Intervenções de Enfermagem para Limpeza Ineficaz das Vias Aéreas (2024/2025) - CLE-IPBeja
Document Details
Uploaded by SportySodium
Instituto Politécnico de Beja
2024
CLE-IPBeja
Dulce Santiago
Tags
Related
- Assistência de Enfermagem à Gestante e Parturiente PDF
- Assistência de Enfermagem nas Doenças Cardiovasculares e Hematológicas PDF
- Assistência de Enfermagem em Doenças Cardiovasculares e Hematológicas PDF
- Oxigenoterapia e Aspiração de Vias Aéreas PDF
- Oxigenoterapia e Aspiração de Vias Aéreas PDF
- Oxigenoterapia e Aspiração de Vias Aéreas PDF
Summary
Este documento apresenta intervenções de enfermagem para pacientes com limpeza ineficaz das vias aéreas. Explora mecanismos de defesa fisiológicos, diferentes tipos de inalação, e métodos de remoção de secreções. O documento inclui informações sobre a utilização de equipamentos como nebulizadores, bem como precauções para a segurança dos pacientes.
Full Transcript
A Pessoa com Limpeza Ineficaz das Vias Aéreas INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM CLE-IPBeja 2º1º Dulce Santiago 2024/2025 MECANISMOS FISIOLÓGICOS DE DEFESA DAS VIAS AÉREAS MECANISMOS FISIOLÓGICOS DE...
A Pessoa com Limpeza Ineficaz das Vias Aéreas INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM CLE-IPBeja 2º1º Dulce Santiago 2024/2025 MECANISMOS FISIOLÓGICOS DE DEFESA DAS VIAS AÉREAS MECANISMOS FISIOLÓGICOS DE MECANISMOS DEFESA FISIOLÓGICOS DE DEFESA DAS DASVIAS AÉREAS VIAS AÉREAS Resposta Filtração Sistema Fagocitose Imunológica Tosse* Específica (ex: aerodinâmica mucociliar* (ex:macrófagos) Imunoglobulinas e linfócitos T) SISTEMA MUCOCILIAR Movimento do muco das vias Sistema Mucociliar aéreas inferiores para a faringe 1 - Muco 2 - Camada aquosa 3 - Cílios 4 - Células epiteliais 5 - Glândula submucosa 6 - Célula caliciforme Produção de muco (≈100ml/dia) Partículas estranhas TOSSE DEFINIÇÃO - Expulsão violenta e súbita de ar das vias aéreas inferiores – pode ocorrer como ato reflexo ou de forma intencional Sequência do reflexo tussígeno Irritação: estímulos inflamatórios, mecânicos, químicos, térmicos Inspiração: inspiração profunda - com entrada até 2,5l de ar Compressão: encerramento da epiglote e cordas vocais - aprisionando o Aumento da pressão ar no int. dos pulmões intratorác. contração músc. abdom. com elevação do diafragma e contração de outros músc. expiratórios como os intercostais internos Expulsão: abertura súbita da epiglote e cordas voc.; fluxo muito rápido de ar para o exterior – arrastando consigo secreções; corpos estranhos… SISTEMA MUCOCILIAR e TOSSE Várias situações podem afetar: - a composição e a produção de muco - a estrutura e a função ciliar - o mecanismo da tosse causando retenção/excesso de secreções Diagnóstico de enfermagem (DE): LIMPEZA INEFICAZ DAS VIAS AÉREAS DE: Limpeza ineficaz das vias aéreas FALÊNCIA DO SISTEMA MUCOCILIAR ALTERAÇÕES DO - Aumento de volume MUCO - Alterações da composição e viscosidade -Destruição (processos inflamatórios e infeciosos/ exposição a subst. irritantes.... Fumo Tabaco) ALTERAÇÕES - Movimento ciliar diminuído " " " " " " " DOS CÍLIOS - Paralisia (bloqueio por edema da mucosa) - Falência relativa (por excesso de secreções) Quando este sistema falha surge a MUCOSTASE ! DE: Limpeza ineficaz das vias aéreas COMPROMISSO DA TOSSE Alterações do ato reflexo e Ex: pessoa idosa; pessoa anestesiada (…) sensibilidade tussígena Impossibilidade de passagem do