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This document is an educational guide for a commercial attendant position at Correios. The content covers various subjects including Portuguese grammar, Mathematics, and basic computer skills.

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Sumário Língua Portuguesa.................................................................03 Matemática............................................................................99 Informática.......................................................................

Sumário Língua Portuguesa.................................................................03 Matemática............................................................................99 Informática..........................................................................154 2 SUMÁRIO 1. Compreensão e interpretação de textos...................................................................... 4 2. Ortografia oficial..................................................................................................... 6 3. Acentuação gráfica................................................................................................. 20 4. Emprego das classes de palavras............................................................................. 24 5. Emprego do sinal indicativo de crase......................................................................... 26 6. Sintáxe da oração e do período................................................................................ 34 7. Pontuação............................................................................................................. 42 8. Concordância nominal e verbal................................................................................. 46 9. Regência nominal e verbal....................................................................................... 51 10. Siginificação das palavras..................................................................................... 56 11. Questões comentadas.......................................................................................... 70 3 1. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do texto. É verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpretação de texto imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O leitor tira conclusões objetivas do texto. 1.1 Compreensão de textos A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do texto. É verificar o que realmente está escrito nele. Tem que estar escrito e não imaginar o que o autor quis dizer, ou seja, todas as informações devem estar presente no texto Deve-se analisar os dados concretos e objetivos do texto. Existem algumas expressões que fica claro que o que se quer analisar é a compreensão do texto:  Segundo o autor….  Segundo o texto….  O texto informa que….  De acordo com o autor….  De acordo com o texto…. Fica claro nas expressões acima que as respostas deverão estar claras no texto, ou seja, você deve compreender o texto para tirar as conclusões. 1.2 Interpretação de textos A interpretação de texto imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O leitor tira conclusões subjetivas do texto (deduzir o que o autor do texto quis dizer). As informações não estão escritas claramente no texto, elas estão fora do texto, mas tem ligação com ele. Você deve deduzir o que o autor está querendo dizer dentre as ideias que foram escritas no texto. 4 Para você fazer uma boa interpretação de um texto é necessário que você tenha algum conhecimento prévio sobre o assunto que está sendo abordado pelo autor. Você deve fazer uma análise pessoal e crítica para ter uma conclusão mais completa. Existem algumas expressões que fica claro que o que se quer analisar é a interpretação do texto:  Conforme o texto, podemos concluir…  Pela leitura do texto é possível perceber…  É possível inferir que através….  O texto permitem levantar a hipótese de que…..  Conclui-se do texto que…  O texto encaminha o leitor para… Para você fazer uma boa compreensão e interpretação do texto você deve ler atentamente todo o texto. Se possível releia o texto, pois você terá uma ideia melhor do que está escrito.  Grife as partes que você ache mais importante. Analise o que é fato (compreensão) e o que é opinião (interpretação). Observe que de um parágrafo a outro pode indicar uma conclusão ou uma continuação de alguma ideia. E para concluir preste muita atenção nas colocações das vírgulas, elas podem dar um sentido completamente diferente em um texto. 5 2. ORTOGRAFIA OFICIAL O novo acordo ortográfico de 1990, que entrou em vigor a partir de 2009, mas que se tornou obrigatório somente a partir de 2016 introduziu várias mudanças nas regras gramaticais como: 3.1 Alfabeto As letras K, W e Y se tornaram oficiais em nosso alfabeto. Nosso alfabeto é composto por: A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z. Sendo: Vogais: A, E, I, O, U Consoantes: B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W, X, Y, Z. As letras K, W e Y são usadas em nomes próprios, nomes estrangeiros e seus derivados portugueses como Nova York e em abreviaturas de símbolos internacionais como km (quilômetro). Consoantes C, P, B, G, M e T: Ficam consideradas neste caso as particularidades da pronúncia conforme o espaço geográfico. A grafia permanece se for pronunciada e se não for pronunciada ela é retirada. Pronunciada Compacto, ficção, aptidão e etc… Não pronunciadas Acção, direcção, exacto e etc… 3.2 Trema Não se usa mais, com exceção em nomes próprios estrangeiros e derivados, como em Bündchen, por exemplo. 6 3.3 Acentos  Acento diferencial O acento diferencial em palavras homógrafas não é mais empregado. Exceto das palavras pôr e por, pôde e pode. Palavras homógrafas são aquelas que possuem a mesma grafia e pronúncia semelhantes, mas com significados diferentes. Exemplo: PARAR VERBO Antes Agora Pára Para PREPOSIÇÃO Antes Agora Para Para O acento diferencial é empregado em situações em que há a distinção de tempo verbal e singular e plural de verbos.  Ele mantém / Eles mantêm;  Ele convém / Eles convêm;  Ele tem / Eles têm;  Ele contém / Eles contêm;  7  Acento diferencial facultativo A utilização do acento na diferenciação entre a 1.ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo e a 1.ª pessoa do plural do presente do indicativo passou a ser facultativa. Em fôrma e forma a utilização do acento diferencial também é facultativa. Exemplo: palavras com acento facultativo, como demos e dêmos, cantamos e cantámos, estudamos e estudámos.  Acentuação dos ditongos abertos ei e oi Nas palavras paroxítonas, os ditongos terminados em –ei e –oi não são mais acentuados. Ditongos oi e ei sem acento: ANTES AGORA Andróide Androide idéia ideia Alcatéia Alcateia Jibóia Jiboia Geléia Geleia Estréia Estreia Platéia Plateia 8  Oxítonas com ditongo aberto eu, oi e ei continuam acentuadas ANTES AGORA Chapéu Chapéu Herói Herói  Acentuação dos ditongos oo e ee Não se usa mais acento em palavras iguais com -E e -O aberto e fechado. Exemplos: mêdo e medo, almôço e almoço. Por causa disso que o acento também não é mais empregado em palavras paroxítonas terminadas em “êem” nem em palavras com o hiato “oo”. Exemplos: Enjoo, leem, voo, abençoo 9  Não se acentuam os verbos e substantivos terminados em -eem e -oo(s). Exemplo: Eles veem (verbo ver) / Voos. Nas palavras paroxítonas, foi abolido o acento circunflexo nos ditongos oo e ee.  Não são acentuados os hiatos -ee, -oo. Exemplo: leem, voo. Exemplos de ditongos -oo e -ee sem acento: deem; leem; veem; voo; enjoo.  Acentuação da vogal “i” e “u” antes de ditongos Nas palavras paroxítonas, foi abolido o acento agudo na vogal i e na vogal u quandoaparecem após ditongos. Não se acentua mais o I e o U tônicos, precedidos de ditongos. (outra maneira que épedido esta condição de acentuação);  Vogal i e u sem acento: Exemplo: baiuca; feiura.  São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em, - ens. Exemplo: Sabiá, aliás, café, jacaré, retrós, avó, Amém, também. 3.4 Dupla grafia Também houve casos da manutenção da dupla grafia, também respeitando a pronúncia. Está prevista a dupla grafia de diversas palavras, sendo correta a utilização do acentocircunflexo no Brasil e do acento agudo em Portugal. 10 Palavras com dupla grafia Gênero Género Bebê Bebé Purê Puré Antônimo Antónimos Sinônimo Sinónimo Todas as palavras proparoxítonas recebem acento. Exemplo: matemática. 3.5 Hífen As principais são:  Quando o prefixo termina com a mesma vogal que começa o segundo elemento emprega-se o hífen: Exemplo: micro-ondas, anti-inflamatório ou contra-ataque.  Se o prefixo for -CO mesmo que o segundo elemento começar com -O não se usa o hífen: Exemplo: coordenar ou cooperar.  Se o prefixo for -CO e o segundo termo começar com a letra -H, ele perde o –H ANTES AGORA Co-habitante Coabitante  Caso seja vogais diferentes não se usa o hífen. Exemplo: sobreaviso, autoestima, autoescola, semiárido. 11  Não se usa hífen se o prefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar com as letras -r ou -s. Caso isto aconteça se deve duplicar o -r ou -s. Exemplo: antissocial, ultrassom, autorretrato, autossustentável ou contrassenso.  Usa-se hífen em palavras cujo prefixo termina com a mesma consoante que começa o segundo termo. Exemplo: inter-racial, hiper-requisitado.  Prefixos inter, super e hiper, continua com hífen se o segundo elemento começar com r Exemplo: inter-regional.  Não se usa hífen em palavras compostas que, pelo uso, passaram a formar uma unidade. Exemplo: mandachuva, paraquedas.  Emprega-se hífen em palavras onde o segundo termo começa com a letra -h Exemplo: super-homem, anti-higiênico.  Se os prefixos sob ou sub for seguido de uma palavra iniciada por -b, -h ou -r, deve-se empregar o hífen. Exemplo: Sub-base, sub-região, sub-reino, sub-reitor, sub-rotina, sub-humano, sob- roda.  