Psicologia - Autoconceito e Autoestima
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Questions and Answers

Defina autoconceito e autoestima, considerando as características de cada um.

Autoconceito refere-se à percepção que uma pessoa tem de si própria, incluindo crenças, valores, atitudes e outras características pessoais, enquanto autoestima é a avaliação que uma pessoa faz de si mesma, incluindo sentimentos de autovalorização, confiança e autoaceitação.

Quais as características do autoconceito propostas por Shavelson, Hubner e Stanton (1976)? Saliente as características principais.

Shavelson, Hubner e Stanton (1976) propuseram que o autoconceito é formado por três componentes principais: acadêmico, social e físico. O autoconceito acadêmico refere-se à percepção que uma pessoa tem de suas habilidades e competências acadêmicas, o autoconceito social refere-se à percepção que uma pessoa tem de suas habilidades e competências sociais, e o autoconceito físico refere-se à percepção que uma pessoa tem de seu corpo e sua aparência.

Relacione autoconceito e autoestima tendo em consideração a perspetiva de Harter (2012).

Segundo Harter (2012), o autoconceito é uma estrutura hierárquica que consiste em diferentes domínios, incluindo as percepções da própria competência e autovalorização. A autoestima, por sua vez, é a avaliação global que uma pessoa faz de si mesma, sendo influenciada pelo autoconceito em diferentes domínios. Harter argumenta que o autoconceito é um importante preditor da autoestima e que a autoestima pode ter um impacto significativo na saúde mental, bem-estar e comportamento de uma pessoa.

Tendo em conta os diferentes fatores que afetam o desenvolvimento do autoconceito, identifique que mudanças se esperam com a idade e que fatores contribuem para essas mudanças.

<p>Com a idade, o autoconceito tende a se tornar mais complexo, diferenciado e estável. As crianças geralmente começam com uma visão global do autoconceito, mas com o tempo passam a desenvolver um autoconceito mais específico em diferentes domínios. Fatores como experiências sociais, escolares e familiares, interações com outras pessoas, sucessos e fracassos, e o desenvolvimento de novos interesses e habilidades também desempenham um papel importante no desenvolvimento do autoconceito.</p> Signup and view all the answers

Descreva o efeito big-fish-little pond. Considere as diferenças no autoconceito académico dos estudantes à luz deste modelo.

<p>O efeito big-fish-little pond é um conceito que sugere que a percepção individual e a autoestima são influenciadas pelo contexto social. De acordo com este modelo, um aluno se sente mais inteligente e capaz em um ambiente onde os outros alunos são menos capazes do que em um ambiente onde os outros alunos são mais capazes. O autoconceito acadêmico de um estudante pode ser afetado por sua percepção de sua capacidade em relação aos outros estudantes.</p> Signup and view all the answers

Descreva o quadro de referência interno/externo. Refira para que remetem cada um dos mecanismos inerentes e qual a relação que se espera entre o autoconceito a língua materna e o autoconceito matemático, à luz deste modelo.

<p>O quadro de referência interno/externo descreve dois tipos de sistemas de comparação que influenciam o autoconceito: comparação interna, que se refere à comparação do indivíduo com seus próprios padrões e expectativas, e comparação externa, que se refere à comparação do indivíduo com outros. O autoconceito na língua materna tende a ser mais influenciado por comparações internas (por exemplo, com os próprios padrões de leitura e escrita), enquanto o autoconceito matemático pode ser mais influenciado por comparações externas (por exemplo, com os colegas de classe). Assim, é esperado que o autoconceito na língua materna e o autoconceito matemático possam ser influenciados por diferentes mecanismos de comparação.</p> Signup and view all the answers

“Se os técnicos se focarem em melhorar o autoconceito sem melhorar o desempenho/competência, é provável que os ganhos no autoconceito sejam de curta duração... Se os profissionais melhorarem o desempenho sem também promoverem a crença dos sujeitos nas suas capacidades, os ganhos no desempenho também são improváveis de serem duradouros.” (Marsh & Craven, 2006; p. 159). Comente a afirmação tendo em conta os modelos explicativos da relação entre o autoconceito académico e o rendimento académico e saliente que modelo estará a ser defendido pelos autores.

