Iluminação de Emergência: NT 13 Aplicação

Objetivo

• Identificar as situações de necessidade de iluminação de emergência;
• Conhecer os procedimentos para aplicação;
• Apresentar a NBR 10898.

Aplicação da NT 13

• A Norma Técnica se aplica às edificações e áreas de risco onde é exigido o sistema de iluminação de emergência;
• Adota-se a NBR 10898, que dispõe sobre o sistema de iluminação de emergência, naquilo que não contrariar o disposto nesta Norma Técnica.

Iluminação de emergência

• Deve clarear áreas com pessoas;
• Deve clarear saídas de emergência;
• Deve clarear áreas técnicas.

Tipos de sistemas

• Conjunto de blocos autônomos (instalação fixa);
• Sistema centralizado com baterias;
• Equipamentos portáteis com a alimentação a bateria compatível com o tempo de funcionamento garantido.

Procedimentos

• Os componentes da fonte de energia centralizada de alimentação de iluminação de emergência devem ser instalados em local não acessível ao público;
• A distância máxima entre dois pontos de iluminação de aclaramento deve ser de 15m;
• Os pontos de iluminação de sinalização devem ser dispostos de forma que, na direção de saída de cada ponto, seja possível visualizar o ponto seguinte, a uma distância máxima de 15m;
• A tensão de alimentação das luminárias de emergência instaladas em áreas onde seja previsto combate a incêndio não deve ultrapassar 50V;
• As luminárias de emergência devem ser instaladas entre 2,20m e 2,50m de altura do nível do piso;
• O sistema de iluminação de emergência deve garantir a intensidade dos pontos de luz de maneira a respeitar os níveis mínimos de iluminação desejada e cumprir o objetivo;
• O sistema não poderá ter uma autonomia menor que uma hora de funcionamento, com uma perda maior que 10% de sua capacidade;
• Em casos específicos, o tempo de funcionamento pode ser prolongado pelos órgãos competentes para cumprir com as exigências de segurança a serem atingidas;
• Os aparelhos devem ser construídos de forma que, no ensaio de temperatura a 70 °C, a luminária funcione no mínimo por uma hora;
• O CBMTO, na vistoria, poderá exigir que os equipamentos utilizados no sistema de iluminação de emergência sejam devidamente certificados por órgão competente.

Classificação de Tanques

• Tanques são classificados em relação ao nível do terreno:
  • Tanques elevados: acima do solo, sustentados por estrutura
  • Tanques de superfície: base diretamente apoiada sobre o terreno
  • Tanques semienterrados: parte abaixo do nível do solo
  • Tanques subterrâneos: abaixo da superfície do terreno

Tipo de Tanques Atmosféricos

• Tanques de teto fixo:
  • Teto diretamente ligado à parte superior do costado
  • Suporte do teto pode ser feito pelo costado ou estrutura interna de perfis metálicos
  • Tetos podem ser cônicos, curvos ou em gomos
  • Características: fraca junção teto-costado, respiradores para troca de ar com o exterior
• Tanques de teto flutuante externo:
  • Teto flutuando diretamente sobre o líquido armazenado
  • Reduz perdas do produto em consequência da evaporação
  • Utiliza flutuadores localizados ao longo do perímetro do teto e/ou no seu centro
• Tanques de teto flutuante interno:
  • Teto flutuante coberto por um teto fixo permanente
  • Contém vedação que evita a fuga de vapores e respiradores

Armazenamento de Líquidos Inflamáveis

• Tanques podem ser verticais ou horizontais, dependendo do eixo central
• Tanques atmosféricos:
  • Operam com um espaço de gás e vapor com pressões internas próximas à pressão atmosférica
  • Normalmente construídos em aço carbono ou aço liga
  • Usados para armazenar fluidos com pressão de vapor substancialmente menor que a pressão atmosférica
• Tanques de baixa pressão:
  • Operam a pressão entre 0,05 e 1,05 kg/cm²
  • Usados para armazenar fluidos mais voláteis
  • Construídos de aço carbono e providos de válvulas de segurança

Fenômenos Extremos

• Slop Over:
  • Ocorre quando a água é aplicada diretamente sobre a superfície em chamas do líquido
  • Água afunda parcialmente no líquido quente e vaporiza-se, expelindo o combustível em chamas para fora do tanque

Espumas

• Extinguem as chamas em líquidos inflamáveis através de abafamento, supressão da liberação de vapores, separação das chamas da superfície do combustível e resfriamento da superfície do líquido
• Cada tipo de espuma é produzido com LGE específico para tal
• Modos de aplicação da espuma:
  • Superficial: aplicação na parte interna do costado do tanque
  • Subsuperficial: aplicação no fundo do tanque de combustível
  • Forçada: aplicação diretamente contra a superfície do líquido, através de esguichos e canhões monitores

###BLEVE (Explosão do Vapor Expandido pelo Líquido em Ebulição)