Não se emprega hífen em palavras cujo prefixo é RE e o segundo termo começa com a letra E ANTES AGORA Re-editar Reeditar Re-eleição Reeleição 12  Palavras com prefixo PARA- emprega-se o hífen. Exemplos: para-brisa, para-choque, para-lama, para-raios. ATENÇÃO: Paraquedas e seus derivados não se usa o hífen, pois no novo acordo ortográfico foi dito que perdeu sua noção de composição. Exemplo: paraquedas, paraquedismo, paraquedista. 3.6 Emprego das letras -E ou -I  Em verbos terminados em -uar, -air e -oar Exemplo: perdoar – perdoem.  Em verbos terminados em -ir no presente do indicativo Exemplo: partir - partes.  Em ditongos nasais -ãe(s) e -õe(s) Exemplo: aldeães e vilões.  Em palavras com prefixo ante, indicando anterioridade. Exemplo: antebraço.  Verbos no presente do indicativo terminados em uir, oer ou air Exemplo: possuir – possui.  Em palavras de prefixo anti, indicando contrariedade Exemplo: Antiácido. 13 -C  Em vocábulos de origem indígena, africana ou árabe Exemplo: cipó e cacique.  Em palavras derivadas de vocábulos terminados em -te/-to Exemplo: marte – marcial, marciano.  Sempre depois de ditongos Exemplo : foice.  Com as terminações -ecer e -encer Exemplo: entardecer.  Palavras escritas com -C Exemplo: Solicitação, Obcecado, conciliar, nocivo, acionamento, vicitude. -Ç  Nunca usado antes de -E e -I e sempre antes de -A, -O e -U. Exemplo: Açai, Moçambique, muçulmano.  Em sufixo -guaçu e -açu Exemplo: Paraguaçu.  Substantivos derivados do verbo ter Exemplo: detenção - deter.  Depois de ditongo Exemplo: louça.  Palavras com -Ç Exemplo: Aquisição, expedição, abolição, cansaço, esvoaçante, injeção, miçanga, percepção 14 -S  Sufixos ês, esa e isa, para formar nacionalidade e títulos ou profissões. Exemplo: Chinês e chinesa. Francês e francesa, burguês e burguesa.  Palavras derivadas com -S. Exemplo: analisar – análise, pesquisar – pesquisa, aviso – avisar, subsídio – subsidiar, adesão – aderir.  Sufixos oso e osa na formação de adjetivos Exemplo: delicioso, gasoso, pretencioso.  Após ditongo Exemplo: maisena.  Nas formas dos verbos pôr, querer e seus compostos. Exemplo: puser, repusesse, quis, quisemos.  Palavras escritas com -S Exemplo: empresa, aquisição, previsão, misto, pretensão, cansaço, clausura, paralisado, estende, excursão. -SC Pode ser dígrafo (um som) ou um encontro consonantal (dois sons).  Dígrafo: descida e discípulo;  Encontro consonantal: descoberta e descanso;  Usa-se em termos eruditos: acréscimo e plebiscito.  Palavras com -SC Exemplo:piscina, florescer, imprescindível, condescendente, descentralizar. 15 -SÇ  Usa-se na conjugação de alguns verbos: Exemplo: Nascer – nasço... -SS  Emprego do dígrafo -SS Nos substantivos derivados de verbos, como primir, meter, mitir, cutir, ceder, gredir Exemplo: Agredir – agressão, conceder – concessão.  Palavras escritas com -SS Exemplo: míssil, ressaltar, excessivo. -H  Tradição Exemplo: Homem e honra.  Final de algumas interjeições Exemplo: Ah!, oh! ou hein?  Tradição de escrita Exemplo: Hábito.  Para compor os dígrafos -ch, -nh e -lh Exemplo: marcha. -Z  Sufixos -ez e -eza, derivados de adjetivos ou formar substantivos abstratos Exemplo: rico – riqueza, miúdo – miudeza, rígido – rigidez, ironia – ironizar, belo – beleza, triste – tristeza, social – socializar. 16  Derivada de palavras com -Z Exemplo: Cruz – cruzada, deslize – deslizar.  Uso dos sufixos –ar e –izar. -ar se o radical da palavra tem o -S, senão usa-se o –izar. Exemplo: análise – analisar, eterno – eternizar, capital – capitalizar, oficial – oficializar.  Palavras escritas com -Z Exemplo: Audaz, alteza, raiz, esquizofrenia, realizar, xadrez, abalizado, especializado, giz. -X ou -CHX Após ditongo Exemplo: peixe.  Palavras que iniciam com -en (exceções: encher, encharcar, enchumaçar, enchiqueirar e seus derivados). Exemplo: enxaqueca, enxergar, enxugar, enxame, enxurrada, enxoval  Após -ME (exceção: mecha e seus derivados) Exemplo: mexer, mexerico.  Nas palavras de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas Exemplo: Abacaxi, xangô, xavante, xingar, xerife, xampu, orixá, xará, xaxim  Palavras com x Exemplo: xícara, laxante, xereta, xarope, execrado, exposição, exceção,expedição, expediente, xadrez, aconchego, expandir, prolixo, caixa, exumado, excursão.  Palavras escritas com x e ch E x e m pl o: Xucro ou chucro (basicamente tem o mesmosignificado). 17 -CH  O dígrafo ch é usado em palavras de origem latina, francesa, espanhola, italiana, alemã, inglesa, árabe dentre outras: Exemplos: cheirar, chuva, chassi, chalé, chuchu, apetrecho, trapiche, espadachim, salsicha, chope, charuto, mochila, cheque, chafariz, piche (origem inglesa), cartucho (origem francesa e italiana).  Emprega-se ch depois de -an, -en, -in, -on, -un Exemplo: anchova, encher, inchar, inchaço, concha, funcho.  Em sufixos aumentativos ou diminutivos -acho, -achão, -icho, -ucho Exemplo: riacho, bonachão, rabicho e gorducho.  Em palavras derivadas do mesmo radical Exemplo: chinelada (de chinelo), chaveiro (de chave), chamariz (de chamar), enchente (de encher), pichação (de piche).  Palavras escritas com -ch Exemplo: cartucho, espichar, bochecha, chamego, chamuscar, chiqueiro, borracharia, flecha, ficha, clichês.  Palavras escritas com x e ch Exemplo: Xucro ou chucro (basicamente tem o mesmo significado). -G ou -JG  Palavras que terminam com -ágio, -égio, -ígio, -ógio e -úgio Exemplo: refúgio, subterfúgio, litígio, prodígio, egrégio.  Palavras que terminam com -agem, -igem e –ugem (Exceções: pajem, rabugem, lajem) Exemplo: ferrugem, garagem, vertigem. 18  Palavras derivadas de outras que já tem a letra -G Exemplo: ferrugem – ferrugento, vertigem – vertiginoso.  Normalmente após a letra R Exemplo: ergam, érgio, largo, burgo.  Palavras escritas com g: Exemplo: lacrimogêneo, indígena, privilegiado, sugestão, algema, gilete, estagiário, gengiva, hegemonia, giz, estrangeiro. -J  Palavras indígenas, africanas, árabe ou exótica Exemplo: canjica, pajé.  Derivados dos verbos terminados em jar ou jear Exemplo: Arranjar – arranjo, viajar – viajo, gorjear – gorjeio.  Palavras derivadas de outras terminadas em JA ou de outras que possuem o -J Exemplo: Loja – lojista, laranja – laranjinha.  Palavras escritas com J: Exemplo: Projetar, gorjeta, sarjeta, trajetória, projétil, injeção, jeito -K, -W e -Y  Abreviaturas, símbolos, palavras estrangeiras, nomes próprios estrangeiros Exemplo: K (potássio), Darwin ou software 19 3. ACENTUAÇÃO GRÁFICA A acentuação gráfica estuda os acentos gráficos (agudo, grave e circunflexo). Ela é relacionada com a intensidade das sílabas das palavras. Quando ela tem mais intensidade ela é tônica e quando tiver menos intensidade ela é átona. O acento gráfico é apenas um sinal de escrita e não deve ser confundido com o acento tônico. Exemplo: Simpática. Sim-pá-ti-ca  A sílaba em destaque tem mais intensidade, então ela é a sílaba tônica, levando então o acento tônico. As outras sílabas de menor intensidade são as sílabas átonas. 4.1 Acentos gráficos  Acento agudo (´): Sílaba tônica com som aberto. Exemplo: sábia.  Acento circunflexo (^): Sílaba tônica fechada. Exemplo: fêmur.  Acento grave (`) : Indica que há crase, ou seja, função de fusão (contração da preposição a com outra palavra). Exemplo: àquele (a + aquele) Analisaremos agora como é feita a acentuação gráfica, lembrando que houve um acordo ortográfico em 1990 e que está em uso desde 2009, mas que passou a ser obrigatório apartir de 2016. As regras aqui expostas já estão dentro do acordo. 4.2 Tipos de palavras ou sílabas Oxítonas As palavras oxítonas são aquelas em que a última sílaba é tônica (maior intensidade). Elas podem ser acentuadas com o acento agudo e o circunflexo. 20  Acentuação das palavras oxítonas 1. Recebem acento agudo se terminadas em vogais tônicas abertas (a), (e) ou (o)seguidas ou não de (s). Exemplo: Café, cipó(s), até e pontapé(s). 2. Recebem acento agudo terminadas em ditongo nasal EM e ENS Exemplo: Harém e haréns. 3. Recebem acento agudo as palavras oxítonas terminadas com os ditongos abertos (éi), (éu) ou (ói), seguidos ou não de (s). Exemplo: Papéis, chapéu e herói. 4. Recebem acento circunflexo as palavras terminadas nas vogais tônicas fechadas que se grafam (e) ou (o), seguidas ou não de (s). Exemplo: Português. 5. Recebem acento circunflexo os verbos com pronome clítico (pronome pessoal átono de uma só sílaba) terminada em vogal fechada “e” ou “o”. Exemplo: Retê-lo(s). 6. Podem receber o acento circunflexo ou átono as palavras derivadas do francês e terminadas com a vogal (e). Exemplo: Croché ou crochê. Paroxítonas As palavras paroxítonas são aquelas em que a penúltima sílaba é tônica (apresenta maior intensidade).  Acentuação das Palavras Paroxítonas 1. Recebem acento agudo as paroxítonas que terminam em l, n, r, x, s, i, is, um, uns, us, ps, ã, ão, ãos e ei e eis. Exemplo: Réptil e hífen, córtex, fórum, bíceps, órgão e jóquei. 21 2. Recebem acento circunflexo as palavras que contêm, na sílaba tônica, as vogais fechadas “a”, “e”, “o”. “ão(s)”, “eis (s)” ou “us” e que terminam em “l”, “n”, “r”, “x”. Exemplo: Cônsul, têxtil. Zângão e ânus. ATENÇÃO: Com o novo acordo ortográfico, muitas palavras paroxítonas que eram acentuadas não são mais. Palavras com oi, ei, i, u, oo, ee. Exemplo: boia, joia, alcateia, feiura, abençoo, voo, deem, leem Proparoxítonas As palavras proparoxítonas são aquelas em que a antepenúltima sílaba é a tônica (maiorintensidade).  Acentuação das Palavras Proparoxítonas Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas. 1. Recebem acento agudo quando a sílaba tônica é vogal aberta. Exemplo: Plástico, último e pássaro. 2. Recebem acento circunflexo quando a sílaba tônica é vogal fechada Exemplo: Cânfora e acadêmico. 4.3 Acento diferencial A partir do Novo Acordo Ortográfico, alguns acentos diferenciais continuaram, mas outros deixaram de ser usados.  