ar Ex: obstrução das vias aéreas para além do obstáculo na inspiração Impossibilidade de criar débitos Ex: dor torácica; insuficiência muscular expiratórios elevados abdominal/torácica (…) Fator de irritação Tosse ineficaz Fadiga DE: Limpeza ineficaz das vias aéreas MANIFESTAÇÕES HABITUAIS Ruídos adventícios (crepitações, roncos …) Muco espesso e viscoso Tosse ineficaz Hipercapnia e hipoxemia Dispneia Cianose Taquicardia Agitação/ansiedade OBJETIVO GERAL DAS INTERVENÇÕES Assegurar a permeabilidade das vias aéreas INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM MEDIDAS PARA ASSEGURAR A PERMEABILIDADE DAS VIAS AÉREAS 1ª Fase 2ª Fase OBJETIVOS Facilitar a progressão Eliminar as secreções das secreções desde os para o exterior bronquíolos até à traqueia INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM MEDIDAS PARA ASSEGURAR A PERMEABILIDADE DAS VIAS AÉREAS - Exercícios respiratórios ❖ Facilitar a - Percussão e vibração/compressão torácica 1ª FASE progressão - Drenagem postural das secreções - Associar * Fluidificar - Hidratação geral desde os medidas secreções - Inaloterapia bronquíolos tendentes a * Combater - Medicação (broncodilat; até à assegurar a edema, mucolíticos; corticóides; traqueia permeabilidade espasmo, antibióticos (..) brônquica infeção 2ª FASE ❖ Eliminar - Tosse dirigida as secreções - Tosse assistida para o - Tosse huff exterior - Aspiração de secreções ❖ FACILITAR A PROGRESSÃO DAS SECREÇÕES DESDE OS BRONQUÍOLOS ATÉ À TRAQUEIA ❖ FACILITAR A PROGRESSÃO DAS SECREÇÕES DESDE OS BRONQUÍOLOS ATÉ À TRAQUEIA EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS (estimulam a tosse eficaz e contribuem para um padrão respiratório promotor de uma ventilação adequada) Movimentos Respiração Manobras Espirometria de respiratórios diafragmática expiratórias incentivo profundos -Inspiração máxima, com fluxo lento, - Expiração suave e -Inspiração máxima pelo nariz com a boca fechada prolongada, com utilização de -Sentir o ar “encher” os pulmões e o através dos lábios dispositivo que abdómen a subir em posição de fornece indicações -Fazer uma pausa no final da inspiração sopro visuais do fluxo ou -Expirar lentamente pela boca, (soprar a vela sem do volume expulsando o ar dos pulmões e fazer o a apagar) inspiratório abdómen descer ❖ FACILITAR A PROGRESSÃO DAS SECREÇÕES DESDE OS BRONQUÍOLOS ATÉ À TRAQUEIA Percussão torácica - é realizada com auxílio das mãos, em forma de concha, percutindo regiões da parede torácica, de forma ritmada. Vibração/compressão torácica - consiste em exercer uma ligeira pressão com as duas mãos (ou uma sobre a outra) sobre regiões da parede torácica e, simultaneamente vibrar “energicamente” as mãos sobre a parede torácica, enquanto a pessoa expira. ❖ FACILITAR A PROGRESSÃO DAS SECREÇÕES DESDE OS BRONQUÍOLOS ATÉ À TRAQUEIA DRENAGEM POSTURAL A drenagem postural promove a mobilização e o deslocamento de secreções das vias respiratórias por ação da gravidade. O seu objetivo é direcionar as secreções dos lobos ou segmentos distais para as vias aéreas centrais, facilitando a sua remoção pela tosse e/ou aspiração. ❖ FACILITAR A PROGRESSÃO DAS SECREÇÕES DESDE OS BRONQUÍOLOS ATÉ À TRAQUEIA Hidratação geral e Humidificação do ar inspirado ❑ A hidratação sistémica é um fator fundamental para a progressão das secreções: ❑ diminui a viscosidade do muco ❑ contribui para a eficácia do sistema mucociliar e da tosse ❑ A humidificação