• Ocorre quando um líquido em ebulição é sujeito a uma mudança brusca de estado físico para gases
• A pressão interna aumenta rapidamente e causa a ruptura do recipiente, liberando o líquido e seu vapor
• Pode ocorrer em recipientes com líquidos ou gases liquefeitos, quando uma parte do recipiente recebe um aquecimento localizado
• Condições para que ocorra:
  • Um líquido deve estar presente
  • Vapor ou gases somente não sofrem BLEVE
  • O líquido deve estar em local vedado
  • A temperatura do líquido deve estar acima da sua temperatura de ebulição
• Exemplo: água pode sofrer BLEVE quando se abre a tampa da panela de pressão e a água está acima do seu ponto de ebulição

Prevenção, Controle e Extinção_

• Controle de vazamentos
• Isolamento de risco
• Controle de eletricidade estática (aterramento, umidificação do ambiente, uso de roupas apropriadas)
• SPDA
• Sistemas de resfriamento por meio de aspersores (chuveiros automáticos)
• Canhões monitores e linhas manuais
• Válvulas de excesso de fluxo
• Extintores de água em neblina, pó químico ou CO2

Propriedades do GLP_

• Mistura de hidrocarbonetos líquidos, propano e butano
• Pode ser liquefeito por resfriamento e/ou compressão
• Se houver uma pressão de propano maior do que a de butano, tem-se um GLP mais rico, com maior pressão e menor peso
• Temperatura crítica do propano: 96°C, pressão crítica: 43 bar
• Temperatura crítica do butano: 152°C, pressão crítica: 37 bar

Riscos do GLP_

• Asfixiante: pode provocar falta de ar, fadiga, diminuição da visão, alteração do humor, dor de cabeça, confusão, decréscimo da atividade motora, estupor, náuseas, sufocamento, podendo levar ao coma e à morte
• Vazamentos podem ocorrer a baixa temperatura (vaporização endotérmica), podendo causar queimadura por frio
• Pode causar queimadura por enregelamento à medida que o botijão se torna frio

Gases Inflamáveis_

• Conceito: substâncias que estão em um estado que não apresentam forma, tamanho ou volume
• Propriedades:
  • Aumentam o volume do recipiente quando são aquecidos
  • O volume do gás depende da sua temperatura e pressão
  • Gases comprimidos: quando se expandem, a temperatura diminui (promovendo o congelamento dos recipientes e das mangueiras)
  • Vapores: substâncias no estado gasoso que, em condições normais de temperatura e pressão, seriam sólidos ou líquidos
• Riscos:
  • Alta pressão os torna uma potencial fonte de energia mecânica
  • Ausência de odor e cor (nem todos)
  • O gás que vaza se difunde com facilidade, se o regulador ou válvula se desconectar, o cilindro pode ser lançado como um foguete

Características do GLP

• A concentração de GLP no ambiente pode ser inflamável se houver uma fonte de ignição (∼2% a 9%).
• Densidade média do GLP: 522 kg/m³.
• Poder calorífico do GLP: 11.330 kcal/kg.

Recipientes de GLP

• Recipientes com capacidade acima de 0,5 m³ são estacionários, enquanto os menores são transportáveis.
• Existem dois tipos de P-20: um retornável e outro com válvula de recarga.
• O P-20 opera deitado, com uma válvula de segurança e alívio que libera o gás se a pressão interna ultrapassar 17.5 kgf/cm².

Válvulas de GLP

• As válvulas do P-2, P-5, P-8 e P-13 são automáticas, com reguladores de pressão e parafusos fusíveis.
• As válvulas do P-45 são manuais e próprias para interligação a uma tubulação coletora, com uma válvula para sobrepressão e aquecimento.

Botijões de Uso Doméstico

• Pressão de ruptura: 86.
• Pressão máxima de trabalho admissível: 17,6.
• A mangueira deve ser de material metálico flexível, com tarja amarela e prazo de validade.

Propriedades do GLP

• O GLP é uma mistura de hidrocarbonetos líquidos, propano e butano.
• Pode ser liquefeito por resfriamento e/ou compressão.
• Se houver uma pressão de propano maior do que a de butano, tem-se um GLP mais rico, com maior pressão e menor peso.

Riscos do GLP

• Asfixiante: pode causar falta de ar, fadiga, diminuição da visão, alteração do humor, dor de cabeça, confusão, decréscimo da atividade motora, estupor, náuseas, sufocamento e morte.
• Vazamentos podem ocorrer a baixa temperatura, podendo causar queimaduras por frio ou enregelamento.
• A concentração de GLP na atmosfera pode provocar efeitos adversos à saúde.

Outras Informações

• Temperatura crítica do propano e butano: 96 e 152, 43 e 37, respectivamente.
• Faixa de inflamabilidade do propano: 2,1% a 9,5%, e do butano: 1,8% a 8,4%.
• O GLP pode ser obtido em processo convencional nas refinarias ou produzido a partir do gás natural em unidades de processamento de gás natural.

Incêndios de Líquidos e Gases

• Agentes halogenados e alternativos: inibem a reação em cadeia e atuam, secundariamente, por resfriamento, mas apresentam desvantagens como risco de narcose e toxicidade.
• Alternativas: gás carbônico, agentes químicos gasosos (inergen, nitrogênio, argon, etc.).

