Fármacos que actuam ao nível da alergia PDF (2020/2021)

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E S AÚ RD IO DE R SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Fármacos que actuam ao nível da alergia Licenciatura em enfermagem 2020/2021  E S AÚ RD IO DE EGAS R SU P E MONIZ LA O C ES Anti-histamínicos Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Histamina A histamina é uma molécula hidrofílica que contêm um anel imidazólico e um grupo amina ligado por um grupo etileno. Actua em quatro classes de receptores, designados H1, H2, H3, e H4, todos ligados a proteínas G (G-protein coupled receptors (GPCR)). A resposta destes receptores é activada ou inibida de forma diferencial por análogos da histamina ou por antagonistas específicos, respectivamente. Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Histamina A histamina encontra-se em quase todos os tecidos nos mamíferos As concentrações de histamina no plasma e outros fluídos é normalmente muito baixa, no entanto é significativamente alta no líquido cefaloraquidiano A concentração de histamina é particularmente elevada nos tecidos que contêm um elevado número de mastócitos, como a pele, mucosa brônquica e mucosa intestinal Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Histamina A histamina é sintetizada a partir do aminoácido histidina, após a sua descarboxilação pela L-histidina descarboxilase Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Metabolização A histamina é metalizada por duas vias: Metilação do anel, seguido por desaminação oxidativa (via predominante). Desaminação oxidativa seguida de conjugação com ribose (via secundária) Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Armazenamento A histamina é normalmente armazenada nos grânulos secretários dos mastócitos e basófilos, onde se encontra carregada positivamente e complexada com grupos carregados negativos dos outros constituintes dos grânulos (proteases, heparina, proteoglicanos, etc.). Nestas células a histamina é armazenada durante longos períodos, pelo que o seu turnover é lento. Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Libertação A histamina é libertada dos grânulos como resultado da interacção de antigénios com anticorpos IgE existentes na superfície celular dos mastócitos. Adicionalmente, a libertação de histamina pelos mastócitos, pode ocorrer também por lesão mecânica Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Resposta alérgica As células responsáveis pelas respostas de hipersensibilidade são os mastócitos e os basófilos, que produzem anticorpos IgE, que se ligam à porção externa da membrana celular via receptores Fc. Quando ocorre a ligação de um antigénio, o receptor é activado, activando tirosina cinases, que subsequentemente catalisam a fosforilação de vários substractos proteicos. Estes eventos levam à excitose do conteúdo dos grânulos secretórios que contêm histamina, assim como de outros compostos, como serotonina, proteases, enzimas lisossómicas, citocinas, proteoglicanos. A estimulação deste receptor também activa a PLA2, responsável pela produção de PG, LT, TX. Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Resposta alérgica A histamina apresenta um papel central na hipersensibilidade e respostas alérgicas imediatas, quer ao nível dos brônquios quer ao nível dos vasos sanguíneos. A histamina é um um quimioatractor dos leucócitos, apresenta um papel importante na regulação da acidez gástrica e modula a libertação de neurotransmissores. Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Resposta a estímulos químicos A histamina é também libertada dos mastócitos após contacto com vários compostos básicos, por interacção directa destes como as proteínas G, ou activação de um receptor GPCR, chamado MRGRX2, específico dos mastócitos. A libertação de histamina é mais provável se estes compostos forem administrados por via intravenosa (ex: tubocurarina, succinilcolina, morfina, alguns antibióticos, alguns carbohidratos existentes como expansores do volume plasmático e meios de radiocontraste)). Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Resposta a estímulos químicos Em segundos, a pessoa sente sensação de ardor e comichão, mais marcada nas palmas da mão, cara, coro cabeludo e orelhas, seguido por uma sensação de calor intenso. Ocorre rubor que se espalha rápidamente pelo torso, a pressão arterial diminui, o ritmo cardíaco aumenta, e normalmente ocorrem cefaleias. Após alguns minutos a pressão arterial recupera, e aparecem manchas de urticária na pele. Cólicas, nausea, hipersecressão de ácido e broncospasmo moderado também ocorrem frequentemente. O efeito é menos intenso após administrações sucessivas, uma vez que os grânulos nos mastócitos ficam depletados de histamina. Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Libertação A histamina é também formada noutras células como as células da epiderme, células enterocromafins da mucosa gástrica, neurónios do sistema nervoso central e células em tecidos em regeneração ou com em rápido crescimento. Nestas células a libertação de histamina contínua, e não é armazenada, pelo que o seu turnover é rápido. Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Libertação Células enterocromafins da mucosa gástrica: A histamina promove a produção de ácido gástrico, pepsina e factor intrínseco no estômago por interacção com os receptores H2. Esta secreção pelas células parietais é adicionalmente estimulada pelo nervo vago e pela hormona entérica gástrica, embora que a produção gástrica é predominantemente mediada pela histamina. Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Libertação Sistema nervoso central: Os neurónios que contêm histamina afectam funções homeostásicas e funções superiores no cérebro, incluindo regulação do ciclo de sono-acordado, ciclo circadiano, ritmo alimentar, imunidade, aprendizagem, memória, ingestão de líquidos e temperatura corporal. Tanto os receptores H1, H2 e H3 como a enzima histidina-descarboxilase encontra-se distribuídos amplamente, mas não de forma uniforme, pelo sistema nervoso central. Os receptores H1 estão normalmente associados a células neuronais e não neuronais, responsáveis pelo controlo neuroendocrino, comportamental e nutricional, inibindo o apetite e levando estados de alerta. Os receptores H2 estão normalmente associados a projecções histaminergicas, sugerindo que mediam muitas das acções pós-sinápticas da histamina. Os receptores H3 encontram-se associados a neurónios pré-sinápticos. Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Libertação Patologias: Urticaria pigmentosa - os mastócitos agregam-se na camada superficial da pele e. Dão origem a lesões cutâneas pigmentadas que doem quando pressionadas. Mastocitose sistémica - há uma proliferação excessiva de mastócitos por vários orgãos. Leucemia mieloide - elevação dos basófilos sanguíneos. Tumores carcinoides gástricos - segregam histamina. Sintomas: urticária, dermografismo, prurido, cefaleias, fraqueza, hipotensão, rubor facial, diarreia e ulcera péptica. Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Distribuição dos receptores Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Agonistas histamínicos Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Efeitos dos agonistas da histamina Cardiovasculares Vasodilatação e diminuição da pressão arterial sistémica Activação da eNOS, e subsequente acção do NO, por activação do H1. Estimulação da AMPc-PKA, por activação do H2. Nota: Em alguns vasos, ocorre constrição, o que leva a extravasão e edema nos capilares e venulas pós-capilares. Aumento da permeabilidade capilar Activação do OhoA e ROCK que estimula a maquinaria contrátil dos vasos de pequeno calibre e afecta as junções interendoteliais. Aumento da força de contracção cardíaca e aumento do ritmo cardíaco Promove o influxo de Ca2+, promove a despolarização do nódulo SA, o que ocorre principalmente por activação do H2. Diminui a condução AV aumentando a automaticidade, o que ocorre principalmente por activação do H1. Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Efeitos dos agonistas da histamina Músculo liso extravascular Contracção Por aumento do Ca2+ intracelular por interacção com os receptores H1 Relaxamento (mais raro) Por activação dos receptores H2 Terminações nervosas Estimula várias terminações nervosas levando à comichão e vermelhidão, na pele. Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Antagonistas da histamina Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Efeitos dos anti-histamínicos H1 Músculo liso Vasodilatação Permeabilidade capilar Inibem o aumento da permeabilidade capilar e formação de edema Comichão e vermelhidão Inibem a actividade da histamina nas terminações nervosas Glândulas exocrinas Os antagonistas não afectam a secreção gástrica directamente, no entanto alguns antagonistas apresentam actividade antimuscarinica o que diminui a secreção. Mastócitos Muitos dos antagonistas H1 de segunda geração apresentam efeitos estabilizadores dos mastócitos levando a uma diminuição da libertação de histamina. Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Efeitos dos anti-histamínicos H1 Sistema nervoso central Os antagonistas H1 de primeira geração conseguem estimular e deprimir o sistema nervoso central. A estimulação dá origem a inquietação, nervosismo e insónias. Esta ocorre também em casos de overdose, o que pode resultar em convulsões, particularmente em crianças. A depressão, dá origem a sonolência e sedação. Efeitos anticolinérgicos Muitos antagonistas H1 de primeira geração conseguem inibir a resposta muscarinica colinérgica, sendo eficazes no combate ao enjoo. Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Farmacocinética dos anti-histamínicos H1 Os antagonistas H1 são bem absorvidos no tracto gastrointestinal Apresentam um pico plasmático ao final de 1-3h Apresentam efeito terapêutico por 4-6h Distribuem-se bem pelo organismo, incluindo CNS (apenas primeira geração, os de segunda geração não, o que diminui os efeitos no CNS) São metalizados no fígado pelo CYP450 Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Utilização terapêutica dos anti-histamínicos H1 Tratamento de doenças alérgicas Rinite alérgica Supressão da libertação de histamina Urticária aguda ou crónica mediada pelo interacção IgE-antigénio Conjuntivite alérgica Reacções anafiláticas e angioedema severo da laringe Utilizado apenas como coadjuvante da epinefrina. Constipação comum Apresentam pouco valor e o efeito de secura da mucosa normalmente procurado na prescrição de anti-histamínicos de primeira geração pode ser prejudicial, uma vez que induzem sonolência. Enjoo de movimento, vertigens e sedação Prevenção do enjoo do movimento Perturbações vestibulares Vertigens Nausea e vómitos decorrentes da quimioterapia Sedação Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Efeitos adversos dos anti-histamínicos H1 Sedação, tonturas, náuseas, vómitos, cansaço, descoordenação, zumbidos, diplopia e visão turva Insónia, tremores, nervosismo, euforia (em vez dos anteriores, apenas em alguns casos, especialmente em crianças e mulheres de baixo peso) Aumento do apetite Secura das mucosas e vias respiratórias Reacções alérgicas em preparações tópicas Hipersensibilidade à luz Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Interacções dos anti-histamínicos H1 Depressores do sistema nervoso central (sonolência, sedação, depressão respiratória): Benzodiazepinas e barbitúricos Neurolépticos e antidepressivos Analgésicos opióides Alcool Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Anti-histamínicos H2 Inibição da secreção ácida do estômago Tratamento de outras doenças gastrointestinais. Diminuem a secreção ácida no estômago Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Anti-histamínicos H3 Doença de défice de atenção Epilepsia Deficiência cognitiva Esquizofrenia Obesidade Dor neuropatia Alzheimer Promovem o estado de alerta, melhoram a função cognitiva, a memória, a aprendizagem e atenção, reduzem o apetite. Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Anti-histamínicos H4 Doenças inflamatórias Prurido Dor neuropática Mediação da quimiotaxia induzida por histamina, alterações da forma celular, secreção de citoquinas adesão molecular Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Terapêutica Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Terapêutica prometazi Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Terapêutica Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R Anti-histamínicos SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Terapêutica Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Licenciatura em enfermagem 2020/2021  R DE S A Ú IO DE R SUP E LA EGAS MONIZ O C ES Licenciatura em enfermagem 2020/2021