Lições de Português 9ª Classe 2024-2025 PDF

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Este documento apresenta lições de português para a 9ª classe, abrangendo tópicos como a origem, a expansão e a evolução da língua portuguesa. Destaca também o estudo da narrativa. O documento parece focar os conceitos da língua portuguesa numa perspectiva histórica e evolutiva.

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9ª Classe 2024-2025 Lição Nº...1,2 02/a 06/09|2023 Sumário: - Apresentação e considerações gerais. -Regras de sala de aulas e material necessário para a disciplina. - Avaliação Diagnostica. 9ª Clas...

9ª Classe 2024-2025 Lição Nº...1,2 02/a 06/09|2023 Sumário: - Apresentação e considerações gerais. -Regras de sala de aulas e material necessário para a disciplina. - Avaliação Diagnostica. 9ª Classe 2024-2025 Lição Nº3,4 09/a 13/09|2023 Sumário: - As Origens da Língua Portuguesa A língua portuguesa é uma língua neolatina, formada da mistura de muito latim vulgar e mais a influência árabe e das tribos que viviam na região. Sua origem está altamente conectada a outra língua (o galego), mas, o português é uma língua própria e independente. Apesar da influência dos tempos tê-la alterado, adicionando vocábulos franceses, ingleses, espanhóis, ela ainda tem sua identidade úni- ca, sem a força que tinha no seu ápice, quando era quase tão di- fundida como agora é o inglês. No oeste da Península Ibérica, na Europa Ocidental, encontram- se Portugal e Espanha. Ambos eram domínio do Império Roma- no há mais de 2000 anos, e estes conquistadores falavam latim, uma língua que eles impuseram aos conquistados. Mas não o latim culto usado pelas pessoas cultas de Roma e escrito pelos poetas e magistrados, mas o popular latim vulgar, falado pela população em geral. Isto aconteceu porque a população local en- trou em contato com soldados e outras pessoas in- cultas,nãomagistrados. Logicamente não podemos simplesmente desprezar a influência linguística dos conquistados. Estes dialetos falados na península e em outros lugares foram regionalizando a língua. Também devemos considerar a influência árabe, que inseriu muitas termos nestes romanços até a Reconquista. Este processo formou vários dialetos, denom- inados cada um deles genericamente de romanço (do latim ro- manice, "falar à maneira dos romanos"). Quando o Império Ro- mano caiu no século V este processo se intensificou e vários di- aletos foram se formando. No caso específico da península, foram línguas como o catalão, o castelhano e o galego-português (falado na faixa ocidental da península). Foi este último que gerou o português e o galego (mais tarde uma língua falada apenas na região de Galiza, na Espanha). O galego-português existiu apenas durante os séculos XII, XIII e XIV o português uniformiza-se e adquiri as características atuais da língua. Em 1536 Fernão de Oliveira publicou a primeira Gramática da Linguagem Portuguesa, consolidando-a definitivamente. A formação da língua portuguesa está resumida em cinco períodos linguísticos: A língua portuguesa teve sua evolução dividida em cinco períodos: 1. Pré-românico: o latim era a língua oficial de Roma e foi levado por soldados para as regiões conquistadas. 2. Românico: línguas que surgiram pela diferen- ciação ou do latim falado pelos soldados ro- manos. As grandes mudanças fizeram o latim ser substituído por dialetos que deram ori- gem ao francês, espanhol e italiano. O portu- guês apareceu no século XIII. 3. Galego-português: foi o idioma da Galiza, uma comunidade autônoma localizada no noroes- te da Espanha, e das regiões de Portugal, Douro e Minho. Essa língua permaneceu até o século XIV. 4. Português arcaico: teve influência de diale- tos dos árabes e do latim, sendo o idioma fa- lado entre o século XIII e a primeira metade do século XVI. Foi nesse contexto que ini- ciaram os estudos da língua portuguesa. 5. Português clássico e moderno: o português arcaico se transformou em clássico (língua de Camões). Esse português teria sido trazido para o Brasil no tempo das grandes navegações. Portanto, a língua portuguesa, utilizada neste século XXI, é re- sultante das transformações do latim-vulgar, de acréscimos linguísticos e de modificações sofridas durante o galego- português, do contato com línguas diversas ao longo das expe- dições marítimas e expansão territorial portuguesa, e dos diver- sos neologismos e estrangeirismos gerados com o processo de globalização mundial. Expansão da Língua Portuguesa A expansão da língua portuguesa pelo mundo inicia-se no século XV com as grandes expedições marítimas e com os processos de colonização para expansão territorial portuguesa. A presença das colônias portuguesas na América (Brasil), na Áfri- ca (Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe), na Ásia (Macau, Goa, Damião e Diu) e Oceania (Timor-Leste) fez com que a língua portuguesa se espalhasse pelo mundo. Portugal impôs o português às línguas locais. Dessa forma, a lín- gua portuguesa sobrepôs-se às línguas indígenas no Brasil, às lín- guas bantu nos países africanos e às demais línguas nativas dos outros países. Em cada um desses lugares, a língua portuguesa sofreu trans- formações, incorporando vocábulos nativos, passando por modifi- cações gramaticais e adotando pronúncia própria. Ainda assim, com características específicas de cada país, a língua portuguesa mantém uma unidade linguístico-gramatical em sua estrutura. A língua portuguesa atualmente é língua oficial em dez países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Ma- cau, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Bem como se faz presente em comunidades de falantes no Canadá, Japão, França, entre outros. Comunidade de Países de Língua Portu- guesa (CPLP) Para compreender a situação da língua portuguesa no mundo, em 1996, foi criada a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a CPLP. Trata-se de uma organização internacional formadas por países de língua oficial portuguesa que objetivam estreitar relações linguísticas, culturais, educacionais, comerciais, entre outras, visando à promoção e difusão da língua, bem como à cooperação entre os países falantes de português. Em razão disso, com objetivo de unificar a escrita e, conse- quentemente, preservar a língua portuguesa, foi assinado em 1990 o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. No Brasil, o no- vo acordo está em vigor desde 2009 e com uso obrigatório desde 2016. Atualmente apenas nove dos dez países de língua oficial portu- guesa são Estado- Membros da CPLP: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. 9ª Classe 2024-20245 Lição Nº…5,6 18/ a 20/09/2024 Sumário: Evolução fonética e semântica A. Processos fonológicos 1. Processo de inserção de segmentos 2. Processo de supressão de segmentos 3. Processo de alteração de segmentos Em síntese: A. Processos fonológicos Inserção Supressão Alteração Protése (início) Aférese (início) Assimilação Epêntese (meio) Síncope (meio) Dissimilação Paragoge (fim) Apócopo (fim) Redução vocálica Metátese 1. Processo de inserção de segmentos Processo que consiste em inserir novos sons ou fonemas numa palavra (no início, no meio ou no final da mesma). 1.1. Prótese - inserção de um fonema no início de uma palavra. Ex.: stare > estar 1.2. Epêntese - inserção de um fonema no meio de uma palavra. Ex.: creo > creio 1.3. Paragoge - inserção de um fonema no final de uma palavra. Ex.: ante >antes 2. Processo de supressão de segmentos Processo que consiste em suprimir sons ou fonemas numa palavra (no início, no meio ou no final da mesma). 2.1. Aférese - supressão de um fonema no início de uma palavra. Ex.: attonitu > tonto 2.2. Síncope - supressão de um fonema no meio de uma palavra. Ex.: malu > mau 2.3. Apócope - supressão de um fonema no final de uma palavra. Ex.: amore >amor 3. Processo de alteração de segmentos Processo que consiste na mudança de sons ou fonemas numa palavra. 3.1. Assimilação - identificação ou aproximação de um fonema com um fonema vizinho, adquirindo os traços fonéticos desse fonema. Ex.: ipsu > isso 3.2. Dissimilação - diferenciação de fonemas vizinhos iguais ou semelhantes. Ex.: liliu > lírio 3.3. Redução vocálica - enfraquecimento de uma vogal em posição átona. Ex.: carta > carteiro Nota: Na palavra "carta", a vogal inicial /a/ é aberta, fazendo parte da sílaba tónica. Na palavra "carteiro", da mesma família, a vogal inicial /a/ passa a ser fechada, pois faz parte da sílaba átona que antecede a sílaba tónica. 