Gestão de Imprevisibilidade em Pessoas Adultas e Idosas com Doença (PDF)

🖌️ A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica Rever Paradigma da Transformação Rever Afaf Meleis A Gestão da Imprev...

🖌️ A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica Rever Paradigma da Transformação Rever Afaf Meleis A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica 1  Importância da Teoria de Meleis As mudanças/transições são interentes ao ser humano; Mudanças e adaptações ocorrem durante o processo de tratamento e recuperação da pessoa, famílias e comunidades; Processos de migração e de imigração; O aumento demográfico conduz a diferentes exigências de saúde e a padrões diferentes de cuidados de enfermagem a longo prazo; Aumento da esperança média de vida; Incremento de processos de doença crónica; Estilos de vida não saudáveis. Teoria da Incerteza na Doença de Merle H. Mishel Apresenta uma estrutura abrangente que permite visualizar a experiência da pessoa face a situações de doenças agudas e crónicas e organizar/promover a implementação de intervenções de enfermagem para promover o ajuste ideal; Descreve como as pessoas dão significado às situações relacionadas com o processo de doença; Os conceitos da teoria original foram organizados num modelo linear em torno dos seguintes três temas principais: antecedentes de incerteza, processo de avaliação da incerteza e enfrentamento da incerteza. A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica 2  Imprevisibilidade em Saúde A imprevisibilidade em saúde refere-se à incerteza e variabilidade inerentes aos processos de doença, tratamento e respostas individuais. A imprevisibilidade pode ser aguda, como uma crise súbita, ou crónica, como a progressão variável da doença. Situação de Doença Aguda Episódios imprevisíveis, como enfarte agudo do miocárdio ou AVC, que exigem intervenção urgente/emergente. Caracteriza-se por um início súbito, sintomas intensos e evolução rápida, necessitando frequentemente de cuidados imediatos. Exemplo: pessoa com uma pneumonia aguda ou heart attack (Jonathan) Situação de Doença Crónica A progressão imprevisível da doença, como o aparecimento de complicações na pessoa com diabetes, que requer reajustes. A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica 3  Define-se por um curso/evolução prolongado, com sintomas geralmente menos intensos, mas persistentes, que requerem cuidados contínuos ao longo do tempo. Exemplo: pessoa com diabetes mellitus ou doença renal crónica. Impacto da Imprevisibilidade na Pessoa Adulta e Idosa A imprevisibilidade pode causar ansiedade, medo, frustração e isolamento, especialmente em pessoas adultas e idosas. A falta de controlo sobre a saúde poed afetar a qualidade de vida, a autonomia e a autoestima. Impacto Físico Deterioração física, dor, incapacidade, dependência de terceiros. Impacto Emocional Ansiedade, medo, tristeza, frustração, isolamento social. Impacto Social Dificuldade em participar em atividades sociais, perda de papéis sociais, impacto nas relações interpessoais. Estratégias de Gestão da Imprevisibilidade em Situações de Doença Aguda A gestão da imprevisibilidade em situações de doença aguda requer uma resposta rápida e eficaz. A avaliação precisa, o plano de cuidados adequado e a comunicação clara com a pessoa em processo de doença e a família são essenciais. 1. Avaliação Precisa: colheita de dados detalhada para identificar as necessidades de cuidados de enfermagem. 2. Planos de Cuidados: intervenções dirigidas face aos diagnósticos de enfermagem identificados. 