Classes Gramaticais e Tempos Verbais PDF

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This document provides an overview of Portuguese grammar, including classes of words (parts of speech) and verb tenses. It details different categories of words, such as nouns, articles, adjectives, pronouns, and verbs, and how each word class interacts within sentences.

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CLASSES GRAMATICAIS E TEMPOS VERBAIS ÍNDICE 1. CLASSES GRAMATICAIS..................................................................................................3 Classes Gramaticais e Tempos Verbais..........................

CLASSES GRAMATICAIS E TEMPOS VERBAIS ÍNDICE 1. CLASSES GRAMATICAIS..................................................................................................3 Classes Gramaticais e Tempos Verbais....................................................................................................................... 3 2. FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO...........................................................................................9 3. TEMPOS VERBAIS...........................................................................................................10 Tempos e Modos Verbais................................................................................................................................................. 10 4. VOZES VERBAIS E FORMAS NOMINAIS......................................................................14 Vozes Verbais:....................................................................................................................................................................... 14 5. ESTE OU ESSE E FUNÇÕES DA PARTÍCULA “SE”......................................................16 Uso Correto de “Esse” ou “Este”:................................................................................................................................... 16 Funções da Partícula se:................................................................................................................................................. 16 1. Classes Gramaticais Classes Gramaticais e Tempos Verbais Classes Gramaticais: A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a morfologia. Assim, segundo um estudo morfológico da língua portuguesa, as palavras podem ser analisadas e catalogadas em dez classes de palavras (ou classes gramaticais) distintas, sendo elas: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. Substantivo: Substantivos são palavras que nomeiam seres, lugares, qualidades, sentimentos, noções, entre outros. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (diminutivo, normal, aumentativo). Os substantivos exercerão papel de núcleo das funções sintáticas em que estão inseridos (sujeito, objeto direto, objeto indireto e agente da passiva), sendo certo que, na língua portuguesa, tudo gira em função deles, vez que estão presentes para relacionarem-se com as funções que vêm antes ou depois. Além disso, os substantivos podem ser divididos e classificados de acordo com as diversas especificidades e referências da língua portuguesa. O quadro a seguir contém os mais importantes e recorrentes: 1. Simples: formados por um só radical (flor, tempo, chuva); 2. Compostos: formados por mais de um radical (couve-flor, passatempo, guarda-chuva); 3. Concretos: coisas palpáveis, reais -ou tidas como reais- (homem, menino, lobisomem, guarda-sol); 4. Abstratos: estados e qualidades, sentimentos e ações, coisas que não são palpáveis (vida, beleza, felicidade, esforço, ansiedade); 5. Primitivos: originários, não derivam de outra palavra (pedra, ferro, porta); 6. Derivados: derivam de outra palavra (pedreiro, ferreiro, portaria, pobreza, imortal); 7. Comuns: quando se referem a seres sem especificá-los (país, cidade, pessoa, coisa); 8. Próprios: quando se referem a seres e entidades determinadas (Brasil, Santos, João, Deus); 9. Coletivos: conjunto de seres da mesma espécies (álbum, cardume, colmeia, rebanho) Artigos: Artigos são palavras que antecedem os substantivos, determinando se estes serão definidos ou indefinidos. Os artigos serão flexionados