Controle Antidopagem no Esporte

A dopagem é o uso de substâncias ou métodos proibidos para melhorar o desempenho desportivo de forma artificial.

A luta contra a dopagem visa proteger a integridade do desporto, a saúde dos atletas e o espírito desportivo.

O uso de substâncias para melhorar o desempenho já era praticado na antiguidade, mas o desporto moderno trouxe novas dimensões ao problema.

A morte de Knut Jensen nos Jogos Olímpicos de 1960, atribuída a estimulantes, foi um marco importante na conscientização do problema.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) tem um papel crucial na criação e aplicação de regras contra a dopagem, incluindo a criação da primeira lista de substâncias proibidas em 1967.

A primeira lista de substâncias proibidas incluia álcool, anfetaminas, cocaína, vasodilatadores, opiáceos, cannabis e esteroides anabolizantes (exceto com indicação médica).

A década de 1980 viu o aumento da dopagem sanguínea e o uso de substâncias como EPO (eritropoietina) e GH (hormônio do crescimento) em esportes de resistência.

É um evento que ocorre quando um atleta usa substâncias ou métodos proibidos para melhorar seu desempenho.

A Agência Mundial Antidopagem (AMA) é a organização internacional responsável por coordenar e supervisionar a luta contra a dopagem no esporte.

É um conjunto de regras e procedimentos estabelecidos para prevenir e punir a dopagem em um determinado esporte.

É o órgão responsável por regular a luta contra a dopagem em Portugal.

O Laboratório de Análises de Dopagem (LAD) é uma instituição responsável por analisar amostras de atletas para detectar a presença de substâncias proibidas.

É o conjunto de razões que levam alguns atletas a usar substâncias proibidas para melhorar seu desempenho.

O uso de medicamentos proibidos pode ter efeitos colaterais negativos para a saúde dos atletas.

Os atletas podem ser pressionados por seus treinadores, equipes ou patrocinadores a usar métodos para melhorar seu desempenho.

A integridade do esporte é comprometida quando regras são quebradas e a competição se torna injusta.

Substâncias que aumentam a produção de glóbulos vermelhos, melhorando a capacidade de transporte de oxigênio no sangue. Isso aumenta a resistência e o desempenho, principalmente em esportes de endurance.

Substâncias que promovem o crescimento muscular e a força, frequentemente usadas por atletas para melhorar o desempenho físico.

A lista de substâncias e métodos proibidos no esporte é atualizada anualmente, em 1º de janeiro, com base em novas descobertas e pesquisas.

Substâncias usadas para mascarar o uso de outras substâncias proibidas, dificultando a detecção durante os testes antidopagem.

Substâncias que aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial, melhorando o alerta e a energia. Podem ser usadas para melhorar o desempenho em esportes que exigem esforço intenso.

Substâncias que aliviam a dor e induzem a sensação de bem-estar, podendo ser usadas para fins terapêuticos, mas também para fins ilícitos.

Substâncias que alteram a percepção, o humor e o comportamento. Podem ser usadas para relaxamento ou para fins recreativos, mas podem ter efeitos negativos em longo prazo.

Hormônios que reduzem a inflamação e o inchaço, usados para tratamento médico, mas também para melhorar a performance, especialmente em esportes que exigem força e recuperação rápida.

Medicamentos que reduzem a frequência cardíaca, usados para tratar pressão alta e outras condições cardíacas. Podem ser usados para melhorar o desempenho em esportes que exigem precisão e calma.

O uso de métodos que alterem o volume sanguíneo, a concentração de eritrócitos e a capacidade de transporte de oxigênio é proibido, afetando a performance e a saúde

O uso de polímeros de ácidos nucleicos ou de análogos de ácidos nucleicos. Agentes de edição de genes concebidos para alterar as sequências do genoma e/ou a transcrição. O uso de células normais ou geneticamente modificadas.

Aumento no volume sanguíneo através de transfusão, com o objetivo de aumentar a capacidade de transporte de oxigénio. Normalmente o sangue usado na transfusão é do próprio atleta.

Critérios de seleção: Sorteio, Classificação, Sistema Misto e Recorde Nacional. Só serão homologados, caso o atleta seja submetido ao controlo após a competição, ou devidamente justificado nas 24h seguintes. Médico pode selecionar para controlo qualquer atleta que evidencie sinais de dopagem.

Detetar substâncias impossíveis de o fazer em competição. Janela temporal específica de deteção fecha antes da competição. Controle pode ser realizado em qualquer altura e lugar, local de treino, residência, período de férias…

Estratégia que visa dissuadir os praticantes desportivos da utilização de substâncias e métodos dopantes para o incremento do transporte de oxigénio. Criada em 2009 pela AMA tendo como base um projeto-piloto desenvolvido pela Union Cycliste Internationale (UCI).

O princípio fundamental do passaporte biológico baseia-se na monitorização de determinados parâmetros biológicos (através de amostras de sangue e de urina) que de uma forma indireta possam revelar os efeitos da utilização de substâncias ou métodos proibidos, em oposição às estratégias tradicionais de deteção direta de substâncias ou métodos proibidos em amostras de sangue e de urina.

A monitorização destes parâmetros ao longo de uma carreira desportiva tornará praticamente impossível a utilização de determinados tipos de substâncias e de métodos proibidos.

Esta abordagem baseia-se no conceito da deteção “indireta”.

A luta contra a dopagem visa proteger a integridade do desporto, a saúde dos atletas e o espírito desportivo.

A análise do perfil hematológico não visa detectar diretamente substâncias ou métodos proibidos, mas sim os efeitos da manipulação do sangue por meio de práticas de dopagem, independentemente da substância ou método específico utilizado. Permite a identificação de alterações sanguíneas típicas da dopagem sanguínea, como aumento da concentração de glóbulos vermelhos, mesmo sem identificar a substância utilizada.

Para fins disciplinares, a análise do perfil hematológico pode ser utilizada como evidência em casos de suspeita de dopagem, mesmo que não seja possível determinar a substância específica utilizada. É uma ferramenta poderosa para a luta contra a dopagem, complementando as análises tradicionais.

O procedimento de análise do perfil hematológico exige a coleta de amostras de sangue do atleta. O atleta deve apresentar-se na estação de controlo de dopagem, acompanhado por um representante do controlo antidopagem, e seguir cuidadosamente o procedimento estabelecido.

O protocolo para o perfil hematológico prevê a coleta de 6 amostras de sangue do atleta em diferentes intervalos. Esta quantidade de amostras é considerada suficiente para identificar alterações no perfil do atleta e detectar a manipulação sanguínea por dopagem.

A amostra de sangue A é analisada em laboratório acreditado pelo COI, enquanto a amostra B é armazenada para análise posterior, caso necessário.