3. Comunicação Clara: explicação clara sobre a situação, plano de cuidados e adequada gestão de expetativas. A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica 4  A gestão da imprevisibilidade em pessoas em situação de doença crónica exige uma abordagem proativa e colaborativa. A educação em saúde, o autocuidado e o acompanhamento regular são importantes para prevenir crises e melhorar a qualidade de vida. 1. Educação em Saúde- ensinar a pessoa sobre a sua doença, os sintomas, os sinais de alerta e os cuidados de autogestão; 2. Autocuidado- promover a participação ativa da pessoa na gestão da sua condição, através da medicação, monitorização e estilo de vida saudável; 3. Acompanhamento Regular- consultas regulares para vigilância, monitorização, ajustamento do plano terapêutico e prevenção de crises/complicações. Intervenção do Enfermeiro na Gestão da Imprevisibilidade O enfermeiro desempenha um papel crucial na gestão da imprevisibilidade. O enfermeiro avalia a pessoa, identifica riscos/fatores de risco, elabora planos de cuidados, promove apoio emocional e promove a autonomia da pessoa e da família. Avaliação- identificação de fatores de risco e sinais de alerta. Planos de Cuidados- elaboração de planos de cuidados individualizados e centrados na pessoa. Apoio Emocional- oferece apoio e compreensão para a pessoa e a família. Autonomia- promove a autonomia da pessoa e da família na gestão da doença. Abordagem Centrada na Pessoa A abordagem centrada na pessoa reconhece que cada pessoa é única e tem necessidades específicas. O enfermeiro deve escutar atentamente a pessoa, entender as suas preocupações e adaptar os cuidados às suas necessidades e preferências. Empatia- compreender as emoções e as experiências da pessoa. A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica 5  Comunicação Eficaz- esclarecer dúvidas, escutar as preocupações e partilhar informações relevantes. Colaboração- trabalhar em conjunto com a pessoa, a família e outros profissionais de saúde. Empoderamento- incentivar a participação da pessoa na gestão da sua saúde. Envolvimento da Família e Cuidadores O envolvimento da família e cuidadores é crucial para a gestão da imprevisibilidade. O enfermeiro deve fornecer informações claras e concisas, promover a comunicação aberta e apoiar a família na prestação de cuidados. Quando uma pessoa vivência uma situação de doença, toda a família vivencia uma transição e como tal, a intervenção de enfermagem deve incluir a família. Comunicação Eficaz e Tomada de Decisão Partilhada A comunicação clara e eficaz é fundamental para a gestão da imprevisibilidade. O enfermeiro deve envolver a pessoa na tomada de decisões, explicar os procedimentos e garantir que a pessoa compreende as informações. Linguagem Clara- utilizar linguagem acessível e simples, evitando termos técnicos e complexos. Informação Detalhada- partilhar informações relevantes atendendo ao ritmo individual. Tomada de Decisão Partilhada- incentivar a participação da pessoa na tomada de decisões sobre o seu plano de cuidados. A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica 6  Impacto da Incerteza 1. Ansiedade e Medo: a incerteza sobre o futuro e a evolução da doença gera ansiedade e medo, que podem afetar a qualidade de vida da pessoa. 2. Dificuldades na Adaptação: ajustar-se às mudanças físicas, sociais e emocionais que a doença impõe pode ser desafiador e gerar sentimentos de frustração e impotência. 3. Isolamento Social: a doença pode levar a um afastamento social, dificultando a integração em atividades spciais e a manutenção de relações interpessoais. 4. Dificuldades na Tomada de Decisão: a incerteza sobre a melhor abordagem terapêutica, o prognóstico e o futuro pode dificultar a tomada de decisões, gerando indecisão e conflito. Fatores que Influenciam a Gestão da Incerteza Estratégias de Intervenção e Enfermagem 1. Esclarecimento da Informação- fornecer informações claras e concisas, de forma compreensível para a pessoa e família. A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica 7  2. Comunicação Empática- estabelecer uma relação de confiança e apoio com a pessoa, reconhecendo as suas emoções e dificuldades. 3. Educação da Pessoa- orientar a pessoa sobre os cuidados de saúde necessários, os sinais e sintomas a monitorizar e as medidas de autogestão. 