Prática Laboratorial de Exames Complementares em Odontologia PDF

Summary

Esta apresentação discute a importância dos exames complementares na odontologia, especificamente o exame anatomopatológico, para o diagnóstico de doenças infecciosas. Explica os diferentes tipos de exames, sua utilização e o processamento histológico envolvido. Aborda também a técnica de imuno-histoquímica, que se baseia na reação entre antígenos e anticorpos, para identificar células específicas.

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Prática laboratorial dos exames complementares utilizados no diagnóstico das doenças infecciosas de interesse estomatológico Exame anatomopatológico na odontologia Introdução Os exames complementares constituem uma importante ferramenta a ser utilizada na odontologia, fornecendo informações...

Prática laboratorial dos exames complementares utilizados no diagnóstico das doenças infecciosas de interesse estomatológico Exame anatomopatológico na odontologia Introdução Os exames complementares constituem uma importante ferramenta a ser utilizada na odontologia, fornecendo informações necessárias para auxiliar o cirurgião-dentista a realizar o diagnóstico de uma determinada doença. A solicitação ou realização deve ser feita levando em consideração as informações obtidas durante a anamnese e o exame físico do paciente, sabendo exatamente o que pretende se obter com o exame. Introdução São denominados exames complementares, aqueles exames que complementam os dados da anamnese e exame físico para a confirmação das hipóteses diagnósticas. Podendo ser:  exames laboratoriais (sangue, urina),  exames de imagem (panorâmica, RX periapical),  citologias e biópsia entre eles. 1. Exame Anatomopatológi co É aquele que o médico patologista avalia e emite um laudo de um material biológico de um paciente, que pode ser retirado por biópsia, cirurgia, punção aspirativa com agulha fina, citologia esfoliativa, entre outros. Consiste da avaliação macro e microscópica desses fragmentos de tecidos ou órgãos. 1. Exame Anatomopatológic o 1.1 Análise macroscópica  A análise macroscópica consiste na análise da peça biológica removida do paciente, possibilitando ao patologista responsável pelo caso escolher a área mais representativa e adequada da lesão para sua posterior inclusão no bloco de parafina. 1. Exame Anatomopatológico 1.2 Análise microscópica  É a análise do tecido após a inclusão no bloco de parafina, e obtenção de cortes finos, o suficiente para que se obtenha peças translúcidas à luz do microscópico, possibilitando assim a análise da peça. 1. Exame Anatomopatológic o A análise macroscópica abrange tudo o que é possível de se enxergar a olho nu, com a vista desarmada. A análise microscópica engloba todos os corpos que só são possíveis de serem vistos com o auxílio de instrumentos ópticos. 2. Processamento histológico A análise anatomopatológica é de extrema importância na odontologia, auxiliando o cirurgião-dentista na elaboração de um diagnóstico, de modo que o laudo emitido por ele tem grande importância para o tratamento do paciente, pois auxilia o cirurgião-dentista a definir a melhor conduta para cada caso. 2. Processamento histológico 2.1 Obtenção da amostra e fixação 2. Processamento 2.2 Desidratação, inclusão histológico e microtomia 2. Processamento histológico 2.3 Coloração do tecido  A coloração visa contrastar as estruturas teciduais. 2. Processamento histológico 2.4 Lâminas  Após a coloração as lâminas são montadas, ou seja, os fragmentos são protegidos pela cobertura com lamínulas de vidro. 2. Processamento histológico 2.5 Coloração  O tecido humano não possui cor, por isso se torna necessário o uso de diversos corantes para a avaliação das células, colorindo de forma diferente o núcleo e o citoplasma.  Após a coloração é possível identificar-se ao microscópio tecidos normais e diferenciá-los dos tecidos doentes ou com tumor. 2. Processamento histológico 2.5.1 Coloração por hematoxilina-eosina (HE):  Uma das colorações mais usadas na histologia é a Hematoxilina-Eosina ou HE.  