AULA 01 - Aspectos Fundamentais e Conceitos Básicos na Bioquímica Médica PDF
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Henrique Martins
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Este documento discute os aspectos fundamentais e conceitos básicos da bioquímica médica, incluindo o conceito de coleta de sangue, preparação do paciente, solicitação de exames e cuidados com o material. O texto cobre tópicos como a técnica de coleta, a escolha de veias, o uso de seringas e tubos de vácuo, interferentes medicamentosos, e a postura do paciente.
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AULA 01 – Aspectos fundamentais e conceitos básicos na bioquímica médica 1. Conceito de coleta Técnicas e cuidados ▪ Relação da seringa e superfície do braço (seringa não pode ultrapassar 15°) Aspectos prévios a coleta ▪ Instruções que precisam ser repassadas para o paciente a...
AULA 01 – Aspectos fundamentais e conceitos básicos na bioquímica médica 1. Conceito de coleta Técnicas e cuidados ▪ Relação da seringa e superfície do braço (seringa não pode ultrapassar 15°) Aspectos prévios a coleta ▪ Instruções que precisam ser repassadas para o paciente antes da coleta; Por exemplo, alguns alimentos não podem ser ingeridos antes da coleta, não se deve também fazer exercícios físicos antes do momento da coleta, pois pode gerar alguma alteração no sangue. A coleta do sangue periférico do paciente segue várias etapas, que vão desde a acomodação do paciente, a posição correta do braço, higienização, e forma correta do uso da seringa e a coleta propriamente dita. Punção venosa ▪ Se refere a punção do sangue venoso, que circula da periferia para o centro do sistema circulatório, o coração, e é o mais utilizado em exames laboratoriais. Retirado das veias pois são mais visíveis, do que as artérias, que estão mais internamente. ▪ A coleta é feita com agulhas e seringas estéreis e descartáveis ou por meio de tubos com vácuo adaptados a agulhas estéreis, com ou sem anticoagulante. ▪ Preferencia pelas veias intermediárias, cefálica e basílica em adultos ou em crianças maiores. Também são utilizadas as veias das mãos ou em crianças nas veias dos pés. ▪ Outras opções menos comuns são: veias jugulares, veia femoral, seio sagital superior, entre outras. 2. Solicitação dos Exames É independente de requisição ▪ Atualmente não é necessário a requisição de um médico para a realização do médico – em caso de locais particulares, apenas paga pelo exame e pode fazer; Maior número de detalhes; ▪ Quanto maior o numero de informações melhor, pois teremos uma riqueza maior em detalhes. ▪ Por exemplo em pacientes hospitalizados, quanto maior o numero de detalhes, melhor será pois, com o exame podemos fazer uma correlação do resultado do exame com a situação de saúde do indivíduo. 3. Preparo do Paciente Padronização e interferentes. Para a realização do exame, é necessário que o paciente esteja em um jejum de pelo menos 8 horas, em alguns laboratórios eles pedem um jejum de 12 horas (quando se vai fazer um lipidograma, por exemplo). Cuidado com o estado emocional do paciente – já que stress interfere no exame pois, altera o número da glicose (onde libera muita adrenalina e acaba liberando muita glicose na corrente sanguínea). Deve-se tomar cuidado também com o horário do exame pois, por exemplo, se o individuo acaba de realizar seu treino da academia, teremos níveis elevados de glicemia. ▪ Não fazer o exame logo após exercícios. Postura ▪ Deve se atentar com a postura do paciente, se ele está sentado de forma correta para a realização da coleta. ▪ OBS – para o paciente que é feito a coleta estando em decúbito dorsal, temos uma alteração, isso se dá pelo extravasamento do plasma para o interstício (de 15 a 20%, acima da faixa de referência). Medicamentos ▪ Os medicamentos podem estar atuando de duas maneiras: IN-VIVO o No caso podemos ter um falso positivo no exame devido ao uso de um medicamento. o O medicamento acaba mexendo com o metabolismo, e podendo gerar um falso positivo no exame. o O medicamento interfere com a fisiologia do organismo. IN-VITRO o Neste caso, a própria presença do medicamento pode acabar interferindo na reação bioquímica, alterando o resultado. o Nesse sentido o medicamento atua como interferente. o O medicamento que está sendo colhido junto ao sangue acaba interferindo no processo de diagnóstico (CONFERIR SE TÁ CERTO). o O medicamento está presente no plasma, pode interferir no resultado. 