4. Apoio Familiar- envolver a família no processo de cuidados e informação, proporcionando apoio e orientação, especialmente para a pessoa idosa e/ou compromisso cognitivo. Comunicação Eficaz com a Pessoa e Família Linguagem Clara e Acessível Utilizar uma linguagem clara e simples, evitando termos técnicos, e adaptando- se à capacidade de compreensão da pessoa. Escuta Ativa Ouvir atentamente a pessoa, demonstrando interesse e empatia, para compreender as suas necessidades e preocupações. Informação Repetida Repetir a informação crucial e fornecer materiais escritos para a pessoa e a família consultarem posteriormente. Gestão de Expetativas Gerir as expetativas da pessoa e da família, reconhecendo as limitações do tratamento e da evolução da doença. Promoção da Autonomia e Tomada de Decisão Escuta Ativa Ouvir os desejos e preferências da pessoa em relação aos cuidados de saúde e às decisões a tomar. Informação Suficiente Fornecer informação completa e compreensível para que a pessoa possa tomar decisões informadas. Opções e Alternativas A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica 8  Apresentar diferentes opções de tratamento e cuidados de saúde, quando possível, para que a pessoa escolha a mais adequada às suas necessidades. Apoio e Orientação Oferecer apoio e orientação durante o processo de tomada de decisão, sem pressionar nem julgar a pessoa a tomar uma decisão específica. Importância do Apoio Psicológico e Emocional 1. Ansiedade e Medo- a incerteza pode gerar ansiedade e medo, afetando a capacidade da pessoa de lidar com a doença. 2. Humor Deprimido- a soença, a dor e as limitações podem levar ao humor deprimido, afetando a qualidade de vida da pessoa. 3. Dificuldades na Adaptação- adaptar-se às mudanças que a doença impõe pode ser desafiador, gerando frustração e sentimento de impotência. 4. Apoio Psicológico- a intervençãi de enfermagem deve incluit apoio psicológico, proporcionando alívio emocional e estratégias de coping. Intervenção do Enfermeiro na Gestão da Incerteza 1. Educador e Orientador- fornece informação clara e compreensível sobre a doença, tratamento e autogestão. 2. Facilitador da Comunicação- promove a comunicação aberta e eficaz entre a pessoa, a família e a quipa multidisciplinar. 3. Apoio Emocional- oferece apoio psicológico e emocional à pessoa e família, ajudando-o a lidar com a incerteza e o stress. 4. Defensor da Pessoa- defende os direitos e as necessidades da pessoa, assegurando que os seus desejos e preferências são respeitados. Definição de Transições Saudáveis Transições saudáveis representam a passagem de um ambiente de saúde para outro, como de um hospital para casa, ou de um estado de saúde para outro, como de uma situação de doença aguda para a gestão de uma doença crónica. A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica 9  1. Continuidade dos Cuidados- assegurar que a pessoa recebe os cuidados adequados em cada fase da sua vida. 2. Comunicação Eficaz- um fluxo de informação claro entre profissionais de saúde, a pessoa e a sua família. 3. Promoção do Bem-Estar- focar no bem-estar físico, mental, social e espiritual da pessoa, promovendo a sua qualidade de vida. A Importância da Enfermafem Médico-Cirúrgica O enfermeiro que exerce funções no âmbito da enfermagem médico-cirúrgica desempenha um papel crucial no apoio à vivência de transições saudáveis, proporcionando cuidados holisticos e personalizados, que se adaptam às necessidades específicas de cada pessoa. Avaliação e Monitorização Realizar avaliações completas para identificar as necessidades da pessoa, monitorizar o seu estado de saúde e garantir a segurança e a qualidade dos cuidados. Educação e Apoio Educar a pessoa sobre a sua condição, os cuidados a ter, os medicamentos e os recursos disponíveis, promovendo o seu autocuidado e autonomia. Comunicação e Coordenação Facilitar a comunicação entre a pessoa, a família, os profissionais de saúde e outros intervenientes, garantindo a continuidado dos cuidados e a coordenação das ações. Cuidados de Enfermagem à Pessoa em Situação de Doença Aguda Na prestação de cuidados à pessoa em situação de doença aguda, a enfermagem médico-cirúrgica é fundamental para a estabilização da pessoa, controlo dos sintomas e promoção da recuperação. 