressam acontecimentos certos. Tempos simples do modo indicativo: Presente do indicativo: Eu ouço música. Pretérito imperfeito do indicativo: Eu ouvia música. Pretérito perfeito do indicativo: Eu ouvi música. Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: Eu ouvira música. Futuro do presente do indicativo: Eu ouvirei música. Futuro do pretérito do indicativo: Eu ouviria música. Tempos compostos do modo indicativo: Pretérito perfeito composto do indicativo: Eu tenho ouvido música. Pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo: Eu tinha ouvido música. Futuro do presente composto do indicativo: Eu terei ouvido música. Futuro do pretérito composto do indicativo: Eu teria ouvido música. Tempos verbais do modo subjuntivo expressam acontecimentos possíveis, dependentes de outros. Tempos simples do modo subjuntivo: Presente do subjuntivo: Talvez eu ouça música. Pretérito imperfeito do subjuntivo: Seria mais divertido se eu ouvisse música. Futuro do subjuntivo: Quando eu ouvir música, ficarei mais calma. Tempos compostos do modo subjuntivo: Pretérito perfeito composto do subjuntivo: Ele acredita que eu tenha ouvido música. Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo: Ele acreditou que eu tivesse ouvido música. Futuro composto do subjuntivo: Quando eu tiver ouvido música, falarei contigo. Tempos verbais do modo imperativo estão divididos em imperativo afirmativo e imperativo negativo. A ação expressa pelo verbo é uma ordem, pedido, conselho, convite ou súplica. Imperativo afirmativo: Ouve a música! Imperativo negativo: Não ouças a música! FORMAS NOMINAIS: INFINITIVO, PARTICÍPIO E GERÚNDIO www.trilhante.com.br 12 Embora as formas nominais não façam parte de nenhum tempo ou modo, elas são importantes na conjugação verbal. As formas nominais são o infinitivo, o particípio e o gerúndio. Podem ser simples ou compostas. 1. Infinitivo: O meu problema é eu não ouvir música. 2. Infinitivo composto: Gostei muito de ter ouvido música. 3. Particípio: Ouvida a música, já nada havia a fazer. 4. Gerúndio: Farei o trabalho ouvindo música. 5. Gerúndio composto: Tendo ouvido música, já estava mais calma. TEMPOS PRIMITIVOS E TEMPOS DERIVADOS Existem tempos verbais primitivos e tempos verbais derivados. Os primitivos correspondem a tempos verbais já existentes no latim. A partir deles, foram formados outros tempos verbais - os tempos derivados. Tempo primitivo: presente do indicativo. Tempos derivados do presente do indicativo: 1. Presente do subjuntivo; 2. Imperativo afirmativo; 3. Imperativo negativo. Tempo primitivo: pretérito perfeito do indicativo. Tempos derivados do pretérito perfeito do indicativo: 1. Pretérito mais-que-perfeito do indicativo; 2. Pretérito imperfeito do subjuntivo; 3. Futuro do subjuntivo. Tempo primitivo: infinitivo. Tempos derivados do infinitivo: 1. Futuro do presente do indicativo; 2. Futuro do pretérito do indicativo; 3. Pretérito imperfeito do indicativo; 4. Infinitivo pessoal; 5. Gerúndio; 6. Particípio. Advérbio Os advérbios são as palavras que modificam o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio. São classificados conforme as circunstancias que exprimem: podem ser de afirmação, de negação, de modo, de lugar, de dúvida, de intensidade, de tempo e interrogativos. www.trilhante.com.br 13 Advérbios de afirmação: sim, perfeitamente, pois sim, positivamente, efetivamente, certamente. Advérbios de negação: não, nunca, nada, jamais. Advérbios de modo: bem, mal, melhor, pior, certo, também, depressa, devagar e, em geral, os adje- tivos femininos acrescidos do sufixo -mente. Advérbios de lugar: aqui, ali, lá, além, perto, longe, fora, dentro, onde, acima, adiante. Advérbios de dúvida: talvez, porventura, provavelmente. Advérbios de intensidade: muito, pouco, bastante, menos, mais, tão, tanto, todo, completamente, excessivamente. Advérbios de tempo: agora, já, logo, cedo, tarde, antes, depois, sempre, nunca, jamais, hoje, ontem, amanhã. Advérbios interrogativos: onde (lugar), quando (tempo), como (modo), por que (causa) Advérbios de inclusão: até, também. Advérbios de exclusão: exclusivamente, somente. LOCUÇÃO ADVERBIAL Quando duas ou mais palavras (geralmente preposição + substantivo / adjetivo / advérbio) formam uma expressão que equivale a um advérbio, chamamos de locução adverbial. As principais são: às vezes, às pressas, vez por outra, de qualquer modo, de propósito, em breve, à toa, às escondidas, à noite, de repente, de súbito. FLEXÃO DE GRAU Os advérbios podem variar conforme o grau em: Comparativo: De igualdade - ex.: Chegou tão tarde quanto eu; De superioridade - ex.: Chegou mais tarde do que eu; De inferioridade - ex.: Chegou menos tarde do que eu. Superlativo: Analítico - ex.: Acordei muito cedo; Sintético - ex.: Acordei cedíssimo. Preposição Preposição é a palavra invariável que liga dois termos da oração numa relação de subordinação em que, geralmente, o segundo termo subordina o primeiro. TIPOS Preposição de lugar: o navio veio de São Paulo. Preposição de modo: os prisioneiros eram colocados em fila. Preposição de tempo: por dois