As palavras Pêra, pêlo, pólo e pára não se acentuam mais, ficando assim: pera, pelo, polo epara.  Palavras compostas com o verbo parar: Para-choque e para-raios.  Forma de bolo: Apesar de ser opcional a acentuação (fôrma), deve-se evitar. 22 Ainda se acentuam as palavras:  Pôr (diferente da preposição por) Exemplo: Ele vai pôr a mesa aqui?  Pôde (Poder no Passado. No presente é “pode”) Exemplo: Ela não pôde assistir ao filme ontem, mas pode assistir hoje.  Verbos “ter” e “vir” e seus compostos Exemplo: Elas vêm aqui. Ela vem aqui. Eles têm fome. Ele tem fome. Trema O trema é um sinal gráfico auxiliar, ou seja, não é acento gráfico. Com o novo acordo ortográfico ele não é mais usado, com exceção dos substantivos próprios estrangeiros e das palavras derivadas delas. Exemplo: Gisele Bündchen e Müller. 23 4. EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS A Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. Ela estuda as palavras isoladamente, não observando suas funções dentro das frases ou períodos, como faz a sintaxe. A morfologia estuda as CLASSES DE PALAVRAS, ou seja, a forma das palavras. As classes de palavras são dez: substantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo, numeral, preposição, conjunção, interjeição e advérbio. Estas classes são divididas em palavras variáveis que podem variar em gênero, número ou grau e palavras invariáveis que não variam a sua forma. 5.1 Classes de Palavras  Palavras Variáveis Substantivo: É a classe de palavra que nomeia os seres, coisas e ideias que existem ouimaginamos existir. Exemplo: Criança, José, mesa, inveja e saci. Adjetivo: palavra que tem por função expressar características, qualidades ou estadosdos seres. Exemplo: Fria, magro e escuro. Artigo: palavra que se coloca antes do substantivo para determiná-lo de modo particular (definido) ou geral (indefinido). -Definido – o, a, os, as -Indefinido – um, uma, uns, umas Numeral: palavra que exprime uma quantidade definida, exata de seres (pessoas,coisas etc.), ou a posição que um ser ocupa em determinada sequência. Exemplo: Metade, quarto ou quinze. Pronome: palavra que substitui ou acompanha um substantivo (nome), definindo- lheos limites de significação. Exemplo: Ele prestou socorro. 24 Verbo: Palavra que, por si só, exprime um fato (em geral, ação, estado ou fenômeno) elocaliza-o no tempo. Exemplo: Vou caminhar na praia  Palavras invariáveis Preposição: palavra invariável que liga duas outras palavras, estabelecendo entre elasdeterminadas relações de sentido e dependência. Exemplo: Ante, até, contra e por. Conjunção: palavra invariável que liga duas orações ou duas palavras de mesma função em uma oração. Exemplo: Logo, portanto e porém. Interjeição: palavra (ou conjunto de palavras) que, de forma intensa e instantânea,exprime sentimentos, emoções e reações psicológicas. Exemplo: Coragem!, Puxa! e Silêncio! Advérbio: palavra invariável que se relaciona com o verbo para indicar as circunstâncias (de tempo, de lugar, de modo, etc) em que ocorre o fato verbal. Exemplo: Talvez, absolutamente e melhor. 25 5. EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE A crase não é um acento, é a contração de duas letras “a” em uma só utilizando o acento grave (`) no “a”. Para usar a crase é necessário ter uma preposição “a” e o artigo “a” de palavras femininas. Existem muitas regras para se usar a crase que acabam confundindo o estudante, então tentarei simplificar para facilitar o aprendizado, mas no final coloquei as regras para caso você queira aprofundar sobre o assunto. Como a crase ocorre só com palavras femininas, é só susbtituir a palavra por masculina equivalente. Se o “a(s)” se transformar em “ao(s)” é por que deve-se usar a crase. Exemplo 1: -Aquela aluna nunca presta atenção a aula. (Substituir por ensinamentos) -Aquela aluna nunca presta atenção ao ensinamento. (Não ficou estranho, então leva crase) Correto: Aquela aluna nunca presta atenção à aula. Exemplo 2: -Estou mandando a revista a ela. (Substituir por ele) -Estou mandando a revista ao ele. (Ficou estranho, então não leva crase) Correto: Estou mandando a revista a ela. Exemplo 3: -Estou indo a academia. (Substituir por clube) -Estou indo ao clube. (Não ficou estranho, então leva crase) Correto: Estou indo à academia. 26 Substituir o “a” por “para a”, “da”, “na” e “pela”, se não ficar estranho deve usar a crase. Exemplo 1: -Estou indo a academia. (Substituir por “para a”) -Estou indo para a academia. (Não ficou estranho, então usa crase) Correto: Estou indo à academia. Observação: Esta substituição de “para a” é muito utilizada quando envolve nomes de lugares Exemplo 2: -Fui a Inglaterra. (Substituir por “para a”) -Fui para a Inglaterra. (Não ficou estranho, então usa crase) Correto: Fui à Inglaterra. Exemplo 3: -Fui a Curitiba. (Substituir por “para a”) -Fui para a Curitiba. (Ficou estranho, não usa crase) Correto: Fui a Curitiba. 27 Substituir “vou a” por “volto da” (da - preposição de + a). Exemplo 1: -Vou a São Paulo. (Substituir por “volto da”) -Volto da São Paulo. (Ficou estranho não usa crase) Correto: Vou a São Paulo. Exemplo 2: -Vou a Bahia. (Substituir por “volto da”) -Volto da Bahia. (Não ficou estranho, então usa crase) Correto: Vou à Bahia. Estas dicas te ajudarão em grande parte das situações, mas não em todas, então infelizmente existem regras que devem ser utilizadas para acertar todas as questões. 28 Quando usar a crase:  Antes de palavras femininas com frases que tem substantivos e adjetivos que solicitam a preposição “a” se referindo algo. Exemplo: Aquela aluna nunca presta atenção à aula. Exemplo: Devemos obedecer às regras do condomínio.  Expressões que indiquem horas, somente no caso de horas definidas eespecificadas ocorrerá a crase: Exemplo: Retornaremos à meia-noite. Exemplo: Chegaremos em Vitória às 8 horas. Exemplo: Às duas horas da tarde viajaremos.  Locuções adverbiais que expressem ideia de tempo, lugar e modo (À tarde, à noite, à direita, à esquerda, à vontade, às claras, às vezes, às pressas, à espera). Exemplo: Os embalos de sábado à noite. Exemplo: A casa da sua amiga fica à direita. Exemplo: Às vezes chegamos tarde para o almoço  Locuções prepositivas (À mercê de, às custas de, à moda de, à maneira de, à exceção de). Exemplo: O aluno foi aprovado à custa de muita dedicação. Observação: Frases que subentende “à moda de” ou “à maneira de” leva crase também(Esta situação é a única maneira que vai crase com palavras masculinas também) Exemplo: Bife à milanesa. Subentende-se que é “à moda de Milão”, então leva crase). Bife a cavalo, por outro lado não leva acento. Exemplo: Churrasco à gaúcha. Subentende-se que é “à maneira dos gaúchos”, então leva crase. 29  Locuções conjuntivas (À proporção de, à medida que) Exemplo: À medida que ficamos mais velhos aprendemos a lidar melhor com nossas perdas.  Preposição “a” com pronome demonstrativo (“a” ou “as”) Exemplo: Sua calça é idêntica à de meu filho.  Pronomes relativos “a qual” e “as quais”, depende do que vem antes Regrinha: Troca o que vem antes por palavras masculinas, como “ao” ou “aos” e se não ficar estranho usa crase Exemplo 1: -Há cidades mineiras as quais não consigo me comunicar. (Substituir por municípios mineiros aos quais) -Há municípios mineiros aos quais não consigo me comunicar. (Não ficou estranho, então leva crase) Correto: Há cidades mineiras às quais não consigo me comunicar. Exemplo 2: -Aquela é a moça a qual lhe falei. (Substituir por moço ao qual) -Aquele é o moço ao qual lhe falei. (Se não ficou estranho, então usa crase) Correto: Aquela é a moça à qual lhe falei. 30  Aquele(s), aquela(s), aquilo Substituir por “a este”, “a esta” e “a isto” sem perder o sentido. Exemplos 1: -Voltei, então, aquele hotel que gostei muito! (Substituir por “a este”) -Voltei, então, a este hotel que gostei muito! (Não perdeu o sentido, então leva crase) Correto: Voltei, então, àquele hotel que gostei muito! Exemplo 2: -Dediquei aquela mulher esta música. (Substituir por “a esta”) -Dediquei a esta mulher esta música. (Não perdeu o sentido, então leva crase) Correto: Dediquei àquela mulher esta música. Exemplo 3: -Refiro-me aquilo que aconteceu no jogo de ontem. (Substituir por “a isto”) -Refiro-me a isto que aconteceu no jogo de ontem. (Não perdeu o sentido, então leva crase) Correto: Refiro-me àquilo que aconteceu no jogo de ontem.  Expressão “à vista” Exemplo: Vendo à vista. Leva crase no sentido de não vender parcelado (a prazo). Vendo a vista sem a crase têm outros sentidos como: tampar os olhos, olhando a paisagem ou mesmo vendendo os olhos. 31 QUANDO NÃO USAR A CRASE  Antes de palavras masculinas Exemplo: Gosto de caminhar a pé.  Palavras repetidas, mesmo se for femininas Exemplo: Precisamos conversar frente a frente.  Antes de verbo Exemplo: Minha filha está aprendendo a tocar violão.  Antes de palavras femininas no plural antecedidas pela preposição a: Exemplo: A bolsa de inglês foi dada a mulheres brasileiras.  Se o “a” também estiver no plural levará crase Exemplo: A bolsa de inglês foi dada às mulheres brasileiras.  Antes da maioria dos pronomes Exemplo: Desejamos a todos um feliz ano novo.  Pronomes que podem levar crase (dona, senhora, senhorita) Exemplo: Eu falei à senhora não me procurar mais.  Expressões que sugerem ideia de futuro ou distância Exemplo: A aula terminará daqui a pouco. Exemplo: Antes de dia da semana. Exemplo: De segunda a quinta. Observação: Só haverá crase se definirmos o dia da semana. Abriremos somente às terças-feiras  Antes de numeral (Com exceção de horas) Exemplo: A praia fica a 100 metros daqui. 