1. Avaliação Inicial- realizar uma avaliação completa, identificanto as necessidades da pessoa, incluindo sinais vitais, antecedentes pessoais e clínicos, medicamentos e alergias, entre outros. A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica 10  2. Cuidados Diretos- administrar medicamentos, realizar tratamentos, monitorizar sinais vitais, aplicar técnicas de conforto e controlar os sintomas, garantindo a segurança e o bem-estar da pessoa. 3. Continuidade dos Cuidados e Regresso a Casa- colaborar com a equipa médica e a família na preparação do regresso a casa e a reintegração na sua vida quotidiana. Cuidados de Enfermagem à Pessoa em Situação de Crónica O enfermeiro que exerce funções na área da enfermagem médico-cirúrgica desempenha um papel crucial na gestão de doenças crónicas, promovendo a autonomia, o autocuidado e a qualidade de vida da pessoa. 1. Educação e Aconselhamento- educar a pessoa sobre a sua doença. os cuidados a ter, os medicamentos e os recursos disponíveis, promovendo a autogestão da sua condição. 2. Monitorização e Gestão de Sintomas- monitorizar os sintomas da pessoa, administrar medicamentos, avaliar a eficácia dos tratamentos e ajustar o plano de cuidados conforme necessário. 3. Promoção da Autonomia- incentivar a pessoa a participar ativamente na gestão da sua saúde, promovendo o seu autocuidado e a sua independência. Definição de Transições de Meleis A teoria das transições de Meleis define transições como períodos de mudança em que as pessoas se ajustam a novos papéis, responsabilidades e desafios. Essa mudança pode ser gradual ou repentina, e pode estar associada a eventos como nascimento, casamento, doença, perda e aposentação. 1. Adaptação- a adaptação às transições é o foco central da teoria, compreendendo as estratégias que as pessoas utilizam para lidar com a mudança. 2. Resiliência- a resiliência é crucial para navegar pelas transições, permitindo que as pessoas se recuperem de desafios e encontrem significado nos momentos de mudança. A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica 11  3. Crescimento Pessoal- as transições podem promover crescimento pessoal e desenvolvimento, conduzinfo a novas perspetivas, aprendizaegns e habilidades. Tipos de Transições de Meleis As transições de Meleis podem ser classificadas em diversos tipos, considerando a natureza da mudança, as suas causas e o impacto na vida da pessoa. Transições de Desenvolvimento Associadas aos estágios de vida, como infância, adolescência, idade adulta e velhice. Transições Situacionais Devidas a eventos específicos como casamento, nascimento, doença, perda de emprego, mudança de casa. Transições de Saúde-Doença Decorrentes de mudanças no estado de saúde, como diagnóstico de doenças; tratamento médico, reabilitação. Transições Organizacionais Fatores que Influenciam as Transições de Meleis A forma como os indivíduos vivenciam e lidam com as transições é influenciada por uma série de fatores, incluindo características pessoais, recursos disponíveis e o contexto social e cultural em que estão inseridos. A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica 12  Fases do Processo de Transição O processo de transição é composto por diferentes fases, caracterizadas por diferentes emoções, pensamentos e comportamentos. Compreender estas fases é crucial para identificar as necessidades de apoio e intervenção durante a mudança. Fase 1: Pré-Transição A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica 13  Período de antecipação e preparação para a mudança. Fase 2: Transição Fase de mudança, com desafios, incertezas e adaptação. Fase 3: Pós-Transição Ajustamento à nova realidade, consolidação da mudança e procura de significado. Padrões de Resposta Durante as Transições As pessoas respondem às transições de maneiras diversas. Porém, existem padrões de resposta comuns, que podem ser identificados através de emoções, pensamentos e comportamentos específicos durante cada fase da mudança. Pré-Transição- ansiedade, medo, incerteza, entusiasmo, expetativas. Transição- confusão, frustração, raiva, tristeza, isolamento, dependência. Pós-Transição- reforço da identidade, autoconfiança, aceitação, gratidão, resiliência, crescimento. Intervenções de Enfermagem nas Transições A teoria das transições de Meleis tem implicações significativas para a prática de enfermagem. A enfermagem desempenha um papel crucial na identificação das necessidades individuais durante as transições, fornecendo apoio, orientação e recursos para facilitar a adaptação. 