do ar inspirado, muitas vezes é tb necessária ex: Através de “aparelho de atmosfera húmida” (Nebulizador): dispositivo que acrescenta vapor de água ao ar inspirado ❖ FACILITAR A PROGRESSÃO DAS SECREÇÕES DESDE OS BRONQUÍOLOS ATÉ À TRAQUEIA INALOTERAPIA (aerossolterapia) Conceito – Terapia por inalação, realizada através de um dispositivo inalatório, que produz mecanicamente um aerossol - (Suspensão de partículas sólidas ou líquidas dispersas num gás) Objetivos Humidificar o ar inspirado (Fluidifica as secreções…) Administrar medicamentos nas vias aéreas inferiores (efeitos relacionados com o tipo de medicamento) Tipo de Dispositivos Inalatórios Inaladores pressurizados de dose calibrada Inaladores de pó seco Inaladores de névoa suave Nebulizadores Nebulizadores a jacto Nebulizadores ultrassónicos DISPOSITIVOS INALATÓRIOS (Dispositivos que produzem mecanicamente um aerossol) Nebulizador a jacto Nebulizador ultrassónico Inalador pressurizado de Inalador de pó seco Inalador de névoa dose calibrada (pMDI) (DPI) suave (SMI) Imagem relacionada INALOTERAPIA - vantagens Terapêutica inalatória – reconhecida como via de eleição no tratamento farmacológico de muitas situações de patologia do foro respiratório VANTAGENS* Ação terapêutica Obtenção de efeito mais rápida terapêutico com Menos efeitos (pela deposição direta doses menores de adversos do fármaco nas vias aéreas inferiores) fármaco *em relação à via oral e parentérica (Aguiar et al., 2017; DGS, 2017) Deposição do fármaco nas vias aéreas inferiores - Fatores influenciadores - O efeito terapêutico dos aerossóis é dependente da deposição do fármaco nas vias aéreas inferiores Vários Fatores influenciam a deposição do fármaco inalado: ▪ Dimensão das partículas do aerossol Partículas >5 micra (µm) deposição atinge orofaringe Partículas < 5 µm são as indicadas p/ aerossóis* Partículas de 2 a 5 µm deposição traqueobrônquica Partículas de 0,5 a 2 µm deposição alveolar Mas atenção: Partículas < 0,5 µm são exaladas Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=pwIez9uAaW0 ▪ Padrão respiratório durante a inalação ▪ Técnica de inalação ▪ Idade da pessoa ▪ Doenças subjacentes (ex: processos obstrutivos) * (Aguiar et al., 2017) ▪ (…) DISPOSITIVOS INALATÓRIOS: NEBULIZADORES A JACTO E ULTRASSÓNICOS Dispositivos Inalatórios: Nebulizadores a Jacto e Ultrassónicos A JACTO ULTRASSÓNICO Depende do princípio físico pelo qual se gera o aerossol Utiliza a força de um gás A energia gerada (O2 ou ar comprimido) pela vibração de um cristal, para produzir a dispersão em contacto com a superfície do líquido em pequenas do líquido, produz gotículas, partículas, gerando o (de maiores dimensões e aerossol débito >) gerando o aerossol !! Altamente contamináveis (grande associação às IACS) !! Aerossol com Nebulizadores a Jacto (≈ p/ Ultrassónicos) Aspetos Gerais do Procedimento* Montagem do nebulizador Colocação da solução no recipiente Soro fisiológico Medicação indicada Avaliação da pessoa/informação/consentimento Posição de semi-fowler ou fowler Ajustar a máscara ou peça bucal à pessoa Acionar nebulizador (c/ ligação a fonte de O2 ou ar comprimido-p/nebuliz de pequeno volume – i.e. a jacto) Realizar o aerossol - duração 10-15 min (tempo ideal 10 min) Incentivar respiração profunda e pausada durante o processo Higiene oral após o processo (…) (…) [*P/ pessoas com respiração espontânea por vias aéreas] - P/pessoas c/ ventilação mecânica