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AULA 06 - Cálcio Metabolismo e Importância Clínica PDF

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Summary

This document provides an overview of calcium metabolism and its clinical significance. It discusses the composition of bone tissue, including inorganic and organic components. The role of calcium in various bodily functions is also highlighted.

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AULA 06 - Cálcio Metabolismo e Importância Clínica Metabolismo do Cálcio É um elemento químico muito importante com relação a estrutura óssea Valores de referância para o cálcio os valores de referência vão se diferindo de acordo com o tempo cronológico de vida, assim como tamb...

AULA 06 - Cálcio Metabolismo e Importância Clínica Metabolismo do Cálcio É um elemento químico muito importante com relação a estrutura óssea Valores de referância para o cálcio os valores de referência vão se diferindo de acordo com o tempo cronológico de vida, assim como também pode diferir de acordo com o sexo, material biológico. ▪ Como mostrado a imagem ao lado. Composição do tecido ósseo É composto por um material inorgânico (que são os sais minerais inorgânicos) que compõe 75% do peso seco. 75% do peso seco – material inorgânico. A maior parte é composta pelos sais de cálcio: Fosfato e bicarbonato de cálcio. ▪ Eles, são muito importantes para produzir a matriz rígida do osso. ▪ Portanto o tecido ósseo é uma matriz rígida composta por sais de cálcio, e a partir dai notamos a grande importância de se alimentar com comidas ricas em cálcio – leite, e seus derivados, vegetais escuros. Tem-se pequenas quantidades de: ▪ Magnésio ▪ Sódio ▪ Potássio ▪ Hidróxido ▪ Fluoreto ▪ Estrôncio ▪ Zinco ▪ Rádio ▪ Cloreto e sulfato. Matriz orgânica ▪ 25% do peso seco, dentro dele, é composto por: 94% de fibras de colágeno (proteína rica em aminoácido prolina e hidroxiprolina – é uma modificação da prolina) – proteínas de sustentação. o Quando temos uma patologia de desgaste ósseo, conseguimos dosar no laboratório esses dois aminoácidos – não é comum, acontece mais em laboratórios bem conhecidos. 5% de substâncias não colagenosas. o Sulfato de codroitina. o Ácido hialurônico. o Essas duas substâncias acima, são substâncias sulfatas e guardam em suas proximidades grandes quantidades de água. ▪ Isso é importante para a elasticidade e viscosidade no caso da pele. E no caso dos ossos, para que dê a sua maleabilidade e que ajude a suportar impactos. Caso não tivéssemos, a falta dessa maleabilidade tornaria o osso rígido, e que, com qualquer impacto, poderia quebrar. Células especializadas na síntese, modelagem, e remodelagem do tecido ósseo ▪ Diariamente, temos a produção e o desgaste ósseo, por exemplo se hoje eu não me alimentar de algo rico em cálcio, provavelmente será dos ossos (nossa reserva de cálcio) que iremos tirar. ▪ Portanto os ossos vivem em um processo de modelagem e remodelagem. ▪ Importantes células estão relacionadas nesse mecanismo. ▪ Osteoblastos Células mais jovens Intensa capacidade secretora o Secreção de cadeias proteicas (prolina e hidroxiprolina). o Que são precursores do colágeno (prolina e hidroxiprolina). ▪ Pode-se fazer diagnostico de degeneração óssea por meio da dosagem de prolina e hidroxiprolina. Osteoblastos são células jovens que tem alta capacidade de secretar fatores do crescimento e fosfatase alcalina óssea (a mesma relacionada aos marcadores da função hepática). o Por isso a importância de se realizar solicitações em bloco, para poder por exemplo saber se a fosfatase alcalina será advinda dos ossos ou do fígado, para se dá um diagnóstico correto. Os osteoblastos possuem receptores para os hormônios: o Paratireoideano (PTH) o 1, 25-diidroxivitamina D (1, 25(OH)2D) o Estrogênio ▪ Alguns estudos podem relacionar que as mulheres possuem uma rigidez maior após a menopausa, pela falta do hormônio estrogênio. o Portanto os blastos possuem receptores para os hormônios e para vitaminas. ▪ Osteoclastos São células mais velhas e ficam circulando a superfície dos ossos – compõe de 1 a 4% do tecido ósseo. Tem enzimas proteolíticas, o que garante sua função de renovação e também ácidos orgânicos (lactato e cítrico). ▪ Osteócitos Possuem atividade dupla: o Atividade blástica de renovação e atividade lítica. o Sintetizam matriz