em gênero (masculino e feminino) e número www.trilhante.com.br 3 (singular e plural), indicando, por consequência, o gênero e o número dos substantivos que acompanham. Os artigos, como já mencionado, serão classificados em definidos (o, a, os, as) ou indefinidos (um, uma, uns, umas). Ao utilizarmos um dos primeiros antes de um substantivo, verifica-se a presença de especificidade: é certo que “a menina”, por exemplo, quer designar uma menina especifica e que “o país” refere-se a um país em particular. Bom, em se empregando um dos segundos artigos, por outro lado, verifica-se a ausência de especificidade, vez que “uma menina” poderia se tratar de qualquer menina e “um país” não se refere a um país específico. Adjetivos: Adjetivos são palavras que caracterizam um substantivo, conferindo-lhe uma qualidade, característica, aspecto ou estado. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (normal, comparativo, superlativo). Os adjetivos também possuem classificações: adjetivos simples, compostos, primitivos e derivados, nos mesmos parâmetros em que se classificam os substantivos. Contudo, possuem três classificações não presentes na outra classe, quais sejam: 1. Adjetivos Biformes: podem apresentar duas formas de gênero – ex: bonito(a), alto(a), ligeiro(a), rápida(o), iluminada(o), estudiosa(o); 2. Adjetivos Uniformes: têm forma única independentemente de gênero – ex: competente, veloz, inteligente, capaz, altruísta; 3. Adjetivos Pátrios: qualidade da pessoa conforme local onde nasceu – ex: brasileiro, paulista. Pronomes: Pronomes são palavras que substituem o substantivo em determinado ponto de frase (estes são os pronomes substantivos) ou que acompanham, determinam e modificam o substantivo, atribuindo-lhe particularidades e características (os pronomes adjetivos). Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª pessoa do discurso). Os pronomes podem ser de seis espécies: pessoais -retos, oblíquos e de tratamento-; possessivos; demonstrativos; relativos; indefinidos, e interrogativos. 1. Pronomes pessoais retos: os pronomes pessoais retos comumente se referem ao sujeito, e são: eu, tu, ele, nós, vós, eles. Os três primeiros estão na 1ª, 2ª e 3ª pessoa do singular e os três últimos na 1ª, 2ª e 3ª pessoa do plural, respectivamente. 2. Pronomes pessoais oblíquos: os pronomes pessoais oblíquos referem-se ao obje- to direto ou ao indireto, sendo ainda classificados em átonos ou tônicos: www.trilhante.com.br 4 Oblíquos átonos: me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhes Oblíquos tônicos: mim, ti, ele, ela, si, nós, vós, eles, elas 3. Pronomes pessoais de tratamento: os pronomes pessoais de tratamento são formas mais reverentes de dirigirmo-nos à pessoa com quem estamos falando ou de quem estamos falando. (Ex.: senhor, senhora, senhorita, Vossa Senhoria, Vossa Santi- dade, Vossa Majestade, Vossa Excelência, e, ainda que não mais empregado para impri- mir reverência, você, entre outros.). 4. Pronomes possessivos: estes transmitem, principalmente, uma relação de posse, ou seja, indicam que alguma coisa pertence a uma das pessoas do discurso. (Ex.: meu, minha, sua, teu, tua, nosso, vosso, seus, etc.). 5. Pronomes demonstrativos: situam alguém ou alguma coisa no tempo, no espaço e no próprio discurso quando em relação às pessoas mencionadas nele: quem fala, com quem se fala, de quem se fala... (Ex.: este, essa, aquilo, isto, isso, tal, etc.). 6. Pronomes interrogativos: referem-se sempre à 3ª pessoa gramatical e são comu- mente utilizados para interrogações, ou seja, para formular perguntas de modo direto ou indireto. (Ex.: que, quem, qual, quais, quanto, quanta, quantos). 7. Pronomes relativos: relacionam-se sempre com o termo da oração que se antece- de, servindo de elo de subordinação das orações que iniciam. (Ex.: que, quem, onde, o qual, os quais, cujo, cuja, cujos). 