3.4. Metátese - troca de fonemas ou de sílabas no interior de uma palavra. Ex.: semper › sempre B. Evolução semântica Ao longo dos tempos, as palavras evoluem ao nível fonológico, originando mudanças no significante (na parte gráfica e acústica da palavra). Para além desta mudança, também é possível verificar um outro tipo de evolução que ocorreu ao nível da semântica - palavras cujo significante não se alterou, mas nas quais houve uma modificação no significado. que está só, solitário - significado inicial Ex.: solitariu > solteiro < que não é casado - significado atual 2 EVOLUÇÃO SEMÂNTICAA evolução semântica consiste na alteração de sentido / significado que se verifica em certas palavras, ao longo dos tempos. Esta alteração está ligada a factores temporais e espaciais 3 EX.: palavra antes hoje parvo parvus solteiro solitarium ministro pequeno, muito novo“estúpido”solteirosolitariumo que vive ou está sóo que ainda não casouministroministruescravo, o que servefunção de grande nível socialgestogesturosto, semblantemovimento do corpo Lição Nº… 30/ a 04/10/2024 Sumário: Estudo da narrativa O que é uma narrativa e os elementos da narrativa? A narrativa é em si a exposição de fatos de forma sequencial: narrada ou contada, que ocorre ao longo de um determinado tempo. Elementos da narrativa e suas características Uma dica para não esquecer esse elementos e muito usada em cursinhos pré- vestibulares, é através da sigla “PENTE”: Personagem Qualquer ser que pratica ações em uma história. Podendo ser não apenas humano como também animais, seres fantásticos, etc. Os personagens são divididos em 3 categorias: Principal ou protagonista: Aquele que aparece na maioria dos capítulos da história e desempenha o papel mais importante. Exemplo: Harry Potter no livro “Harry Potter e a Pedra Filosofal” Antagonista: Aquele personagem que atrapalha de algum modo o protagonista na conquista de seus objetivos. É o rival, vilão da história. Exemplo: Lord Voldemort no livro “Harry Potter e a Pedra Filosofal” Coadjuvantes: Todos aqueles que possuem participação na história, mas que não aparecem o tempo todo. Estão ali colocados para auxiliar o protagonista (ou o antagonista). Exemplo: Rony e Hermione no livro “Harry Potter e a Pedra Filosofal”. Espaço Lugar ou lugares onde a narrativa se passa. O lugar desempenha papel fundamental na história, pois adianta as sensações que o autor pretende passar. Exemplo: Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts no Livro “ Harry Potter e a Pedra Filosofal” Narrador O narrador pode ser: 1ª Pessoa: Quando o narrador é um personagem e, por isso participa da história. Exemplo: “Morri de uma pneumonia; mas se lhe disser que foi menos a pneumonia, do que uma idéia grandiosa e útil, a causa da minha morte, é possível que o leitor me não creia, e todavia é verdade. Vou expor-lhe sumariamente o caso. Julgue-o por si mesmo.” (Machado de Assis – Memórias Póstumas de Brás Cubas, Capítulo 1.) 3ª Pessoa: Quando o narrador não é um personagem e está apenas contando a história. Tempo Existem dois tipos de tempo numa narrativa: Cronológico: Quando a ordem do tempo segue a ordem do relógio. É marcado por algumas palavras como: Ontem, semanas depois, ao meio dia, etc. Psicológico: É o tempo que ocorre quando o personagem se encontra sonhando, imaginando, relembrando ou pensando.Trata-se do tempo “interior” que ocorre dentro dos personagens. Enredo É o “esqueleto” da narrativa e é dividido em três partes: Introdução: Na qual há aparente harmonia, personagens e lugares são apresentados. Conflito: Na qual surge o problema que precisa ser resolvido na história Desfecho ou Clímax: A parte difícil da história onde o protagonista se arrisca em nome de resgatar uma harmonia ainda maior do que a que havia no início da narrativa. O que é contar histórias? Uma narrativa é uma sucessão sequencial de eventos ou ações , realizados por personagens reais ou imaginários, em um determinado lugar e por um determinado período de tempo, contados por alguém de uma maneira específica. Ou seja, de certa forma, uma narrativa equivale a uma história, uma história ou um conto, embora não sejam inteiramente sinônimos. As narrativas são inerentes ao ser humano , e ele as pratica desde os tempos mais remotos até o presente, de formas formais (como na literatura ) ou informais (como na fala do dia-a- dia). A ciência que estuda as narrativas é conhecida como narratologia. Origem da narrativa Inicialmente, as histórias eram carregadas de conteúdo mítico e religioso. A narrativa é tão antiga quanto a própria humanidade. Supomos que as primeiras histórias surgiram no calor das fogueiras, quando a tribo primitiva se reunia para comer e ouvir as histórias da caça, ou os mitos de origem contados pelos antigos sábios. Inicialmente, as histórias eram carregadas de conteúdo mítico e religioso. Eram histórias fundadoras que tentavam responder às grandes questões da humanidade: o que estamos fazendo aqui? Aonde vamos? De onde viemos? Posteriormente, as histórias adquiriram um conteúdo épico-maravilhoso. Serviram para explicar e moldar o sentimento de pertencimento das nações, considerando-as descendentes de heróis míticos e grandes ações, ou fruto de guerras tremendas que não se sabe se realmente ocorreram. Tipos de narração As narrativas podem ser de diferentes tipos, dependendo de seu conteúdo e de suas intenções. Uma classificação possível é a seguinte: Narração oral. Aquilo que é realizado através da linguagem falada e que é marcado pelo modo de falar do indivíduo, pela vida cotidiana, etc. É necessariamente face a face (a menos que seja gravado em fita) e efêmero, pois o som da voz desaparece. Narração escrita. Aquilo que é anotado em algum tipo de linguagem reconhecível e que pode ser lido muito depois de sua escrita, geralmente na ausência de seu autor. São duráveis ao longo do tempo e para isso requerem um suporte físico. Eles podem ser, por sua vez: Narração judicial. Aquelas que são feitas com o propósito de testemunhar um fato. Narração jornalística. Os de tipo não ficcional que aparecem na imprensa e nos meios de comunicação de massa , organizados de acordo com os métodos estilísticos da literatura, mas sem estética ou entretenimento, mas com finalidades e objetivos informativos. Narração literária. Aquelas realizadas com finalidade estética ou lúdica e que constituem o conteúdo da literatura. Eles usam mecanismos e estratégias estilísticas que dão força ou beleza à história. Outra forma de classificar as narrativas depende da veracidade dos acontecimentos relatados, podendo assim falar de uma narração objetiva ou subjetiva. Elementos narrativos Os personagens são os envolvidos na história. Em qualquer narrativa, alguns ou todos os seguintes elementos aparecem: Contador de histórias. A voz e o ponto de vista a partir dos quais a história é contada. Personagens. Esses atores direta ou indiretamente envolvidos na história contada, ocupando nela diferentes papéis: protagonista (em quem a história se concentra), antagonista (que se opõe ao protagonista), companheiro (que acompanha o protagonista); e em diferentes níveis de importância: personagens principais (aqueles sem os quais não haveria história) e personagens secundários (personagens acidentais ou acompanhantes). Lugar. Toda história se passa em um lugar, seja ele real ou imaginário, e os eventos podem ter um nível maior ou menor de interação com o ambiente onde ocorrem. Tempo. Cada história envolve uma quantidade de tempo para a duração total da história (tempo da história), bem como uma quantidade de tempo decorrido entre os eventos que narra (tempo da história). Enredo. O conteúdo da própria história, ou seja, a quantidade de ações que acontecem e que movem a história em direção à sua resolução e desfecho. Estrutura de uma narrativa Os personagens são levados a uma ou mais situações complexas. Narrar significa contar uma série de eventos de forma ordenada, lógica e sequencial , que constrói uma unidade total quando se aproxima do fim, e que tem um sentido de causalidade e plausibilidade, ou seja, que é credível e faz sentido. Nesse sentido, sua estrutura tradicionalmente envolve três partes: Iniciar ou apresentação. Também chamada de situação de equilíbrio ou situação inicial, é o ponto de partida da história, em que os personagens nos são apresentados e sua situação é detalhada no início da trama. Médio ou complicação. Os personagens são conduzidos a uma ou várias situações de complexidade, que ameaçam a satisfação ou a insatisfação de seus desejos e que repensam os esquemas iniciais em que cada personagem foi encontrado. Fim ou desfecho. Parte final em que os conflitos são resolvidos de uma forma ou de outra, para o bem ou para o mal dos personagens, e eles se encontram em uma nova situação de equilíbrio. Tipos de narrador A escolha de um narrador geralmente determina muitas coisas sobre uma história. Em princípio, há duas considerações diferentes a fazer em relação ao narrador: Pessoa narrativa. Refere-se à escolha gramatical da voz do narrador, ou seja, se ele vai falar na primeira pessoa (“eu”, “nós”) ou na terceira pessoa (“ele / ela”, “eles / elas”). Ponto de vista. Refere-se ao ponto de enunciação do narrador quanto ao que conta, podendo ser: Protagonista. Ele narra os eventos que aconteceram com ele, do seu próprio ponto de vista. Testemunha. Conta os eventos que aconteceram a terceiros e podem ou não fazer parte da história. Onisciente. Ele