32 CASOS ESPECÍFICOS PARA USAR CRASE  Antes da palavra “terra” Usa-se crase no sentido de planeta Terra ou se a localidade está determinada. Exemplo: Os soldados chegaram a terra. (terra indeterminada, não leva crase) Exemplo: Eles foram à terra de meus pais. (terra determinada, então leva crase) Exemplo: Os astronautas voltaram à terra. (planeta terra)  Antes da palavra casa Mesma regra: se especificar usa a crase Exemplo: Volta a casa mais tarde. (casa indeterminada, não usa crase) Exemplo: Volta à casa de meus pais mais tarde. (casa determinada, usa crase)  Casos facultativos. (pode ou não usar) Antes de pronomes possessivos femininos minha, sua e tua Exemplo: Ontem na aula fizeram referência a minha tia Exemplo: Ontem na aula fizeram referência à minha tia. Antes de nomes próprios femininos (se especificar o nome leva obrigatoriamente crase) Exemplo: Enviei e-mail a Cristina. Exemplo: Enviei e-mail à Cristina. Exemplo: Enviei e-mail à Cristina do supermercado. (especificou de onde é a Cristina) Depois da palavra até Exemplo: Pedro foi até a piscina. Exemplo: Pedro foi até à piscina. 33 ATENÇÃO: Existem situações que o contexto da frase deve ser levado em consideração para colocar ou não a crase. Exemplo: Até a casa ficou debaixo d’água (sem crase, pois se colocar a crase ele estaria indo até a casa) 6. SINTÁXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO A sintaxe é a parte da gramática que estuda a estrutura da frase, analisando as funções que as palavras desempenham numa oração e as relações que estabelecem entre si. A sintaxe estuda também as relações existentes entre as diversas orações que formam um período.  Estudo da relação entre os termos da oração Segundo uma análise sintática, a oração se encontra dividida em: -Termos essenciais; -Termos integrantes; -Termos acessórios. Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. Os termos integrantes da oração são o objeto direto, o objeto indireto, o predicativo do sujeito, o predicativo do objeto, o complemento nominal e o agente da passiva. Os termos acessórios da oração são o adjunto adnominal, o adjunto adverbial e o aposto. 34  Exemplos de análise sintática Oração: Amanhã, a Madalena pagará suas dívidas ao banco. -Sujeito: a Madalena -Predicado: pagará suas dívidas ao banco -Objeto direto: suas dívidas -Objeto indireto: ao banco -Adjunto adverbial: amanhã -Adjunto adnominal: a, suas Oração: O diretor está livre de compromissos. -Sujeito: o diretor -Predicado: está livre de compromissos -Predicativo do sujeito: livre -Complemento nominal: compromissos Oração: A roupa foi passada pela vizinha, uma senhora trabalhadora. -Sujeito: a roupa -Predicado: foi passada pela vizinha -Agente da passiva: vizinha -Aposto: uma senhora trabalhadora 35  Estudo da relação entre as orações Os períodos compostos são formados por várias orações. As orações estabelecem entre si relações de coordenação ou de subordinação.  Período composto por coordenação Os períodos compostos por coordenação são formados por orações independentes. Apesar de estarem unidas por conjunções ou vírgulas, as orações coordenadas podem ser entendidas individualmente porque apresentam sentidos completos. As orações coordenadas são classificadas em aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas, conforme a ideia que transmitem: de adição, de oposição, de alternância, de conclusão e de explicação relativamente à oração anterior. Oração coordenada Aditiva Gabriel treinou e ganhou a corrida. Gabriel treinou, mas não ganhou a Adversativa corrida. Ou Gabriel treina ou não ganha a Alternativa corrida. Gabriel treinou, logo ganhou a Conclusiva corrida Gabriel ganhou a corrida porque Explicativa treinou 36  Período composto por subordinação Os períodos compostos por subordinação são formados por orações dependentes uma da outra. Como as orações subordinadas apresentam sentidos incompletos, não podem ser entendidas de forma separada. Conforme a função sintática que desempenham, as orações subordinadas são classificadas em substantivas, adjetivas ou adverbiais. Foi anunciado que Jorge será o novo Subjetiva diretor. Nós não sabíamos que isso seria Objetiva direta obrigatório. A empresa precisa de que todos os Oração Objetiva indireta funcionários sejam assíduos. subordinada SUBSTANTIVA Completiva Tenho esperança de que tudo será Nominal melhor no futuro! Predicativa O importante é que minha filha é feliz. Apenas quero isto: que você desapareça Apositiva da minha vida! Ele não pode esperar porque tem hora Causal marcada no médico. A Luísa esperou tanto tempo que Consecutiva adormeceu no sofá. Eles ficaram vigiando para que nós Oração Final chegássemos a casa em segurança. subordinada ADVERBIAL Temporal Mal você foi embora, ele apareceu. Se o Paulo vier rápido, eu espero por Condicional ele. Embora eu esteja atrasada para o Concessiva trabalho, continuarei esperando por ele. 37 Júlia se sentia como se ainda tivesse Comparativa dezesseis anos. Oração Ficaremos esperando por você, Conformativa subordinada conforme combinamos ontem. ADVERBIAL Quanto mais eu estudava, mais tinha a Proporcional sensação de não saber nada. A Júlia, que é a funcionária mais nova Explicativa Oração da empresa, não teve uma boa avaliação. subordinada ADJETIVA Todos os funcionários que conhecem Restritiva bem a empresa tiveram uma boa avaliação.  A sintaxe de concordância estuda a concordância nominal e a concordância verbal que ocorrem na oração. Para haver concordância nominal é necessário que haja concordância de gênero e número entre os diversos nomes da oração, ou seja, entre o substantivo e o adjetivo que o caracteriza, entre o substantivo e o artigo que o determina, entre um pronome adjetivo e o substantivo. Concordância em número indica a flexão em singular e plural. Concordância em gênero indica a flexão em masculino e feminino. Exemplos de concordância nominal: -O vizinho novo; -A vizinha nova; -Os vizinhos novos; -As vizinhas novas. 38 Para que haja concordância verbal é necessário que haja concordância em número e pessoa entre o sujeito gramatical e o verbo. Concordância em número indica a flexão em singular e plural. Concordância em pessoa indica a flexão em 1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa. Exemplos de concordância verbal: -Eu li; -Ele leu; -Nós lemos; -Eles leram.  Sintaxe de regência A sintaxe de regência estuda a regência nominal e a regência verbal que ocorre entre os diversos termos de uma oração. Há um termo regente que apresenta um sentido incompleto sem o termo regido, que atua como seu complemento. A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com o seu complemento (termo regido) através do uso de uma preposição. Exemplos de regência nominal: Favorável a; Interesse em; Apto a; Perito em; Livre de; Mau para; Sedento de; Pronto para; Intolerante com; Respeito por; Compatível com; Responsável por. 39 A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o seu complemento (termo regido) através do uso ou não de uma preposição. Na regência verbal os termos regidos são o objeto direto (sem preposição) e o objeto indireto (preposicionado). Exemplos de regência verbal: Assistir a; Morrer de; Obedecer a; Constar de; Avisar a; Sonhar com; Agradar a; Indignar-se com; Morar em; Ensaiar para; Apoiar-se em; Apaixonar-se por; Transformar em; Cair sobre.  Sintaxe de colocação pronominal A sintaxe de colocação pronominal estuda a forma como os pronomes pessoais oblíquos átonos se associam aos verbos. Existem três formas de colocação pronominal: -Em próclise: pronome aparece antes do verbo; -Em ênclise: pronome aparece depois do verbo; -Em mesóclise: pronome aparece no meio do verbo. A ênclise é a forma básica de colocação pronominal. Contudo, há um maior uso da próclise no português falado no Brasil, sendo a forma de colocação pronominal privilegiada pelos falantes. Assim, em muitas ocasiões torna-se facultativo o uso da próclise ou da ênclise, desde que não ocorra nenhuma situação que exija um tipo específico de colocação pronominal. É, por exemplo, obrigatório o uso da ênclise em orações iniciadas com verbos, estando errado iniciar uma frase com um pronome oblíquo. 40 Além disso, há diversas palavras que exigem o uso da próclise, como palavras negativas, conjunções subordinativas, pronomes relativos, indefinidos e demonstrativos, entre outras. Exemplos de colocação pronominal Ênclise Fizeram-me uma grande surpresa no meu aniversário. Próclise Todos me fizeram uma grande surpresa no meu aniversário. Mesóclise Eles far-me-ão uma grande surpresa no meu aniversário. 41 7. PONTUAÇÃO Os sinais de pontuação representam os recursos que usamos quando escrevemos com objetivo de reproduzir pausas como a vírgula e entonação como o ponto de interrogação. Os sinais de pontuação também servem para dar coerência e coesão ao texto, para que ele seja bem compreendido.  Vírgula (,) A vírgula marca pausas indicando que os termos por ela separados não formam uma unidade sintática, apesar de estarem na mesma oração. Pode ser utilizada em diversas situações como: Separar o vocativo: João, vá ao supermercado comprar carne. Separar termos que possuem mesma função sintática na oração: O bêbado, chorou,gritou, brigou e, enfim, sossegou. Separar o aposto: Caio, irmão de Arthur, veio assistir à palestra. Separar os nomes dos locais de datas: Vila Velha, 30 de março de 2019. Separar orações adjetivas explicativas: A animação, que você sugeriu para mim, é muito legal. Separar o adjunto adverbial no início ou meio da oração: Naquele tempo, havia maiscontato entre as pessoas. Separar elementos repetitivos: Eu estou com muita, muita, muita pressa! Separar elementos de uma enumeração: meus sorvetes preferidos são os de baunilha, coco, morango e chocolate. Separar termos coordenados assindéticos: Vim, vi, venci. (Júlio César) Separar as orações subordinadas adjetivas explicativas: Os jogadores de basquete,que são profissionais, recebem altos salários. Indicar a supressão de uma palavra, normalmente do verbo: Eu comi uma torta dechocolate; meu filho, de coco. 42  Ponto (.) Em abreviaturas, como: Sr. ou Ltda.  Ponto final (.) É usado no final de frases declarativas e imperativas para indicar uma pausa total: O João foi jogar bola.  