8. Pronomes indefinidos: referem-se sempre à 3ª pessoa gramatical, indicando que algo ou alguém é considerado, de forma indeterminada ou imprecisa. (Ex.: algum, algu- ma, nenhuma, todos, muitas, nada, algo etc.). Numerais: Numeral é a palavra que indica a posição, quantidade ou o número de elementos, sejam de pessoas ou de coisas quaisquer. Alguns numerais podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural), outros são invariáveis. A parte destas, há as seguintes classificações: Numerais Cardinais: um, sete, vinte e oito, mil etc. Numerais Ordinais: primeiro, segundo, milésimo, vigésimo etc. Numerais Multiplicativos: duplo, triplo, quádruplo, sêxtuplo etc. Numerais Fracionários: um meio, um terço, três décimos etc. Numerais Coletivos: dúzia, centro, dezena, quinzena etc. www.trilhante.com.br 5 Verbos: Verbos são palavras que indicam, genericamente, ações. Os verbos podem ser flexionados em número (singular e plural), pessoa (1ª, 2ª ou 3ª pessoa do discurso), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (passado, presente e futuro), aspecto (incoativo, cursivo e conclusivo) e voz (ativa, passiva e reflexiva). Além de uma ação (como correr), verbos podem indicar também uma ocorrência (nascer), um estado (ficar), um desejo (querer) ou um fenômeno (chover). Assim, o que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus possíveis significados. Observe que palavras como corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos possuem. Ora, são elas substantivos derivados dos verbos correr, chover e nascer, respectivamente. Advérbios: Advérbios são palavras que modificam verbos, adjetivos ou até outros advérbios por meio da atribuição de uma circunstância específica a eles (um tempo, um lugar, um modo, uma tensidade, etc.). São, em sua maioria, invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número. Contudo, apesar de não possuírem flexões em gênero e número, alguns advérbios podem ser flexionados em grau, apresentando-se com sentido diminuído ou aumentado. Nesse passo, são dois os graus do advérbio: comparativo e superlativo. O grau comparativo é utilizado para comparar as diferenças entre os dois objetos, podendo ser de igualdade (tanto quanto), superioridade (mais que) ou inferioridade (menos que). Por outro lado, o superlativo realiza uma determinação absoluta, podendo ser classificado em absoluto analítico ou absoluto sintético. Comparativo De igualdade: tão+advérbio+quanto; Ex: Renato fala tão alto quanto João De inferioridade: menos+advérbio+que (do que); Ex: Renato fala menos alto do que João. De superioridade: mais+advérbio+que (do que); Ex: Renato fala mais alto do que João. Superlativo Pode ser analítico, quando acompanhado de outro advérbio, ou sintético, quando formado com sufixos - Ex1: Renato fala muito alto. (muito+alto); Ex2: Renato fala altíssimo. Uma dica a respeito dos advérbios: vários deles são palavras terminadas em “ente”, veja: grandemente, demoradamente, pacientemente, frequentemente, problematicamente, lindamente, velozmente, sabiamente, reiteradamente, altruistamente, graciosamente... www.trilhante.com.br 6 Todas atribuem qualidades, especificações a algo. Cuidado somente ao concluir, de maneira equivocada, que outras palavras também terminadas assim sejam advérbios! Há que se analisá-las antes de partir para conclusões. Preposições: Preposições são simples e fáceis de se identificar na oração. São palavras que estabelecem conexões com vários sentidos entre dois termos da oração. Através de preposições, o segundo termo (termo consequente) explica o sentido do primeiro termo (termo antecedente). Em outras palavras, a preposição serve para vincular dois termos numa oração. Todas as preposições são invariáveis, não passíveis de flexão em gênero e número. Importante ressaltar: isoladas da frase, as preposições não possuem qualquer função sintática. Elas não fazem sentido sozinhas. Ex: após, para, com, de, por, contra, desde, perante, durante, exceto, etc. Há, ainda, conjunções que levam mais de uma palavra! São as conjunções prepositivas. Ex: ao lado de, antes de, além de, etc. Vejamos alguns exemplos em sentenças: O chefe da nação lutou contra mim durante meu tour pelos bares da vida. Sua irmã confiava a mim seus segredos, além de querer-me bem. Seu veleiro fora avaliado em um milhão. Nele, nós viajamos com o restante da família e comemos bife a cavalo. Falamos sobre estatística e a respeito de aves. Salvo engano, sob meu ponto de vista, tratava-se de uma família um tanto peculiar. Conjunções: Conjunções são