4. Cuidados com Material para a Coleta Seringas ▪ Devem ser descartáveis; Podem ser utilizadas seringas de coleta a vácuo; ▪ Os tubos de coleta a vácuo possuem tampas diferentes (de coloração diferente, que significa com um reagente diferente para cada um) cada um para um tipo de laboratório. Recipientes para receber a amostra ▪ Tomar cuidado para o correto recipiente que irá receber a amostra. Observar se estão limpos, higienizado, desengordurados. o Tubos quebrados, estantes de madeira (NÃO PODE); 5. Obtenção do Soro Plasma X Soro ▪ Plasma – é quando o tubo onde o sangue vai ser depositado tem anticoagulante. ▪ Soro – é quando o tubo onde o sangue vai ser depositado não tem anticoagulante. Essa é uma amostra mais limpa, pois nele temos a retração do coagulo, ou seja, toda a cascata de coagulação não estará presente no solo – já no plasma terá todos esses componentes. Em alguns laboratórios logo após a coleta, o tubo fica descansando em banho maria para que ocorra a cascata de coagulação e depois é colocado na centrifuga para termos o soro (pote sem anticoagulante). O fato de o sangue escorrer pela parede do tubo já auxilia na formação da cascata de coagulação. o Isso pois o sangue já reconhece a mudança de temperatura, ou outras superfícies (diferente da que ele estava anteriormente). Testes bioquímicos Servem para: ▪ Buscar metabólitos para ser feito uma relação com o estado de saúde do paciente - diagnóstico. ▪ Para monitoramento do estado saúde do paciente. ▪ Para Análises Básicas Mais frequentes sua solicitação em grupos específicos (em blocos). o Por exemplo, o médico não pede apenas exame de ureia, ele pede em um grupo, ureia, ácido úrico e creatinina – para entender o processo de filtração do rim, por exemplo; o Normalmente os funcionários colocam apelidos nos metabólitos – portanto tem uma linguagem apropriada (que é adotada por cada laboratório); ▪ Por exemplo, triglicerídeos, são chamados de tri. o Exames para enzimas. ▪ Para Análises Especializadas São procurados por exemplo, hormônios, ou proteínas especificas; Laboratório de Bioquímica Médica As análises laboratoriais são solicitadas: ▪ Na emergência Geralmente na emergência temos numero reduzido de testes, e são realizados exames de algo que ponha em risco a vida do paciente, por exemplo: o Como se encontra a pressão parcial de o² e de co² (gases sanguíneos), saber os níveis de glicose, níveis de cálcio e níveis de eletrólitos (sódio, potássio e cloreto). ▪ Na cirurgia Automação e Informatização. ▪ Automação – com a tecnologia, trouxemos mais equipamentos que facilitam o trabalho, e que trazem um resultado mais assertivo, já que a máquina não traz tantos erros quanto os homens, temos pipetagem mais correta, por exemplo. ▪ Informatização – é basicamente a aplicação de um software, facilita a intercomunicação dos setores; A equipe ▪ É importante no laboratório de bioquímica médica que a equipe possua treinamento adequado, assim como saiba interpretar de forma correta os resultados dos exames. Para resultados altos e baixos, é viável repetir o exame para saber se ele possui mesmo esse valor elevado ou baixo. Coleta da amostra ▪ A cerca da coleta da amostra, quanto maior o número de informações, melhor; ▪ Clareza da solicitação e da identificação; Antigamente eram identificados os tubos com esparadrapo e grafite. ▪ Soro X plasma. ▪ Com ou sem anticoagulante. Erros de coleta ▪ Ter cuidado com a hemólise (passar o sangue da seringa para o tubo sem retirar a agulha – não pode ocorrer pois a hemólise acaba liberando conteúdo de dentro dos eritrócitos, como eletrólitos); ▪ Utilização do tubo correto com reagente correto (EDTA, Fluoreto); ▪ Cuidado com a estease venosa – tempo de garroteamento; ▪ Armazenamento incorreto; ▪ Amostra insuficiente; Resultado Expressão dos resultados ▪ São expressos no brasil em concentração de mg/dL (miligrama por decilitro). Nos EUA temos a concentração em Mol/L; ▪ O termo Unidades são utilizados para enzimas. Desempenho analítico ▪ É aquilo que se refere a qualidade que o Kit nos fornece. ▪ Por exemplo Sensibilidade o É o tanto que o kit consegue encontrar de um metabólito. Especificidade o É o de não ocorrer reações cruzadas. Precisão (reprodutibilidade); o A estabilidade dos componentes que compõe o kit de análises. Exatidão o Quanto o método se aproxima de um valor real. Fatores biológicos que influenciam na interpretação dos resultados ▪ Sexo ▪ Idade do paciente ▪ Horário da coleta ▪ Histórico médico ▪ Ciclo menstrual Testes bioquímicos fora do laboratório Podem ser realizados por aparelhos portáteis. ▪ como por exemplo os diabéticos que utilizam os medidores de glicose. Pode ser realizado no hospital assim como, fora do hospital (em casa, por exemplo). Isso surgiu pela necessidade do usuário para tais aparelhos. Os exames fora do laboratório as vezes trazem interpretações de resultados errados, o que leva o desespero do paciente. As amostras mais utilizadas para esses aparelhos portáteis é o sangue total, já que são obtidos por meio do furo da lanceta. Metodologias empregadas ▪ Biosensores - como é o caso do glicosímetro; ▪ Imuno-afinidades – teste de beta hCG para gravidez; ▪ Interações químicas;