1. Avaliação- identificar a fase de transição, os recursos da pessoa e os fatores que influenciam a experiência. 2. Planeamento- definir objetivos, intervenções e recursos específicos para apoiar a pessoa na adaptação. 3. Implementação- fornecer suporte emocional, educacional e prático para a pessoa durante a transição. 4. Avaliação- monitorizar o progresso da pessoa, reavaliar as necessidades e ajustar as intervenções, conforme necessário. A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica 14  Aplicação da Teoria de Meleis A teoria das transições de Meçeis fornece uma estrutura para entender como as pessoas lidam com as mudanças e como podeos oferecer apoio e intervenções para promover a adaptação. Cuidados de Saúde- apoiar pessoas em transições de saúde, como doença, tratamento, reabilitação e luto. Educação- orientar estudantes em transições escolares, como mudança de nível, ingresso na universidade e início da carreira. Trabalho Social- apoiar famílias e indivíduos em transições sociais, como perda de emprego, violência doméstica e problemas de saúde mental. Promoção da Autonomia e do Autocuidado O objetivo é capacitar a pessoa para que possa gerir a sua saúde de forma independente, promovendo o seu bem-estar e a sua participação ativa nos cuidados. Empoderamento da Pessoa Incentivar a pessoa a tomar decisões informadas sobre os seus cuidados, respeitando as suas preferências e valores. Formação e Treino Fornecer à pessoa as competências necessárias para gerir a sua condiçãi, como a administração de medicamentos, a monitorização dos sintomas e a prática de exercícios físicos. Apoio e Recursos Proporcionar recursos e apoio, como grupos de apoio, serviços de telemedicina e linhas de ajuda, para facilitar a gestão da condição e a comunicação com a equipa de saúde. Envolvimento da Família e Cuidadores A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica 15  A família e os cuidadores desempenham um papel crucial no apoio à pessoa, proporcionando cuidados e suporte emocional, contribuindo para uma transição saudável. Comunciação- promover a comunicação aberta e transparente entre a pessoa, a família e a equipa de saúde, garantindo que todos estão informados e envolvidos nos cuidados. Educação e Treino- fornecer à família e aos cuidadores formação e treino sobre os cuidados necessários, os medicamentos a asministrar e os sinais a observar, capacitando-os. Suporte Emocional- oferecer apoio emocional à família e aos cuidadores, ajudando-os a lidar com as emoções e os desafios inerentes à situação da pessoa. Gestão de Sintomas e Alívio do Sofrimento Controlo da Dor- avaliar a dor da pessoa, administrar analgésicos e implementar outras estratégias de controlo da dor, respeitando as suas necessidades e preferências. Gestão de Náuseas e Vómitos- administrar medicamentos antieméticos e implementar outras estratégias para reduzir as náuseas e os vómitos, garantindo o conforto da pessoa. Alívio da Ansiedade- identificar as causas da ansiedade, fornecer apoio emocional e psicológico, implementar técnicas de relaxamento e promover o bem-estar mental. Promoção do Sono- criar um ambiente relaxante, promover hábitos de sono saudáveis e administrar medicamentos para dormir, se necessário, para garantir um sono reparador. Educação e Apoio à Adaptação É fudamental educar a pessoa sobre a sua condição e os cuidados a ter, fornecendo-lhe ferramentas e recursos para a ajudar a adaptar-se às mudanças e desafios que enfrenta. A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica 16  Informação e Recursos- fornecer informações detalhadas sobre a condição da pessoa, os tratamentos disponíveis, os recursos e o apoio que pode obter. Gestão de Medicamentos- ensinar a pessoa sobre os seus medicamentos, incluindo dosagem, horário de administração, efeitos secundários e interações medicamentosas. Adaptação ao Estilo de Vida- ajudar a pessoa a adaptar o seu estilo de vida à sua condição, incluindo nutrição, exercício físico, sono e gestão do stress. O que é a Teoria da Incerteza? A teoria da Incerteza reconhece a presença de situações imprevisíveis e a necessidade de lidar com a falta de conheciemento e previsibilidade, especialmente no contexto da saúde. 