Ponto e vírgula (;) O ponto e vírgula é usado para indicar uma pausa maior do que a vírgula, sem indicar o fim da ideia. Fica entre a vírgula e o ponto final. Pode ser usado para: Separar itens enumerados: A gramática se divide em Fonética; Fonologia; Sintaxe; Semântica; Estilística. Separar um período que já se encontra dividido por vírgulas: Eu prefiro estudar matemática; meu filho, geografia; minha esposa, história. Para alongar a pausa antes das conjunções adversativas: Pode contar com minha ajuda e empenho; mas, não se esqueça de dar o seu máximo.  Ponto de Interrogação (?) É usado para indicar uma pergunta direta: Você quer comer uma pizza hoje?  Ponto de Exclamação (!) O ponto de exclamação é usado em frases exclamativas para indicar espanto, admiração, alegria, raiva, surpresa ou desejo. Pode ser usado também em interjeições efrases imperativas para indicar uma ordem, como em: -Viajaremos hoje! -Que horror! Agora você excedeu. Faça agora! -Coragem! 43  Dois-pontos (:) Utilizado para dar uma pausa em uma frase que ainda não terminou, quando se faz uma citação ou para introduzir uma fala. Pode ser usado também para dar um exemplo ou fazer uma enumeração. -Vá na padaria e compre para mim: leite, pão, manteiga e café. -Ela respondeu: não, eu não quero!  Reticências (…) São usadas para indicar suspensão, interrupção ou dar ideia de continuidade de vários outros itens. Pode ser usada para extrair uma parte de um texto ou transmitir dúvidas, hesitação. -Ele estava saindo da casa, mas (…) -(…) Ela saiu da casa naquele momento. -Você pode até estar certo, mas… -Sabe… preciso te dizer uma coisa: eu não te amo mais.  Aspas (“”) As aspas são usadas para destacar uma parte do texto, como citação de alguém, expressões estrangeiras, gírias e etc.… -“Não tenha medo de ter ideias ruins, ruim é não ter ideias”. (Seth Godin) -Não esqueça de me dar um “feedback.” -O Pedro está sempre “antenado”. 44  Parênteses ‘( )’ Dar mais informações sobre algo ou simplesmente indicar algo, como exemplificado nas frases a seguir. -Os artigos sofrem flexão em gênero (masculino e feminino) e em número (singular e plural). -Ele insistiu (mas, ninguém acreditou) que foi considerado o melhor aluno da escola. -Os raios ultravioletas (causadores do envelhecimento precoce) emitidos pelo Sol.  Travessão (–) O travessão é usado, principalmente, para introduzir uma fala no discurso direto. Pode ser usado também para separar uma oração intercalada da oração principal. — Por que você diz isso? — falou Haddock. -Precisamos ter fé – disse o padre – que tudo tem solução.  Hífen (-) Normalmente usado para unir palavras: Quarta-feira, guarda-chuva, decreto-lei.  Apóstrofo (’) Usado para suprimir de letras ou palavras: Pingo d’água, Vozes d’Africa ou ‘stamos. 45 8. CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL 10.1 CONCORDÂNCIA NOMINAL A concordância nominal se fundamenta na relação entre um substantivo e os adjetivos concordando em número e gênero. Exemplo: O menino estudioso passou no concurso público.  Casos especiais com pronomes pessoais Adjetivo concordando em número e gênero Exemplo: Ela ficou animada com o resultado. Exemplo: Ele ficou animado com o resultado. Exemplo: Elas ficaram animadas com o resultado. Exemplo: Eles ficaram animados com o resultado  Vários substantivos Adjetivo concorda em número e gênero com o substantivo mais próximo. Exemplo: Bloco e caneta nova. Exemplo: Caneta e bloco novo. Exemplo: Caneta e blocos novos.  Vários adjetivos Se tem dois ou mais adjetivos no singular e tem um artigo entre eles, o substantivo ficará no singular. Mas, se não tiver o artigo ele fica no plural. Exemplo: O jogador brasileiro e o argentino. Exemplo: Os jogadores brasileiro e argentino. Exemplo: A professora simpática e a antipática. Exemplo: As professoras simpática e antipática. 46  Expressões “é proibido”, “é necessário”, etc. Estas expressões formadas por um verbo mais um adjetivo permanecem invariáveis se o substantivo a que se referem tiver sentido genérico, ou seja, não precedido de artigo. Exemplo: É proibido entrada. Exemplo: É proibido venda. Caso o substantivo esteja sendo determinado por um pronome ou artigo, a frase inteira tem que concordar com o substantivo. Exemplo: É proibida a entrada de animais.  Bastante, longe, barato Estas palavras podem ter função de adjetivo ou de advérbios. Se advérbio são invariáveis. Se adjetivo, mesma regra de adjetivos. Exemplo: Repetirei bastantes vezes essa questão, pois ela aparece em bastantes exames.  Advérbio “Caro”. Exemplo: “E hoje, que você se vende caro. Creio que você não tem razão”. (Noel Rosa)  Expressão “Um e outro” Adjetivo sempre no plural, concordando com o sujeito! Exemplo: Um e outro jogador talentosos. Exemplo: Uma e outra questão respondidas. 47 10.2 CONCORDÂNCIA VERBAL Na concordância verbal o verbo se flexiona para concordar com o sujeito gramatical. Esta flexão pode ser realizada em número (singular ou plural) e em pessoa (1.ª [eu], 2.ª[tu] ou 3.ª pessoa [ele]). Exemplo¹: Eu gosto de chocolate -Eu está no singular. -Verbo gostar também no singular. Exemplo²: Os técnicos escalaram os times. -Técnicos está no plural. -Verbo escalar está no plural.  Casos especiais de concordância verbal Sujeito formado por coletivo O verbo concorda com o coletivo. Exemplo: O bando assustou as pessoas. Se o coletivo vier seguido de nome no plural, o verbo pode concordar com o coletivo ou com o nome. Exemplo: O bando de bandidos assustaram as pessoas. Exemplo: O bando de bandidos assustou as pessoas. Verbos impessoais O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular. Não possui o sujeito. Exemplo: Havia pessoas. Exemplo: Haviam pessoas. 48 Tempo O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular. Exemplo: Faz dois dias. Exemplo: Fazem dois dias. Fenômeno O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular. Exemplo: Durante o inverno, nevava muito. Exemplo: Durante os invernos ao longo dos anos, nevavam muito. Partícula de indeterminação do sujeito se O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular. Exemplo: Precisa-se de empregado. Exemplo: Precisa-se de empregados. Partícula apassivadora se O verbo concorda com o objeto direto, podendo ficar no singular ou no plural. Exemplo: Vende-se casa. Exemplo: Vendem-se casas. Infinitivo pessoal Você flexionará o verbo quando o sujeito está definido, quando quiser definir o sujeito ou quando o sujeito da segunda oração for diferente da primeira. Exemplo: Isto é para nós fazermos. Exemplo: Isto é para agente fazermos. 49 Infinitivo impessoal Você não flexionará o verbo se o sujeito não está definido, quando o sujeito da segunda oração for igual ao da primeira oração, em locuções verbais, com verbos preposicionados e com verbos imperativos. Exemplo: As pessoas conseguiram entender a verdade. Exemplo: Foram incentivados a entender a verdade. Exemplo: Foram impedidos de entender a verdade. Verbo Ser O verbo concorda com o predicativo do sujeito. Exemplo: Oito macarronadas era muito para ele. Exemplo: Oito macarronadas eram muito para ele. Pronome relativo que Concorda com o termo antecedente do pronome. Exemplo : São eles que querem. Exemplo: São eles que quer. Pronome relativo quem Ou concorda com o antecedente do pronome ou fica flexionado na terceira pessoa do singular. Exemplo: Amanhã serão eles quem resolverá o problema. Exemplo: Amanhã serão eles quem resolverão o problema. 50 9. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL A regência estuda as relações e subordinação entre um nome ou um verbo e seus complementos. Sua função é estabelecer relações entre as palavras, fazendo com que a criação de frases não tenha duplo sentido, sendo corretas e claras. Observação: A regência pode ser nominal ou verbal. 11.1 REGÊNCIA NOMINAL A regência nominal estuda a relação e subordinação entre um nome (adjetivo, substantivo ou advérbio) e seus complementos através de uma preposição. Este complemento é chamado de complemento nominal que completa o nome para que ele tenha um significado claro. As preposições mais utilizadas são: por, com, a, de, em, para. Exemplos¹: Os catadores sentem desejo por uma vida melhor. -Substantivo: Desejo. -Complemento nominal: Preposição “por”. Exemplo²: O professor era indulgente com nossos erros. -Adjetivo: Indulgente. Complemento nominal: Preposição “com”. Exemplo³: Hoje a saúde infelizmente não está acessível a todos. -Adjetivo: Acessível. -Complemento nominal: Preposição “a”. 51 Exemplo4: Não tenho medo de você. -Advérbio: Medo. -Complemento nominal: Preposição “de”. Exemplo5: Ele tinha confiança em que sairia vitorioso. -Substantivo: Confiança. -Complemento nominal: Preposição “em”. Exemplo6: Este filme é impróprio para menores de dezoito anos. -Adjetivo: Impróprio. -Complemento nominal: Preposição “para”. 52 11. 2 REGÊNCIA VERBAL A regência verbal estuda a relação de subordinação entre um verbo e o termo da oração que o complementa. Conforme o tipo de complemento vai precisar ou não de preposição, podendo inclusivemudar o sentido do verbo. Nós temos os termos regente e regido, mas o que seria isso? Termo regente: Verbo Termo regido: Complemento Verbal, que normalmente é o objeto direto, objeto indireto ou o adjunto adverbial. Uma coisa que você tem que ficar bem atento é que na regência verbal, as preposições podem combinar ou contrair com artigos e pronomes: Exemplos: -por + o = pelo; -em + as = nas; -de + isto = disto; -a+ a = à; -a + o = ao. Dentre outras mais. Vamos aos Verbos  ACUSAR Verbo “Acusar” no sentido de incriminar: Exemplo: Ela sempre costuma acusar colegas. -Verbo: Acusar -Objeto direto: Colegas 53 Com objeto direto e indireto e preposição de ou por: Exemplo: Acusou o homem de estelionato. Exemplo: Acusou o réu por crime de tortura.  AGRADAR Verbo agradar no sentido de mimar usa-se objeto direto. Exemplo: A mulher agradou o cachorrinho recém-nascido. Verbo agradar no sentido de satisfazer usa-se objeto indireto com preposição a. Exemplo: O discurso agradou à plateia.  