palavras utilizadas como elementos de ligação entre duas orações ou entre termos de uma mesma oração, estabelecendo relações de coordenação ou de subordinação. São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número. Ex: e, nem, mas, todavia, portanto, destarte, porque, que, portanto, como, contanto que, conforme, assim que, quanto mais, etc. A conjunção estará construindo uma relação de coordenação (conjunção coordenativa) quando estiver sendo feita uma ligação entre orações independentes entre si. Nesses casos, ao se lerem as orações que ela vincula separadamente, encontrar-se-á sentido completo. Por outro lado, a relação será de subordinação (coordenação subordinativa) quando o sentido da segunda oração for diretamente relacionado ao conteúdo da primeira. Nesses casos, ao se lerem as orações vinculadas separadamente, elas perderão o sentido. Ora, diferenciam-se as conjunções das preposições porque, além de vincularem termos, estabelecendo relação semântica entre eles, as conjunções dão alguma indicação www.trilhante.com.br 7 argumentativa ao texto. Revelam alguma intenção, por assim dizer. Vejamos alguns exemplos em sentenças: Eu a amo mas não posso com ela estar. Disse-lhe que era tarde... também já usei todas as rosas de que dispunha e nada mudou. Como um tonto, tentei de tudo. Fui teimoso porque pensei que meu jardim resplandeceria. Quanto mais acreditava, mais orquídeas apareciam em minha vida. E eu as regava diariamente, então foi mais difícil cortar as raízes. Caso houvesse oportunidade e sentimento, faria tudo de novo. Interjeições: Interjeições são palavras que exprimem emoções, sensações, estados de espírito, etc. São invariáveis e seu significado fica dependente da forma como elas são pronunciadas pelos interlocutores. Estão comumente atreladas a situações enfáticas. As interjeições possuem diversas classificações de acordo com a forma como o interlocutor as utiliza, podendo ser de cumprimentos (Olá!, Ei!), de afastamento (Xô!, Rua!), de desaprovação (Basta!, Francamente!), de alívio (Ufa!, Uf!), de silêncio (Psiu!, Silêncio!), entre muitas outras. www.trilhante.com.br 8 2. Frase, Oração e Período Frase: Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por uma só palavra ou por várias, podendo ter verbos ou não. A frase exprime, através da fala ou da escrita: ideias, emoções, ordens ou apelos. A frase se define pelo seu propósito comunicativo, ou seja, pela sua capacidade de, num intercâmbio linguístico, transmitir um conteúdo satisfatório à situação para a qual é usada. Lembrando que basta que um trecho possua sentido completo para que ele seja classificado como frase. Ex: O Brasil possui um grande potencial turístico; Espantoso!; Não vá embora. Importante ressaltar que, na língua falada, a frase sempre será caracterizada pela entoação, percebendo-se, de forma clara, o início, o meio e o fim da frase. Qualquer problema de prosódia dificultará o entendimento geral, impossibilitando saber sequer se a frase terminou ou não, posto que é essencial à comunicação entonarem-se as falas conforme o sentido que elas pretendem exprimir. Oração: A oração nada mais é do que uma frase verbal. Assim, toda oração é também uma frase, pois que constitui enunciado de sentido completo, e toda oração apresenta um verbo ou uma locução verbal em sua estrutura. Assim como a frase, frisa-se, a oração precisa ter sentido completo. (Ex1: A menina chegou à rodoviária; Ex2: O dia decorreu sem grandes adversidades.). Período: Um período é uma frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo com sentido completo, podendo ser simples ou composto. Nota-se, por esta definição, portanto, que uma frase isolada classifica-se também como um período. Ora, o trecho a seguir representa uma frase, uma oração e também um período: “Livre gavião voa alegremente.”. Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração absoluta. (Ex1: A vida é bela.; Ex2: Quero aquelas rosas.). Período Composto: é aquele constituído por duas ou mais orações. (Ex1: Quando você partiu, minha vida ficou sem alegrias.; Ex2: Cheguei, jantei e fui dormir.) www.trilhante.com.br 9 3. Tempos Verbais Tempos e Modos Verbais O modo verbal caracteriza as várias maneiras como podemos utilizar o verbo, dependendo da significação que pretendemos dar a ele. Rigorosamente, são três os modos verbais: indicativo, subjuntivo e imperativo. Indicativo No modo indicativo, o verbo expressa uma ação que provavelmente acontecerá. Uma certeza. Trabalha ele com reais possibilidades de concretização da ação verbal ou com a certeza comprovada da realização daquela ação. Por outro lado, os tempos verbais indicam o momento em que ocorre a ação transmitida pelo verbo, dividindo-se em simples ou compostos. Assim, de acordo com a mensagem que queira ser passada, os verbos podem ser flexionados no passado, no presente ou no futuro, variando de acordo com o modo verbal. Vejamos os tempos verbais no modo indicativo: Presente Simples: expressa algo que acontece no momento da fala. (amo) Pretérito Perfeito: expressa uma ação pontual, ocorrida em um momento anterior à fala. (amei) Pretérito Imperfeito: expressa uma ação contínua, ocorrida em um intervalo de tempo anterior à fala. (amava) Pretérito Mais-Que-Perfeito: contrasta um acontecimento no passado ocorrido anteriormente a outro fato também anterior ao momento da fala, ou seja, trata de fato passado anterior a outro fato também passado; atenção à relação lógica desse discurso: Ex.: Ela já tinha amado em sua juventude. (forma composta) Ela amara em sua juventude. (forma simples) Futuro do Presente: expressa algo que acontecerá, ou possivelmente acontecerá, em um momento posterior ao da fala. (amarei) Futuro do Pretérito: expressa uma ação que era esperada no passado, porém que não aconteceu. (amaria) Subjuntivo Presente do Subjuntivo: enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual. Ex: É bom que faças todas as tarefas ainda hoje. Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: expressa um fato passado, mas posterior a outro que já ocorreu, podendo também expressar a ideia de condição ou desejo. Ex: Eu esperava que ele viesse para a festa. www.trilhante.com.br 10 Pretérito Perfeito do Subjuntivo: expressa um fato totalmente terminado no passado. Ex: Embora tenha lido bastante sobre o tema, não memorizou as leis. Pretérito Mais-Que-Perfeito do Subjuntivo: expressa um fato ocorrido antes de um fato já terminado. Ex: Embora já tivesse começado, alguns puderam entrar na sala para fazê-lo. Futuro do Presente do Subjuntivo (Simples): enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual. Ex: Quando ele chegar aqui, ligarei para você. Futuro do Presente do Subjuntivo (Composto): enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual. Ex: Quando ela tiver chegado em casa, iremos visitá-la. Ao contrário do indicativo, é o modo que carrega dúvida, incerteza, trabalhando com remotas possibilidades de concretização da ação verbal. Imperativo Apresenta-se na forma afirmativa e na forma negativa. Com ele, dirigimo-nos diretamente a alguém, em segunda pessoa, expressando o que queremos que esta pessoa faça. Pode indicar uma ordem, um pedido ou um conselho, dependendo da entonação e do contexto em que é aplicado. Veja: por exprimir ordem ou pedido, não haveria sentido a existência de tal forma verbal na primeira pessoa. Ainda assim, às vezes, nós nos pegamos dando-nos ordens, não? “Pare de procrastinar, fulana!” “Meu Deus, beltrano, arrume logo este seu quarto!” Ordenar-se a si mesmo, então, só pode ser feito em se usando a terceira pessoa, como nos exemplos. ​ www.trilhante.com.br 11 ​ Infinitivo, Particípio e Gerúndio (Formas Nominais do Verbo): É de aceitação majoritária que o indicativo, subjuntivo e imperativo são os três modos verbais clássicos. Muitos gramáticos, entretanto, incluem também como modos verbais o infinitivo, o particípio e o gerúndio. A maioria dos autores, no entanto, denominam-nos formas nominais do verbo, sendo que recebem tal nomenclatura porque, ao lado do seu valor verbal, desempenham função de nome. Infinitivo Impessoal e Pessoal: O infinitivo são as conjugações que o verbo tem. Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, isso significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, e que sua forma é invariável. Assim, considera-se apenas o processo verbal. A 1ª conjugação será terminada em –ar, a 2ª em –er e a 3ª em –ir: ​ O infinitivo pessoal, por sua vez, apresenta desinências de número e pessoa. Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso significa que ele atribui um agente ao processo verbal, flexionando-se. (ex: falares; bebermos). Particípio: O particípio, assim como o infinitivo e o gerúndio, é uma das formas nominais do verbo. Os verbos, além de apresentarem-se sob as diferentes formas de seus tempos, podem aparecer também sob diferentes formas nominais, isso quando desempenharem função de nomes. O particípio é a forma nominal que expressará o resultado do fato verbal, ou seja, indicará uma ação já finalizada. Quando for particípio regular, será identificado por meio das terminações -ado (1ª conjugação) e -ido (2ª e 3ª conjugações). Quando for particípio irregular, fenômeno que acontece com alguns verbos, essas terminações não existirão, apresentando-se duas ou mais formas equivalentes para o mesmo tempo e a mesma pessoa: www.trilhante.com.br 12 ​ Exemplos de Frases: “Meus filhos acharam que ainda não tinham brincando o suficiente”. “Quando lá cheguei, a diretora já tinha resolvido o assunto”. Gerúndio: O gerúndio é uma forma nominal do verbo, ou seja, não possui flexão de tempo e modo, perdendo algumas características de verbo e ganhando algumas características de nome (substantivo, adjetivo ou advérbio). A principal característica do gerúndio é que ele indica uma ação contínua que está, esteve ou estará em andamento, ou seja, um processo verbal não finalizado. Ele pode também ser usado para expressar a simultaneidade de duas ações. Ex1: Enquanto você não chegava, eu estava jogando futebol. Ex2: Estive refletindo sobre o tema da aula. Exemplos da Função de Nome: Assim, o infinitivo, por exemplo, pode ter função de substantivo; o gerúndio pode desempenhar função de advérbio ou adjetivo, enquanto o particípio pode valer por um adjetivo. Vejamos: Infinitivo como substantivo: É necessário defender a igualdade social. (a defesa) Particípio como adjetivo: Meu filho é um menino estudado. Gerúndio como advérbio: Entrando na escola, encontrei seu irmão. www.trilhante.com.br 13 4. Vozes Verbais e Formas Nominais Vozes Verbais: As vozes verbais dizem respeito às flexões dos verbos, indicando se o sujeito pratica a ação, se o sujeito recebe a ação, ou se ele pratica e recebe, simultaneamente, ação denotada pelo verbo. Simplificadamente, a voz verbal indicará se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação expressada pelo verbo. Existem três vozes do verbo (ou vozes verbais) no português: a voz ativa, a voz passiva e a voz reflexiva: 1. Ativa à quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo. Ex: Ele fez o trabalho (Ele: sujeito agente || fez: ação || o trabalho: objeto paciente). 2. Passiva à quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo. Ex: O trabalho foi feito por ele (O trabalho: paciente || foi feito: ação || por ele: agente da passiva). Existem dois processos distintos de formação da voz passiva: o analítico e o sintético. A voz passiva analítica é formada por um verbo auxiliar (normalmente o verbo ser), mais o particípio de um verbo transitivo, seguindo, quase sempre, esta estrutura: sujeito paciente + verbo auxiliar + particípio + preposição + agente da passiva. Ex: A dança foi coreografada por ela (em voz passiva sintética, que veremos a seguir: coreografou-se a dança por ela). Por outro lado, a voz passiva sintética é formada por um verbo transitivo conjugado na 3ª pessoa do singular ou do plural, mais o pronome apassivador se, seguindo, em grande parte das vezes, a estrutura: Verbo transitivo + pronome se + sujeito paciente. Ex1: Vendem-se limões (em voz passiva analítica: Limões são vendidos); Ex2: Entoam-se canções (em voz passiva analítica: canções são entoadas); Ex3: Faz-se reforma por profissionais (em voz passiva analítica: reforma é feita por profissionais). Chama-se o pronome se, nesses casos, de partícula apassivadora. Observemos algo. Não contêm as frases a seguir voz passiva sintética: “Precisa-se de equilibristas”, “corre-se risco de afogamento”, “trata-se de boas ideias”. Por que não? Ora, ao se tentar colocar as dadas frases na forma passiva analítica, nota-se a