Riscos Biológicos - Higiene do Trabalho - PDF

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riscos biológicos higiene do trabalho segurança no trabalho saúde ocupacional

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Este documento apresenta informações sobre riscos biológicos em ambientes de trabalho. Fornece definições, classificações, princípios gerais de prevenção, e levantamentos de dados, quantitativos e qualitativos, relativos a este tema. Discute também a importância da higiene industrial no desenvolvimento tecnológico, e factores a considerar para determinar o nível de risco.

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Riscos Ambientais Riscos Biológicos ◼Definição de higiene industrial ◼Classificação dos riscos ambientais ◼Levantamento de dados (quantitativo, qualitativo) ◼Riscos biológicos ◼Factores ◼Classificação ◼Princípios gerais de Prevenção ◼Programa de emergência ◼Legislação Definição de Higiene...

Riscos Ambientais Riscos Biológicos ◼Definição de higiene industrial ◼Classificação dos riscos ambientais ◼Levantamento de dados (quantitativo, qualitativo) ◼Riscos biológicos ◼Factores ◼Classificação ◼Princípios gerais de Prevenção ◼Programa de emergência ◼Legislação Definição de Higiene Industrial ◼ Desenvolvimento Tecnológico ◼ Exposição do Trabalhador a diversos agentes potencialmente nocivos Risco de doença ou desajustes do ◼ organismo, fruto de uma actividade normal nos mais variados locais / postos de trabalho Definição de Higiene Industrial “… tem como objectivo o reconhecimento, avaliação e controlo de factores ambientais, originados nos locais de trabalho, que podem provocar doença, prejuízos à saúde ou bem-estar, desconforto significativo e ineficiência nos trabalhadores ou entre as pessoas da comunidade” Definição de Higiene Industrial Ciência preventiva, em constante aperfeiçoamento Actuação no Ambiente de Trabalho Objectivo: detectar o tipo de agente prejudicial, quantificar a sua intensidade ou concentração, e tomar as medidas de controlo necessárias para resguardar a saúde e o conforto dos trabalhadores durante a vida de trabalho Definição de Higiene Industrial ◼ Antecipação: riscos para a saúde antes do seu impacto sobre os trabalhadores ◼ Reconhecimento: inspecção e o reconhecimento dos potenciais riscos para a saúde ◼ Avaliação: uso de ferramentas específicas e precisas para a monitorização, colecção de dados, e avaliação dos riscos ◼ Controlo: implementação de medidas de controlo de forma a eliminar, minimizar ou reduzir esse risco Higiene do Trabalho ≠ Saúde Ocupacional Saúde ➔ condição Higiene ➔ ciência que promove manutenção da condição Classificação dos Riscos Ambientais Ambiente dos locais de trabalho Classificação em 3 grupos: - Riscos Químicos - Riscos Físicos - Riscos Biológicos Classificação dos Riscos Ambientais cada um subdivide-se de acordo: ◼ consequências fisiológicas que podem advir, ◼ características físico-químicas e epidemiológicas dos distintos agentes, ◼ sua acção sobre o organismo, ◼ etc Classificação dos Riscos Ambientais Exposição Ambiental ≠ Exposição Ocupacional Exp. Ambiental Exp. Ocupacional População crianças, adultos, anciãos, doentes, etc adultos sãos Tempo 24 h / dia 7 dias / 8 h / dia 5 dias / semana semana Agentes mistura isolados ou mistura desconhecida/ baixa conhecida/alta concentração concentração A presença de agentes agressivos representa um sério risco, mas não implica que os trabalhadores expostos venham a contrair doença Factores a considerar: ◼ Tempo de exposição ◼ Concentração/intensidade ◼ Características específicas de cada agente Exemplos de trabalhos com riscos ◼ Gestão de resíduos ◼ Hospitais ◼ Pecuária ◼ Laboratórios ◼ … Estudo do Ambiente de Trabalho Dois tipos de Levantamento de Dados: ◼ Qualitativo ◼ Quantitativo Levantamento Qualitativo ◼ Recolha de informação e dados a fim de fixar directrizes a implementar no levantamento quantitativo ◼ Inclui o uso de formulários para levantamento das seguintes informações: - Número de trabalhadores - Horários de trabalho - Matérias-primas usadas Levantamento Qualitativo ◼ Maquinaria e estado de conservação, mecanismos de protecção do operador ◼ Tipo de energias usadas ◼ Produtos semi-elaborados e acabados ◼ Substancias complementares usadas nos distintos processos ◼ Existência ou não de equipamento de controlo (ex: ventilação local) ◼ Tipo de iluminação e seu estado ◼ Presença de poeiras, fumos, névoas, e seu ponto de origem ◼ Disponibilidade e uso de EPI´s Levantamento Quantitativo Medições com vista ao cálculo do grau de risco pelos