conta os acontecimentos do ponto de vista dele: ele sabe tudo, até o que os personagens pensam, e pode contar todos os ângulos da trama porque sabe tudo. Diálogos e descrições As descrições são pequenas pausas na narração que fornecem detalhes e informações. Diálogo é o momento em que a história reproduz para seus leitores ou espectadores uma conversa entre dois ou mais personagens , observando o que cada um disse. As descrições , por outro lado, são pequenas pausas na narração que fornecem detalhes e informações sobre como são os personagens, as coisas ou o mundo ao seu redor. Importância da narrativa A narração é um ato fundamentalmente humano. Diz-se que junto com a descoberta do fogo , o enterro dos mortos e o tabu do incesto, o surgimento da narrativa é um elemento fundamental para o surgimento da civilização humana. Na verdade, desde os tempos antigos até hoje, continuamos a narrar em muitas áreas de nossa vida. A narrativa literária Os romances são narrativas densas, lentas e divagantes. Narrativas literárias, como vimos, são aquelas que possuem aspirações artísticas ou estéticas, e que se enquadram nos gêneros narrativos conhecidos, que são: Histórias. Histórias de curta a média duração, centradas em uma linha de eventos que é narrada do início ao fim, com o menor número de interrupções. Micro-histórias. Hiper-histórias curtas, muitas vezes menores que uma página, que buscam condensar a experiência narrativa ao mínimo. Romances. Narrativas espessas, lentas e divagantes, nas quais o leitor adentra o universo das personagens e as acompanha em diversos momentos de suas vidas, seguindo um eixo narrativo de forma mais ou menos dispersa. Crônicas. Histórias curtas, geralmente com um domínio reconhecível da realidade, que procuram não só entreter através da trama, mas também fornecer informações e testemunhar algum tipo de realidade. Narração cinematográfica Um filme apresenta personagens, um enredo, um tempo, um lugar e um narrador. O filme, em sua complexidade, é também uma forma de arte que usa narrativas. Quando assistimos a um filme, somos apresentados a personagens, um enredo, um tempo, um lugar e um narrador (neste caso é a própria câmera), para reproduzir uma história audiovisualmente. Por isso, filmes com estratégias semelhantes a romances e contos podem ser estudados. Difere no que é relevante para o próprio gênero do filme, como a divisão em cenas, os tipos de cortes ou os efeitos especiais. Lição Nº…5,6 23/ a 27/09/2024 Sumário: Classificação e estudo das orações Análise Sintática A análise sintática é o estudo da função de cada termo de uma oração. Um termo, ou palavra, pode ser classificado de forma diferente de acordo com a função que desempenha na oração. Assim, é preciso entender o papel de cada um deles para fazer a sua análise sintática. Os termos da oração são classificados em: essenciais (quando a estrutura da oração é feita em torno desses termos), integrantes (quando completam o sentido de outros termos presentes na oração) e acessórios (quando a sua remoção não prejudica o sentido da oração). Termos essenciais da oração Os termos essenciais são os termos que servem de base na construção da oração, motivo pelo qual são chamados de essenciais. Os termos essenciais são dois: sujeito e predicado. 1. Sujeito O sujeito é alguém ou alguma coisa sobre a qual é dada uma informação. Por exemplo: Uma pessoa ligou, mas não quis se identificar. (Sujeito: uma pessoa) O sujeito pode ser: determinado ou indeterminado, simples ou composto e inexistente. Os sujeitos podem ser determinados ou indeterminados, mediante a condição de poder ser ou não ser identificados. Quando identificados, são sujeitos determinados (A Ana acabou de chegar. -Sujeito determinado: A Ana). Quando não identificado, são sujeitos indeterminados (Estão chamando aí à porta.). Quando o sujeito determinado pode ser facilmente identificado pela sua forma verbal, ocorre sujeito determinado oculto (Agi conforme suas orientações. -Sujeito determinado oculto: eu (eu agi...). Os sujeitos determinados podem ser simples ou compostos, conforme contenham um ou mais núcleos - termos mais importantes do sujeito. Quando apresenta apenas um núcleo, são sujeitos determinados simples (Os livros estão na prateleira. - Sujeito determinado simples: os livros, cujo núcleo é “livros”). Quando apresenta dois ou mais núcleos, são sujeitos determinados compostos (O Caderno, três lápis e uma borracha estão na mochila. -Sujeito determinado composto: O Caderno, três lápis e uma borracha, cujos núcleos são “caderno, lápis, borracha”). Os sujeitos podem ser inexistentes quando a oração é composta apenas pelo predicado (Está um calor! - oração sem sujeito). 2. Predicado O predicado é a informação que se dá sobre o sujeito. Ao identificar o sujeito da oração, todo o resto faz parte do predicado. Por exemplo: Uma pessoa ligou, mas não quis se identificar. (Sujeito: uma pessoa. Predicado: ligou, mas não quis se identificar.). O predicado pode ser: verbal, nominal e verbo-nominal. O predicado pode ser verbal quando o seu núcleo (parte principal do predicado) é um verbo que expressa uma ação (O velhinho contou uma história. - Predicado: contou uma história, cujo núcleo é “contou”). Quando o verbo, ou núcleo do predicado verbal, tem sentido completo e não precisa de complemento, ele é verbo intransitivo (A vítima morreu. - Predicado: morreu, cujo núcleo é “morreu” - predicado verbal: verbo intransitivo). Quando o verbo, ou núcleo do predicado verbal, precisa de complemento, porque não tem sentido completo, ele é verbo transitivo (Vou preparar o jantar. - Predicado: preparar o jantar, cujo núcleo é “preparar” - predicado verbal: verbo transitivo). O predicado pode ser nominal quando o seu núcleo (parte principal do predicado) é um nome e o seu verbo é de ligação, ou seja, liga o sujeito e suas características (Esta matéria é extensa. - Predicado: é extensa, cujo núcleo é “extensa”). O predicado pode ser verbo-nominal quando apresenta dois núcleos (parte principal do predicado), um núcleo verbal e um núcleo nominal (As crianças chegaram felizes. -Predicado: chegaram felizes, cujo núcleo é “chegaram” (e “estavam”) e felizes). Termos integrantes da oração Os termos integrantes são os termos que servem para completar o sentido de outros termos da oração. Os termos integrantes são três: complementos verbais, complemento nominal e agente da passiva. 1. Complementos verbais Com a função de completar o sentido dos verbos, os complementos verbais podem ser: objeto direto e objeto indireto. Os complementos verbais podem ser objeto direto, quando o complemento NÃO é ligado ao verbo através de preposição obrigatória (O poeta recitou poemas. - Predicado verbal: recitou poemas, cujo núcleo é “recitou” - complemento verbal objeto direto: poemas). Os complementos verbais podem ser objeto indireto, quando o complemento é ligado ao verbo através de preposição obrigatória (O doente precisa de cuidados. - Predicado verbal: precisa de cuidados, cujo núcleo é “precisa” - complemento verbal objeto indireto: de cuidados). 2. Complemento nominal O complemento nominal é o termo utilizado para completar o sentido de um nome, que pode ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio. Por exemplo: Os idosos têm necessidade de afeto. (Complemento nominal: "de afeto", pois completa o sentido do substantivo “necessidade".) 3. Agente da passiva O agente da passiva é o termo que indica quem executa a ação, na voz passiva, e vem, geralmente, acompanhado de preposição. Por exemplo: O bolo foi feito por mim. (Agente da passiva: por mim) Termos acessórios da oração Os termos acessórios são os termos que servem para acrescentar uma informação, mas que se forem excluídos da oração não afetam o seu sentido. Os termos acessórios são três: adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto. 1. Adjunto adnominal O adjunto adnominal é o termo utilizado para caracterizar ou determinar um substantivo através de adjetivos, artigos, numerais, pronomes ou locuções adjetivas. Por exemplo: O homem educado cedeu a sua cadeira à senhora de idade. (Adjuntos adnominais: o, educado, a, sua, de idade) 2. Adjunto adverbial O adjunto adverbial é o termo utilizado para modificar ou intensificar o sentido de um verbo, de um advérbio ou de um adjetivo. Por exemplo: Canta lindamente. (Adjunto adverbial: lindamente) 3. Aposto O aposto é o termo que tem a função de explicar, ampliar outro termo. Por exemplo: Sábado, dia sete, não haverá aula de música. (Aposto: dia sete) Exercícios de análise sintática Vamos pôr em prática o conteúdo estudado acima e analisar sintaticamente os enunciados abaixo: Exercício 1 Falam muito mal dela, agora precisa-se da verdade. Aqui temos um período formado por duas orações: 1.ª oração: Falam muito mal dela, 2.ª oração: agora precisa-se da verdade. Portanto, trata-se de um período composto. O sujeito é indeterminado nas duas orações. Não se pode ou não se quer identificar o sujeito sobre o qual estão sendo dadas as informações: Falam (quem?), precisa-se (quem?). Vamos analisar a função de cada elemento do predicado da 1.