<p>A afirmação de Marsh &amp; Craven (2006) destaca a importância da relação bidirecional entre o autoconceito e o desempenho. Eles sugerem que melhorar apenas um aspeto, sem abordar o outro, produz resultados superficiais e não duradouros. O modelo defendido pelos autores se assemelha à teoria de Bandura (1977) sobre autoeficácia, que enfatiza a crença nas próprias capacidades e enfatiza que o desempenho em determinada tarefa é essencial para fortalecer a autoeficácia.</p> Signup and view all the answers

Como se pode explicar a falta de relação entre o autoconceito e a autoestima em alunos com insucesso? Justifique a resposta elaborando sobre as estratégias de proteção de autoestima propostas por Robinson & Tayler (1986)

<p>A falta de relação entre o autoconceito e a autoestima em alunos com insucesso pode ser explicada pela utilização de estratégias de proteção da autoestima. Robinson &amp; Tayler (1986) identificaram estratégias utilizadas por indivíduos para lidar com seus fracassos, como negar o problema, minimizar a importância, atribuir a culpa a fatores externos, ou realizar comparações com outras pessoas menos bem-sucedidas. Essas estratégias podem resultar em uma aparente falta de correlação entre o autoconceito e a autoestima, pois indivíduos com insucesso podem defender sua autoestima mesmo com um autoconceito baixo.</p> Signup and view all the answers

Indique as causas e os domínios causais apresentados pela Teoria Atribucional da Motivação de Weiner para o insucesso e insucesso escolar.

<p>A Teoria Atribucional da Motivação de Weiner (1986) sugere que a atribuição de causas para o sucesso ou insucesso em diferentes domínios (como capacidade, esforço, dificuldade da tarefa e sorte) influencia a motivação e o desempenho futuro. As causas para o insucesso podem ser atribuídas a fatores internos (capacidade ou esforço) ou externos (dificuldade da tarefa ou sorte). A atribuição de insucesso a fatores internos, como falta de capacidade ou esforço, pode levar ao desânimo e à diminuição da motivação, enquanto a atribuição a fatores externos pode manter ou até aumentar a motivação.</p> Signup and view all the answers

“Tive boa nota a Psicologia da Educação porque estudei muito”; “Tive má nota a Psicologia do Desenvolvimento porque não sou capaz de compreender a matéria”; “Tive boa nota a Biologia porque tive sorte e só saíram as matérias que estudei”; “Tive má nota a Avaliação Psicológica porque a matéria era muito difícil”. “Tive má nota a Estatística porque não tive tempo para estudar”. Para cada afirmação identifique as dimensões causais subjacentes.

<p>As dimensões causais subjacentes às afirmações são:</p> <ul> <li> <strong>“Tive boa nota a Psicologia da Educação porque estudei muito”</strong>: Esforço (causa interna e controlável).</li> <li> <strong>“Tive má nota a Psicologia do Desenvolvimento porque não sou capaz de compreender a matéria”</strong>: Capacidade (causa interna e incontrolável).</li> <li> <strong>“Tive boa nota a Biologia porque tive sorte e só saíram as matérias que estudei”</strong>: Sorte (causa externa e incontrolável).</li> <li> <strong>“Tive má nota a Avaliação Psicológica porque a matéria era muito difícil”</strong>: Dificuldade da tarefa (causa externa e incontrolável).</li> <li> <strong>“Tive má nota a Estatística porque não tive tempo para estudar”</strong>: Esforço (causa interna e controlável).</li> </ul> Signup and view all the answers

Relacione as diferentes dimensões causais com as respetivas consequências psicológicas e afetivas.

<p>As diferentes dimensões causais influenciam as consequências psicológicas e afetivas dos estudantes, levando a diferentes reações emocionais e comportamentais.</p> <ul> <li>Atribuir o sucesso ou insucesso ao <strong>esforço</strong> gera sentimentos de satisfação ou frustração, mas também aumenta a autoeficácia e a motivação.</li> <li>Atribuir o sucesso ou insucesso à <strong>capacidade</strong> geralmente causa sentimentos de superioridade ou inferioridade, afetando a autoestima e a motivação.</li> <li>Atribuir o sucesso ou insucesso à <strong>dificuldade da tarefa</strong> pode gerar sentimentos de derrota ou frustração, e pode levar à falta de motivação para enfrentar desafios semelhantes no futuro.</li> <li>Atribuir o sucesso ou insucesso à <strong>sorte</strong> gera sentimentos de incerteza e descontrole, afetando a confiança na própria capacidade.</li> </ul> Signup and view all the answers

“Tive uma boa nota, mas como todos também tiveram acho que é porque o teste foi fácil”. Com qual dos princípios relacionados com os antecedentes da atribuição se associa a esta afirmação e justifique.

<p>A afirmação se associa ao princípio da <strong>distintividade</strong> (ou especificidade). Este princípio afirma que a atribuição de responsabilidade por um evento é mais provável quando o evento é específico e único em relação a outros eventos semelhantes. Neste caso, o aluno atribui o sucesso à facilidade do teste (causa externa) porque todos obtiveram boas notas. Se o aluno tivesse obtido uma boa nota em uma prova complexa, enquanto outros tiveram notas baixas, ele provavelmente atribuiria seu sucesso à sua capacidade.</p> Signup and view all the answers

Discuta o conceito de desamparo aprendido (learned helplessness) e a sua relação com a atribuição causal. Como as atribuições para o sucesso ou insucesso podem estar relacionadas com o desamparo aprendido?