Fenômenos Extremos

• Slop over: água aplicada diretamente sobre a superfície em chamas do líquido, que afunda parcialmente no líquido quente e vaporiza-se, expelindo o combustível em chamas para fora.
• Frothover: ausência de fogo (asfalto quente adicionado a um tanque contendo água).
• Boil over (ebulição turbilhonar): violenta projeção de gotículas em chamas do fluido, devido à abrupta vaporização da água acumulada no fundo.
• Calor latente: energia necessária para que determinada massa de material mude de fase ou a quantidade de energia liberada para que determinada massa de material mude de fase.
• Materiais instáveis ou reativos: em razão de variação de temperatura, pressão ou choque mecânico, tornam-se auto-reativos e, em consequência, se decomponham, polimerizam ou venham a explodir.

Líquidos Inflamáveis

• Definição: líquidos inflamáveis (ponto de fulgor < 37,8°C) e líquidos combustíveis (ponto de fulgor ≥ 37,8°C).
• Prevenção, controle e extinção das chamas:
  • Sistemas preventivos: controle da emissão de vapores, isolamento de risco, controle de vazamentos, controle de eletricidade estática e SPDA.
  • Extinção das chamas:
    • Exclusão do combustível
    • Abafamento (tampa ou espuma): exclui o contato do combustível com o comburente
    • Diluição
    • Emulsionamento
    • Resfriamento
    • Interrupção da reação em cadeia
  • Agentes extintores:
    • Água: efeito refrigerador provocado pelo seu calor de vaporização, remove o calor e resfria o material, pode ser usada em forma de jato ou aplicada por meio de aspersores.
    • Gases e vapores inertes (CO2, N2 e vapor d'água)
    • Espuma: abafamento, supressão da liberação de vapores do líquido combustível, separação das chamas da superfície do combustível e resfriamento da superfície do líquido.
    • Pó químico: empregado em sólidos, líquidos e gases combustíveis ou em equipamentos elétricos energizados.

Conceitos Importantes

• Viscosidade: relação entre a tensão de cisalhamento e o gradiente de velocidade perpendicular ao plano de cisalhamento; medida em pa·s; está associada à resistência do fluido ao escoamento.
• Densidade: massa de uma amostra ou corpo dividido pelo volume; pode ser específica (massa específica) ou relativa (em relação à água ou ao ar).
• Pressão de vapor: pressão exercida por uma substância ou mistura em um sistema que contém apenas vapor e a fase condensada da substância ou mistura; expressa a volatilidade do líquido.
• Calor de combustão: energia emitida pela combustão completa de uma unidade de massa.
• Calor latente: energia necessária para que determinada massa de material mude de fase ou a quantidade de energia liberada para que determinada massa de material mude de fase.

Líquidos Inflamáveis

• Definição: líquidos com ponto de fulgor menor do que 37,8°C são considerados inflamáveis; líquidos com ponto de fulgor igual ou maior do que 37,8°C são considerados combustíveis.
• Prevenção, controle e extinção de chamas:
  • Sistemas preventivos: controle de emissão de vapores, isolamento de risco, controle de vazamentos, controle de eletricidade estática.
  • Extinção de chamas: exclusão do combustível, abafamento, diluição, emulsionamento, resfriamento, interrupção da reação em cadeia.
  • Agentes extintores: água, gases inertes, espuma, pó químico, agentes halogenados e alternativos.

Fenômenos Extremos

• Slop over: água aplicada diretamente sobre a superfície em chamas do líquido, provocando ebulição e expulsão do combustível em chamas.
• Froth over: ausência de fogo em líquidos inflamáveis em contato com água quente.
• Boil over: violenta projeção de gotículas em chamas do fluido, devido à abrupta vaporização da água acumulada no fundo do tanque.

Armazenamento de Líquidos Inflamáveis

• Classificação: vertical, horizontal, atmosféricos, de baixa pressão, elevados, de superfície, semienterrados e subterrâneos.
• Tanques atmosféricos: possuem um espaço de gás e vapor com pressão interna que se aproxima da pressão atmosférica; são protegidos com sistemas de alívio e vácuo.
• Tanques de baixa pressão: para líquidos mais voláteis; não possuem dispositivos ou meios capazes de alterar seu volume interno.

Emergência com Líquidos Inflamáveis

• Avaliação: considerar as características do produto envolvido, possibilidade de ebulição turbilhonar, volume do produto no tanque, nível de água no tanque, volatilidade dos produtos e toxicidade dos produtos.
• Monitorar o risco de boil over: considerar as características do líquido, verificar a propagação da onda de calor, dirigir um jato d'água na lateral do tanque incendiado e observar onde a água vaporiza-se imediatamente.

Modos de Operaçãp Aplicáveis

• Modo passivo: não há recurso; risco associado a qualquer ação defensiva.
• Modo defensivo: impossibilidade de obter recursos; não há risco para o pessoal.
• Modo ofensivo: há recursos; chance de extinção: remota.

Este curso de formação de oficiais aborda a aplicação da Norma Técnica 13 para iluminação de emergência. Os principais objetivos são identificar situações de necessidade de iluminação de emergência e conhecer os procedimentos para aplicação.