anos ele viveu aqui. www.trilhante.com.br 14 Preposição de distância: a cinco quilômetros daqui passa uma estrada. Preposição de causa: com a seca, o gado começou a morrer. Preposição de instrumento: ele cortou a árvore com o machado. Preposição de finalidade: a praça foi enfeitada para a festa. CLASSIFICAÇÃO As preposições podem ser divididas em dois grupos: Preposições Essenciais – são as palavras que só funcionam como preposição: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. Preposições Acidentais – são as palavras de outras classes gramaticais que, em certas frases, funcionam como preposição: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, me- nos, salvo, segundo, visto etc. LOCUÇÕES PREPOSITIVAS A locução prepositiva é formada por duas ou mais palavras com o valor de preposição, sempre terminando por uma preposição, por exemplo: abaixo de, acima de, a fim de, além de, antes de, até a, depois de, ao invés de, ao lado de, em que pese a, à custa de, em via de, à volta com, defronte de, a par de, perto de, por causa de, através de, etc. COMBINAÇÃO, CONTRAÇÃO E CRASE Importante notar que algumas preposições podem aparecer combinadas com outras palavras. Assim, quando na junção dos termos não houver perda de elementos fonéticos, teremos uma combinação, por exemplo: ao (a + o); aos (a + os); aonde (a + onde). Por conseguinte, quando da junção da preposição com outra palavra houver perda fonética, teremos a contração, por exemplo: do (de + o); dum (de + um); desta (de + esta); no (em + o); neste (em + este); nisso (em + isso). Por fim, toda fusão de vogais idênticas forma crase: www.trilhante.com.br 15 à = contração da preposição a + o artigo a; àquilo = contração da preposição a + a primeira vogal do pronome aquilo. Na língua cotidiana, falada ou escrita, aparecem as reduções pra (para a) e pro (para o). Essas palavras não pedem acento, já que são átonas. Conjunção Conjunção é uma palavra que serve como ferramenta de ligação. Geralmente liga dois substantivos semelhantes ou duas orações. Ex.: Eu falo português e inglês, mas não aprendi espanhol. CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada. Exemplo: O baile já tinha começado quando ela chegou. O baile já tinha começado: oração principal quando: conjunção subordinativa ela chegou: oração subordinada. As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais. Integrantes Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações que equivalem a substantivos. São elas: que, se. Exemplos: Espero que você volte. (Espero sua volta.); Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.) Adverbiais Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em: Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc. Por exemplo: Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios; Como não se interessa por arte, desistiu do curso. Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entan- to, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc. Por exemplo: Embora fosse tarde, fomos visitá-lo; Eu não www.trilhante.com.br 16 desistirei desse plano mesmo que todos me abandonem. Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc. Por exemplo: Se precisar de minha ajuda, telefone-me; Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente. Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro. São elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc. Por exemplo: O passeio ocorreu como havíamos planejado; Arrume a exposição segundo as ordens do professor. Interjeição A interjeição é uma palavra invariável (não sofre variação em gênero, número e grau), que representa um recurso da linguagem afetiva, de modo que expressa sentimentos, sensações, estados de espírito, sendo sempre acompanhadas de um ponto de exclamação (!). As interjeições são consideradas “palavras-frases” na medida em que representam frases- resumidas, formadas por sons vocálicos (Ah! Oh! Ai!), por palavras (Droga! Psiu! Puxa!) ou por um grupo de palavras, nesse caso, chamadas de locuções interjetivas (Meu Deus! Ora bolas!). TIPOS Apesar de não possuírem uma classificação rigorosa, posto que a mesma interjeição pode expressar sentimentos ou sensações distintas, as interjeições ou locuções interjetivas podem se enquadrar em diversas classificações. Eis alguns exemplos: Advertência: Cuidado!, Olhe!, Atenção!, Fogo!, Olha lá!, Alto lá!, Calma!, Devagar!, Sentido!, Alerta!, Vê bem!, Volta aqui! Dúvida: Hum?, hem?, hã?, Ué!, Epa! Espanto: Oh!, Puxa!, Quê!, Nossa!, Nossa mãe!, Virgem!, Caramba!, Xi!, Meu Deus!, Senhor Jesus!, Ui!, Crê em Deus pai! Silêncio: Psiu!, Shh!, Silêncio!, Basta!, Chega!, Calado!, Quieto!, Bico fechado! LOCUÇÃO INTERJETIVA As locuções interjetivas são compostas por uma ou mais palavras que desempenham o papel da interjeição. Com efeito, se a interjeição é uma palavra que expressa uma ideia, a locução interjetiva trabalha da mesma forma, por exemplo: Ai de mim!, Puxa vida!, Virgem Santa!, Valha-me Deus!, Cruz Credo!, Quem me dera! www.trilhante.com.br 17 Classes Gramaticais www.trilhante.com.br /trilhante /trilhante /trilhante