ª oração: Falam (o que ou sobre o que falam?) – uma vez que precisa de complemento, estamos diante de um verbo transitivo. muito - é adjunto adverbial de intensidade. mal – é adjunto adverbial de modo. dela – é objeto indireto, uma vez que complementa o sentido do verbo (falam de quem? dela - o mesmo que "de + ela") e esse complemento precisa de preposição. Agora, vamos analisar a função de cada elemento do predicado da 2.ª oração: Agora – adjunto adverbial de tempo. precisa-se (do que se precisa?) – uma vez que precisa de complemento com preposição, estamos diante de um verbo transitivo indireto. da verdade – o sentido é completado com a necessidade de preposição, logo o objeto é indireto. Exercício 2 As marchinhas, as cantadas por Carmem Miranda, eram maravilhosas. Aqui temos um período simples. O enunciado é formado por apenas uma oração. O sujeito é simples: As marchinhas. O núcleo do sujeito é marchinhas. as cantadas por Carmem Miranda – está identificando as marchinhas, assim, estamos diante de um aposto. eram – uma vez que indica um estado, é um verbo de ligação. maravilhosas – uma vez que caracteriza o sujeito, estamos diante de um predicativo do sujeito. Lição Nº...A,B,C,D,E 03 à 07/06/2024 Sumário: Tempos compostos- conclusão Texto Poético- Versificação Versificação é o conjunto de métodos utilizados na arte de compor versos, fazendo uso, para o efeito, de alguns elementos que concorrem para a harmonização e beleza do gênero lírico, tais como: ritmo, metrificação, rima, entre outros. Versos e Estrofes Cada linha de um poema corresponde a um verso, os quais são classificados de acordo com as sílabas poéticas que apresentam. Os versos são classificados da seguinte forma: Monossílabo - verso com uma sílaba Dissílabo - verso com duas sílabas Trissílabo - verso com três sílabas Tetrassílabo - verso com quatro sílabas Pentassílabo - verso com cinco sílabas Hexassílabo - verso com seis sílabas Heptassílabo - verso com sete sílabas Octossílabo - verso com oito sílabas Eneassílabo - verso com nove sílabas Decassílabo - verso com dez sílabas Hendecassílabo - verso com onze sílabas Dodecassílabo - verso com doze sílabas Os versos que têm mais do que doze (12) sílabas poéticas são chamados de bárbaros. O agrupamento de versos, por sua vez, compõe as estrofes. As estrofes são classificadas mediante o número de versos. Assim, quanto às estrofes, temos: Monóstico - estrofe com um verso Dístico - estrofe com dois versos Terceto - estrofe com três versos Quadra ou Quarteto - estrofe com quatro versos Quintilha - estrofe com cinco versos Sextilha - estrofe com seis versos Septilha - estrofe com sete versos Oitava - estrofe com oito versos Nona - estrofe com nove versos Décima - estrofe com dez versos Soneto Soneto é um poema de forma fixa, composto por catorze versos, dos quais dois são quartetos (conjunto de quatro versos) e dois tercetos (conjunto de três versos). O soneto provavelmente foi criado pelo poeta e humanista italiano Francesco Petrarca (1304-1374). A palavra soneto, do italiano sonetto, significa "pequeno som" ao referir-se à sonoridade produzida pelos versos. Tipos de Soneto Conforme a sua composição, os tipos de soneto são: petrarquiano, inglês, monostrófico e estrambótico. Soneto petrarquiano ou regular: catorze versos distribuídos em dois quartetos (conjunto de quatro versos) e dois tercetos (conjunto de três versos). É o mais utilizado. Soneto inglês: catorze versos distribuídos em três quartetos (estrofes de quatro versos) e um dístico (estrofe de dois versos). Foi criado por Willian Shakespeare (1564-1616). Soneto monostrófico: catorze versos distribuídos em uma única estrofe. Soneto estrambótico: catorze versos mais versos extras. Exemplo de soneto Soneto de Fidelidade, de Vinícius de Moraes, é um dos mais emblemáticos exemplos do soneto moderno brasileiro. Foi escrito em 1960. Soneto de Fidelidade De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. Estrutura do soneto Os sonetos são formados por: 14 VERSOS, sendo decassílabos (versos com dez sílabas) e alexandrinos (versos com doze sílabas) os mais usados 4 ESTROFES, sendo 2 quartetos (estrofe com quatro versos) e 2 tercetos (estrofe com três versos), nessa ordem. RIMAS, cujas posições na estrofe variam Ritmo O ritmo do poema é propiciado mediante a sonoridade, numa sucessão de sílabas tônicas e átonas - sílabas poéticas, as quais se distinguem das sílabas gramaticais. O ritmo traz à poesia a musicalidade e o sentimentalismo. Metrificação Antes do modernismo, a métrica era fortemente defendida pelos poetas, que buscavam nas suas composições a qualidade ou a perfeição obtida através dos versos isométricos - aqueles que mantinham o número de sílabas de forma regular. A partir da Escola Moderna, passam a ser aceites os versos livres, o quais dispensam os critérios métricos. Sílaba métrica ou sílaba poética Na poesia, o Metro é a medida do verso. O estudo do metro chama- se metrificação e escansão é a contagem dos sons dos versos. As sílabas métricas, ou poéticas, diferem das sílabas gramaticais em alguns aspectos. Não se contam as sílabas poéticas que estejam após a última sílaba tónica do verso Ditongos têm valor de uma só sílaba poética. Duas ou mais vogais, átonas ou até mesmo tónicas, podem fundir-se entre uma palavra e outra, formando uma só sílaba poética. Às várias orações dividindo as sílabas métricas em determinado verso podem ser atribuídos nomes, como por exemplo: no verso de Camões "e viva eu cá na terra sempre triste". Este verso tem doze sílabas gramaticais, mas apenas dez sílabas métricas, sendo o -is de "triste" a última contabilizada. Uma das principais diferenças reside no facto de, na contagem métrica, não se contabilizarem as sílabas que se seguem à última sílaba tónica. Contagem das sílabas À contagem do número de sílabas métricas de um verso é denominado por escansão, sendo que o total das sílabas poéticas deve ser igual para cada espécie de verso, pelo que é necessário saber a maneira de fazer essa contagem. Em português existem doze espécies de versos, que podem medir desde uma a doze silabas métricas. Esta contagem deve ser feita da seguinte forma: 1. A contagem termina sempre na sílaba tônica da última palavra de cada verso. Dispensa-se da contagem as demais sílabas dessa mesma última palavra, se houver; 2. A cada verso inicia-se nova contagem (dispensa-se as sílabas que sobraram da última palavra do verso anterior); 3. Na contagem, ignora-se sempre quaisquer pontuações; 4. Só contam as sílabas dos versos até a última tónica; 5. Quando uma palavra terminar por vogal átona e a palavra seguinte começar por vogal, também átona, as sílabas que contêm essas vogais constituirão uma só sílaba métrica, essas figuras poéticas denominam-se por hiatos; 6. Os hiatos podem transformar-se em ditongos e estes, embora com menos frequência, em hiatos; 7. Quando uma palavra termina por M e a seguinte começa com vogal, pode haver o desaparecimento da consoante, esta figura poética denomina-se por Ectlipse; Encadeamento O Encadeamento é o nome que se dá à necessidade de não fazer pausa em um verso, continuando a sua leitura com o verso seguinte de forma a completar, assim, o seu sentido. “E paramos de súbito na estrada Da vida: longos anos, presa à minha A tua mão, a vista deslumbrada Tive da luz que teu olhar continha.” (Retirado de Nel mezzo del cammin, de Olavo Bilac) Rimas A rima é mais um dos recursos utilizados para dar melodia ao verso. Há, todavia, versos que não apresentam rimas. São os chamados versos brancos ou soltos. “Não quero ser Deus, nem Pai nem Mãe de Deus, Não quero nem lírios nem mundos Sou pobre e superficial como a Rua do Catete. Quero a pequena e amada agitação, A inquieta esquina, aves e ovos, pensões, Os bondes e tinturarias, os postes, Os transeuntes, o ônibus Laranjeiras, Único no mundo que tem a honra de pisar na Rua do Catete.” (Rubem Braga) Classificação das Rimas As rimas são classificadas mediante disposição, extensão, acentuação e vocabulário. Disposição das Rimas (ABAB) Cruzada ou Alternada Rimas entre versos pares e, por outro lado, entre versos ímpares. Assim, ocorrem entre o primeiro e o terceiro versos e, entre o segundo e o quarto versos. A "Tu és um beijo materno! B Tu és um riso infantil, A Sol entre as nuvens de inverno, B Rosa entre as flores de abril!" (João de Deus) (ABBA) Interpolada ou Oposta Rimas que ocorrem entre o primeiro e o quarto versos e, entre o segundo e o terceiro versos. A "Amor é fogo que arde sem se ver; B É ferida que dói, e não se sente; B É um contentamento descontente; A É dor que desatina sem doer." (Luís de Camões) (AABB) Emparelhada Rimas que se sucedem duas a duas. Assim, ocorrem entre o primeiro e o segundo versos e, entre o terceiro e o quarto versos. A "Ele deixava atrás tanta recordação! A E o pesar, a saudade até no