1. A incerteza é uma experiência humana fundamental, presente em diversas situações da vida, incluindo a saúde. 2. A incerteza pode gerar ansiedade, medo e dificuldade em lidar com as situações de forma eficaz. 3. A Teoria da Incerteza enfatiza a importância da comunciação clara e transparente entre profissionais de saúde e pessos em situação de doença. A teoria da Incerteza enfatiza que a icerteza é uma realidade intrínseca à vida, e que a forma como lidamos com ela influencia significativamento a nossa experiência e bem-estar. Ambiguidade- situações com múltiplas interpretações, dificultando a tomada de decisões claras. Imprevisibilidade- falta de capacidade de prever eventos futuros, criando ansiedade e dificuldade de planeamento. Dúvida- sensação de incerteza, questionamenro e hesitação em relação a informações ou decisões. Aplicação da Teoria da Incerteza na prática de enfermagem A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica 17  1. Identificação da Incerteza- identificar as áreas de incerteza e as preocupações da pessoa. 2. Avaliação da Incerteza- compreender o impacto da incerteza na pessoa e sua família. 3. Intervenções para gerenciar a Incerteza- implementar estratégias para reduzir a incerteza e promover o bem-estar da pessoa. Identificação da Incerteza na Doença Segundo Mishel a doença é caracterizada por diversas variáveis, incluindo gravidade da doença, respostas ao tratamento e prognóstico, o que contribui para a incerteza na gestão dos cuidados da pessoa. Variabilidade na resposta ao tratamento. Dificuldade em prever a evolução da doença. Ausência de cura definitiva para a doença. Avaliação da Incerteza na Doença A avaliação da incerteza envolve a colheita de dados sobre a perceção da pessoa em relação à doença, medos, preocupações e expetativas em relação ao futuro. Compreensão da Experiência da Pessoa- entender o impacto da incerteza na vida da pessoa e seus familiares. Identificação de Fatores de Risco- reconhecer os fatores que podem aumentar a incerteza, como a falta de informações claras sobre a doença. Avaliação do Nível de Ansiedade- identificar a intensidade da ansiedade e do medo relacionados à incerteza da doença. Intervenções de Enfermagem na Gestão da Incerteza Promovendo a participação da pessoa no processo de tomada de decisões, fornecendo informações claras e acessíveis e oferecendo apoio emocional. Comunicação Terapêutica- escutar ativamente, validar as emoções da pessoa e fornecer informações claras e compreensíveis. A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica 18  Educação sorbe a Doença- fornecer informações sobre a doença de forma acessível e compreensível, respondendo às dúvidas e preocupações. Apoio Emocional- oferecer acolhimento, escuta e empatia, criando um ambiente de confiança e segurança. O enfermeiro é um elemento crucial na gestão da incerteza, atuando como um elo de ligação e oferecendo suporte emocional e prático. Proteção- proteger a pessoa de informações confusas ou contraditórias, garantindo uma comunicação clara e confiável. Empatia- demonstrar compreensão e empatia com os desafios e emoções da pessoa e família. Planeamento- ajudar a pessoa a desenvolver estratégias para lidar com a incerteza, como a criação de um plano de cuidados personalizado. Comunicação- manter uma comunicação aberta e transparente com a pessoa, respondendo às suas dúvidas e preocupações. 💊 Caso Clínico 2 A Gestão da Imprevisibilidade, da Incerteza e as Transições Saudáveis com as pessoas adultas e idosas com doença aguda ou crónica 19