CHAMAR Verbo chamar no sentido de fazer um apelo usa-se objeto direto. Exemplo: João chamou a filha. Verbo chamar no sentido de convocar pede objeto direto. Exemplo: O presidente chamou o conselho.  ANTECIPAR Verbo antecipar no sentido de adiantar pode ser com objeto direto e sem complemento verbal. Com objeto direto. Exemplo: Para ajudar seus funcionários, a empresa antecipou seus salários. Sem complemento verbal Exemplo: É preferível esperar que antecipar. 54 Veja abaixo uma tabela contendo mais alguns verbos e suas respectivas preposições. VERBOS: PREPOSIÇÕES: Parecer com Sonhar com Viciar-se em Avaliar em Sobreviver a Pertencer a Morrer de Vingar-se. de Desafiar para Convidar para Apaixonar-se por Chorar por Meditar sobre Alertar. sobre As preposições mais utilizadas na regência verbal são as seguintes: Com, em, a, de, para, por e sobre. 55 10. SIGINIFICAÇÃO DAS PALAVRAS O significado das palavras é estudado pela semântica, a parte da gramática que estuda não só o sentido das palavras como as relações de sentido que as palavras estabelecem entre si: relações de sinonímia, antonímia, paronímia, homonímia,... Compreender essas relações nos proporciona o alargamento do nosso universo semântico, contribuindo para uma maior diversidade vocabular e maior adequação aos diversos contextos e intenções comunicativas. 13.1 Sinonímia e Antonímia A sinonímia indica a capacidade das palavras apresentarem significados semelhantes. A antonímia indica a capacidade das palavras apresentarem significados opostos. Assim, através da sinonímia e da antonímia as palavras estabelecem relações de proximidade e contrariedade. Exemplos de palavras sinônimas: -Importante: significativo, considerável, prestigiado, indispensável, fundamental,... -Necessário: essencial, fundamental, forçoso, obrigatório, imprescindível,... Exemplos de palavras antônimas: -Dedicado: desinteressado, desapegado, faltoso, desaplicado, relapso,... -Pontual: atrasado, retardado, durável, genérico, irresponsável,... 56 13.2 Homonímia e Paronímia A homonímia se refere à capacidade das palavras serem:  Homônimas (som igual, escrita igual, significado diferente);  Homófonas (som igual, escrita diferente, significado diferente);  Homógrafas (som diferente, escrita igual, significado diferente). Exemplos de palavras homônimas: -Rio (curso de água) e Rio (verbo rir). -Caminho (itinerário) e Caminho (verbo caminhar). Exemplos de palavras homófonas: -Cem (100) e Sem (indica falta). -Senso (sentido) e Censo (levantamento estatístico). Exemplos de palavras homógrafas: -Colher (talher) e Colher (apanhar). -Acerto (correção) e Acerto (verbo acertar). A paronímia se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de forma parecida, mas que apresentam significados diferentes. Exemplos de palavras parônimas: -Comprimento (tamanho) e Cumprimento (saudação); -Imigrar (entrar num novo país) e Emigrar (sair do seu país). 57 13.3 Polissemia e Monossemia A polissemia indica a capacidade de uma palavra apresentar uma multiplicidade de significados, conforme o contexto frásico em que ocorre. A monossemia indica que determinadas palavras apresentam apenas um significado. Exemplos de palavras polissêmicas: -Cabeça (parte do corpo humano e líder do grupo, com origem comum na palavra em latim capitia). -Letra (símbolo de escrita e documento substituto de dinheiro, com origem comum na palavra em latim littera). Exemplos de palavras monossêmicas: -Estetoscópio (instrumento médico). -Eneágono (polígono com nove ângulos). 13.4 Denotação e Conotação A denotação indica a capacidade das palavras apresentarem um sentido literal e objetivo. A conotação indica a capacidade das palavras apresentarem um sentido figurado e simbólico. Exemplos de palavras com sentido denotativo: -O navio atracou no porto. -A anta é um mamífero. Exemplos de palavras com sentido conotativo: -Você é o meu porto. -Pense pela sua própria cabeça, sua anta! 58 13.5 Hiperonímia e Hiponímia A hiperonímia e a hiponímia indicam a capacidade das palavras estabelecerem relações hierárquicas de significado. Um hiperônimo, palavra superior com um sentido mais abrangente, engloba um hipônimo, palavra inferior com sentido mais restrito. -Fruta é hiperônimo de morango. -Morango é hipônimo de fruta. Exemplos de hiperônimos: -Ferramenta. -Ave. Exemplo de hipônimos: -Martelo, serrote, alicate, enxada, chave de fenda,... -Papagaio, gaivota, bem-te-vi, arara, coruja,... 13.6 Formas variantes As formas variantes se referem a palavras que possuem mais do que uma grafia correta, sem que haja alteração do seu significado. Exemplos: -Abdome e abdômen; -Bêbado e bêbedo; -Embaralhar e baralhar; -Enfarte e infarto; -Louro e loiro. 59 13.7 Figuras de Linguagem São artifícios que são usados por um orador ou escritor para dar mais significado (ênfase) ou mais estilo (ficar mais bonito) para que o ouvinte ou leitor possa interpretar da maneira que ele quer. As figuras de linguagem são classificadas conforme sua função. Figuras de palavras ou semântica: Palavra com outro sentido. Exemplos: Comparação; Metáfora; Catacrese; Sinestesia; Metonímia; Sinédoque; Antonomásia (ou Perífrase). Figuras de Pensamento: Palavra alterada para combinar pensamentos e ideias. Exemplos: Antítese; Paradoxo; Ironia; Eufemismo; Gradação, Apóstrofe; Alusão; Personificação (ou Prosopopeia); Exclamação; Interrogação; Reticência; Oximoro; Preterição; Gradação; Clímax; Anticlímax; Concatenação; Hipérbole. Figuras sintáticas ou de construção: Repetição, desvio ou omissão. Exemplos: Silepse; Elipse; Zeugma; Assíndeto; Polissíndeto; Anáfora; Pleonasmo; Hipérbato; Anacoluto; Anástrofe; Sínquise; Epístrofe; Anadiplose; Diácope; Epânodo; Epizeuxe; Antimetábole (ou Quiasmo). Figuras fonéticas ou de som (harmonia): Sonoridade das palavras. Exemplos: Aliteração, Assonância, Paronomásia, Onomatopeia. Agora, vamos detalhar as principais figuras de linguagem.  FIGURAS DE PALAVRAS OU SEMÂNTICA: Palavra com outro sentido. Metáfora; Comparação; Catacrese; Sinestesia; Metonímia; Sinédoque; Antonomásia (ou Perífrase). 60 METÁFORA Metáfora é uma figura de linguagem, de palavras ou semântica. É a utilização de uma palavra que tem outro significado. É subjetivo e muito utilizado em propagandas. Exemplo: Minha boca é um túmulo. COMPARAÇÃO Comparação é uma figura de linguagem, de palavras ou semântica. É quando se atribui características de algo a outro por serem parecidos. Exemplo: O carro dela é rápido que nem um avião. METÁFORA X COMPARAÇÃO A metáfora e a comparação são similares, mas o que difere elas são como os termos de comparação são usados. Metáfora: comparação implícita e com termos que tem significados diferentes. Exemplo: Minha boca é um túmulo. Comparação: comparação geralmente explícita com termos de significado semelhantes. Exemplo: O carro dela é rápido que nem um avião (carro e avião são rápidos). CATACRESE: A catacrese é uma figura de linguagem, de palavras ou semântica que utiliza uma palavra ou expressão que apesar de estar fora do seu significado original, é usada muito pelas pessoas se tornando comum e facilitando a comunicação. Ela é usada porque a palavra correta a ser usada não é conhecida pela maioria das pessoas ou também pode não existir, como usamos em alguma frases: “a manga” da camisa, “pescoço” da garrafa, o “bico” do avião e o “pé” da mesa. Exemplo: “Estava com coceira no céu da boca.” 61 SINESTESIA É uma figura de linguagem, de palavras ou semântica que mistura as sensações dos sentidos humanos, como visão, tato, olfato, paladar ou audição para dar um estilo ao texto. Exemplos: -Pedro olhou friamente para Maria. -Sua voz ecoava friamente pelo corredor. -Cristina tem um olhar doce. METONÍMIA Metonímia é também uma figura de linguagem, de palavras ou semânticaÉ a troca de uma palavra por outra de sentido aproximado. Exemplos: O autor pela obra: -Já li Guimarães Rosa várias vezes. O Continente pelo conteúdo: -Bebemos duas garrafas de vinho. -O estádio ficou de pé para saldar o time. O autor pelo seu invento: -Graham Bell aproximou as pessoas. (Cientista e inventor britânico fundador da Bell Telephone Company, a empresa protagonista dos primeiros passos da implantação do telefone como meio de comunicação de massa à escala internacional). 62 PERÍFRASE Perífrase é uma figura de linguagem, de palavras ou semântica que utiliza uma expressão para mostrar as características ou atributos de um ser, lugar ou objeto ou um fato que o consagrou. Exemplos: -O país do futebol está cada vez mais violento. (Brasil) -Está chovendo muito na cidade maravilhosa. (Rio de Janeiro) -Vi um documentário sobre o Velho Chico. (Rio São Francisco) ALEGORIA A alegoria é uma figura de linguagem, de palavras ou semântica. É um grupo simbólico para dar um segundo sentido, além do que está no sentido das palavras. É uma linguagem simbólica e conotativa. O exemplo abaixo caiu em concurso. Machado de Assis "A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em presença do baixo e dos comprimários, quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em presença do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos bailados, e a orquestra é excelente..."  FIGURAS DE PENSAMENTO: Palavra alterada para combinar pensamentos e ideias. Antítese; Ironia; Paradoxo; Eufemismo; Gradação, Apóstrofe; Litotes; Alusão; Personificação (ou Prosopopeia); Exclamação; Interrogação; Reticência; Oximoro; Antanáclase; Epanortose; Preterição; Gradação; Clímax; Anticlímax; Concatenação; Hipérbole. 