próprio chão, B Debaixo dos seus pés, parece que gemia, B Levantava-se o sol, vinha rompendo o dia, C E o bosque, a selva, o campo, a pradaria em flor C Vestiam-se de luz, como um peito de amor." (Alberto de Oliveira) Internas Rimas que ocorrem no interior dos versos. "Como são cheirosas as primeira rosas!" (Alphonsus de Guimaraens) Extensão das Rimas Consoante: rimas que ocorrem em palavras cuja similaridade sonora é total. Exemplos: carinho - sozinho; celeste - veste. Toante: rimas que ocorrem em palavras cuja similaridade sonora é parcial. Exemplos: trouxe - doce; benfazejo - beijo. Acentuação das Rimas Esdrúxula: rimas que ocorrem entre palavras proparoxítonas. Exemplos: aromática - dalmática; anêmona - trêmula. Grave: rimas que ocorrem entre palavras paroxítonas. Exemplos: flores - dores; pranto - canto. Aguda: rimas que ocorrem entre palavras oxítonas ou monossílabas. Exemplos: pomar - luar; tez - inglês Vocabulário das Rimas Pobre: rimas que ocorrem entre palavras da mesma classe gramatical. Exemplos: amor - desamor (substantivos); cantar - amar (verbos). Rica: rimas que ocorrem entre palavras com classes gramaticais diferentes. Exemplos: irradia (verbo) - dia (substantivo); dúzia (numeral) - Lúcia (substantivo) Recursos estilisticos ou figuras de estilo: A Estilística estuda a linguagem e a sua capacidade de tornar as mensagens mais ou menos emotivas e bonitas. Por esse motivo, é uma área muito importante nos meios literários. Se por um lado a Gramática preocupa-se com a norma culta da língua, a Estilística vem complementar os estudos da linguagem, na medida em que enfoca a função expressiva dos discursos através de recursos estilísticos. Campos da Estilística De acordo com os estudiosos, a Estilística pode ser dividida nos seguintes campos: Estilística Fônica Nesse campo, as figuras de som contribuem para atribuir harmonia aos textos mediante a sonoridade, como podemos verificar nas figuras de som ou harmonia abaixo: Aliteração: a repetição de consoantes marca o ritmo do texto. Exemplo: O peito do pé do Pedro é preto. Aliteração Assonância: a repetição harmônica das vogais intensificam o ritmo do texto. Exemplo: Minha Foz do Iguaçu Pólo Sul, meu azul Luz do sentimento nu (Trecho da música Linha do Equador - Djavan) Assonância Onomatopeia: a reprodução de fonemas e palavras que imitam sons aumentam a expressividade do discurso. Exemplo: "Chuac" é a onomatopeia que representa o som do beijo Sinalefa - Contração existente quando a última vogal de uma palavra, transforma-se numa semivogal, formando assim um ditongo com a vogal que inicia a palavra seguinte; Elisão - Contração existente quando a última vogal de uma palavra, é completamente assimilada pela vogal que inicia a palavra seguinte, desaparecendo assim; Crase - Contração existente quando a última vogal de uma palavra, é igual à vogal que inicia a palavra seguinte, fundindo-se numa só; Ectlipse - Contração existente quando a última vogal de uma palavra nasal, perdendo a sua nasalidade para formar um ditongo com a vogal que inicia a palavra seguinte; Hiato - Figura poética que surge quando uma palavra terminar por vogal átona e a palavra seguinte começar por vogal, também átona, as sílabas que contêm essas vogais constituirão uma só sílaba métrica; Diérese - Separação de duas vogais seguidas dentro de uma mesma palavra, de modo a que constituam duas sílabas diferentes; Sinérese - União de duas vogais, no interior da mesma palavra, que originalmente não formavam ditongo, de modo que constituam uma única sílaba; Lição Nº… 18 a 22/11/2024 Sumário: conclusão do estudo do texto das páginas 38,39 -Classificação e estudo das orações Análise Sintática 2. Predicado O predicado é a informação que se dá sobre o sujeito. Ao identificar o sujeito da oração, todo o resto faz parte do predicado. Por exemplo: Uma pessoa ligou, mas não quis se identificar. (Sujeito: uma pessoa. Predicado: ligou, mas não quis se identificar). O predicado pode ser: verbal, nominal e verbo-nominal. O predicado pode ser verbal quando o seu núcleo (parte principal do predicado) é um verbo que expressa uma ação (O velhinho contou uma história. - Predicado: contou uma história, cujo núcleo é “contou”). Quando o verbo, ou núcleo do predicado verbal, tem sentido completo e não precisa de complemento, ele é verbo intransitivo (A vítima morreu. - Predicado: morreu, cujo núcleo é “morreu” - predicado verbal: verbo intransitivo). Quando o verbo, ou núcleo do predicado verbal, precisa de complemento, porque não tem sentido completo, ele é verbo transitivo (Vou preparar o jantar. - Predicado: preparar o jantar, cujo núcleo é “preparar” - predicado verbal: verbo transitivo). O predicado verbo-nominal é um tipo de predicado que apresenta dois núcleos, sendo que um deles é um verbo, e o outro, um nome (substantivo ou adjetivo). Ao mesmo tempo que esse tipo de predicado indica uma ação, ele informa uma qualidade ou estado. Dessa maneira, há sempre a presença do predicativo do sujeito ou predicativo do objeto. O predicativo do sujeito atribui uma característica ao sujeito, enquanto o predicativo do objeto atribui uma característica ao objeto. Em resumo, o núcleo do predicado verbo-nominal é expresso da seguinte maneira: Verbo transitivo ou intransitivo + predicativo do sujeito ou predicativo do objeto Exemplos de predicado verbo-nominal Confira abaixo frases com o predicado verbo-nominal: Dolores chegou cansada. Sujeito: Dolores Predicado verbo-nominal: chegou cansada Núcleo do predicado: chegou cansada Fernando chegou ofegante à aula. Sujeito: Fernando Predicado verbo-nominal: chegou ofegante à aula Núcleo do predicado: chegou ofegante Os alunos saíram do teatro encantados. Sujeito: Os alunos Predicado verbo-nominal: saíram do teatro encantados. Núcleo do predicado: saíram encantados Observação: para identificar um predicado verbo-nominal, vale observar que o verbo de ação está expresso na frase. No entanto, o verbo que indica estado ou qualidade, permanece oculto. Para ilustrar, vamos ver o primeiro exemplo: Dolores chegou cansada. Chegou: verbo de ação “Estava” cansada: verbo de estado Tarefa : consultar os verbos de ligação Termos integrantes da oração Os termos integrantes são os termos que servem para completar o sentido de outros termos da oração. Os termos integrantes são três: complementos verbais, complemento nominal e agente da passiva. 1. Complementos verbais Com a função de completar o sentido dos verbos, os complementos verbais podem ser: complemento direto, complemento indireto e complemento direto e complemento indireto simultaniamente. O complemento direto e o complemento indireto são complementos verbais. Completam o sentido de verbos transitivos que, sem esses complementos, apresentam um significado incompleto. Complemento direto: Completa o sentido de verbos transitivos diretos. Não vem precedido por uma preposição. Indica o elemento que sofre a ação verbal. Responde às perguntas o quê? e quem?. Complemento indireto: Completa o sentido de verbos transitivos indiretos. Vem precedido por uma preposição. Indica o elemento ao qual se destina a ação verbal. Responde às perguntas de quê?, para quê?, a quem?, de quem?, para quem?, em quem?. Como identificar o objeto direto e o objeto indireto? A estrutura base da oração é sujeito - verbo - complementos verbais (complemento direto e complemento indireto). Eu agradeci o elogio ao meu amigo. Sujeito: eu Verbo: agradeci Complemento direto: o elogio Complemento indireto: ao meu amigo A professora ensinou a tabuada aos alunos. Sujeito: a professora Verbo: ensinou Complemento direto: a tabuada Complemento indireto: aos alunos A forma mais fácil de distinguir os complementos verbais é fazendo perguntas ao verbo: para o complemento direto - o quê? e quem? para o complememto indireto - de quê?, para quê?, a quem?, de quem?, para quem?, em quem? Exemplos de complemento diretos A minha prima Renata coleciona selos. (coleciona o quê? selos) Vou visitar você amanhã. (visitar quem? você) Quem partiu o copo? (partiu o quê? o copo) Abracei minha filha com muita força. (abracei quem? minha filha) Exemplos de objetos indiretos Necessito de ajuda, por favor. (necessito de quê? de ajuda) Vou telefonar à minha irmã. (telefonar a quem? à minha irmã) Eu não soube responder às perguntas. (responder a quê? às perguntas) O aluno agradeceu ao professor. (agradeceu a quem? ao professor) Exemplos de complementos diretos e indiretos A diretora perguntou ao aluno o seu nome. (perguntou o quê? o seu nome – C.D) (perguntou a quem? ao aluno – C.IND) Eu vendi minha blusa a minha prima. (vendi o quê? minha blusa – C.D) (vendi a quem? a minha prima – C. IND) Alguém entregou uma encomenda a Elsa? (entregou o quê? uma encomenda – C.D) (entregou a quem? a Elsa – C.IND) O complemento direto pode ser representado principalmente por: um substantivo: O aluno estudou a matéria. um pronome substantivo: Leia tudo com atenção. um pronome oblíquo átono: Eu encontrei-o na festa. Há