A hematoxilina é um corante básico, ou seja, tem afinidade por substâncias ácidas (basófilas). Sendo assim, ela cora células e tecidos como nucléolos, RNA ribossômico, matriz extracelular, entre outros, em uma tonalidade azul.  A eosina é um corante ácido, tendo afinidade por substâncias básicas (acidófila), que cora estruturas ricas em proteínas como citoplasma, filamentos citoplasmáticos, fibras do colágeno e fibras extracelulares, corando as estruturas em tonalidade de vermelho ou rosa. 2. Processamento histológico  Nas células coradas com HE, os ácidos nucleicos presentes no núcleo são corados pela hematoxilina, dando ao núcleo um tom azul- arroxeado. Já a eosina, por sua vez, é atraída pelos elementos básicos das proteínas do citoplasma da célula, corando-os de róseo a vermelho. 2. Processamento histológico  Além da coloração por Hematoxilina- Eosina existem outros tipos de colorações empregados na odontologia, entre eles:  azul de metileno, cora mastócitos, os grânulos do citoplasma na cor vermelho- púrpura, enquanto que o resto do tecido é corado no tom azul;  azul de toluidina;  coloração por prata, que cora estruturas como as fibras reticulares dos linfonodos, e associação de corantes, entre outros. 3. Imuno-histoquímica (IHQ) É o método de diagnóstico que identifica antígenos nos tecidos, utilizando o princípio da ligação específica entre anticorpos e antígenos a serem analisados, marcando com corante a reação selecionada, e assim, identificando e classificando células específicas. Esse método de diagnóstico é rotineiramente utilizado para diagnosticar células anormais, por exemplo, as encontradas em neoplasias, a partir de amostras de esfregaço ou amostra de tecido. 3. Imuno- histoquímica (IHQ) São utilizados marcadores moleculares específicos que caracterizam acontecimentos celulares particulares, como a, proliferação ou apoptose (morte celular). É uma técnica excelente de detecção que possui a vantagem de ser capaz de mostrar exatamente onde uma determinada proteína está localizada no tecido examinado. 3. Imuno-histoquímica (IHQ) 3.1 Processamento para imuno-histoquímica (IHQ)  A preparação das amostras para a análise imuno- histoquímica varia de acordo com o tecido que será avaliado, e também, do propósito do estudo.  Previamente, são preparadas lâminas de controle, com resultados já conhecidos, que podem ser fabricadas com tecidos do próprio paciente ou de outro indivíduo.  Para a detecção IHQ de antígenos nos tecidos, existem duas estratégias: método indireto e método direto. 3. Imuno- histoquímica (IHQ) 3.1.1 Método direto  Método de coloração de um passo, no qual um anticorpo marcado se encontra reagindo diretamente com um antígeno que está na amostra analisada.  Vantagens: simples e rápido.  Desvantagens: perda de sensibilidade e baixa amplificação do sinal. 3. Imuno-histoquímica (IHQ) 3.1.2 Método indireto  Utiliza-se de dois anticorpos: um primário não marcado que reage com o antígeno presente no tecido, e um anticorpo secundário marcado, capaz de reagir com o anticorpo primário.  Vantagens: maior sensibilidade e possibilidade de marcar o anticorpo secundário com um corante fluorescente ou uma enzima. 3. Imuno-histoquímica (IHQ)  O corante utilizado na IHQ atua fixando-se eletiva ou seletivamente em determinadas estruturas celulares, conferindo a elas diferentes graus de absorção da luz incidente, e possibilitando a identificação e o estudo de suas alterações pelo patologista com o auxílio do microscópio.  Em alguns casos, os anticorpos não são inteiramente específicos e podem reagir de maneira cruzada com mais de um antígeno, ou pode haver resultados tanto falso-positivos quanto falso- negativos, ambos resultantes de altos níveis de coloração de fundo e adsorção. 3. Imuno- histoquímica (IHQ) A imuno-histoquímica é muito utilizada em casos de tumores indiferenciados, em caso de metástase em casos que não se sabe a linhagem celular de determinada lesão, casos de dúvida de invasão ou não de tumores ou para direcionamento terapêutico.

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