ou c/ traqueostomia - especificidades próprias do procedi/ - abordagem noutra fase do curso ATENÇÃO: - Ao processo de limpeza e desinfeção/esterilização do material - Lavagem das mãos - Esterilidade dos solutos (…) (…) https://www.youtube.com/watch?v=pwIez9uAaW0 (neb. Vídeo 15min) Aerossol com Nebulizadores a Jacto ou Ultrassónicos Complicações Sobrecarga Obstrução das Infeção hídrica vias aéreas Acumulação de Broncospasmo secreções DISPOSITIVOS INALATÓRIOS: - Inalador pressurizado de dose calibrada (pMDI) - Inalador de pó seco (DPI) - Inalador de névoa suave (SMI) Dispositivos Inalatórios: pMDI; DPI; SMI Sem câmara expansora Inalador pressurizado de dose calibrada C/ Câmara expansora (pressurized metered- c/ máscara dose inhaler - pMDI) Inalador de pó seco C/ Câmara expansora Inaladores (dry powder inhaler - c/ bucal DPI) Inalador de névoa suave (soft mist inhaler- SMI) Inalador pressurizado de dose calibrada (pressurized Metered-Dose Inhaler = pMDI) -Cilindro que no interior contém o fármaco em suspensão ou dissolvido numa mistura de propelentes e aditivos -Uma válvula dosificadora que qdo o cilindro é pressionado contra o invólucro plástico, liberta a cada disparo uma dose fixa de fármaco e propelente Fator determinante para a deposição do medicamento nos pMDI é a UTILIZAÇÃO DE UMA TÉCNICA INALATÓRIA CORRETA !! Ensino: Uso de Inaladores pressurizados de dose calibrada (pMDI) http://www.youtube.com/watch?v=51Zjwcx7Zbs Destapar e colocar Agitar (depois de aquecer entre as mãos se temp. ↓ ) Coordenação na vertical mão-pulmão! Colocar aplicador Iniciar inspiração Expirar entre os lábios Esperar lenta e 30seg a 1 min caso “Disparar” em Continuar inspiração Reter respiração indicado simultâneo profunda 3-5seg cerca de 5-10 seg uma 2ª inalação Expirar lentamente Enxaguar a boca CÂMARAS EXPANSORAS Optimizam o efeito dos pMDI - Produzem uma diminuição da velocidade do aerossol antes de atingir a boca: - Permitindo que o propelente evapore e as partículas de maior dimensão se depositem nas paredes da câmara e não na orofaringe, ficando as de menor dimensão em condições de serem inaladas, favorecendo assim a penetração do medicamento no pulmão -Diminuem os efeitos locais, ao diminuir o impacto do medicamento na orofaringe -Ultrapassa a necessidade de coordenação mão-pulmão (i.e. da descarga do inalador com a inspiração) -(…) Grande variedade de Câmaras Expansoras: podem ser de grande ou pequeno volume, com bucal ou máscara facial, com ou sem válvulas insp./exp. (…) Ensino: Uso de pMDI com Câmara Expansora Agitar Adaptar pMDI pMDI e câmara Destapar pMDI à câmara Colocar bucal da Expirar câmara exp. na boca, Inalar lenta e disparar 1x profunda/ http://www.cdc.gov/asthma/inhaler_video/ *Reter resp. 5-10seg e exp. lentamente Enxaguar a boca https://www.youtube.com/watch?v=evM-v-q19nQ *Com câmara expansora de inalação única Com câmara expansora de Fazer 3 a 10 ciclos resp através da câmara inalação múltipla Disparar 1 vez -Não precisa de exp. prévia e de apneia final INALADOR DE PÓ SECO - (Dry Powder Inhaler = DPI) - O medicamento encontra-se na forma de pó - O aerossol é gerado com a própria manobra de inalação (fluxo inspiratório da pessoa – insp. deve ser rápida e intensa para gerar um fluxo insp. elevado) Vários dispositivos: Diskus, Turbuhaler, Aerolizer (…) http://3.bp.blogspot.com/_-M9Z4n8s5gQ/Su2GkNELfMI/AAAAAAAABp4/ICVnMuMRQ7E/s320/inaladores+p%C3%B3+2.jpg Tipo de medicamento: Broncodilatadores; corticóides; combinados.. Ensino: Uso de Inalador de Pó Seco (DPI) http://www.youtube.com/watch?v=kIghQ6HqKt8&feature=related Destapar Acionar mecanismo de libertação de pó Esperar Inspirar 30seg a Expirar energicamente! 