impossibilidade desta conversão. Não dá certo! Estranho, não? Isso acontece por causa dos verbos usados demandarem preposição. Não se trata esta parte do assunto deste curso, mas deixemos explicitado que toda a diferença se dá por conta desses verbos transitivos indiretos. A www.trilhante.com.br 14 preposição se se torna, ao invés de partícula apassivadora, índice de indeterminação do sujeito. Sim! Observando-se as orações postas, vê-se que não possuem sujeito. Foi dito isso para que você não confunda: para saber se determinada oração classifica-se na voz passiva sintética, tente colocá-la na forma analítica! Se não der certo, provavelmente aconteceu a indeterminação do sujeito por conta do verbo escolhido demandar preposição. 3. Reflexiva à quando o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Ex1: O menino feriu-se. Ex2: A menina penteou-se. www.trilhante.com.br 15 5. Este ou Esse e Funções da Partícula “se” Uso Correto de “Esse” ou “Este”: “Esse” ou “este” são pronomes demonstrativos que têm formas variáveis de acordo com o número ou gênero. O termo “esse” é usado para retomar um termo, uma ideia ou uma oração já mencionada. Também pode indicar algo localizado próximo ao ouvinte, a quem está recebendo a mensagem. Ex: “A Terra gira em torno do Sol. Esse movimento é conhecido como translação”. Por outro lado, “este” introduz uma ideia nova, algo que ainda não foi mencionado anteriormente. Também pode indicar algo localizado próximo ao falante, a quem está emitindo a mensagem. Ex: “Este argumento de que os homens não choram é ultrapassado”. Isso também se aplica às variações desse/deste, disso/disto, isso/isto e nesse/neste. Por exemplo, ao falarmos “nesta semana”, estaremos nos referindo à semana que está em curso, enquanto, ao falarmos “nessa semana”, estaremos apontando para fora, para uma semana que já passou ou para uma semana específica qualquer, que não a que se faz presente no momento da fala. Funções da Partícula se: O se pode assumir inúmeras funções na nossa língua e na gramática. Vimos brevemente um pouco sobre o se como partícula apassivadora e como índice de indeterminação do sujeito. Agora, veremos sobre ele ser um pronome, uma partícula de realce ou uma conjunção subordinativa. SE como conjunção à como conjunção, o se não possui função sintática, mas tem extrema utilidade no período pois ligará a oração subordinada à oração principal nas orações adverbiais e nas orações integrantes. Ex: Estarei aqui bem cedo se tudo der certo. SE como apassivadora do sujeito à no caso de o se ser uma partícula apassivadora, a frase estará na VOZ PASSIVA SINTÉTICA, como já vimos. Ou seja, nestes casos, o sujeito simples é passivo. Ex: Aprovou-se o novo candidato. CANDIDATO: não é ele quem pratica a ação de APROVAR, ao con- trário, ele é o alvo da ação verbal. Ainda assim, ele figura como sujeito da colocação. Veja: “O candidato novo se aprovou”. SE como índice de indeterminação à no caso de se ser um índice de indeterminação do sujeito, ele estará sempre agregado ao verbo na 3ª pessoa do singular, e o sujeito será indeterminado. Ex: “Precisa-se de professor”. Já aprendemos a dica de tentar passar a frase para a voz passiva analítica se houver dúvidas a respeito de ser o sujeito indeterminado, ou não. Neste caso, podemos notar que realmente não há meios de se montar a frase de modo a obter-se um sujeito. Ora, fica claro, assim, que se trata de sujeito indeterminado. SE como pronome reflexivo à o se indicará um pronome reflexivo, vez que se trata de quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo em frases classificadas na voz reflexiva. Ex: “Andrea machu- cou-se”. www.trilhante.com.br 16 SE como ‘partícula expletiva’ à em construções como esta, a partícula se não possui função sintática. É chamada de expletiva, pois usada apenas como um realce estilístico. Ex: “Murcham-se as flores”. O verbo é “murchar”, não pronominal e intransitivo, com sujeito claro, desnecessária a presen- ça da partícula se. Ainda assim, colocá-la não constitui erro, mas opção. www.trilhante.com.br 17 Classes Gramaticais e Tempos Verbais www.trilhante.com.br /trilhante /trilhante /trilhante

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