63 IRONIA É uma figura de linguagem e de pensamento que inverte o sentido da palavra afirmando o contrário do que estamos pensando, tendo um sentido diferente do que estamos acostumados, dando um humor leve. Exemplo: -Ele estudou tanto que conseguiu tirar zero na prova. -Que pessoal educado, entraram na minha casa e nem me cumprimentaram. ANTÍTESE A antítese é uma figura de linguagem e de pensamento que emprega termos com sentidos opostos, ou seja, consiste na oposição de duas ideias, lado a lado, em uma frase. Pode-se observar um exemplo de antítese na frase: -"Ela se preocupa tanto com o passado que esquece o presente". Outros exemplos: -Diariamente os médicos lidam com a vida e a morte. - Já estou cheio de me sentir vazio. PARADOXO Paradoxo é uma figura de linguagem e de pensamento que une conceitos opostos paradar sentido lógico utilizando palavras opostas. Exemplos: -Quanto mais vivemos mais perto da morte ficamos. -Meu marido vive sonhando acordado. ATENÇÃO: Muitas pessoas confundem antítese com paradoxo. A antítese se diferencia do paradoxo porque na antítese ela revela palavras com ideias contrárias (opõe ao sentido) e no paradoxo se referem à mesma ideia causando uma contradição. 64 EUFEMISMO Eufemismo é uma figura de linguagem e de pensamento em que a pessoa procura suavizar palavras ou expressões sobre algum assunto polêmico ou desagradável e não ofender as pessoas que o escutam ou passar uma informação de maneira mais suave, menos desagradável. -Falar sobre pessoas que morreram: Exemplo: Ele está no céu. Ele faleceu. Ele não está mais entre nós. -Falar sobre pessoas velhas: Exemplo: As pessoas da terceira idade… -Falar de pessoas grosseiras: Exemplo: Minha esposa é estressada, têm o gênio muito forte. -Falar de pessoas gordas: Exemplo: Ele sempre foi meio “cheinho”.  PROSOPOPEIA Prosopopeia é uma figura de linguagem e de pensamento que consiste na atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados. Também podemos chamá-la de PERSONIFICAÇÃO. Exemplos: -Aquilo que até então não me interessara nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos, pareceu-me, de repente, maravilhoso. -E os clarins soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma imprevista. 65  HIPÉRBOLE Hipérbole é uma figura de linguagem e de pensamento que aumenta intencionalmente ofato com a finalidade de exagerar e passar uma ideia maior do que a realidade. Exemplos: -A criança chorou rios de lágrimas. -Filho, já falei um milhão de vezes para lavar as mãos antes de comer. -Meu filho vai morrer de tanto estudar.  FIGURAS SINTÁTICAS OU DE CONSTRUÇÃO: Repetição, desvio ou omissão. Silepse; Elipse; Zeugma; Assíndeto; Polissíndeto; Anáfora; Pleonasmo; Hipérbato; Anacoluto; Anástrofe; Sínquise; Epístrofe; Anadiplose; Diácope; Epânodo; Epizeuxe; Antimetábole (ou Quiasmo). SILEPSE Silepse é uma figura de linguagem, sintática ou de construção que concorda com que está subentendido no texto e não com o que está explícito, escrito no texto. É concordar com a ideia que a pessoa quer passar. Ela pode ser de gênero, número e pessoa. Gênero: Masculino e feminino Exemplo: Paris é maravilhosa! (Está falando da cidade, palavra feminina) Número: Palavra singular indicando plural Exemplo: O casal se hospedou no hotel (duas pessoas) Pessoa: Discordância entre o sujeito e a pessoa verbal. Exemplo: “Dizem que os cariocas somos pouco dados aos jardins públicos”, de Machado de Assis. 66 ELIPSE A elipse é uma figura de linguagem, sintática ou de construção que omite um termo que fica subentendido, mas pode ser identificado. Exemplos: -Neste natal, vou comer muitas castanhas. (Omitiu “eu”) -Priscila estava gripada e olhos vermelhos. (Omitiu “com”) ZEUGMA A zeugma é uma figura de linguagem, sintática ou de construção que omite um termo já usado antes. A zeugma é uma forma de elipse. Exemplo: Cristina jogava vôlei, eu futebol. (Cristina jogava vôlei, eu jogava futebol) ASSÍNDETO O Assíndeto é uma figura de linguagem, sintática ou de construção onde se omite umaconjunção ou conectivo que faz a ligação entre duas orações separadas por vírgula. Exemplo: Chegamos do futebol, tomamos banho, jantamos, e depois fomos para o cinema. POLISSÍNDETO É uma figura de linguagem, sintática ou de construção onde ocorre a repetição da conjunção entre as orações de um período ou entre os termos da oração e normalmente é a conjunção “mas”, “e” ou “nem”. Exemplo: Chegamos do futebol e tomamos banho e jantamos e depois fomos para o cinema. ANÁFORA É uma figura de linguagem, sintática ou de construção que é caracterizada por repetição de uma ou mais palavras para reforçar o sentido aumentando a expressividade do que se quer comunicar. Exemplo: Quando não tinha nada, eu quis. Quando tudo era ausência, esperei. Quando tive frio, tremi. Quando tive coragem, liguei. (À Primeira Vista – Chico César). 67 PLEONASMO É uma figura de linguagem, sintática ou de construção que intensifica uma palavra através da repetição sem necessidade que acabam criando uma redundância (excesso de palavras). Exemplo: Todos subiram para cima da árvore. Exemplo: Entrar para dentro da casa. ANACOLUTO É uma figura de linguagem, sintática ou de construção quando tem uma interrupção na frase, ou seja, ela é quebrada e reconstruída deixando o que foi dito anteriormente solto. Exemplo: “Eu, porque sou mole, você fica abusando.” (Rubem Braga)  FIGURAS FONÉTICAS OU DE SOM (HARMONIA): Sonoridade das palavras. Aliteração, Assonância, Paronomásia, Onomatopeia.  ALITERAÇÃO "É a repetição de consoantes ou sílabas: -Todo dia, Benito bebe batida de banana. -A moto movia-se mais ou menos morro acima. -O javali jazia junto à jabuticabeira. É bom ressaltar que tal figura é comum em textos literários. Seu uso em textos funcionais é considerado um vício de linguagem. 68  ASSONÂNCIA É a repetição de vogais: -A manada passava, e nada a fazia parar. -Então a gente pede ao moleque o chiclete. -Nunca vi jabuti nem ali nem aqui."  ONOMATOPEIA É um termo que imita o som de animais, barulhos da natureza em geral, ou, ainda, o som produzido por objetos ou por pessoas: -Armandinho disse que o miau comeu o piu-piu que estava na árvore. -Estava com medo, pois troava lá fora, e a chuva só fazia aumentar. -Ouviu um toc-toc na porta e soube que era a morte. -O fiu-fiu era geral, e tal assédio a incomodava.  PARONOMÁSIA É o uso de palavras parecidas, mas que possuem grafia, som e significado diferentes: -Ao fazer a descrição do esposo, ela apontou sua principal característica, a discrição. -O cavaleiro também era um cavalheiro. 69 16. QUESTÕES COMENTADAS 70 Compreensão e Interpretação de textos O QUE VIVI AO FICAR PRESO NO ELEVADOR Por Ton Paulo – 20 novembro 2019 As portas do elevador estacionado no térreo já se fechavam quando, numa corrida rápida, coloco o braço no rumo do sensor a tempo de fazê-las reabrirem. Entro ainda ofegante no cubículo vazio, não sem antes soltar um “que sorte!” em voz baixa. Sou apaixonado por elevadores vazios. O intervalo do térreo até o andar escolhido é sempre o momento oportuno do dia para dar uma ajeitada no cabelo no espelho, olhar as mensagens ainda não visualizadas e respirar. Mas não hoje. O elevador parou no meu andar, o 25º, mas as portas não se abriram. Espero, estranhando o delay, e nada. Alguns instantes depois, o ventilador de teto para. Era isso: eu estava preso em um elevador enguiçado. Desato a tocar o interfone, mas, no lugar de uma voz humana, só recebo uma luzinha que pisca insistentemente. Do nada, me vem a palavra “claustrofobia” – do latim, claustro phobos: medo de lugares fechados. Eu não tinha aquilo, mas sentia que meus pulmões já puxavam o ar de maneira irregular. Sento, levanto, sento novamente, dou voltas só de meias dentro do cubículo de metal. Exatos uma hora e cinquenta minutos se passam até que um funcionário abre a porta, com o elevador já no térreo e me encontra no chão abraçado às minhas pernas. Ainda um pouco trêmulo e puxando o ar com força, caminho até a recepcionista: “Onde ficam as escadas mesmo?” Disponível em: https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/oque-vivi-ao-ficar- preso-no-elevador-221327/. Acesso em: 20 maio 2023. 1. A partir da leitura do texto, é correto afirmar que o autor: (A) Não tentou pedir por socorro, visto que teve uma crise de claustrofobia. (B) É apaixonado por elevadores vazios porque não gosta de interagir com os vizinhos. (C) Foi resgatado quando o elevador estava em seu andar, o 25º. (D) Machucou o braço ao entrar no elevador. (E) Permaneceu por quase duas horas preso no elevador. 71 GABARITO COMENTADO: No último parágrafo, a partir da leitura do trecho ”Exatos uma hora e cinquenta minutos se passam até que um funcionário abre a porta”... Pode- se dizer que uma hora e cinquenta minutos são quase duas horas, ou seja, é algo aproximado. Aproximadamente (quase) duas horas. Portanto, gabarito (E). TEXTO 2 Adaptado de: https://www.medicina.ufmg.br/por-que-a-ingestao-deagua-e-essencial-no- tratamento-de-doencas/. Acesso em: 25 nov. 2022. 