1 min caso indicado uma 2ª inalação Reter a respiração Expirar lentamente e cerca de 5-10seg enxaguar a boca Inaladores de névoa suave (Soft Mist Inhaler = SMI) - Forma de um cilindro, constituído pelo bucal na parte superior e uma tampa móvel, mas fixa ao inalador - A solução para nebulização encontra-se armazenada no interior do dispositivo - Cada dispositivo contém 60 doses - Para gerar a nuvem de aerossol, este dispositivo utiliza a energia mecânica gerada através de um sistema de mola nele incorporado Ensino: Uso de Inalador de névoa suave (SMI) Expiração forçada prévia à inalação Colocar o bucal entre os dentes com a língua por baixo- envolver com os lábios Iniciar a inspiração e ativar o inalador (coordenação mão-pulmão), fazendo inspiração lenta (3-5 seg) e profunda No final da inspiração, reter respiração 5-10seg Expirar lentamente e enxaguar a boca https://www.youtube.com/watch?v=U1NV10RuV6Y Dispositivos inalatórios - pMDI, DPI, SMI Terapêutica de alívio (fase aguda) e Terapêutica de manutenção DISPOSITIVOS INALATÓRIOS - UTILIZAÇÃO Síntese Vantagens e Desvantagens dos vários tipos de inaladores (Aguiar et al., 2017) ❖ ELIMINAR AS SECREÇÕES PARA O EXTERIOR ❖ ELIMINAR AS SECREÇÕES PARA O EXTERIOR TOSSE DIRIGIDA É uma tosse intencional, ensinada, que visa simular as Cont. características da tosse espontânea, eficaz! Esta técnica é análoga ao reflexo da tosse, mas sem a fase irritativa. TOSSE ASSISTIDA No momento da tosse, aplica-se uma pressão externa sobre a caixa torácica (anterior e posterior) fornecendo assim um auxilio ao ato de tossir, aumentando a eficácia da tosse. TOSSE “HUFF” Técnica que consiste numa ou duas expirações forçadas sem fechamento da glote, emitindo o som “af”, seguidas por um período de respiração diafragmática e relaxamento. O objectivo é promover a mobilização de secreções com a menor alteração da pressão pleural, menor gasto energético e menor probabilidade de colapso brônquico. ❖ ELIMINAR AS SECREÇÕES PARA O EXTERIOR PROCEDIMENTO: TOSSE DIRIGIDA Posição sentado, com ligeira flexão pela cintura para a frente Pés apoiados Segue-se: i. Inspiração máxima ii. Suspender a respiração por 2 segundos, contraindo a musculatura abdominal com a glote fechada iii. Tossir 2/3 vezes, com força crescente A 1ª ‘tosse’ provoca o desprendimento do muco A 2ª e 3ª ‘tosse’ fazem-no progredir Descanso - Inspirando normalmente pelo nariz e expirando pela boca Repetir a técnica, intercalando com períodos de descanso, até limpar as vias aéreas ou, de acordo com a tolerância do utente ❖ ELIMINAR AS SECREÇÕES PARA O EXTERIOR ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES RESPIRATÓRIAS Consiste na remoção de secreções orofaríngeas e nasofaríngeas através da introdução de uma sonda (boca-orofaringe; narina- nasofaringe), e da árvore traqueobrônquica*, utilizando um sistema de vácuo. Objetivos Prevenir estase de secreções Manter permeabilidade das vias aéreas Estimular a tosse *O procedimento de aspiração de secreções traqueobrônquicas será abordado noutra fase do curso ❖ ELIMINAR AS SECREÇÕES PARA O EXTERIOR Procedimento: Aspiração de secreções orofaríngeas e nasofaríngeas MATERIAL