<p>Desamparo aprendido se refere à tendência de uma pessoa se tornar passiva e resignar-se à ideia de que não tem controle sobre os eventos negativos que acontecem em sua vida. Isso ocorre quando a pessoa experimenta sucessivas falhas e atribui, de forma constante, essas falhas à sua própria incapacidade, tornando-se convencida de que nada pode fazer para alterar a situação. Se atribuir o insucesso à falta de capacidade, a pessoa tende a se sentir impotente e a se esforçar menos para atingir seus objetivos, reforçando o ciclo de desamparo. No entanto, se atribuir o insucesso a fatores externos ou controláveis, como falta de esforço ou falta de oportunidade, é mais provável que a pessoa continue tentando e modifique suas estratégias para ter mais sucesso no futuro.</p> Signup and view all the answers

Perante sucessivas atribuições de um aluno ao seu insucesso à sua 'falta de capacidade', identifique estratégias de intervenção possíveis para alterar as suas atribuições.

<p>Para alterar as atribuições negativas de um aluno, é importante intervir em diferentes níveis:</p> <ul> <li> <strong>Promover a conscientização do aluno sobre seus próprios pensamentos e crenças</strong>: Perguntar ao aluno sobre como ele interpreta seu insucesso, explorando os seus pensamentos e crenças sobre suas capacidades.</li> <li> <strong>Incentivar o aluno a considerar outras explicações para o insucesso</strong>: Orientar o aluno a buscar outras explicações para seu insucesso, como falta de esforço, falta de tempo para estudar ou métodos de estudo ineficazes.</li> <li> <strong>Oferecer feedback construtivo e encorajador</strong>: Dar feedback positivo sobre os esforços e progressos do aluno, mesmo que ele tenha dificuldades. Enfatizar que cada pessoa tem um ritmo de aprendizagem diferente e que com dedicação e esforço é possível alcançar seus objetivos.</li> <li> <strong>Ensinar estratégias de aprendizagem eficazes</strong>: Oferecer suporte para que o aluno aprenda novas estratégias de estudo, como técnicas de memorização, gerenciamento de tempo e resolução de problemas.</li> <li> <strong>Criar um ambiente de aprendizagem positivo e encorajador</strong>: Fomentar um ambiente onde o aluno se sente seguro para fazer perguntas, experimentar novas ideias e cometer erros sem medo de ser julgado.</li> </ul> Signup and view all the answers

Study Notes

Parte II - Questões

  • Defina autoconceito e autoestima: Considerando as características de cada um.
  • Características do autoconceito (Shavelson, Hubner e Stanton, 1976): Identifique as características principais.
  • Relação entre autoconceito e autoestima (Harter, 2012): Apresente a perspectiva de Harter.
  • Mudanças no autoconceito com a idade: Identifique os fatores que afetam o seu desenvolvimento e as mudanças esperadas.
  • Efeito "big-fish-little pond": Descreva e considere as diferenças no autoconceito académico dos estudantes.
  • Quadro de referência interno/externo: Descreva cada mecanismo, relacionando-os com o autoconceito, a língua materna e o autoconceito matemático.
  • Autoconceito e rendimento académico: Apresente a relação entre estes dois fatores.
  • Afirmação sobre autoconceito e desempenho: Comente a afirmação de Marsh & Craven (2006), considerando modelos explicativos da relação entre autoconceito académico e rendimento académico e o modelo defendido pelos autores.
  • Falta de relação entre autoconceito e autoestima em alunos com insucesso: Explique e justifique a falta de relação com base em estratégias de proteção da autoestima de Robinson & Tayler (1986).
  • Causas e domínios causais do insucesso escolar (Teoria Atribucional): Mencione a teoria de Weiner.

Parte II - Questões Adicionais

  • Dimensões causais de avaliações: Identifique as dimensões causais subjacentes a diferentes afirmações sobre desempenho.
  • Consequências psicológicas e afetivas das dimensões causais: Relacione as dimensões causais às suas consequências.
  • Princípios da atribuição causal e o exemplo: Relacione a afirmação "Tive uma boa nota, mas como todos também tiveram acho que é porque o teste foi fácil" a um princípio específico acerca de antecedentes.
  • Desamparo aprendido e atribuição causal: Explique a relação entre o desamparo aprendido e a atribuição de sucesso ou fracasso.
  • Estratégias de intervenção para atribuições de insucesso: Identifique estratégias para mudar as atribuições de um aluno quando elas são atribuídas à falta de capacidade.

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Este questionário explora os conceitos de autoconceito e autoestima, suas características e relações. Inclui discussões sobre o desenvolvimento do autoconceito com a idade e o efeito 'big-fish-little pond'. A relação entre autoconceito e desempenho acadêmico também é analisada.

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