algumas situações em que o complemento direto aparece precedido pela preposição “a”. Isso acontece quando o complemento direto se refere a um pronome oblíquo tônico, a um substantivo próprio, a um pronome indefinido, ao pronome relativo quem e aos numerais ambos e ambas: Ele insultou a todos. Ele insultou a mim. Ele insultou a Bruno. Ele insultou a quem esteve presente. Objeto indireto O objeto indireto completa o sentido de um verbo transitivo indireto, necessitando de uma preposição para estabelecer regência verbal. Para o identificar na oração, devem ser feitas as perguntas de quê?, para quê?, a quem?, de quem?, para quem?, em quem? ao verbo. O complemento indireto pode ser representado principalmente por: um substantivo: Ninguém respondeu ao questionário. um pronome: Ele duvidou de mim? Há algumas situações em que o complemento indireto não aparece precedido por uma preposição. Isso acontece quando o objeto indireto é representado por um pronome oblíquo, como me, te, lhe, nos, vos, lhes. Isso acontece porque esses pronomes correspondem a: a mim, a ti, a ele, a nós, a vós, a eles: Envie-lhe uma nova proposta. Ele disse-nos uma mentira. O médico deu-me um conselho. Exercícios com objeto direto e indireto 1. Identifique as alíneas em que o termo destacado é o objeto direto. a) Eu pedi um brigadeiro à minha avó. b) O espelho caiu no chão. c) Ele não se preocupou comigo. d) A avó acordou-a cedo. a) Eu pedi um brigadeiro à minha avó. d) A avó acordou-a cedo. 2. Identifique as alíneas em que o termo destacado é o objeto indireto. a) Comi um bolo de chocolate delicioso. b) Você acredita nisto?! c) Eu disse-lhe que gostava dela. d) Ouvi a música e gostei. b) Você acredita nisto?! c) Eu disse-lhe que gostava dela. 3. Classifique os termos destacados nas seguintes oraçõe. a) Esta lapiseira pertence ao meu pai. b) Eu ofereci-lhe uma flor. c) Vi aquilo, mas não acreditei! d) Apenas quero paz e sossego. a) Complemento indireto b) Complemento indireto c) Complemento direto d) Complemento direto Classificação dos verbos Os verbos em língua portuguesa são classificados quanto à conjugação em: regulares, irregulares, anômalos, defectivos ou abundantes. Verbos regulares: são os que seguem um modelo de conjugação, mantendo o radical igual. Exemplos: estudar, bater, partir. Verbos irregulares: são os que não seguem um modelo de conjugação, apresentando alterações no radical e/ou nas terminações. Exemplos: dar, fazer, ouvir. Verbos anômalos: são os verbos irregulares que sofrem alterações profundas no radical e/ou nas terminações. Exemplos: pôr, ser, ir. Verbos defectivos: não têm conjugação completa, não sendo conjugados em determinados tempos, modos ou pessoas. Exemplos: reaver, abolir, falir. Verbos abundantes: são os que apresentam mais de uma forma em alguns tempos, modos ou pessoas. Exemplos: gastado e gasto, elegido e eleito, imprimido e impresso. Verbos Abundantes Verbos abundantes: são os que apresentam mais de uma forma em alguns tempos, modos ou pessoas. Exemplos: gastado e gasto, elegido e eleito, imprimido e impresso. *São aqueles que apresentam mais do que uma forma aceitas pela norma culta no particípio, uma forma regular e uma irregular. Infinitivo Particípio Regular Particípio Irregular Absolver Absolvido Absolto Abstrair Abstraído Abstrato Infinitivo Particípio Regular Particípio Irregular Aceitar Aceitado Aceito Benzer Benzido Bento Cobrir Cobrido Coberto Completar Completado Completo Confundir Confundido Confuso Demitir Demitido Demisso Despertar Despertado Desperto Dispersar Dispersado Disperso Eleger Elegido Eleito Encher Enchido Cheio Entregar Entregado Entregue Morrer Morrido Morto Expelir Expelido Expulso Enxugar Enxugado Enxuto Findar Findado Findo Fritar Fritado Frito Ganhar Ganhado Ganho Gastar Gastado Gasto Imprimir Imprimido Impresso Inserir Inserido Inserto Isentar Isentado Isento Juntar Juntado Junto Limpar Limpado Limpo Matar Matado Morto Omitir Omitido Omisso Pagar Pagado Pago Prender Prendido Preso Romper Rompido Roto Salvar Salvado Salvo Secar Secado Seco Infinitivo Particípio Regular Particípio Irregular Submergir Submergido Submerso Suspender Suspendido Suspenso Tingir Tingido Tinto Torcer Torcido torto Exemplos de frases com particípio regular e irregular Infinitivo Particípio Regular Particípio Irregular Aceitar Eu já tinha aceitado o convite. O convite foi aceito. Aviso quando tiver entregado a Entregar Está entregue! encomenda. Quando chegou encontrou o animal Morrer Havia morrido há dias. morto. Expelir A bala foi expelida por aquela arma. Esta é a bala expulsa. Tinha enxugado a louça quando o Enxugar A roupa está enxuta. programa começou. Depois de ter findado o trabalho, Findar Trabalho findo! descansou. Se tivesse imprimido tínhamos como Imprimir Onde está o documento impresso? provar. Limpar Eu tinha limpado a casa. Que casa tão limpa! Dados importantes tinham sido Omitir Informações estavam omissas. omitidos por ela. Após ter submergido os legumes, Deixe os legumes submersos por Submergir reparou no amigo. alguns minutos. Suspender Nunca tinha suspendido ninguém. Você está suspenso! Quando usar particípio regular O particípio regular é, geralmente, utilizado na voz ativa, aquelas em que o sujeito pratica a ação. Exemplo: Tinha aceitado o convite. Nesse caso, o particípio recebe as seguintes terminações: -ado em verbos da 1.ª conjugação (terminados em ar: ditar, isentar, promulgar): ditado, isentado, promulgado. -ido em verbos da 2.ª conjugação (terminados em er: ceder, remeter, tecer): cedido, remetido, tecido. -ido em verbos da 3.ª conjugação (terminados em ir ou or: falir, inserir, remir): falido, inserido, remido. Quando usar particípio irregular O particípio irregular é, geralmente, utilizado na voz passiva, aquelas em que o sujeito sofre a ação. Exemplo: O convite foi aceito. Quando ambas as formas de particípio - regular e irregular - são aceitas, temos aquilo de que chamamos “duplos particípios”. Mas, atenção! Há verbos que apresentam somente particípio regular (acabado, arremessado, falado) e há outras que somente apresentam particípio irregular. Há três grupos de conjugação, de acordo com a terminação do infinitivo: verbos terminados em -ar, -er, -ir. Para cada uma das conjugações, há um modelo das formas verbais consideradas regulares. É a relação estabelecida com tais modelos que classifica os verbos como regulares, irregulares, anômalos, defectivos ou abundantes. Verbos regulares São considerados regulares os verbos que obedecem de maneira precisa a um paradigma ou modelo de respectiva conjugação, mantendo o radical igual. Conjugação do verbo regular estudar Modo indicativo: Presente Pretérito Imperfeito Pretérito Perfeito Eu estudo estudava estudei Tu estudas estudavas estudaste Ele/Ela estuda estudava estudou Nós estudamos estudávamos estudamos Vós estudais estudáveis estudastes Eles/Elas estudam estudavam estudaram Pretérito Mais-que-perfeito Futuro do Presente Futuro do Pretérito Eu estudara estudarei estudaria Tu estudaras estudarás estudarias Ele/Ela estudara estudará estudaria Nós estudáramos estudaremos estudaríamos Vós estudáreis estudareis estudaríeis Eles/Elas estudaram estudarão estudariam Modo subjuntivo ou conjuntivo: Presente Pretérito Imperfeito Futuro Que eu estude Se eu estudasse Quando eu estudar Que tu estudes Seu tu estudasses Quando tu estudares Presente Pretérito Imperfeito Futuro Que ele/ela estude Se ele/ela estudasse Quando ele/ela estudar Que nós estudemos Se nós estudássemos Quando nós estudarmos Que vós estudeis Se vós estudásseis Quando vós estudardes Que eles/elas estudem Se eles/elas estudassem Quando eles/elas estudarem Modo imperativo: Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo Estuda tu Não estudes tu Estude você Não estudes você Estudemos nós Não estudemos nós Estudai vós Não estudeis vós Estudem vocês Não estudem vocês Formas nominais: Infinitivo Pessoal Infinitivo Impessoal Gerúndio Particípio Estudar eu Estudar Estudando Estudado Estudares tu -- -- -- Estudar ele/ela -- -- -- Estudarmos nós -- -- -- Estudardes vós -- -- -- Estudarem eles/elas -- -- -- Verbos irregulares Os verbos irregulares são classificados assim porque não seguem o paradigma ou modelo da respectiva conjugação. Esses verbos podem apresentar irregularidades no radical, nas terminações ou em ambos. Conjugação do verbo irregular fazer Modo indicativo: Presente Pretérito Imperfeito Pretérito Perfeito Eu faço fazia fiz Tu fazes fazias fizeste Ele/Ela faz fazia fez Nós fazemos fazíamos fizemos Vós fazeis fazíeis fizestes Eles/Elas fazem faziam fizeram Pretérito Mais-que-perfeito Futuro do Presente Futuro do Pretérito Eu fizera farei faria Tu fizeras farás farias Ele/Ela fizera fará faria Nós fizéramos faremos faríamos Vós fizéreis fareis faríeis Eles/Elas fizeram farão fariam Modo subjuntivo ou conjuntivo: Presente Pretérito Imperfeito Futuro Que eu faça Se eu fizesse Quando eu fizer Que tu faças Se tu fizesses Quando tu fizeres Que ele/ela faça Se