2. Assinale a alternativa que evidencia corretamente a função do Texto (A) Promover o consumo de água inadequado e argumentar sobre como isso pode melhorar a hidratação. (B) Instruir sobre o consumo de água para auxiliar a hidratação. (C) Relatar fatos sobre a água que foram observados em situações de boa hidratação. (D) Descrever e detalhar as características da água que levam à hidratação. (E) Estabelecer um paralelo entre consumo de água e hidratação, posicionando-se a respeito do tema. 72 GABARITO COMENTADO: Estamos diante de um texto injuntivo. Onde podemos encontrar a presença de verbos no imperativo, como “beba”, “deixe” e “coloque.” O objetivo do texto é instruir e recomendar o consumo de água para auxiliar a hidratação. Logo, gabarito letra (B). Tipologias e gêneros textuais TEXTO 1 Água: recurso mineral de total importância para todos os seres vivos A água é o mais eficiente solvente do planeta, chamado de solvente universal. Esta sua característica permite que ela se associe a substâncias diversas, inclusive com aquelas que podem contaminá-la. Considerando que a vida na terra se originou na água, os organismos terrestres têm uma associação direta e de plena dependência com esse composto químico. A água, que é responsável por cerca de 70% do nosso peso corporal, está relacionada com a regulação da temperatura corpórea e com a manutenção das atividades vitais. Para o nosso perfeito equilíbrio orgânico, necessitamos ingerir, pelo menos, 2 litros de água por dia, quantidade esta necessária para as reações vitais de nossas células e para repor as perdas que acontecem pela respiração, sudorese, saliva, urina, fezes, dentre outras. Uma das atividades fisiológicas que pode exemplificar bem a importância e a nossa dependência da água é a excreção. A excreção é a eliminação, pela urina, dos resíduos tóxicos que entram ou são produzidos no nosso corpo. Isso acontece porque a água contida nas células se associa aos compostos tóxicos ali presentes e os eliminam do nosso corpo, na forma de urina. Caso haja um consumo inadequado de água pelo indivíduo, haverá, consequentemente, o comprometimento das suas atividades vitais, dentre elas a da excreção dos resíduos corporais tóxicos, substâncias estas que podem desencadear intoxicações que levam a sérios problemas à saúde. Da mesma forma que a água presente em nossas células se associa com as substâncias tóxicas do nosso organismo, as águas dos rios se associam com os poluentes que são carreados para dentro de seus leitos. De maneira geral, nas regiões de alta concentração populacional, os rios recebem uma alta carga de poluentes ao longo do seu curso, o que deixa as suas águas poluídas por substâncias diversas, muitas delas tóxica para os seres vivos. Adaptado de: https://conexaoagua.mpf.mp.br. Acesso em: 22 nov. 2022. 73 3. Assinale a alternativa que classifica corretamente o tipo textual predominante no Texto 1. (A) Argumentativo. (B) Expositivo. (C) Descritivo. (D) Narrativo. (E) Injuntivo. GABARITO COMENTADO: Por meio da estrutura textual e das informações presentes no texto, podemos concluir que ele se classifica como texto expositivo. Algumas características dessa tipologia textual: Totalmente imparcial e neutro, que serve apenas para informar e não trazer a opinião do autor; É apenas uma exposição sobre o assunto que será retratado;Um exemplo claro são as notícias veiculadas no jornal; Não deve ter interferência de nenhuma opinião do autor e o objetivo é explicar. Portanto, gabarito letra (B). O cadeado Por: Ana Cristina Vieira de Souza (Cris da Rocha) Um dia o cadeado resolveu não abrir. Como nãoera de boa qualidade, enferrujou. Tentaram abrir:apertaram, viraram de um lado para o outro, atéque a chave emperrou. [...] Não se contendo, aoinvés de retirar a chave de dentro do cadeado,apertaram mais e mais até a chave quebrar e, napressa de abrir o cadeado para entrar, ficaramdo lado de fora até que se pudesse encontraralguém para cortar o cadeado e dinheiro paracomprar um novo [...]. Às vezes somos que nem a história simples docadeado, queremos ser mais felizes, alegres,satisfeitos e gentis com a vida, mas passamosesse tempo repetindo os mesmos erros,entrando e saindo sempre pela mesma porta,empurrando os mesmos problemas ao invés detentarmos soluções. [...] Nem sempreconseguimos a coragem suficiente paradesapegar daquilo que não traz mais alegria deviver e que faz da vida um espetáculo que nãonos encanta. [...] 74 Há um momento, depois detodo o esforço, que o cadeado deve serdescartado com a chave e tudo. Jogue fora até acorrente que ajuda a trancar o portão e, mesmoque demore, compre tudo novo e aproveite dasoportunidades que a vida vai te dar. Construatudo com novas emoções e cuide para que seussentimentos não enferrujem. Adaptado de: https://psicologiaacessivel.net/2018/04/03/ocadeado/. Acesso em 23 abr. 2021. 4. A partir da leitura do texto, é correto afirmar que (A) A história do cadeado funciona como uma metáfora para as relações humanas: quanto mais uma pessoa é “fechada”, mais ela precisa de alguém que possua a chave correta para “abri-la” (B) “O cadeado” é um exemplar do gênero textual fábula, pois apresenta uma “moral da história”: para sermos mais felizes, devemos mudar nossos comportamentos. (C) A solução para os problemas da vida, assim como para problemas com cadeados, é não desistir jamais. (D) Estão presentes sequências linguísticas tanto narrativas quanto injuntivas. (E) As pessoas não conseguem se desapegar daquilo que faz mal a elas porque não sabem qual é a “chave” (forma correta) que abre seu “cadeado” (coração). GABARITO COMENTADO: Estamos diante de um texto injuntivo. Textos com essa tipologia podem ser encontrados também em manuais de autoajuda, não somente em receitas e manuais de instrução. A injunção também é vista como um tipo de “conselho”, servindo para orientar o leitor. Logo, gabarito letra (D). 75 Ortografia Oficial Texto 2 Superalimentos: o que são e como podem melhorar sua saúde Cada vez mais as pessoas tem se preocupado em ter uma alimentação saudável. A busca por saúde e bem-estar está diretamente conectada com o que comemos. Todos os alimentos possuem propriedades específicas e atuam de formas diferentes no organismo. Mas existem aqueles que trazem diversos benefícios que ajudam o organismo das mais diferentes formas, os chamados superalimentos. O termo superalimento é empregado para designar os ingredientes que são ricos em nutrientes, sendo muito benéficos ao organismo. Com grande concentração de vitaminas, proteínas, antioxidantes, fibras e outros, esses alimentos são verdadeiras fontes de saúde. Para se ter êxito com as vantagens que eles oferecem, é importante incluí-los em um plano alimentar equilibrado. Adaptado de: https://blog.tudogostoso.com.br/estilo-devida/alimentacao- saudavel/superalimentos/. Acesso em: 13 fev. 2022. 5. Assinale a alternativa correta sobre o emprego de hífen no termo “bem- estar”, do Texto 2. (A) O emprego está adequado, pois se trata de termo derivado. (B) O emprego está adequado, pois se trata de termo composto, representado por duas formas adjetivas. (C) O emprego está adequado, pois se trata de termo composto sem elemento de ligação e iniciado por “bem”. (D) O emprego está inadequado, pois não se emprega hífen em locução adverbial. (E) O emprego está inadequado, pois só se emprega hífen em termo derivado iniciado com “h” ou “r”. GABARITO COMENTADO: Existe uma dica para o uso do Hífen em relação a palavra “bem”. “O bem não gosta de ninguém”, então você deve separar ele de outras palavras. Exemplo: Bem-humorado, bem-te-vi, bem-vindo. Por isso, gabarito letra (C). 76 6. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão ortograficamente corretas. (A) Expandir, plebiscito, distorcer, detensão, fascínio. (B) Miscigenação, catalizador, escoliose, querosene, transeunte. (C) Xingar, excesso, disciplina, discrisão, nascer (D) Mexer, deslize, eternizar, arquidiocese, chamariz. (E) Conciliação, disciplina, espandir, incentivo, diferenciado. GABARITO COMENTADO: Vamos analisar as alternativas e encontrar os erros em cada uma delas. (A)Expandir, plebiscito, distorcer, detensão, fascínio. INCORRETO. "Detenção" é com -ç. (B)Miscigenação, catalizador, escoliose, querosene, transeunte. INCORRETO. "Catalisador" é com -s. (C)Xingar, excesso, disciplina, discrisão, nascer. INCORRETO. "Discrição" é com -ç. (D)Mexer, deslize, eternizar, arquidiocese, chamariz → CORRETO. (E)Conciliação, disciplina, espandir, incentivo, diferenciado INCORRETO. "Expandir" é com -x. Portanto, gabarito (D). 77 Acentuação Gráfica 7. Sobre a palavra “alimentos”, é correto afirmar que (A) Não é acentuada, porque a sílaba tônica recai sobre um hiato. (B) Não recebe acentuação, porque é oxítona terminada em “s”. (C) É palavra paroxítona, porque a tonicidade recai sobre a penúltima sílaba. (D) é palavra proparoxítona, porque tem quatro sílabas. (E) É palavra oxítona, porque a tonicidade recai sobre a última sílaba. GABARITO COMENTADO: A palavra “Alimentos” é uma paroxítona, pois sua tonicidade recai sobre a penúltima sílaba. Faça o teste cantando a palavra: “A-LI-MEENN-TOS”. Lembre também dessas regras de acentuação das paroxítonas. Não se acentuam: As paroxítonas terminadas em (A,E,O,AS,ES,OS,EM,ENS). As paroxítonas terminadas em ditongo aberto (EI,ÉO,ÉU). Logo, gabarito letra (C). 8. Assinale a alternativa em que os pares de palavras são acentuados de acordo com a mesma regra. (A) Até – porquê. (B) Não – têm. (C) Implicações – construídos. (D) É – até. (E) Edifícios – equilíbrio 78 GABARITO COMENTADO: Analisando as alternativas e as regras de acentuação, as palavras “edifícios” e “equilíbrio” são acentuadas porque são paroxítonas terminadas em ditongo CRESCENTE. Portanto, gabarito letra (E). Emprego das classes de palavras 9. Considerando a estruturação da frase que segue e os sentidos por ela expressos, assinale a alternativa que a analisa corretamente. “O marketing digital também abrange a prática de promover produtos ou serviços através de canais que levam o conteúdo às pessoas rapidamente, de forma relevante e personalizada.” (A) O advérbio “através” não poderia ser substituído pela expressão “por meio de”, visto que os produtos e serviços atravessam os canais, ou seja, passam transversalmente por meio da tela. (B) Ocorreria acento indicativo de crase no caso de o verbo “abrange” ser substituído por “compreende”, por este ser um verbo transitivo indireto. (C) O termo “também” apresenta função coesiva referencial, pois retoma uma característica do marketing digital, por meio de uma comparação. (D) O verbo “levar” flexiona-se no presente do indicativo, tempo e modo verbal que permitem que seja revelada a crença do enunciador: no caso, ele considera verdadeiro o fato de que os canais levam algum tipo de conteúdo às pessoas. (E) Os adjuntos adverbiais “rapidamente, de forma relevante e personalizada” articulam-se a “o marketing digital”, indicando o modo como ele é disseminado nas mídias digitais GABARITO COMENTADO: Analisando cada alte

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