Avaliação da Função Visual PDF
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This document discusses various methods for evaluating visual function, focusing on aspects like contrast sensitivity, glare response, visual field, and color vision. It covers different tests and examples used in these assessments. The document is primarily intended for use by medical professionals rather than a general audience.
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Avaliação da Função Visual 1. Pesquisa da Sensibilidade ao Contraste A medida da acuidade visual é um teste que utiliza máximo contraste. Entretanto, em nosso dia a dia, estamos cercados por objetos de diferentes tamanhos e diferentes níveis de contraste. Contraste é a diferença...
Avaliação da Função Visual 1. Pesquisa da Sensibilidade ao Contraste A medida da acuidade visual é um teste que utiliza máximo contraste. Entretanto, em nosso dia a dia, estamos cercados por objetos de diferentes tamanhos e diferentes níveis de contraste. Contraste é a diferença de luminância entre superfícies ou objetos adjacentes. A sensibilidade ao contraste está reduzida quando há redução da transparência dos meios, nas lesões das vias ópticas e até nas ametropias não corrigidas. Os testes com grades senoidais são os mais representativos da sensibilidade ao contraste. ○ Exemplos: VCTS 6500, FACT e Grades de Arden. Testes com figuras podem ser utilizados em crianças pré-verbais. ○ Exemplos: Lea low-contrast symbols test, o teste de Pelli-Robson, Hiding Heidi Low Contrast Face Pictures e o Melbourne Edge test. 2. Pesquisa do Glare Glare ou ofuscamento é a luz que provoca efeitos de desconforto ou diminuição da resolução visual. Os testes para pesquisa de glare procuram reproduzir condições ambientais que causam o fenômeno desconfortável. ○ Exemplos: BAT (brighteness acuity test), Teste de Miller-Nadler, Teste de Berkeley. Para reduzir o glare, podemos controlar os níveis de iluminação do ambiente, utilizar lentes filtrantes e melhorar a transparência dos meios oculares. 3. Pesquisa do Campo Visual As principais alterações de campo em pacientes com visão subnormal são: ○ Os defeitos centrais (ex: na DMRI). ○ Redução global da amplitude (ex: doenças retinianas degenerativas, glaucoma e outras doenças do nervo óptico). ○ Hemianopsias ou defeitos setoriais nas lesões cerebrais. A perimetria automatizada pode ser utilizada em pacientes colaborativos e perda visual não tão grave. O perímetro Goldman deve ser utilizado quando o paciente tem dificuldade de fixação do estímulo visual e em perdas visuais mais profundas. A microperimetria utiliza tecnologia “Scanning laser ophthalmoscope”, testando a perimetria e mostrando simultaneamente a área retiniana testada. Identifica os escotomas, sua intensidade e localiza as áreas de maior sensibilidade retiniana (PRL - Locus retiniano de fixação preferencial), o que pode ser utilizado na reabilitação do paciente. 4. Pesquisa da Visão de Cores Os defeitos na visão de cores podem ser congênitos ou adquiridos. Os defeitos congênitos geralmente afetam o eixo verde-vermelho, sendo mais comuns em homens, por seu padrão de hereditariedade ligado ao cromossomo X. ○ São defeitos simétricos entre os dois olhos, estáveis ao longo do tempo e as demais funções visuais são normais. Os defeitos adquiridos podem acometer mulheres ou homens e podem afetar tanto o eixo azul-amarelo quanto o verde-vermelho. ○ São, em geral, defeitos assimétricos entre os dois olhos, podem progredir ao longo do tempo e podem estar associados a outras alterações da função visual. Os testes para avaliação da visão de cores podem ser placas pseudoisocromáticas ou testes de arranjo ou pareamento. As placas pseudoisocromáticas são testes mais rápidos e úteis para rastreamento; no entanto, não são eficazes na classificação do defeito. ○ Placas pseudoisocromáticas de Ishihara: São muito afetados pela acuidade visual e pela sensibilidade ao contraste. A acuidade visual deve ser maior que 20/200 para o teste ser confiável. Além disso, só detectam alterações no eixo verde-vermelho. ○ Testes de pareamento ou arranjo (PV-16 e Farnsworth Dichotomous Test): Os testes de pareamento são os mais utilizados em VSN, pois possibilitam detectar quaisquer defeitos na visão de cores e possibilitam sua classificação mais acurada. São muito sensíveis, mas são cansativos e demandam tempo. Existem versões simplificadas, com menos peças, mais rápidas, mas que apresentam menor sensibilidade.