ele/ela fizesse Quando ele/ela fizer Que nós façamos Se nós fizéssemos Quando nós fizermos Que vós façais Se vós fizésseis Quando vós fizerdes Que eles/elas façam Se eles/elas fizessem Quando eles/elas fizerem Modo imperativo: Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo Faz tu não faça tu Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo Faça você não faça vocês Façamos nós não façamos nós Fazei vós não façais vós Façam eles não façam vocês Formas nominais: Infinitivo Pessoal Infinitivo Impessoal Gerúndio Particípio Fazer eu Fazer Fazendo Feito Fazeres tu -- -- -- Fazer ele/ela -- -- -- Fazermos nós -- -- -- Fazerdes vós -- -- -- Fazerem eles/elas -- -- -- Verbos anômalos Os verbos anômalos são verbos irregulares que sofrem alterações profundas em seu radical e nas suas terminações. Conjugação do verbo anômalo ser Modo indicativo: Presente Pretérito Imperfeito Pretérito Perfeito Eu sou era fui Tu és eras foste Ele/Ela é era foi Nós somos éramos fomos Vós sois éreis fostes Eles/Elas são eram foram Pretérito Mais-que-perfeito Futuro do Presente Futuro do Pretérito Eu fora serei seria Tu foras serás serias Ele/Ela fora será seria Nós fôramos seremos seríamos Vós fôreis sereis seríeis Eles/Elas foram serão seriam Modo subjuntivo: Presente Pretérito Imperfeito Futuro Que eu seja Se eu fosse Quando eu for Que tu sejas Seu tu fosses Quando tu fores Que ele/ela seja Se ele/ela fosse Quando ele/ela for Que nós sejamos Se nós fôssemos Quando nós formos Que vós sejais Se vós fôsseis Quando vós fordes Que eles/elas sejam Se eles/elas fossem Quando eles/elas forem Modo imperativo: Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo Sê tu Não sejas tu Seja você Não seja você Sejamos nós Não sejamos nós Sede vós Não sejais vós Sejam vocês Não sejam vocês Formas nominais: Infinitivo Pessoal Infinitivo Impessoal Gerúndio Particípio Ser eu Ser Sendo Sido Seres tu -- -- -- Ser ele/ela -- -- -- Sermos nós -- -- -- Serdes vós -- -- -- Serem eles/elas -- -- -- Verbos defectivos Os verbos defectivos não têm conjugação completa, não sendo conjugados em determinados tempos, modos ou pessoas. Conjugação do verbo defectivo falir Modo indicativo: Presente Pretérito Imperfeito Pretérito Perfeito Eu -- falia fali Tu -- falias faliste Ele/Ela -- falia faliu Nós falimos falíamos falimos Vós falis falíeis falistes Eles/Elas -- faliam faliram Pretérito Mais-que-perfeito Futuro do Presente Futuro do Pretérito Eu falira falirei faliria Tu faliras falirás falirias Ele/Ela falira falirá faliria Nós falíramos faliremos faliríamos Vós falíreis falireis faliríeis Pretérito Mais-que-perfeito Futuro do Presente Futuro do Pretérito Eles/Elas faliram falirão faliriam Modo subjuntivo: Presente Pretérito Imperfeito Futuro -- Se eu falisse Quando eu falir -- Se tu falisses Quando tu falires -- Se ele/ela falisse Quando ele/ela falir -- Se nós falíssemos Quando nós falirmos -- Se vós falísseis Quando vós falirdes -- Se eles/elas falissem Quando eles/elas falirem Modo imperativo: Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo Fali vós -- Formas nominais: Infinitivo Pessoal Infinitivo Impessoal Gerúndio Particípio Falir eu Falir Falindo Falido Falires tu -- -- -- Falir ele/ela -- -- -- Falirmos nós -- -- -- Falirdes vós -- -- -- Falirem eles/elas -- -- -- Verbos auxiliares: ser, estar, ter, haver Os verbos auxiliares são aqueles que auxiliam na conjugação de outros verbos e por isso recebem esse nome. Eles se unem ao verbo principal na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. Os principais verbos auxiliares no português são o ser, o estar, o ter e o haver. Formação dos tempos compostos Os tempos compostos são formados por um verbo auxiliar (geralmente, o ter ou o haver) e um verbo principal no particípio (-ado, -edo, -ido). Exemplos: Luís Felipe havia passado pela loja da mãe quando aconteceu o acidente. Brida teria falado com ele antes se ela não tivesse um compromisso. João tem vendido muito suco na praia. Conjugação do verbo SER O verbo ser é um verbo irregular que pode ser utilizado como auxiliar e como verbo de ligação. Gerúndio: sendo Particípio passado: sido Infinitivo: ser Verbo ser no modo indicativo Presente Pretérito Imperfeito Pretérito Perfeito Eu sou Eu era Eu fui Tu és Tu eras Tu foste Ele é Ele era Ele foi Nós somos Nós éramos Nós fomos Vós sois Vós éreis Vós fostes Eles são Eles eram Eles foram Pretérito mais-que-perfeito Futuro do Presente Futuro do Pretérito Eu fora Eu serei Eu seria Tu foras Tu serás Tu serias Pretérito mais-que-perfeito Futuro do Presente Futuro do Pretérito Ele fora Ele será Ele seria Nós fôramos Nós seremos Nós seríamos Vós fôreis Vós sereis Vós seríeis Eles foram Eles serão Eles seriam Verbo ser no modo subjuntivo Presente Pretérito Imperfeito Futuro Que eu seja Se eu fosse Quando eu for Que tu sejas Se tu fosses Quando tu fores Que ele seja Se ele fosse Quando ele for Que nós sejamos Se nós fôssemos Quando nós formos Que vós sejais Se vós fôsseis Quando vós fordes Que eles sejam Se eles fossem Quando eles forem Verbo ser no modo imperativo Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo -- -- Sê tu Não sejas tu Seja você Não seja você Sejamos nós Não sejamos nós Sede vós Não sejais vós Sejam vocês Não sejam vocês Verbo ser no infinitivo Infinitivo Pessoal Por ser eu Por seres tu Infinitivo Pessoal Por ser ele Por sermos nós Por serdes vós Por serem eles Conjugação do verbo ESTAR O verbo estar é um verbo irregular que pode ser utilizado como auxiliar e como verbo de ligação. Gerúndio: estando Particípio passado: estado Infinitivo: estar Verbo estar no modo indicativo Presente Pretérito Imperfeito Pretérito Perfeito Eu estou Eu estava Eu estive Tu estás Tu estavas Tu estiveste Ele está Ele estava Ele esteve Nós estamos Nós estávamos Nós estivemos Vós estais Vós estáveis Vós estivestes Eles estão Eles estavam Eles estiveram Pretérito mais-que-perfeito Futuro do Presente Futuro do Pretérito Eu estivera Eu estarei Eu estaria Tu estiveras Tu estarás Tu estarias Ele estivera Ele estará Ele estaria Nós estivéramos Nós estaremos Nós estaríamos Vós estivéreis Vós estareis Vós estaríeis Eles estiveram Eles estarão Eles estariam Verbo estar no modo subjuntivo Presente Pretérito Imperfeito Futuro Que eu esteja Se eu estivesse Quando eu estiver Que tu estejas Se tu estivesses Quando tu estiveres Que ele esteja Se ele estivesse Quando ele estiver Que nós estejamos Se nós estivéssemos Quando nós estivermos Que vós estejais Se vós estivésseis Quando vós estiverdes Que eles estejam Se eles estivessem Quando eles estiverem Verbo estar no modo imperativo Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo -- -- Está tu Não estejas tu Esteja você Não esteja você Estejamos nós Não estejamos nós Estai vós Não estejais vós Estejam vocês Não estejam vocês Verbos estar no infinitivo Infinitivo Pessoal Por estar eu Por estares tu Por estar ele Por estarmos nós Por estardes vós Por estarem eles Conjugação do verbo TER O verbo ter é um verbo irregular utilizado como auxiliar. Gerúndio: tendo Particípio passado: tido Infinitivo: ter Verbo ter no modo indicativo Presente Pretérito Imperfeito Pretérito Perfeito Eu tenho Eu tinha Eu tive Tu tens Tu tinhas Tu tiveste Ele tem Ele tinha Ele teve Nós temos Nós tínhamos Nós tivemos Vós tendes Vós tínheis Vós tivestes Eles têm Eles tinham Eles tiveram Pretérito mais-que-perfeito Futuro do Presente Futuro do Pretérito Eu tivera Eu terei Eu teria Tu tiveras Tu terás Tu terias Ele tivera Ele terá Ele teria Nós tivéramos Nós teremos Nós teríamos Vós tivéreis Vós tereis Vós teríeis Eles tiveram Eles terão Eles teriam Verbo ter no modo subjuntivo Presente Pretérito Imperfeito Futuro Que eu tenha Se eu tivesse Quando eu tiver Que tu tenhas Se tu tivesses Quando tu tiveres Que ele tenha Se ele tivesse Quando ele tiver Que nós tenhamos Se nós tivéssemos Quando nós tivermos Que vós tenhais Se vós tivésseis Quando vós tiverdes Que eles tenham Se eles tivessem Quando eles tiverem Verbo ter no modo imperativo Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo -- -- Tem tu Não tenhas tu Tenha você Não tenha você Tenhamos nós Não tenhamos nós Tende vós Não tenhais vós Tenham você Não tenham vocês Verbo ter no modo infinitivo Infinitivo Pessoal Por ter eu Por teres tu Por ter ele Por termos nós Por terdes vós Por terem eles Conjugação do verbo HAVER O verbo haver é um verbo irregular utilizado como auxiliar. Quando se apresenta como verbo impessoal, sem sujeito e com significado de existir, ele deve ser conjugado apenas na 3.