diferentes agentes ◼Análise do risco (probabilidade vs consequência) ◼ Reavaliações periódica Levantamento Quantitativo 1 Estabelecer Contexto 6 2 Monitorização Identificar o Perigo 5 3 Controlo do Risco Análise do Risco (Probab. vs Conseq. ) 4 Avaliação do Risco Susceptibilidade do Individuo Complexidade do organismo humano Agente agressor Diferente resposta do organismo Susceptibilidade do Individuo ◼ Género ◼ Grupo / Actividades de risco ◼ Idade ◼ Estado de saúde / historial médico ◼ Características genéticas (predisposição) Importante: Avaliação Médica na admissão ao serviço, vigilância, e casos de hipersensibilidade Definição de Riscos Biológicos Os riscos biológicos incluem infecções agudas e crónicas, parasitoses, e reacções alérgicas e tóxicas, provocadas por distintos agentes biológicos ou seus constituintes Ex: Infecção: bactérias, vírus, e fungos Parasitoses: protozoários Reacção alérgica: pólen e esporos de fungos Incluí ataques e mordeduras de animais domésticos ou selvagens Definição de Riscos Biológicos Riscos Biológicos Relacionado com Ocorrência natural Actividade Humana Risco Biotecnológico Riscos deliberadamente induzidos (Bioterrorismo) Riscos biológicos / microrganismos (mas não só!!) ◼ Categorias (p.e. fungos, bactérias) ◼ Fisiologia ◼ Infecção e intoxicação (p.e. micotoxinas) ◼ Patogenicidade – capacidade do agente infeccioso, originar sintomatologia no hospedeiro infectado. ◼ Poder invasivo / sistema imunológico. ◼ Susceptibilidade /idade, sexo, grupos e actividades de risco, estado de saúde Vias de entrada ◼ Inalação (ar – mais comum) ◼ Ingestão ◼ Absorção cutânea, mucosas ◼ Intravenosa Transmissão ◼ Directa – Contacto físico entre a pessoa infectada e não-infectada (ex: troca de fluídos corporais) ◼ Indirecta – Através de materiais / objectos, ou através de um vector (ex: insectos) classificação do risco biológico / microrganismos infecciosos ◼ Índice de Risco de Infecção: Risco Infeccioso - para o trabalhador Risco de Propagação – para comunidade ◼ Dose infecciosa ◼ Modo de transmissão ◼ Susceptibilidade do hospedeiro ◼ Existência de medidas efectivas de prevenção ◼ Existência de tratamento eficaz Classes de risco Risco Propagação Características individual 1 Baixo Baixo Agentes q não causam doença em adultos saudáveis, ex: Lactobacillus 2 Moderado Limitado Agentes q causam infecção no Homem, potencial de propagação limitado. Existem medidas terapêuticas e profiláticas 3 Alto Moderado Inclui agentes transmissíveis via respiratória, potencial/ letais. Risco se disseminados. Existem usualmente medidas terapêuticas e/ou profiláticas, ex: Bacillus anthracis, HIV 4 Alto Alto Grande transmissibilidade via respiratória ou via desconhecida. Não há medidas terapêuticas e profiláticas. Doenças graves. Principalmente vírus, ex: Ébola. Notificação obrigatória A utilização e a produção de Agentes Biológicos dos grupos 2, 3 e 4, têm de ser notificados pela entidade empregadora quer aquando início da actividade, quer quando as avaliações efectuadas ao ambiente de trabalho revelarem a existência de riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores (DGS – Direcção Geral de Saúde) não existe, a nível mundial, valores limite de exposição para agentes biológicos difícil a sua avaliação e a adopção de medidas preventivas. fomento de cultura de prevenção no domínio dos riscos associados aos agentes biológicos. Princípios Gerais de Prevenção Mais MEDIDAS VERTICAIS Eficaz Eliminação do Risco Substituição do Mais Perigoso pelo Menos Perigoso Medidas de Engenharia Menos Medidas Organizacionais Eficaz EPI’s MEDIDAS HORIZONTAIS Formação e Informação Princípios Gerais de Prevenção 1º - Controlo na Fonte Eliminação ou redução da exposição: eliminação, isolamento ou contenção do risco ex: - Sistema de ventilação com filtros HEPA - Uso de Câmaras de Segurança Biológica - Áreas de confinamento Confinamento conjunto de medidas destinadas a constituírem de barreira entre o microrganismo infeccioso a ser manipulado e o operador (e em última análise a própria comunidade). Estes objectivos são atingidos via o Design das instalações e as Práticas de Trabalho Seguro. Princípios Gerais de Prevenção 1º - Controlo na Fonte (cont) Tb pode incluir: - Selecção de equipas de trabalho - Substituição de microrganismos - Modificação do processo - Encerramento do processo Princípios Gerais de Prevenção 2º - Limpeza Ex: - Destruição do material contaminado (uso de contentores para material biológico) - Desinfecção (ex: Lixiviação) - Esterilização (ex: Autoclavagem) Princípios Gerais de Prevenção 2º - Limpeza (cont) ◼ Esterilização e Desinfecção Princípios Gerais de Prevenção 3º - Informação, Treino e Formação Ex: - Uso de EPI’s ( bata, avental, luvas de latex, máscaras, óculos de protecção e botas, etc) Princípios Gerais de Prevenção 3º - Informação, Treino e Formação (cont) Ex: - Formação em Práticas de Trabalho Seguro: * informação sobre riscos * formação sobre métodos de trabalho Princípios Gerais de Prevenção 4º Práticas de Trabalho Seguro Ex: -Vacinação - Normas de Higiene Pessoal (ex: lavar mãos) - Elementos de Protecção Barreira (EPI’s e Zonas de Confinamento) - Cuidado com elementos e objectos cortantes - Esterilização e desinfecção correcta de instrumentos e superfícies Princípios Gerais de Prevenção 4º Práticas de Trabalho Seguro (cont) NUNCA: - Comer, beber, fumar, aplicar cosméticos, lentes de contacto ou guardar comida em áreas onde Agentes Biológicos sejam utilizados ou armazenados - Pipetar com a boca, ou entrar em contacto directo com Agentes Biológicos - Deixar portas ou janelas abertas, trazer visitas ou animais, durante experiências c/ Agentes Biológicos ANTES PREVENçÂO (Ex: vacinação) PROTECÇÃO DURANTE (Ex. EPI´S) Exposição DEPOIS VIGILÃNCIA (Ex: vigilância médica) Os Princípios Gerais de Prevenção devem incluir um programa de emergência Identificação dos perigos ◼ Obriga a treino e formação ◼ Funciona como auto-controlo Avaliação dos riscos Redução Treino e Programa de dos riscos formação emergência Programa de emergência ◼ Última linha de defesa ➔ necessário qd outras medidas de segurança falham ◼ Objectivo ➔ « impacto/consequências dos Riscos ◼ Protecção e Intervenção em caso de acidente/doença Programa de emergência Procedimentos Gerais de Emergência DERRAMES: 1 – Isolamento da área (evitar alastramento da contaminação) 2 – Seguir os procedimentos de desactivação biológica (desinfecção e esterilização) 3 – Comunicação ao pessoal das áreas adjacentes Programa de emergência Procedimentos Gerais de Emergência CONTAMINAÇÃO PESSOAL: 1 – Remoção da roupa contaminada 2 – Lavagem da área corporal exposta com sabão desinfectante – mínimo 5 min (ex: lava-olhos, chuveiros de emergência) 3 – Se necessário hospitalização Programa de emergência Plano de Emergência deve existir tb na forma de documento, no qual consta p.e: Avaliação dos Riscos Biológicos (por área / posto) Identificação precisa dos Agentes Biológicos tóxicos ou infecciosos (por área / posto) Localização das zonas de risco elevado Medidas no caso de exposição acidental e descontaminação Tratamento médico de emergência para os expostos e lesionados Programa de emergência Identificação do pessoal passível de exposição Identificação dos recursos humanos e suas responsabilidades (Médicos, Socorristas, Serviços de Bombeiros, Polícia, Equipa de Intervenção, etc) Lista das instalações que possam receber as pessoas expostas Lista de depositários de vacinas, medicamentos necessários, soros imunes (antídoto / antisoro), material necessário Plano de Activação, e exercícios de ensaio (Simulacros) Programa de emergência Devem constar por escrito, p.e. as Medidas Básicas para limpeza de derrames biológicos: - Procedimento escrito de limpeza e desinfecção - Sinalizar com o placar de “Derrame – Risco Biológico” - Usar o desinfectante químico adequado (ver diluição correcta, data de validade, e compatibilidades físicoquímicas) - Uso de sacos de uso único – autoclaváveis, à prova de fugas e com marcação – Risco Biológico legislação específica para a exposição a agentes biológicos durante o trabalho ◼ Decreto-Lei nº 84/97, transpõe para a ordem jurídica interna Diretivas nº 90/679/CEE e nº 93/88/CEE, e Diretiva da Comissão, nº 95/30/CE relativas à proteção da segurança e saúde dos trabalhadores, contra os riscos resultantes da exposição a agentes biológicos durante o trabalho ◼ Portaria nº 1036/98, altera a lista de agentes biológicos classificada para efeitos de prevenção de riscos profissionais, aprovada pela Portaria nº 405/98. ◼ Decreto Regulamentar nº 6/2001, aprova a lista de doenças profissionais ◼ Decreto-Lei n.º 55/2015, de 17 de abril - (Aprova o regime de utilização confinada de microrganismos geneticamente modificados (MGM) e de organismos geneticamente modificados (OGM), tendo em vista a proteção da saúde humana e do ambiente, transpondo para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2009/41/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 6 de maio de 2009, relativa à utilização confinada de microrganismos geneticamente modificados) ◼ FIM

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