para manter a integridade óssea. Funções do tecido ósseo ▪ Sustentação ▪ Proteção dos órgãos internos Caixa craniana. ▪ Reserva de cálcio e fosforo ▪ Produção de células do sangue na medula óssea ▪ Possibilitar a movimentação – ossos + músculos ▪ Manutenção do equilíbrio ácido base, através da absorção de sais alcalinos. O cálcio está presente em três compartimentos principais: ▪ Esqueleto (99%) ▪ Tecidos moles (cálcio intracelular) Participa na atividade e movimentação da musculatura esquelética e cardíaca Regula a atividade secretora (exócrinas e endócrinas) o Influxo de cálcio dentro dos neurônios fazem com que auxilie a saída dos neurotransmissores para a fenda sináptica. Preserva da integridade da membrana ▪ Liquido extracelular – Ca em forma livre, circulante Manutenção do potencial de membrana. Cálcio participa junto com outras proteínas como trombina, fibrinogênio e protrombina na cascata de coagulação sanguínea O cálcio se apresenta na corrente sanguínea de 3 formas: o Não ionizado – Ca que fica formando sais/fosfatos/bicarbonatos de Ca; o Ionizado (biologicamente ativo), que é o que exerce todas essas funções no tecido mole. o Complexado – quando o cálcio está ligado a albumina Síntese endógena de colicalfiferol (Vitamina D) ▪ A vitamina D pode ser obtida por meio dos alimentos, mas tem também sua síntese endógena. ▪ Nós so conseguimos fazer a passagem do Ca da luz intestinal para o interior do nosso organismo graças a ação vitamina D A diminuição da população para com a luz solar mostra a grande deficiência de vitamina D nos indivíduos – a ativação dessa vitamina D se dá pela exposição da pele com a radiação ultravioleta. ▪ Temos a integração metabólica para a síntese endógena de Vitamina D Utilizamos outros metabólitos intermediários – como a Acetil-CoA derivada da quebra da glicose ou da destruição de trigliceridios. ▪ Temos que o acetil-CoA e o Acetoacetil-CoA (advindos como citados anteriormente) pegam uma via para a produção de colesterol e antes de formar colesterol a via vai para a formação de uma pro-vitamina D, essa precisa da incidência da radiação solar para ser pré-ativada. ▪ Após a incidência dos raios solares, essa vitamina D precisa passar por duas hidroxilações, uma no fígado e outra no rim – somente após as hidroxilações podemos obter uma vitamina D ativa e essa ir para o intestino para permitir a passagem de cálcio do lumem para a corrente sanguínea. Se os um dos dois ou os dois órgãos que fazem a hidroxilação estiverem doente, isso irá determinar uma não absorção de cálcio (pois ele não vai sair do intestino), gerando consequentemente uma fragilidade óssea – indivíduos com doença renal crônica eles possuem uma fragilidade óssea absurda. ▪ O cálcio biologicamente ativo é o cálcio livre!!! ▪ Portanto a vitamina D pode: Ser adquirida por alimentação Ser suplementada. Produzida internamente – a partir de intermediários de outras vias Controle do metabolismo de cálcio – imagem ao lado ▪ O controle do metabolismo do cálcio se relaciona com o hormônio da paratireóide PTH; ▪ Quando temos uma diminuição do Ca plasmático, o hormônio PTH começa a atuar nos ossos para liberar a saída de cálcio para a corrente sanguínea. ▪ Pouco cálcio plasmático, aumenta o PTH, que faz com que tirássemos o cálcio da nossa reserva que são os ossos e vamos lança-lo na corrente sanguínea. ▪ O PTH atua no intestino impedindo do Ca que seria eliminado pela urina se eliminar, e ele seja reabsorvido – 1,25 DHCC atua também no intestino. ▪ Quando temos o teor de cálcio muito alto na corrente sanguínea, temos o processo de retroalimentação negativa, ou seja, alto teor de cálcio temos uma não liberação de PTH (para não retirar Ca dos ossos, pois já temos em excesso). Hipercalcemia Pode ocorrer por conta: ▪ Hiperparatireoidismo primário Produção autônoma de PTH; A hipercalcemia pode ser por conta de uma doença, Hiperparatireoidismo primário, que é uma desordem da glândula fazendo com que ela não consiga mais responder mais aquele mecanismo de retroalimentação negativa (portanto teremos cada vez mais o acúmulo de cálcio). o Temos uma alta concentração de cálcio mas ao mesmo tempo continua a produção de PTH, o que faz com que tenhamos cada vez mais cálcio na corrente sanguínea. ▪ Hipercalcemia tumoral Ósseo Outras origens podem acontecer em câncer de diferentes outros órgãos: o Pulmão o Carcinoma de ovário o Mama o A hiperfunção desses órgãos em decorrência do câncer, faz com que tenhamos um aumento da liberação e biodisponibilidade de cálcio no organismo Em alguns canceres temos a liberação de o Síntese de 1,25 DHCC por alguns linfomas o Isso faz com que o cálcio n seja eliminado na urina e fique sendo reaproveitado, aumentando sua biodisponibilidade. ▪ Hipervitaminose D Hipercalcemia decorrente de muita vitamina D o Se tem muita vitamina D, faz com que o cálcio presente no intestino seja sempre passado de seu lúmen para os vasos sanguíneos. ▪ Portanto a hipercalcemia pode ser advinda por conta de um problema autônomo descontrolado que não responde em seu feedback negativo (Hiperparatireoidismo primário), pode ser por conta de tumores que acabam interferindo no metabolismo do cálcio (Hipercalcemia tumoral), assim como por conta de grande quantidade de vitamina D. Hipocalcemia ▪ Diminuição de cálcio na corrente sanguínea. ▪ A hipocalcemia deve ser examinada sob a luz das variáveis que afetam fisiologicamente o cálcio ionizado ativo, principalmente, em relação ao teor de proteínas plasmáticas e pH sanguíneo. ▪ A hipocalcemia verdadeira (redução de cálcio total e ionizado) inclui: 1. Hipoalbuminemia o O cálcio pode estar ionizado, mas ele também pode estar formando um complexo com a albumina como dito anteriormente. ▪ Vamos supor que tenhamos 4 cálcios livres, nós n suportamos, portanto 2 deles se ligam a albumina. Caso o paciente esteja com um problema no fígado e tenham uma baixa na produção de albumina, aquela albumina que antes se ligava, agora não consegue mais. Esses dois cálcios que se ligariam a albumina não são ativos, portanto podem ser eliminados pela urina ou podem ser realocados nos ossos. ▪ Portanto quando fazemos a dosagem do cálcio total não teremos mais 4 cálcios (2 ativos e ligados a albumina) e sim apenas 2 que no caso são os ativos. ▪ Caso tenhamos uma diminuição de cálcio total podemos começar a pensar, será se é pela falta de albumina? Ou pela falta de ingestão de alimentos? Dessa forma podemos começar a induzir o diagnóstico. ▪ A hipoalbuminemia, nos determina uma hipocalcemia total, que nos abre uma visão que outros processos patológicos podem estar acontecendo. ▪ Nesse caso não iremos perder os calcios livres, eles vão continuar atuando, mas podemos utilizar isso (falta dos calcios com albumina) para ficarmos antenados com diagnóstico – ajuda na interpretação. 2. Síndromes de deficiência de vitamina D 3. Insuficiência renal crônica o Isso porque a vitamina D precisa ser hidroxilada tanto no fígado, quanto nos rins, portanto se temos uma doença renal crônica ou uma doença hepática, teremos que não ira ocorrer a passagem de cálcio do intestino para a corrente sanguínea, por conta da falta de vitamina D (pela não hidroxilação no fígado ou nos rins). ▪ Precisa ser hidroxilada nos rins e no fígado, não basta só em um deles – precisa ser DIHIDROXILADA e não monohidroxilada. 4. Hipoparatireoidismo o Onde temos a não produção do PTH suficientemente necessária, para quando ocorra queda de cálcio na circulação ele possa agir nos ossos o Pouco PTH – pouco cálcio no organismo – PTH insuficiente para remover cálcio do local de reserva. Osteoporose ▪ O que é? A osteoporose é uma doença óssea sistêmica, que por si só não causa sintomas. Caracterizada por uma densidade mineral óssea reduzida e onde possui alterações na arquitetura óssea e da sua resistência, causando o aumento da fragilidade óssea (aumentando as chances de fraturas). É uma doença multifatorial, que para sua interpretação deve ser feita por vários exames. o Não está relacionado apenas na parte mineral. É mais comum na mulher – por conta da ligação do hormônio estrógeno nos receptores dos osteoblastos o Portanto se temos uma não ligação, não temos a ativação de síntese dos osteoclastos. ▪ Causas Aumento da reabsorção óssea Diminuição da formação do osso – o que dificulta a integração do cálcio Doenças genéticas Doenças endócrinas (hormonais) (estrógeno na mulher) Doenças gastrointestinais Doenças hematológicas Doenças auto-imunes Deficiências nutricionais Distúrbios alimentares Alcoolismo Doenças crônicas sistêmicas ▪ Tratamento Fazer exercícios físicos regularmente Dieta com alimentos ricos em cálcio e vitamina D

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