Aspirador/fonte de vácuo Sonda de aspiração Adaptador em Y (se sonda não tiver controlo de vácuo) EPIs indicados (Luvas; Máscara de proteção e outros EPIs) (…) Recipiente/s para lixo de acordo com normas de triagem de resíduos (…) ❖ ELIMINAR AS SECREÇÕES PARA O EXTERIOR PROCEDIMENTO: ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES OROFARÍNGEAS E NASOFARÍNGEAS ❖ ELIMINAR AS SECREÇÕES PARA O EXTERIOR Algumas particularidades da Aspiração de secreções nasofaríngeas Procedi/ idêntico, com a introdução da sonda pelo nariz até à nasofaringe Medir distância da extremidade do nariz ao lóbulo da orelha (será o comprimento máximo da sonda a introduzir) Contra-indicações Desvio do septo Obstrução nasal Trauma nasal Perda de liq. Cefalorraquidiano (ex. TCE) Precauções Epistáxis Tempo de hemorragia elevado Terapêutica anticoagulante ❖ ELIMINAR AS SECREÇÕES PARA O EXTERIOR Algumas Complicações associadas à aspiração de secreções orofaríngeas e nasofaríngeas Traumatismo da mucosa - associado, geralmente, a pressão negativa excessiva; más práticas (…) Contaminação/infeção - “negligência” dos cuidados de higiene/assépsia associados ao procedimento potenciam a sua ocorrência Hipoxemia - com a aspiração de secreções é tb aspirado oxigénio (aspirações prolongadas potenciam a sua ocorrência) INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM MEDIDAS PARA ASSEGURAR A PERMEABILIDADE DAS VIAS AÉREAS - Exercícios respiratórios ❖ Facilitar a - Percussão e vibração/compressão torácica 1ª FASE progressão - Drenagem postural das secreções - Associar * Fluidificar - Hidratação geral desde os medidas secreções - Inaloterapia bronquíolos tendentes a * Combater - Medicação (broncodilat; até à assegurar a edema, mucolíticos; corticóides; traqueia permeabilidade espasmo, antibióticos (..) brônquica infeção 2ª FASE ❖ Eliminar - Tosse dirigida as secreções - Tosse assistida para o - Tosse huff exterior - Aspiração de secreções A Pessoa com Limpeza Ineficaz das Vias Aéreas INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM CLE-IPBeja 2º1º Dulce Santiago 2024/2025 BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL UTILIZADA: Aguiar, R. et al. (2017). Terapêutica inalatória: Técnicas de inalação e dispositivos inalatórios. Revista Portuguesa de Imunoalergologia, 25(1), 9-26. http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212017000100002&lng=pt&tlng=pt Cordeiro, M. (2014). Terapêutica Inalatória: Princípios, Técnica de Inalação e Dispositivos Inalatórios. Lusodidacta. Cordeiro, M., & Menoita, E. (2012). Manual de boas práticas na reabilitação respiratória. Conceitos, princípios e técnicas. Lusociência. DGS (2013). Utilização de dispositivos simples em aerossolterapia. Orientação nº 10/2013 de 02/08/2013 atualizada a 18/12/2013. DGS (2017). Ensino e Avaliação da Técnica Inalatória na Asma. Orientação nº 10/2017 de 26/06/2017. Elkin, M., Perry, A., Potter, P. (2005). Intervenções de Enfermagem e procedimentos clínicos. (2ªed.). Lusodidacta. Monahan, F. D. et al. (2010). Phipps enfermagem médico-cirúrgica: perspectivas de saúde e doença. (8ª ed.). Lusodidacta. Phipps, W. J., Sands, J. K., & Marek, J. F. (2003). Enfermagem médico-cirúrgica. Conceitos e prática clínica (6ª ed.). (H. S. Azevedo et al., trads.). Lusodidacta. Veiga, B. S. et al. (2011). Manual de normas de enfermagem. Procedimentos técnicos (2ª ed. revista). Administração Central do Sistema de Saúde, I P.