ª pessoa do singular. Gerúndio: havendo Particípio passado: havido Infinitivo: haver Verbo haver no modo indicativo Presente Pretérito Imperfeito Pretérito Perfeito Eu hei Eu havia Eu houve Tu hás Tu havias Tu houveste Ele há Ele havia Ele houve Nós havemos Nós havíamos Nós houvemos Presente Pretérito Imperfeito Pretérito Perfeito Vós haveis Vós havíeis Vós houvestes Eles hão Eles haviam Eles houveram Pretérito mais-que-perfeito Futuro do Presente Futuro do Pretérito Eu houvera Eu haverei Eu haveria Tu houveras Tu haverás Tu haverias Ele houvera Ele haverá Ele haveria Nós houvéramos Nós haveremos Nós haveríamos Vós houvéreis Vós havereis Vós haveríeis Eles houveram Eles haverão Eles haveriam Verbo haver no modo subjuntivo Presente Pretérito Imperfeito Futuro Que eu haja Se eu houvesse Quando eu houver Que tu hajas Se tu houvesses Quando tu houveres Que ele haja Se ele houvesse Quando ele houver Que nós hajamos Se nós houvéssemos Quando nós houvermos Que vós hajais Se vós houvésseis Quando vós houverdes Que eles hajam Se eles houvessem Quando eles houverem Verbo haver no modo imperativo Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo -- -- Há tu Não hajas tu Haja você Não haja você Hajamos nós Não hajamos nós Havei vós Não hajais vós Hajam vocês Não hajam vocês Verbo haver no infinitivo Infinitivo Pessoal Por haver eu Por haveres tu Por haver ele Por havermos nós Por haverdes vós Por haverem eles Verbos modais, acurativos, causativos e sensitivos Ao lado dos principais verbos auxiliares (ser, estar, ter, haver), há outros verbos que têm a função de verbos auxiliares. São eles: verbos modais, acurativos, causativos e sensitivos. Os verbos modais indicam desejo, intenção e possibilidade. São eles: querer, dever, poder, conseguir, pretender, tentar. Nesse caso, o verbo principal fica no gerúndio (-ando, -endo, -indo) ou no infinitivo (-ar, -er, -ir). Exemplo: Os alunos querem aprender matemática. Os verbos acurativos indicam início, continuidade, repetição e fim da ação verbal. São eles: continuar, começar, voltar, andar, acabar. Nesse caso, o verbo principal fica no gerúndio (-ando, -endo, -indo) ou no infinitivo (-ar, -er, -ir). Exemplo: Joel continua ouvindo a mesma música. Os verbos causativos têm a função de locução verbal e indicam causa. São eles: mandar, fazer. Exemplo: Faça-o ficar quieto! Os verbos sensitivos têm a função de locução verbal e fazem referência aos sentidos. São eles: ver, ouvir, sentir. Exemplo: Eles ouviram ventar a noite tod Conjunções: Conjunção é um termo que liga duas orações ou duas palavras de mesmo valor gramatical, estabelecendo uma relação entre elas. Exemplos de conjunção: Eu iria ao jogo, mas estou sem companhia. (a conjunção" mas" está ligando a oração "eu iria ao jogo" com a oração "estou sem companhia") Ele joga futebol e basquete. (a conjunção "e" está ligando as palavras "futebol" e "basquete") As conjunções são classificadas em coordenativas e subordinativas. As conjunções coordenativas ligam orações independentes e as orações subordinativas ligam orações que são dependentes entre elas. Conjunções coordenativas As conjunções coordenativas são aquelas que ligam duas orações independentes. São divididas em cinco tipos: 1. Conjunções aditivas 2. Conjunções adversativas 3. Conjunções alternativas 4. Conjunções conclusivas 5. Conjunções explicativas 1. Conjunções aditivas E, nem, não só… mas também, não só... como também. As conjunções aditivas exprimem soma, adição de pensamentos, por exemplo: Ana não fala nem ouve. Na festa, comeu e bebeu à vontade. Trabalha muito, mas também se diverte. 2. Conjunções adversativas Mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, todavia, não obstante. As conjunções adversativas exprimem oposição, contraste, compensação de pensamentos, por exemplo: Não fomos campeões, todavia exibimos o melhor futebol. Telefonei, mas ninguém atendeu. Tentou falar, contudo ele não quis ouvir. 3. Conjunções alternativas Ou, Ou... ou, já... já, ora... ora, quer... quer, seja... seja. As conjunções alternativas exprimem escolha de pensamentos, por exemplo: Ou você vem conosco ou você não vai. Não viu ou fingiu que não viu. Ora ria, ora chorava. 4. Conjunções conclusivas Logo, por isso, pois (quando vem depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim. As conjunções conclusivas exprimem conclusão de pensamento, por exemplo: Chove bastante, portanto a colheita está garantida. Consegui falar com ele, pois esperei à sua porta. Almoçarei antes de sair, logo não ficarei com fome. 5. Conjunções explicativas Que, porque, assim, pois (quando vem antes do verbo), porquanto, por conseguinte. As conjunções explicativas exprimem razão, motivo, por exemplo: Não choveu, porque nada está molhado. Vem aqui, pois preciso falar com você. A avó disse para não comer bolo quente, que dava dor de barriga. Conjunções subordinativas As conjunções subordinativas servem para ligar orações dependentes uma da outra e são divididas em dez tipos: 1. Conjunções integrantes 2. Conjunções causais 3. Conjunções comparativas 4. Conjunções concessivas 5. Conjunções condicionais 6. Conjunções conformativas 7. Conjunções consecutivas 8. Conjunções temporais 9. Conjunções finais 10. Conjunções proporcionais 1. Conjunções integrantes Que, se. As conjunções integrantes introduzem orações subordinadas com função substantiva, por exemplo: Quero que você volte já. Não sei se devo voltar lá. Você disse que me ligava... 2. Conjunções causais Que, porque, como, pois, visto que, já que, uma vez que. As conjunções causais introduzem orações subordinadas que dão ideia de causa, por exemplo: Não fui à aula, porque choveu. Como fiquei doente, não pude ir à aula. Uma vez que os alunos não compareceram, o evento foi cancelado. 3. Conjunções comparativas Que, do que, como. As conjunções comparativas introduzem orações subordinadas que dão ideia de comparação, por exemplo: Meu professor é mais inteligente do que o seu. Agiam como anjinhos. Dançava como uma bailarina. 4. Conjunções concessivas Embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, por mais que, por melhor que, nem que. As conjunções concessivas iniciam orações subordinadas que exprimem um fato contrário ao da oração principal, por exemplo: Vou à praia, embora esteja chovendo. Não vou nem que me paguem. Por mais que lia, menos entendia. 5. Conjunções condicionais Caso, contanto que, salvo se, desde que, a não ser que. As conjunções condicionais iniciam orações subordinadas que exprimem hipótese ou condição para que o fato da oração principal se realize ou não, por exemplo: Se não chover, irei à praia. Caso decida ir, estarei à espera. Desde que ele explique, ouvirei com atenção. 6. Conjunções conformativas Segundo, como, conforme, consoante. As conjunções conformativas iniciam orações subordinadas que exprimem acordo, concordância de um fato com outro, por exemplo: Cada um colhe conforme semeia. Fiz como disseram para fazer. Sairei mais cedo consoante o trabalho. 7. Conjunções consecutivas Que, de forma que, de modo que, de maneira que. As conjunções consecutivas iniciam orações subordinadas que exprimem a consequência ou o efeito do que se declara na oração principal, por exemplo: Foi tamanho o susto que ela desmaiou. Adiantou os estudos, de modo que ficou com a tarde livre. Perdeu a hora, de maneira que perdeu a consulta. 8. Conjunções temporais Logo que, antes que, quando, assim que, sempre que, enquanto. As conjunções temporais iniciam orações subordinadas que dão ideia de tempo, por exemplo: Quando as férias chegarem, viajaremos. Sempre que posso, vou à biblioteca. Dou o recado logo que ele chegue. 9. Conjunções finais A fim de que, para que. As conjunções finais iniciam orações subordinadas que exprimem uma finalidade, por exemplo: Estamos aqui para que ele fique tranquilo. Tirou fotos a fim de que acreditassem no que havia acontecido. Manteremos segredo para que ela não descubra a surpresa. 10. Conjunções proporcionais À medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, quanto menor, quanto melhor. As conjunções proporcionais iniciam orações subordinadas que exprimem concomitância, simultaneidade, por exemplo: Quanto mais trabalho, menos recebo. À medida que andava, mais se encantava com a paisagem. Quanto menos eu souber dessa história, melhor será para mim. Exercícios de conjunções 1. (PUC-SP) No período: "Da própria garganta saiu um grito de admiração, que Cirino acompanhou, embora com menos entusiasmo", a palavra destacada expressa uma ideia de: a) explicação. b) concessão. c) comparação. d) modo. e) consequência. 2. Assinale a alternativa que possa substituir, pela ordem, as partículas de transição dos períodos abaixo, sem alterar o significado delas. "Em (primeiro lugar), observemos o avô. (Igualmente), lancemos um olhar para a avó. (Também) o pai deve ser observado. Todos são altos e morenos. (Consequentemente), a filha também será morena e alta." a) primeiramente, ademais, além disso, em suma b) acima de tudo, também, analogamente, finalmente c) primordialmente, similarmente, segundo, portanto d) antes de mais nada, da mesma forma, por outro lado, por conseguinte e) sem dúvida, intencionalmente, pelo contrário, com efeito. 3. Em: “… ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas…” a partícula como expressa uma ideia de: a) comparação b) causa c) explicação d) conclusão e) proporção

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